Chaos escrita por Scoutt


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Today's Friday! Dia de postar! :3



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– Olá Ariza, vejo que você já melhorou. – uma ruiva cheia de sardas apareceu atrás de Tony, ele tentou beijá-la, mas ela colocou a mão na frente da boca dele e o empurrou para trás – Responda a menina Tony, o que você sabe da mãe dela?

– Juro que nada demais Pepper.

– Então fale! – eu e a então Pepper, falamos em uníssono. Stark suspirou quando viu Banner sair do leito e voltou-se para nós.

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– Durante a faculdade eu conheci tanto seu pai, quando sua mãe Ariza. Então Maggie Fritz, cursava engenharia atômica e era uma das melhores da turma, melhor até que eu, então ela desistiu de terminar o mestrado para se casar com seu pai. Não vou negar que eu não ia com a cara do Frank, Maggie merecia coisa melhor. – ele deu de ombros, e eu ri, nunca ouvi muito da minha mãe – Bem, então ficamos um bom tempo sem nos ver, a última vez que a vi, ela estava deste tamanho, - fez um sinal com os braços indicando um tamanho imenso – e mais feliz impossível, você deixou ela tão feliz garota! Então eu não a vi mais desde então...

– Ele estava muito ocupado “curtindo a vida adoidado”. – Pepper falou e eu ri.

– Obrigado Pepper! – ele riu. – Então soube o quê houve com ela, estava na Suíça no momento. – ele fez uma pausa – Sua mãe tinha o gene X que lhe deu uma inteligência brilhante, ela foi a melhor engenheira e mais jovem que eu conheci, fiquei realmente bravo quando ela disse que ia desistir da faculdade, faltava pouco e ela estava pesquisando sobre alguma coisa que não falava para ninguém, uma nova fonte de energia eu acho, então simplesmente o fez; acho que foi por isso que eu convenci seu pai a lhe colocar no programa, pela sua mãe, ela não ia querer você na Rússia, deus como ela odiava a Rússia! – Tony parecia meio triste, e eu apenas percebi minhas lágrimas quando ele olhou para mim e eu senti a umidade quente nas minhas bochechas.

– Não fique assim, venha cá. – Pepper jogou sua prancheta sobre a cama e me abraçou.

– Eu... É... – Tony tentou, mas Pepper acenou.

– Pode ir Tony, já lustrar sua armadura ou falar com Jarvis, eu fico com ela.

– Mas... – ela o olhou por um tempo.

– Vá logo Tony. – e ele foi.

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Pepper ficou comigo por uma hora, ou mais, mas naqueles minutos ao lado da ruiva, ela conseguiu o que algumas babás minhas não conseguiram em meses, me acalmou. Ela não mandou eu me calar, ao contrário falou diversas vezes para eu chorar tudo, chorar até secar todas as lágrimas.

– E se quiser chorar mais, é só beber água e esperar.

Eu ri, não sabia por que estava chorando, talvez fosse saudade da mãe que nunca tive ou conheci, tive apenas 3 anos com uma mão, agora ela era apenas uma lembrança do que ela um dia foi, deitada em uma cama em um hospital, sem esperanças de um dia sair dali.

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Permaneci na enfermaria por 3 dias depois disso, Tony não apareceu de novo, Banner também não, mas Pepper veio todos os dias, nem que para apenas me dizer oi e ver como eu estava.

Quando a enfermeira me liberou, fui direto para a sala de treino, onde o clima estava tenso, a tensão era quase palpável; a sala estava dividida em dois grupos e Faur estava em um canto, longe de ambos, andei até ele, mas fui parada por Teddy.

– Onde você acha que vai? – ri irônica.

– Sério Teddy, vai me defender agora? – me aproximei um pouco – Tenho uma péssima notícia, não preciso ser defendida, muito menos por você.

– Ele quase te matou esquisita. – revirei os olhos.

– Ariza, o Teddy tem razão. – me virei para olhar quem tinha dito isso.

– Até você EunBi? Quer dizer que ambos os grupinhos estão contra ele? – apontei para Faur, que parecia pouco se importar com o que acontecia. – E você Teddy? – bati o indicador no seu peito – Porque se preocupar comigo? Ah, já sei, se eu morrer, não vai ter ninguém pra chamar de esquisita?

– É, esquisita. – ele começou a andar de volta para o seu lado da sala – Porque você não pergunta a ele, o que ele acha?

– Mas ele não... Faur você? – ele levantou a cabeça e assentiu.

– O que você fez deu certo, mas quase custou demais, acho que você devia ficar longe. – olhei incrédula, tudo que ele tinha acabado de falar era inacreditável.

– Epíteto uma vez disse: “As pessoas ficam perturbadas, não pelas coisas, mas pela imagem que formam delas.”, sabe a imagem que eu tomei do meu desmaio? Eu apenas dormi depois de ter uma canseira cerebral, mas agora tô bem, então foda-se toda essa merda de “você quase morreu”.

– Mas...

– Quem vive de passado é museu! – Alice começou a rir – Que foi Natureba?

– Você tá falando igual minha mãe! – rimos – Acho que a Ariza tá certa, ela não morreu mesmo. – Alice caminhou até mim e colocou o braço em volta dos meus ombros sorrindo. – E tu azulzinho, vai continuar longe?

Peguei Faur pelo braço e o puxei até uma mesa, levando Alice junto.

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Teddy passou a semana sem me dirigir à palavra, nem o “esquisita” de sempre eu ouvi. Aos poucos os outros começaram a falar com Faur, o que para mim, foi um alívio, mas ainda havia uma tensão gigante no ar, não foi até Sarah falar comigo que eu tive a ideia.

– Luzes coloridas, você vai entrar em uma confusão enorme por causa delas, elas brilham quase cegantes... – Sarah falou, logo depois de parar na minha frente do nada.

– Acabou Sarah? Espero que sim, porque você me deu uma ideia, só me responde uma coisa, amanhã é sábado?

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– Frank, meu querido. – olhei para ele, piscando os olhos – Me faz um favor?

– Ok, o que você quer de mim? – sorri e expliquei tudo.

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– Não sei não Ariza, será que consigo?

– Você é super inteligente, claro que você consegue!

– Uma pulseira holoprojetora de imagem? Para deixar o Faur com uma cor normal?

– É ué, custa nada tentar... Mas eu a quero pra amanhã. – ele me fez uma careta. – Não dá pra arrastar um cara azul para uma boate, mais vários coleguinhas sem levantar suspeita, dá? – ele riu.

– Tá certo. Só preciso chamar alguns dos nossos amiguinhos. – tasquei um beijo na bochecha de Frank e sai para contar a novidade à galera.

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– Boate? Uma legítima boate americana? – fiz que sim – OMG! Pode me inclua nessa guria! – Alice estava elétrica com a ideia.

– Ok, então agora, só falta avisar 11 meninas e meia. – Alice franziu a sobrancelha.

– Meia?

– Victória, meio a meio. – dei língua e Alice começou a rir – Vamos dividir, e fale com os meninos que encontrar também. – ela fez joinha e saiu pulando.

E como a sorte sempre está à meu favor, o primeiro menino que eu encontrei foi Teddy, no elevador, sozinha. Cada um ficou de um lado, ele ainda não estava falando comigo, e eu tive que dar o braço a torcer.

– Fala esquisito. – Teddy me olhou – Sério você vai ficar sem falar comigo, só porque não quis te ouvir? Eu tô bem cabeça de tocha!

– Eu nunca falei realmente com você, garota atrasada. O quê você quer? – sorri.

– Se no mínimo, não sua inimiga, sem ser necessariamente amiga? Isso também, mas quero te chamar, junto com sua panelinha pra sair amanhã.

– Mas nós não podemos sair. – ele falou sério. O elevador parou no refeitório e nós saímos.

– Teddy, todos aqui foram expulsos de pelo menos duas escolas, quando foi que você aprendeu a respeitar as regras? – ele riu e assentiu.

– Você venceu, estamos dentro.

Luzes coloridas e confusão.

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Frank entrou no refeitório algum tempo depois.

– Toma. – Frank estendeu uma pulseira, bem parecida com a que nossos amigos de outro país usavam, perfeito.

– Será que funciona?

– Só testando pra saber. – ele deu de ombros.

– Então vamos testar! – peguei-o pelo braço e puxei-o até chegarmos ao elevador de onde Faur estava saindo – Precisamos de você mesmo, vem! – puxando Frank e Faur, levei-os até a parte mais escondida do refeitório, já que uma agente estava lá.

Frank colocou a pulseira em Faur e ligou.

– O que é isso?

– Uma pulseira para sairmos daqui amanhã.

– Hein? – nessa hora, Frank ajustou a pulseira e Faur piscou.

– Hm, muito branco, que tal um moreno tentação, Frank? – ele fez uma careta engraçada e Faur olhava as mãos.

– Informação demais. Mas você o quer moreno? Okay. – ele mexeu na pulseira e Faur ficou azul por um segundo, antes de ficar gatíssimo e moreno.

Então voltamos para o refeitório, eu já tinha desculpas para qualquer agente que perguntasse o que era aqui: “Ele estava se sentindo muito diferente”.

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– Uau, isso me lembra duma música: marrom bombom, marrom bombom, você é marrom bombom! – Alice cantou, assim que aparecemos, e Érica se juntou a cantoria.

Pude ver que a maioria das meninas ficou impressionada com Faur, o que a cor não faz, hein? Mesma cara, mesmo corpo, apenas uma cor nova, Brenda e Cassie, estavam de boca aberta.

Olhei para Teddy, ele assentiu, então olhei para Alice que sorriu amplamente, a fuga estava confirmada.


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Notas finais do capítulo

Pelo q eu entendi, todas as leitoras odeiam o Teddy, amam o Faur e tão shippando Fariza né? Ótimo, assim eu fico com o Teddy todo pra mim MWUAHUAHAUAHUAHA