POV FELICITY

Barry me leva para casa e durante todo o caminho eu fico em silêncio. Algumas vezes ele olha para mim e tenta puxar assunto, mas depois percebe que eu não quero conversar. Eu só queria deitar na minha cama e nunca mais acordar!

Por que Oliver tinha que ter levado ela para aquele restaurante? Por que ele me magoa tanto? Eu definitivamente não entendia Oliver Queen.

Chegando ao meu apartamento, pergunto a Barry se ele quer entrar. Ele diz que sim e sua expressão fica mais aliviada quando eu começo a falar com ele.

– Pensei que você estava chateada comigo. – diz ele indo em direção a minha cozinha.

Me sinto uma idiota por não ter explicado o que tinha acontecido para ele e começo falar o ocorrido do restaurante. Conto tudo. Conto como eu amava o Oliver, conto como ele mexia comigo e como ele me magoou por não escolher nós. Conto que ele tinha me beijado no banheiro e que logo depois Laurel apareceu. Conto tudo o que sentia desabafo bem ali no meio da cozinha e começo a chorar.

Barry vem para perto de mim e me abraça forte.

Me arrependo depois de ter contado isso tudo para ele, com medo de tê-lo magoado. Não queria que ele ficasse chateado.

– Por favor, não fique magoado comigo. – digo para ele que se afasta de mim e me olha confuso.

– Magoado?

Enxugo os olhos e olho para ele.

– Sei que rola um clima entre a gente... – digo com vergonha.

E ele começa a rir, fazendo com que eu queira me matar.

– Felicity! Você é incrivelmente doida. – diz ele parando de rir.

Fico sem entender nada e vou me sentar em uma cadeira.

– Não entendi a graça. – digo para ele.

Ele puxa uma cadeira para perto de mim e segura as minhas mãos.

– Eu estava criando coragem para te contar isso, mas eu não sabia como dizer...

Fico nervosa.

– Pode me falar o que quiser. – digo.

– Eu cansei de esperar pela Íris e estou começando a gostar de uma pessoa. – diz ele ficando vermelho.

Fico aliviada e curiosa depois de sua frase.

– Quem é a sortuda? – digo dando um sorriso.

Ele fecha a cara e eu não entendo.

– O que foi? – pergunto.

– Ela meio que gosta de outro cara...

– Ah, Barry...

– E isso torna um pouco impossível... Mas eu sinto que ela sente algo por mim também. – diz ele com esperança.

– Me diz quem é. – peço.

– Caitlin Snow.

Fico surpresa com o que ele diz e feliz ao mesmo tempo.

– Vocês combinam tanto! – digo levantando e depois levantando ele.

– Você acha?

– Mas é claro! Acho que você tem que dizer o que sente! – digo animada.

O que o Barry não sabia, era que Caitlin já tinha comentado comigo que achava ele um cara legal e interessante. E interessante no vocabulário de Caitlin Snow significava definitivamente que ele era gato. Quando ela me disse isso, senti que ela sentia algo por ele.

– Conta isso para ela! – mando.

– Você acha que eu devo? – pergunta ele nervoso.

– Barry Allen se você não sair daqui agora, eu juro que eu mesma conto tudo para ela e ainda boto no jornal.

Ele sorri e me abraça.

– Me deseje sorte! – diz ele.

– Muita boa sorte! – digo feliz e ele sai em jato do meu apartamento.

Como era bom saber que finalmente algum casal ia dar certo nessa história toda.

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POV OLIVER

Barry tinha acabado de sair do apartamento de Felicity e eu ainda estava criando coragem para entrar lá. Durante o tempo que ele estava no apartamento eu fique os observando da varanda e me segurei para não entrar lá e acabar com aquela palhaçada. Não aguentava mais ficar sem Felicity e não queria mais continuar com essa enrolação.

Quando crio coragem para entrar o telefone de Felicity toca e ela vai atendê-lo.

– Alô? – diz ela.

Silêncio.

– O QUÊ? – Felicity grita e eu me seguro para não entrar ali.

Pânico.

– Eu não quero nada disso Ray. – diz ela.

Me alivio por não ser nada grave.

– Amanhã a gente conversa. – e ela desliga o telefone.

Agora era a minha hora, eu iria entrar nesse apartamento.

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POV FELICITY

Ray queria fazer uma festa para mim na empresa e queria chamar meus amigos de faculdade e de escola. Quase tive um troço quando ele falou isso. Escola e faculdade são épocas pelas quais eu quero esquecer e deletar da minha vida.

Desligo o telefone irritada e vou para o meu quarto quando eu ouço a campainha tocar. A exaustão bate em mim e eu fico irritada. Quem será que estava aqui para me irritar?

Vou em direção à porta e vejo Ray parado ali.

Meu Deus, esse dia não acabaria nunca.

– Desculpe eu aparecer assim, mas é que eu já estava no seu prédio. Só estava esperando você me convidar para entrar. – diz ele.

Reviro os olhos e o deixo entrar.

Eu teria que dar um basta nele. Eu acreditava que Ray sentia alguma coisa por mim e depois dele querer me levar para ver minha mãe e da festa de aniversário, tudo ficou mais claro.

Não queria iludir ele com um futuro comigo. Por que nem eu sabia do que seria do meu futuro de agora em diante.

– Ray, a gente precisa conversar. – digo séria.

Ele se senta no sofá e eu fico em pé olhando para ele.

– Mas primeiro, me deixa falar. – diz ele parecendo estar nervoso.

Faço sinal para que ele comece e então me sento na poltrona de frente para ele.

– Felicity... – diz ele se levantando e vindo em minha direção – Eu gosto de você. Na verdade, gostar nem chega perto do que eu sinto por você. – diz ele fazendo com que eu queria morrer. Era isso que eu mais temia.

– Ray...

– Eu estou apaixonado por você Felicity. – diz ele se aproximando de mim.

Que situação horrível eu fui me meter!

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POV OLIVER

Eu não acreditava no que eu estava presenciando... Ray Palmer na casa dela, se declarando para ela e eu aqui fora no frio vendo a mulher que eu amo com outro.

Ele se aproxima dela e ela o olha nervosa.

Acho que eles vão se beijar. Não quero presenciar isso. Vou embora dali, antes que eu me machuque mais.

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POV FELICITY

Ray se aproxima de mim e eu o empurro para trás, antes que ele me beije.

– Ray, a gente precisa conversar. – digo séria.

Ele me olha confuso e eu começo a falar. Digo que eu não me sinto assim em relação a ele, que eu o vejo somente como um bom amigo e que ele estava confundindo as coisas.

Ele me olha ainda em choque e depois envergonhado.

– É por causa dele né? – diz.

– Quem? – pergunto.

– Queen.

Fico vermelha e digo que sim.

Ele entende e pede desculpas.

– Sinto muito Ray. – digo com sinceridade.

– Eu também.

Então ele sai e vai embora.

E finalmente eu fico sozinha.

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3 DIAS PARA O ANIVERSÁRIO

POV FELICITY

Quando chego ao Verdant, vejo que Oliver estava abrindo o lugar.

Me sinto nervosa quando chego perto dele, porque ele foi um dos motivos de eu não conseguir dormir. Pensava nele em tudo o que eu fazia e em meus sonhos ele sempre aparecia impossível não pensar nele durante o meu dia.

Eu queria resolver nossa vida e hoje seria o dia.

– Bom dia. – digo para ele que nem olha para mim.

Ele entra e não fala comigo.

– Estou falando com você!

Ando atrás dele e ele nem me dirige a palavra.

– Oliver! – grito irritada e humilhada.

– Agora você quer falar comigo? – pergunta irritado.

Me encolho toda com o seu tom de voz. Por que ele estava assim?

– O que aconteceu? – pergunto preocupada.

– Nada. – diz ele seco e desce para treinar.

Desço atrás dele devagar e vou para os computadores para começar o trabalho.

Quando sento-me à mesa minha mãe me manda mensagem dizendo que chegaria as 18 horas.

– Minha mãe vai chegar hoje, vou buscar ela. Então não espere para de noite. – digo.

– Não esperava que você aparecesse mesmo. – responde ele grosso.

Fico irritada com o seu tom de voz e me levanto da cadeira para ir confrontá-lo quando o meu celular toca.

Era Barry me ligando.

– Barry?

– Felicity, você não vai acreditar! – diz ele todo empolgado.

– Acho que eu já imagino o que é!

– Ela disse que gostava de mim também!

– Ai Barry, que bom! Fico muito feliz com isso.

Vejo Oliver mudar de expressão a palavra que eu falo.

– Estaremos ai amanhã para te ver na festa! – diz ele e posso ouvir a voz de Caitlin no fundo.

– Vou esperar ansiosa por isso. Vamos comemorar!

Oliver para o que está fazendo e bota sua camisa.

Meu Deus custava ele ficar sem camisa só mais um pouco?

– Nós também.

– OK, Barry. Tenho que desligar, tem alguém muito irritado aqui. – digo para ele sussurrando no final.

– Boa sorte!

– Obrigada. – digo e desligo o telefone.

Oliver estava regando a nossa samambaia e eu vou em direção a ele.

Quero saber o que aconteceu e quero resolver isso.

Ele para de regar e planta e vira para mim.

Olho para ele querendo quebrar todas essas barreiras que nos impede de ficar juntos, quero confrontá-lo e exigir que ele me beije e que lute por mim.

Quero ele para mim.

Meu telefone toca e é o numero de Ray que aparece.

Droga.

Oliver vê o número e fecha a cara.

– Pode atendê-lo, eu vou embora. – diz ele pegando sua jaqueta e indo embora.

Me deixando ali sozinha com o coração partido mais uma vez.

Continua...