Chaos escrita por Scoutt


Capítulo 10
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Ai gente, olha q lindo, olha que tudo! É sexta-feira e eu tô postando! ~internet, permaneça comigo, amém~
Agora vamos a história, lindas da tia! ♥



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Acordei com uma flor fazendo cosquinhas no meu nariz, talvez Alice tivesse tido um sonho maravilhoso, porque o quarto era apenas isso: flores, de todas as cores, pequenas flores perfumadas. Arrastei-me para fora da cama, até o banheiro e ouvi Alice acordando, iria me arrastar até o refeitório, mas uma batida na porta me interrompeu do meu plano diário quando eu ainda estava com a escova de dente na boca, um agente.

Eu havia sido convidada a aparecer no laboratório do andar 32, o porquê, não sei.

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Chegando à porta, ouvi vozes.

— Fantástico, uma maravilha, o melhor material genético que eu já vi!

— Menos Sally, menos. – clareei a garganta ainda na entrada.

— Bom dia? – uma doutora alta e de cabelos loiros escorridos até a cintura apontou para mim e Hill assentiu.

— Hum, não parece grande coisa.

— Hein?

— Ariza, ignore Sally. Está é Sally Hawking, chefe da equipe de genética das Indústrias Stark, ela queria lhe ver.

— Já viu? Porque eu estou morta de fome e quer descer para o refeitório. – Sally me observou e por fim soltou:

— DNA maravilhoso, mas essa boca... – Hill assentiu, queria a mandar para um lugar onde o sol não bate, mas me controlei – Mas tudo bem, não esperava menos. – sorri um pouco.

— Hum, e porque você queria me ver?

—Coisa de cientista. – ela piscou – Mas, também por uma pergunta. Tem certeza que foi drogada?

— Ai meu deus, de novo não, juro que não me droguei gente! – a doutora Hawking ficou séria.

— Não Ariza, acredito que não, mas seu DNA está absorvendo essas partículas estranhas tão rápido que não aprece que elas são algum tipo de droga, parece que elas fazem parte de você! Um DNA fantástico! Num DNA normal, qualquer substancia estranha dura ao menos uns... três dias? O seu é fantástico! – me virei para Hill.

— Posso descer? Ela tá me assustando. – disse com uma careta, Hill assentiu.

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Sai do elevador e comecei a descer o pequeno lance de escadas para o refeitório, todas as cabeças se viraram para me ver, inclusive uma cabeça loira que devia estar cheias de imagem de como me queimar diversas vezes, como infernos eu sabia daquilo e porque dei uma de analista?

Caminhei para a mesa onde Teddy estava sentado com Dale, Simon e Nick, o chamei dois passo longe da mesa.

— O quê quer? – ele me encarava friamente.

— Pedir desculpas, sabe, pelas coisas que eu disse ontem, não sei de onde veio aquilo.

— Eu sei. – não sabia aquilo era porque ele acreditava em mim, ou porque ele sabia de onde aquelas palavras tinham vindo, daquelas imagens horríveis.

— Então tudo bem? – ele deu de ombros e virou-se de volta para a mesa, deu um passo e se virou de novo, então seu rosto mudou para algo, e ele gritou quando se arremeçava em cima de mim.

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Cuidado!

Demorei a entender o grito, mas quando entendi tudo era luz, uma luz cegante e acho que desmaiei.

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Abri os olhos e vi minhas mãos, amarradas em uma cadeira, palmas para cima e desenhos estranhos nelas.

— Quê? – consegui dizer, levantei o rosto e vi pares de olhos laranja – Você?

O barman sorriu, ainda no escuro, então caminhou para a luz e eu perdi a respiração.

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Além de olhos laranja, havia garras no lugar de pés e grandes asas brancas com pequenos respingos de cor. Fez uma reverência perfeita, mesmo com aquele troco nas costas.

— Quem é você? – apena sorriu – Hum, você não fala inglês?

— Falo, posso aprender quaisquer das suas línguas humanas.

— Hum, inteligente, mas ligeirinho, me diz: que que eu estou fazendo aqui? Aliás, onde é aqui?

— O santuário da deusa. – Fanático religioso? Maravilha.

— Certo, certo. E o que eu estou fazendo aqui? – enfatizei o eu, pra ver se o papagaio ali entendia de uma vez o que eu queria dizer – Você me drogou e agora me sequestrou, é isso?

— Aquilo era um teste, você bebeu um induzidor. – sorriu.

— Oh merda, e pelo visto passei no teste? – ele assentiu – Ok, mas o que você quer de mim?

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Força. Você tem a força que eu preciso para invocar a deusa, força que nem os deuses têm, algo dentro de você lhe torna maior. – Acho que nem um tradutor ajudaria, talvez um daqueles carinhas que resolvem enigmas me ajudem?

— Ok, e como você planeja fazer isso? Talvez eu ajude? Uma dancinha, levantar um peso, um fio de cabelo? – ele sorriu.

— Me dê sua vida. Morra no altar. – minha pulsação disparou e algo aqueceu dentro de mim, instinto de sobrevivência, talvez?

— Muito legal essa sua lealdade para com sua deusa, mas eu não vou morrer por ninguém. – mais um sorriso.

— Você já está. – um calafrio.

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Uma rápida olhada para baixo e de forma estranha eu consegui entender, havia desenhos estranhos no meu colo, braços e pernas, e todo aquele emaranhado negro dizia apenas uma coisa: morte.

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Senti energia indo embora, me deixando, ao menos o sacrifício humano desse cara, era limpo, iria morrer com todo o meu sangue e a cabeça no lugar, o sentimento me golpeou: iria morrer. E assim como o calor começou, continuou se expandindo, rápido e quente, eu não iria morrer. Não hoje.

Meus lábios se mexeram, e em um instante tudo era luz, em outro eu estava caindo.

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Luz no meu olho direito, luz no meu olho esquerdo, vozes.

— Onde ela esteve?

— Muito fácil perguntar, mas não havia nem sinal dela ainda ontem, é como se ela tivesse deixado de existir, você viu o que os localizadores estavam apontando.

Abri os olhos e vi Banner e Stark se encarando, gemi. Banner me olhou de soslaio e saiu, Tony me encarou.

Espero que você possa dizer onde esteve? – não era uma ordem, soava mais como um pedido, um afago, pisquei e tentei um sorriso.

Eu podia, acho que podia.

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— Então deixe ver se entendi, era um homem papagaio com a cara do Brad Pitt? – Pepper, que havia se juntado a nós colocou uma mão na face e balançou a cabeça baixa.

— Isso Tony! – Ele me lançou um olhar incrédulo e depois sorriu pra Pepper, que ergueu a cabeça em um sobressalto e respirou fundo, levantando-se da poltrona com o tablet que ela carregava sempre por aí como uma extensão do seu corpo.

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— Então, agora que Anthony e você estão mais sérios em relação ao seu sequestro, será que podemos conversar?! – Tony sentara numa das poltronas e eu me encolhera um pouco durante o sermão de Pepper sobre como nós nos parecíamos em relação a ser sequestrados.

— Ariza, diga novamente às coisas que você se lembra do seu sequestrador para que Jarvis faça um esboço dele, porque acho difícil você e Tony estarem certos sobre qualquer coisa.

— Também te amo Pepper. – Tony sussurrou, mandando um beijinho.

— Quieto Stark! – o beijinho morreu com o spray altamente ácido que ela lançou.

— Bom dia senhorita Ariza. Como era o seu agressor fisicamente? – Jarvis saiu de um dos alto-falantes depois de Pepper apertar algumas coisas no tablet. Já ouvira falar de Jarvis, mas nunca tinha batido um papo com ele, não sabia como começar uma conversa.

— Bom dia Jarvis? – silêncio – Bom, alto, talvez a altura de Brian. Bonito, pele dourada, olhos laranja, asas em um tom terroso com algumas penas escuras e umas ou outra colorida em um tom frio... Há, e também havia garras no lugar de pés.

— Acabado, Sra. Potts, vou mandar para seu tablet. – ouvimos Jarvis.

Pepper olhou para o tablet assim que algo chegou e franziu as sobrancelhas.

— Certo, agora precisamos de alguém que identifique nosso Brad Pitt alienígena. – Tony riu um pouco, mas só um pouco mesmo.

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Endireitei-me na maca, pela segunda vez em menos de um mês eu estava numa maca.

— Vou falar com Banner. – Tony falou, se dirigindo à porta.

— Não seria mais fácil ele vir? – Pepper viu Tony olhando para mim – Certo, certo, vá. – fez um movimento de mão o liberando.

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Algumas horas depois, eu já havia tomado banho, almoçado, jogado no tablet de Pepper, depois de muita insistência, e só então Tony voltou.

— Antes tarde do que nunca. – falei, assim que Tony apareceu no meu campo de visão, ainda do lado de fora do quarto – Foi buscar alguém em outro mundo Stark? – brinquei, assim que ele entrou no vão da porta.

— Basicamente. – falou, dando espaço para o grandalhão loiro vestindo uma armadura – Ariza quero que conheça Thor. – abri a boca quando o brutamonte se espremeu dentro do meu quarto, o espaço parecia ter se tornado ínfimo na presença dele.

— Seu irmão destruiu NY. – foi à primeira coisa que escapou da minha boca grande. Ele estreitou os olhos. - Mas você ajudou a pará-lo e o levou embora, então você é legal. – tentei um sorriso que mais deve ter se assemelhado a uma careta.

— Tony, onde arranjastes esta criança? – ouvi dizer que Thor falava estranho, mas isso era ridículo.

Olhei para Tony e quase pude o imaginar dizendo: “No manicômio mais próximo.” Ou reformatório, não sei o que escolheria, mas meu pensamento foi interrompido.

— Thor, por todas as horas que passei lhe corrigindo, fale “normal”! – uma mulher pequena e aparentemente frágil entrou atrás dos dois – Jane Foster, prazer.

Ela me lembra a Darcy. – Thor pareceu se esforçar para falar essa frase, hm, simplesmente difícil para ele.

— Ariza O’Neill. – respondia ao cumprimento da tal Jane Foster – E isso de Darcy, é bom ou ruim?

Péssimo. – Tony e Thor responderam em uníssono, ao passo que Jane e Pepper responderam, também em uníssono: — Podia ser pior. E deram um sorriso.

Convenci-me a deixar pra lá.

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— Certo Stark, em que o Homem do Tempo pode me ajudar? – Tony não respondeu, já que o loiro se adiantou.

— Vendo o desenho que Jarvis fez do seu raptor, é muito provável que seja um Fugl-draps1, uma espécie de harpia selvagem. – arregalei os olhos e tentei sorrir.

— Bom, então só precisamos achar esse cara agora?

— Bem, se essa espécie de Harpia não tivesse desaparecido a alguns milhões de ano seria mais fácil. – Thor respondeu – Tens certezas do que viste criança? Apenas um dessa raça tinha olhos laranja, e eu duvido muito que um rei iria querer algo com uma mera humana... – cotovelada de Jane, obrigado Jane!

— O que Thor quer dizer, é que, ele não vê a real importância do que tal ser teria para lhe seqüestrar, não é isso Thor? – Thor assentiu e Jane se aproximou de mim passando algo semelhante a um detector de metal para cima e para baixo e murmurando interessante de tempos em tempos, cientistas, cientistas!

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Ouve mais conversa, contei-lhes sobre as marcas negras, a tal deusa e o santuário. Ouvi de Thor que a deusa não existia mais, morrera quando seus fieis a abandonara, seus santuários foram destruídos pelas eras e as marcas negras nada mais eram que lenda, mas ainda sentia aquela lendo queimando em meus braços, descarregando minha força e fazendo mais ainda surgir dentro de mim. Havia reinos livres, reinos fora de Yggdrasil, Thor dizia que eram partes de lendas, e tive vontade de dizer que para mim ele já fora uma lenda.

Enquanto eles conversavam, vi algumas imagens na minha cabeça enquanto olhava para a tela do tablet ainda na minha mão, marcas negras, calor, então fogo, então ouvi minha voz.

Fogo, o falso queima com o fogo, a deusa não deve ser perturbada, não agora, não ainda. – os quatro não ouviram o que disse, ou ouviram e acharam que estava delirando, mas me senti como se nas mãos de um ventríloquo, mas quem seria meu ventríloquo?

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Eles se despediram e começaram a sair, Jane e Thor falavam algo sério com Tony e Pepper tomou de mim o tablet antes de ir embora.

— Pepper – ela parou no vão da porta - , quanto tempo eu dormi?

— Três dias inteiros. – arregalei os olhos – Agora posso chamar os outros, eles pediram paralhe ver assim que estivesse bem, isso ou teremos um motim! – ela começou a andar.

— Pepper? – ela parou novamente.

— Hum?

— Meu pai? – ela sorriu sem emoção.

— Tony ligou para ele, mas ele parecia muito ocupado com algo, desculpe. – ri sem nenhuma emoção, o que mais esperar do meu pai? – Você está bem? – sorri.

Maravilhosa, chame os outros! – ela sorriu e saiu, me deixando só por um tempo, que pareceu uma eternidade, enquanto internamente eu chorava e gritava, e em um ponto silencioso na minha mente, o grito surdo era: Eu quero meu pai.

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De volta ao meu quarto, Pepper trazia consigo Faur, Frank, Alice, Seth, Selma, EunBi e Peter, sorri para todos, mas foram as presenças do lado de fora me impressionaram um pouco.

— Ah, entrem logo! – pedi, por cima do abraço onde Alice e EunBi me esmagavam.


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Notas finais do capítulo

1- Palavrinha inventada com base no alemão, o que significa? Bem, o termo completo era "ave assassina", o translate traduziu pra 'drapsmann fugl', ai eu formulei isso ai, espero que tenha ficado bunitinho u3u



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