Cap.6 Esperanças

Boa leitura!;]

- Oque? - Esme perguntou, abismada. - Como isso pode ser?

- Nós ainda não sabemos. - Edward tomou a palavra. - É muito complexo. Lizzie também é muito pequena.

- E é por isso que precisamos da colaboração de todos vocês. - Carlisle olhou todos em volta.

Eu observei todos se entreolharem por um momento, sob um silêncio tenso.

O primeiro a quebrá-lo foi Emmett, com sua risada estrondosa.

- Quer dizer que temos uma baixinha perigosa á mais na família? - Ele brincou, com seu jeito descontraído. - Pobre Forks. - E então gargalhou novamente, fazendo a casa tremer mais e mais.

Depois disso o clima tenso foi dissolvido, e só o que podia se ouvir eram risos e mais risos, todos em sintonia. Imaginei que Jasper teria um dedo na história mais nada comentei, me sentindo mais leve.

- Me dê ela de novo!! - Esme exclamou, e correu para pegar Ange novamente. - Ange, me desculpe querida, vovó levou só um pequeno susto, mas agora já está tudo bem.

Angelina era muito sorridente para um bebê normal. Imaginei se ela seria festeira como Reneesme.

Edward gargalhou de um lado e eu olhei abismada. Eu segui seu olhar e olhei uma Rose que tinha os lábios fechados numa fina linha.

- Rose, está começando a se irritar com a beleza de nossas filhas. - Edward riu-se de novo. - Você devia se orgulhar, Rose. - Ele observou, risonho.

Rose encarou-o sarcástica.

- Claro que estou Edward. Era claramente o esperado. - Ela sorriu. - Com uma tia bonita, o lógico é ter sobrinhas mais deslumbrantes ainda. - Ela piscou pra Edward matreira.

E eu encarava-a chocada. Rara foram as vezes que eu vira Rose com tão bom humor. O que uma boa "festa" familiar não podia fazer?

Completamente assustador.

- Ah mas elas serão muito mais bonitas. Mal posso esperar para vê-las crescidas. - Alice vibrava.

Eu sentia pena de minha filhas. Eu já tinha sido usada como Barbie Porquinho-da-índia por Alice durante muito tempo pra saber que ser adolescente perto do alcance de suas pequenas mãos não era exatamente algo que podia ser chamado de seguro.

- Bella, Charlie pediu para lhe avisar que virá mais tarde. - Alice piscou pra mim.

Charlie? Eu me engasguei.

- Calma. - Alice se apressou a dizer. - Eu contei-lhe apenas o necessário. Não se preocupe.

- E o que ele disse? - Eu perguntei, apavorada.

- Ele gostou da idéia. Não se alarmou muito. Disse que já não se surpreende por pouco.

- Então ele estava em choque. - Eu observei, já adivinhando.

- Totalmente! - Alice riu. - Mas ele vai se superar quando ver a nova ruiva da família.

- Veja, será até mais fácil de acreditar que é sua filha com Edward. É uma cor mista, como se misturassem as duas cores. - Esme observou, toda orgulhosa.

Jasper que até então estava em seu canto se aproximou meio hesitante e observou bem o rosto de Angelina.

- Qual o problema? - Perguntei, alheia ao olhar sério dele.

- Nada… - Ele disse, pausadamente. - Só que… Pensei ter visto esses olhos violetas em algum lugar…

- Completamente herdado do pai. - Alice comentou. - A mãe dela tinha olhos como os de Bella.

Eu anui, pensando se o dom de Angelina ela herdara do pai desaparecido.

****

A noite caiu numa rapidez incrível. Todos observavam cada movimento, gesto de Angelina como o mais interessante dos filmes. Eles literalmente esqueciam de piscar. Reneesme era a primeira a correr atrás de Angelina. Não desgrudava dela por nada.

Lá pelas 8 da noite Charlie se juntou a nós, e seu queixo caiu ao ver Angelina, mas saiu da mansão dos Cullens mais conformado. Deslumbrado, claro, mas ele ainda demoraria um tempo até se habituar a situação.

- Amanhã eu volto. - Ele alertou, fez um afago na cabeça de Angelina e saiu.

Jacob que parecera gostar extremamente da idéia.

- Cunhadaaaa - Ele exclamou, ridiculamente quando apareceu acompanhado com um Seth atrás.

Ele, Reneesme e Emmett saíam do controle, então tive que dar uma dura neles, e proibir Jacob de brincar com Ange durante muito tempo. (Nem falei nada pra Emmett porque algo me dizia que podia ser bem pior se eu o proibisse.)

Poderia ser muito perigoso e trazer graves problemas mentais a menina. Edward riu quando berrei isso furiosa pra Jacob que tentava dar uns docinhos de chocolate escondido com Emmett pra Ange que só tinha um dia de vida.

E o mais incrível é que ela comeu e gostou.

Agora não era mais uma chocólatra em casa. Eram duas.

Seth parecia levar jeito pra coisa. Ele segurava-a tão bem, e cuidava tanto para agradá-la que quando eles tiveram que partir, Angelina até resmungou durante o sono quando tiraram-na do colo dele. Seth riu todo contente.

O que gerou brincadeiras com relação aos dois, Emmett e Jasper rugindo de rir com a possibilidade de Seth ter também uma impressão com Angelina, e nossa família se tornar um elo inquebrável entre vampiros e lobisomens. O que me deixou de certa forma nervosa. Eu já tinha Reneesme prometida desde criança. Eu não precisava ter minha outra filha já arranjada, antes de se quer saber o que é amar de verdade.

Mas mais tarde eu saberia, infelizmente, que a impressão era algo que não se pode evitar...

Já noite alta, quando Reneesme e Angelina dormiam, Carlisle reuniu-nos em seu escritório. Edward, Alice, Jasper e eu o seguimos obedientes.

- Sentem. - Carlisle apontou as cadeiras pra mim e Alice. Edward e Jasper ficaram em pé, com as mãos apoiadas no encosto das cadeiras.

- Alice, fez o que lhe pedi? - Carlisle perguntou, calmamante.

Alice anuiu e sorriu de seu jeito alegre característico.

- Tudo certo por aqui. Os Volturi não virão tão rápido.

Eu gelei com a menção desse nome. Eu já havia passado por poucas e boas nas mãos daqueles fanáticos. Eu não estava exatamente pronta para encará-los de novo.

- Imagino que não. - Ouvi a voz de Emmett lá de baixo. - Com toda a cavalaria da última vez. - E gargalhou. Ouvi Esme sorrir, e Rose revirar os olhos impaciente. Me segurei pra não rir. Era tão… Emmett.

- De qualquer jeito. - Carlisle continuou. - Não podemos dar motivos para antecipar a visita deles. - Por isso a partir de agora quero fazer alguns exames com Angelina.

Ele olhou para nós com olhos interrogativos, como se pedisse permissão. Edward e eu anuímos rapidamente.

- Eu tenho uma teoria… - Carlisle continuou, satisfeito com nossa resposta. - Observe as diferenças entre Nahuel e Reneesme. Nahuel tem veneno em suas presas, á passo de que Reneesme não tem, Nahuel pode fazer tudo que um vampiro faz. Reneesme já tem alguns limites. Reneesme é rápida e tem todos os sentidos vampirescos, mas observe que sua força é apenas um pouco maior que a humana. Mas não há tanta diferença. Ela também pode viver facilmente sem sangue por um bom tempo. Apesar de que ela se nega, por não achar muito agradável ao paladar, mas enfim. Reneesme é mestiça, mas seu lado maior pende para o humano. Á ponto de que ela pode com alguns sacrifícios claro, ignorar seu lado vampiresco e ser apenas… humana. É até difícil ter certeza se Reneesme é mesmo imortal. Difícil de morrer claro, mas imortal mesmo, não é seguro dizer com certeza. Seu coração bate. E o coração é um dos órgãos mais humanos que pode existir. Se me entendem.

Eu entendia bem. Era difícil ainda acreditar que em algum lugar do meu peito onde batia sempre um coração agora era como uma caixa congelada. Não que eu exatamente sentia falta dele mas… Fazia uma grande diferença. Eu entendia o real motivos de suas palavras.

- Agora Nahuel… Bom, Nahuel pelo que me falou não é muito diferente de nós. E como ele mesmo pôde comprovar é completamente imortal. - Lembrei de Nahuel com suas terríveis histórias de como inúmeras vezes tentara se livrar de seu próprio peso da consciência do jeito mais fácil. - Basta saber agora como Angelina é. Pra que lado ela pende mais. Seu dom também pesa um pouco. Já dá pra ter um bom palpite.

****

Edward e eu saímos do escritório de Carlisle com a cabeça presa nos próprios pensamentos. Ambas completamente cheias. Cedo no dia seguinte os exames seriam feitos, mas eu sabia que a resposta já estava ali. Angelina pendia mais para o lado vampiresco. Eu não tinha dúvidas. O que me intrigava era seu dom, não sabíamos o que esperar e como controlá-lo.

Quando ela estava com Charlie, Jacob e Seth, Edward revelou que ela sentia a garganta arder terrivelmente, mas em nenhum momento vi Angelina tocá-los. Mas uma vez Edward observou admirado que ela sabia de seus poderes e tentava a todo o custo controlá-lo. Isso me fez pensar se ela tinha alguma idéia do poder que tinha. Do quanto era capaz de fazer.

Lembrei cabisbaixas das palavras de Carlisle: "O único elo que temos é o pai biológico de Angelina. Ele deve ter esse poder. Ele deve saber como lidar com ele. Agora mesmo partiremos até aquela ilha novamente, para procurar alguma pista de quem seja."

Claro, eles iriam encontrá-lo. Eu não tinha dúvida. Jasper era bom em caçar vampiros. Não só isso, mas Alice diz que podia ver algo se aproximar. Mas ela ainda não sabia dizer quem exatamente. Mas lá estava uma esperança.

Esperança que não me agradava muito mas, não havia como relutar. Eu só não abriria mão de Angelina nunca. Nem que eu tivesse que lutar contra tudo e todos. Eu não a largaria mais.

Eu pensava tão profundamente que não senti quando Edward se aproximou e me abraçou, fui despertar quando ele acariciou minha face com delicadeza.

- Tudo bem amor? - Ele perguntou, preocupado.

- Tudo. - Me apressei a dizer. - Só estava… pensando…

- Não se preocupe. Vai tudo dar certo. - Ele prometeu.

- Eu sei. - Sorri, tentando tranqüilizá-lo.

- Eu te Amo. - Ele suspirou, no topo de minha cabeça, fazendo um fios de cabelo levantarem.

- Também te amo. - Sussurrei, em seu peito morno, abraçando-o com gosto.

Ele riu. Mas nada disse, apenas começou a acariciar meus cabelos lentamente, cheirando-os cuidadosamente.

Minha cabeça começou a vagar em lembranças do longo dia, de como eu me lembrava de ter visto Lizzie, a mão de Angelina, a primeira vez que vi Angelina, cada momento, tentando gravá-lo em minha cabeça para nunca mais esquecê-lo. E então uma súbita pergunta invadiu minha mente.

- Edward. - Chamei-o

- Huuummm? - Ele indagou, sem se mexer.

- Sabe, vou lhe fazer uma pergunta sobre Elizabeth.

Ele ficou quieto por segundos até que lentamente respondeu.

- Faça.

- Estava me perguntando porquê não a transformou… - Observei, curiosa. - Carlisle podia tê-lo feito.

Mais alguns segundos de silêncio. Edward estava escolhendo bem as palavras.

- Ela não queria. - Ele disse por fim. - Ela estava bem. Eu li sua mente e… Ela não tinha raiva do vampiro que a deixou naquela situação. Ela o amava. E apesar de tudo que ele lhe fez, ela não podia agüentar a idéia de viver sem ele. Ela apenas havia sobrevivido as últimas semanas por Lizzie mesmo. Ela já não ligava se estaria viva ou morta, pois ela se sentia vazia. Incapaz de "viver" sem ele. Uma eternidade sem tê-lo então… - Edward não completou, mas não era necessário. Eu podia claramente entender o que seria.

Eu nem queria imaginar o que seria a eternidade sem Edward ao meu lado.

- Não que ela teria que viver claramente sem ele. - Observei. - Digo, ela poderia procurá-lo ou, não sei…

- Também pensei nisso. - Edward admitiu - Mas algo na mente dela a impedia de pensar assim. Desconfio que não foi bem como o descrito. Que ele simplesmente fugiu. Tinha algo mais. Como se ele tivesse dito um "Adeus" definitivo.

Guardei as palavras de Edward com atenção na minha cabeça. Pronta para revisá-las assim que tivesse um tempo propício. Na hora eu tinha coisas mais urgentes a pensar. Em como seria o crescimento de minha nova filha, e de como ela se sairia daqui pra frente.

Sem saber claro, que a verdade estava ali, mais perto do que nunca.

*N/A* Valeu mais uma vez as meninas que comentaram!*--*

Hoje estou rapidamente de passagem!Espero que gostem desse nvo cap. ;]

Senti falta de algumas meninas que sempre estiveram aqui comigo desdo começo comentando no ultimo cap.Where `R´ U guys,huh?O___O

Sim,eu sei que eu sou chaata --´

Mais coments para o sexto cap? :D HAHA

Sim,eu tbm sou chantagista :P HAHA

Kisses.

Camila.