A Peregrina escrita por Bleumer


Capítulo 36
Lápide


Notas iniciais do capítulo

Olá, amigo leitor, venha, sente e deixe-me contar uma história...

(Notas finais importantes)



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*Narrativa em Terceira Pessoa*


Bleumer acordou devagar, com preguiça de abrir os olhos e ver o mundo ao seu redor... Estava tão confortável ali, tão quentinha e segura, que não sentia a menor vontade de despertar completamente, mas precisava. Ainda tinha suas responsabilidades e sua missão.

Missão essa que não estava dando tão certo assim. Afinal ela passou a noite longe daqueles que devia proteger para se divertir com Legolas. Certo, Bleumer sabia que não foi exatamente assim. Ela não correu para longe da Sociedade para se divertir, ela correu por estar em choque com as notícias que recebeu de Pandora. E apenas Legolas tinha corrido atrás dela e ficado ao seu lado durante todo o tempo... E com isso certas coisas aconteceram.

Quando a Anja pensava no que tinham feito, ou melhor, quase feito, seu coração se apertava de arrependimento. Não estava arrependida dos toques que recebeu, das carícias que devolveu ou das sensações que sentiram juntos. Não, não era isso. Peregrina estava arrependida por ter tido que parar. A dor de saber que não poderia se entregar a Legolas, ou ter um relacionamento com ele, doía e aumentava a cada dia que passava com ele. Seu corpo era propriedade de Pandora e só Pandora poderia decidir seu destino. Não que Bleumer já não soubesse seu destino, ela sabia e temia por ele. Não existia saída para isso. Sua responsabilidade como Anja era absoluta.

_Acordou? - Legolas sussurrou de encontro ao cabelo de Bleumer enquanto lhe dava um beijo no topo da cabeça e sentia seu perfume.

_Sim... - Então ela abriu os olhos de vez e pode ver Legolas em toda sua beleza. Agora seu cabelo loiro estava trançado como de costume, sua face era tranquila e seus olhos não se desviaram nem por um segundo dos olhos de Peregrina. - Como soube que eu tinha acordado? - Ela perguntou enquanto esticava o corpo e o alongava.

_Seu rosto... Enquanto você dormia exibia uma expressão de paz, mas a poucos minutos sua face se contorcia de preocupação por algo. No que você estava pensando?

Peregrina engoliu em seco e virou o rosto, não podia revelar suas preocupações por completo. Então resolveu contar apenas uma parte do que pensou. A Anja saiu dos braços de Legolas e sentou-se, notando que ainda estava com a roupa de ontem, mas agora seca. Precisava colocar seu vestido logo, não podia ficar semi-nua por aí.

_Estava pensando em Pandora.

Legolas sentou-se também e aproximou seu corpo da Anja, aproveitou que ela estava de costas para si e deu um beijo em seu ombro. Depois ficou em silêncio respeitando o próprio silêncio de Peregrina. Legolas sabia que existia muito mais do que ela havia contado, mas já havia aprendido a não insistir com Bleumer.

Peregrina olhou para o céu e viu que o sol já devia ter nascido há uma hora mais ou menos, seus raios batiam no rosto dela afastando qualquer resquício de sono e iluminando o pequeno lago. Então Bleumer lembrou. Seu vestido! Ela devia ter o lavado ontem, já que estava sujo com sangue e terra. Oh, pelo Viajante! Será que daria tempo agora? Eles tinham que voltar logo para perto da Sociedade.

A garota olhou em volta procurando sua roupa e quando a encontrou estava pendurada em um galho, como se estivesse secando. Além de estar limpa. Seu vestido estava tão branco como antes.

_Minha roupa... Como isso é possível? - Peregrina pensou em voz alta enquanto levantava e ia até o lugar que estava sua roupa, tomando nas mãos.

_Ah, eu lavei para você.

_Que? Você lavou minha roupa? - Peregrina perguntou em choque.

_Sim. Não devia ter feito isso? - Legolas olhava para Bleumer sem entender nada. Será que ela estava brava?

_Um príncipe lavou minhas roupas. Parece uma piada. - A garota ria daquela situação. As vezes Legolas não parecia em nada com alguém da realeza. Que tipo de príncipe faria algo assim?

_Não a entendo. - O elfo admitiu por fim, mas de qualquer forma estava feliz por ouvir a risada de Bleumer.

_Deixa para lá. Agora, elfo, quero que você vire de costas e não olhe para cá. Se olhar eu corto fora seu cabelo de mulher, certo? - Peregrina ergueu uma sobrancelha em desafio e um leve sorriso brincava nos seus lábios cheios.

_Não vou olhar! - E como sempre o elfo se irritava com aquela brincadeira e essa era a intenção de Bleumer. Afinal, era tão divertido irrita-lo.

Bleumer rapidamente colocou o vestido, amarrou o laço preto que existia na frente do seu traje e calçou suas longas botas. Por último pegou seu manto e o prendeu na frente do pescoço. Ela tentou dar um jeito no seu cabelo, mas não teve muito resultado. Ele teria que continuar meio bagunçado mesmo.

_Pode virar.

Quando Legolas virou, mais uma vez, e não seria a última vez, ficou admirado com a beleza inebriante da Anja. Como no primeiro dia que a viu sem a ExoArmadura, ela estava igualmente bela. Aquilo parecia ter acontecido a tanto tempo e de fato tinha sido mesmo. Há meses os dois se conheciam. O elfo viu como o exótico cabelo branco de Peregrina, descia em longas ondas até sua cintura, emoldurando seu rosto de porcelana, que as vezes era tão angelical e outras vezes tão feroz.

Como não ama-la? Legolas não sabia como não amar a criatura radiante a sua frente.

_Bem, vamos até o encontro de Aragorn e os demais. - Legolas resolveu se pronunciar ao invés de só admirar a Anja. Já estava pronto para oferecer a mão a ela, em convite, quando a voz de Bleumer pode ser ouvida de forma quase hesitante.

_Antes... Eu queria prestar luto ao meus irmãos e irmãs Guerreiros que morreram no ataque a Pandora. Quero fazer isso aqui, esse lugar tem uma aura mágica e se tornou um lugar especial para mim... - Nesse momento Peregrina corou e se amaldiçoou por isso. - Claro, se você quiser pode ir na frente, em breve eu o alcanço.

_Eu ficarei ao seu lado. Sempre. - O elfo disse de forma firme enquanto encarava Bleumer.

_Certo... Eu quero fazer uma lápide simbólica por todos que se foram. - A Anja andou até o meio da pequena campina que estavam e abaixou-se no chão.

Peregrina usou sua concentração e invocou a Terra, pedindo que esta a oferecesse uma pedra lisa, instantes depois uma rocha rompeu a grama bem na frente da Anja. A pedra tinha um metro de altura, era lisa e oval.

Enquanto isso Legolas postava-se atrás da Peregrina e observava tudo em silêncio.

Bleumer ergueu o dedo e tocou a pedra, começou a escrever... Ao seu toque a pedra criava pequenas rachaduras que iam formando letras e depois palavras. No fim, a anja levantou-se e olhou seu trabalho. Na lápide agora podia ser visto os dizeres.

Em memória de todos os Guerreiros do Viajantes e Humanos de Pandora.
Que a Luz de vocês ecoem infinitas pelo Universo.
Vocês viveram para sempre em mim.


_Permite-me que ore pelo seu povo?

_Por favor. - Peregrina respondeu a Legolas e o viu abaixar a cabeça, colocar a mão no peito e sussurrar uma série de palavras em élfico. Quanto ele acabou, Bleumer disse.

_Há uma canção muito conhecida entre os Anjos... Uma canção para quando estamos voltando para casa. Desejo cantar e mostrar o caminho de casa para essas pessoas que partiram. - Bleumer disse e não esperou para ver a reposta de Legolas. A Anja juntou suas mãos em oração e fechou os olhos. Respirou fundo e logo a música mais linda que Legolas já ouvira saiu dos lábios dela.


A 93 milhões de milhas do Sol
As pessoas se preparam, se preparam
Porque lá vem, é uma Luz
Uma linda Luz, além do horizonte
Para dentro de nossos olhos
Oh, minha nossa, que linda

A voz de Peregrina era alta e clara. Qualquer um por perto poderia ouvir, mas naquele momento só estavam ela, Legolas e a memória dos que se foram.

Oh, minha bela mãe
Ela me disse, filho, você irá longe na vida
Se fizer tudo direito, amará o lugar onde estiver
Apenas saiba que não importa aonde vá
Você sempre poderá voltar para Pandora

Nesse momento lágrimas caíram dos olhos fechados de Bleumer. Casa... Ela própria sentia falta da sua casa. E como a música dizia, ela sempre podia voltar para seu lar. Pandora sempre estaria lá por ela.

A 240 mil milhas da Lua
Percorremos um longo caminho para pertencer a esse lugar
Para compartilhar essa vista da noite
Uma noite gloriosa
Além do horizonte há outro céu brilhante

Sempre existia outro céu. Outro mundo. Os Anjos sempre viajaram por outros lugares. E quando a missão acabava, era uma noite gloriosa.

Oh, minha nossa, que lindo
Oh, meu pai irrefutável
Ele me disse, filho, às vezes, pode parecer escuro
Mas a ausência da Luz é uma parte necessária
Apenas saiba, que você nunca está sozinho
Você sempre poderá voltar pra Pandora
Pra casa, casa
Você sempre pode voltar

Bleumer cantava com todo o seu ser. Sua voz ecoava pelos céus. Sua voz alcançava a memória dos Guerreiros perdidos. Era doce, suave e emocionante. O próprio Legolas sentia os olhos úmidos ao ouvir aquela música. Aquela canção era uma melodia de amor. De amor pelo Viajante, pelos guerreiros e pela sua casa.

Toda estrada é uma subida escorregadia
Mas sempre há uma mão na qual você pode se segurar
Olhando profundamente pelo telescópio
Você pode perceber que seu lar está dentro de você

Bleumer era o farol que guiava a lembrança de todos. Ela era a mão que todos os que partiram podiam segurar. Agora ela se abria para ser a casa deles. Todos os que se foram iriam viver dentro dela. No coração de Bleumer, pois ela iria lembrar deles. Ela iria viver por eles.

Apenas saiba que não importa aonde vá
Não, você nunca está sozinho
Você sempre voltará pra Pandora
Pra casa, casa

A 93 milhões de milhas do Sol
As pessoas preparam-se, preparam-se
Porque lá vem, é uma luz
Uma linda luz, além do horizonte
Para dentro de nossos olhos

Sim, a Luz chegou para eles. Agora todos podiam viver com o Viajante. A Luz não sumiu dos seus olhos quando a morte chegou, a Luz tinha entrado neles e levado suas almas para um outro lugar. Um lugar melhor. Pelo menos era isso que Bleumer acreditava. Tinha que existir um lugar melhor, não era? Um lugar onde sempre fosse primavera como Legolas havia dito.

_Sua homenagem foi linda, Bleumer. Tenho certeza que ela alcançou a todos. - O elfo disse e segurou a mão de Peregrina. Depois limpou as lágrimas do seu rosto e lhe sorriu.

_Vamos embora. - Peregrina virou-se para partir, mas antes ergueu a mão e pediu para a Terra que flores crescessem ali e assim foi feito.


~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~***~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~


Então, juntos, elfo e Anja caminharam pela floresta até encontrar a Sociedade.

Os dois andaram por algum tempo em silêncio, Bleumer ia mais à frente, não que ela soubesse o caminho, a Anja confiava que Legolas lhe avisaria se estivesse indo para o lado errado, mas ela simplesmente andava mais rápido que o elfo.

_Você é muito lento. Vai ficar para trás, elfo. - Peregrina debochou dele.

_Não sou lento. Sou mais rápido que você. - Legolas respondeu com um leve toque de arrogância na voz, ele estava caindo nas provocações de Bleumer, como sempre.

_Ah, é? Pois eu duvido. - A garota olhou por cima do ombro e levantou uma sobrancelha em desafio. Legolas deu seu sorrisinho convencido e nem precisar dizer mais nenhuma palavra, ambos dispararam correndo floresta adentro.

Aquela era uma corrida, uma competição boba entre os dois. Legolas e Bleumer podiam ter muitas coisas diferentes, mas tinham pelo menos algo em comum: a competitividade. O elfo rapidamente já estava correndo ao lado dela e instantes depois a ultrapassou, mostrando que era mais rápido. Peregrina aumentou o ritmo e quase conseguia emparelhar com ele, mas o elfo idiota era mais veloz. Não que aquilo importasse de fato, a Anja tinha um plano B. Ela deu impulso com os pés e começou a voar, passou veloz por Legolas e o empurrou, mas o elfo conseguiu manter o equilíbrio.

_Isso é injusto! Devia ser uma corrida! - Legolas gritou para a figura branca de Bleumer que se afastava cada vez mais.

_É uma corrida! Você que não especificou as regras! Idiota! - A anja gritou enquanto ria e desviada das árvores, ainda voando.

Ela pode ouvir Legolas reclamar de mais algo, até que ela deu meia volta no ar e voou baixo na direção do arqueiro. Passou por cima dele e antes que o elfo pudesse dizer algo, Peregrina o segurou por debaixo dos braços e o ergueu. Assim saiu voando com ele.

_Ei! Me coloque no chão! - Legolas pediu e ficou imóvel, não queria correr o risco de se debater e cair dessa altura.

_Como eu queria ouvi-lo dizendo isso! E como eu queria o prazer de negar seu pedido como você sempre faz comigo! - Peregrina gritou acima do som do vento e gargalhou. Afinal ela lembrava de todas as vezes que Legolas a pegou no colo e não quis coloca-la no chão.

Legolas se conformou com aquilo... e não era de todo ruim. Ele nunca teve a sensação de voar, aquela era a primeira vez. Então sempre era assim para Peregrina? Ela sempre podia sentir o vento forte batendo no seu rosto e rugindo nos seus ouvidos, as árvores lá em baixo parecendo menores, e sua alma gritando de empolgação? Com certeza voar era incrível, Legolas pensou.

Já para Peregrina aquilo tudo, as provocações, corrida e o voo... Foram uma forma de sentir que estava viva. Sentir Legolas nos seus braços, sentir o peso dele, sentir o vento passando enfurecidamente pelos seus cabelos, tudo aquilo mostrava o quanto ela estava viva. E ela viveria. Viveria por todos.

Algum tempo depois os olhos élficos de Legolas avistaram Aragorn, Gimli e Gandalf montados nos cavalos a alguns metros à frente no chão. Ele avisou para Peregrina e ela começou a descer e por fim colocou o elfo suavemente no chão à frente do grupo, que tinha parado, e logo depois pousou ao lado de Legolas.

_Pelas minhas barbas! Peregrina não suma assim de novo! - Gimli gritou, no seu jeito costumeiro.

_Por favor, não suma de novo e nos poupe de aguentar Gimli choramingando a noite inteira para ir procurar por você! - Gandalf disse do alto do seu cavalo branco e nos seus lábios um singelo sorriso.

_Que?! Eu não estava choramingando! Um anão não faz isso! Eu estava... Preocupado... E só um pouco! Não de atenção ao que esse velho mago diz, Peregrina! - O mestre anão tentava concertar a fala do mago, mas só ficava mais enrolado e envergonhado.

Bleumer riu um pouco, só uma noite e já sentia falta de todos. Como seria quando tivesse que voltar a Pandora no final da missão... ?

Bom, era melhor não pensar nisso agora, primeiro tinha que fazer algo, a Anja olhou para Aragorn, que tinha um sorriso no rosto por causa das coisas que Gimli ainda resmungava, então ela abaixou a cabeça em sinal de respeito e disse.

_Me desculpem pelo meu comportamento na noite passada. Eu os tratei mal... Por favor, me perdoem.

_Levante esse cabeça, Peregrina! Você não nos ofendeu de nenhuma forma. Não há nada a ser perdoado. Venha, junte-se a nós e vamos seguir viagem. - O guardião respondeu em um tom calmo e bondoso. Ele sempre reservava aquele tom para falar com Bleumer. Como se ela fosse sua irmã mais nova. Era inevitável Aragorn não vê-la como uma amiga ou irmã. Tudo em Bleumer despertava seu lado fraternal.

_Sim! - A Anja sorriu e correu para o cavalo de Legolas que Aragorn trazia pelas rédeas.

_Ah, Peregrina, venha comigo hoje. Sinto falta das nossas conversas e sua companhia é melhor que a deles, se me permite dizer. - O mago pediu e na mesma hora Peregrina foi até o seu cavalo e o montou, ficando na garupa de Gandalf.

_Vamos! - Aragorn ordenou e todos colocaram os cavalos para andar. Legolas montou sozinho no seu corcel e sentiu um pouco de falta de Bleumer, mas tudo bem. Afinal, ela estava com Gandalf.

E por longas horas eles andaram sobre o lombo dos cavalos e o sol ia mudando de posição no céu, denunciando o tempo.

_Vi que tem passado mais tempo com Legolas... Antes você parecia ser capaz de quebrar o nariz dele se ele olhasse na sua direção, agora o considera um amigo... - O mago refletiu enquanto conduzia seu cavalo e amigo de longa data pelo caminho.

_Eu ainda sou capaz de quebrar o nariz dele. Há horas que o elfo me irrita tanto que tenho vontade de cortar seu cabelo! - Peregrina sibilou subitamente irritada ao lembrar de como Legolas podia ser insuportável quando queria. Mas Gandalf riu daquela declaração.

_Como é bom ser jovem...

_Eu não sou tecnicamente jovem, você sabe disso. Eu contei para você e mestre Elrond naquele primeiro dia depois do Concelho que eu sou imortal.

_Seu coração é jovem. O seu e o de Legolas! - Gandalf riu mais um pouco. - Também notei que está mais próxima de Legolas e quando digo mais próxima, quero dizer, bem mais próxima.

_Que...?! C-como você n-notou...? - Bleumer sentiu as bochechas queimarem de vergonha. Como aquilo era possível?! Como Gandalf sabia?!

_Pelo olhar dos dois. Os amantes sempre tem um olhar diferente ao contemplarem o amado. - O mago Branco respondeu tranquilamente, ignorando o nervosismo de Peregrina.

_E isso é bom? Digo, esses amantes... Se amarem? Hipoteticamente falando, é claro. - Antes que Bleumer pudesse evitar aquela pergunta já tinha saído dos seus lábios. Ela esperou em silêncio pela resposta de Gandalf, enquanto isso via a paisagem passar lentamente por ela no ritmo dos cavalos.

_Nem bom e nem mal. Do mesmo jeito que uma espada não é nem boa e nem má, a paixão de um casal não é boa ou má. Ela apenas é. E ser é o que ela faz. Nem os mais sábios podem decidir isso.

_Não entendi, Gandalf. - Peregrina franziu a testa ao pensar naquilo, mas não teve reposta.

_Nem eu. - Dito isso o mago riu e Bleumer logo o acompanhou na risada.

O céu enchia-se do dourado do sol e depois voltava a encher-se da luz pálida da lua. Dias se passaram para a Sociedade. Dias de caminhadas, algumas pausas, comida quente envolta de uma fogueira e as vezes canções, na sua maioria músicas de Pandora que a Sociedade sempre pedia para Peregrina cantar mais. Assim um breve tempo passou e logo os cinco chegaram à Edoras e viram o imponente castelo que se erguia naquelas terras. Eles tinham chegado ao seu objetivo.

_Edoras e o Salão Durado de Meduseld. Lá mora Théoden, rei de Rohan, cuja mente está subvertida. O controle de Saruman sobre o rei Théoden é muito forte agora. - Gandalf disse do alto do seu cavalo aos portões da cidade.

Peregrina olhou bem para aquele lugar e sentiu uma certa melancolia presente ali. Como se a esperança tivesse abandonado aquelas bandas. A Anja apertou mais os braços em volta da cintura de Legolas, já que agora dividia o cavalo com ele, e respirou fundo.

A Sociedade adentrou a cidade.


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Notas finais do capítulo

Olá, tudo bem?

Gente, eu sei que demorei muito para postar esse cap, mas eu tive alguns problemas aqui que acabaram gerando esse atraso, mas tudo está sendo resolvido e em breve vamos voltar a rotina de postagem da fic! Eu não abandonei a fic e nem vou fazer isso! Então não desistam da Peregrina, ela ainda tem muita história para contar para vocês!

* Deixem os seus comentários sobre o cap! É sempre bom saber o que os leitores estão achando :)
* Mereço recomendação? *--*
* A música que toca nesse cap é 93 Million Miles - Jason Mraz, com algumas alterações. Link: http://letras.mus.br/jason-mraz/1998108/traducao.html


Até logo! Beijo de Luz do Viajante!



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