Lost Wings escrita por Slendon6336


Capítulo 4
3. Tacos de Macarrão


Notas iniciais do capítulo

:) - Recebi mais um. Não sei se isso vai dar certo...
Este capítulo ficou meio mal-escrito, mas não achei meios de arrumá-lo. E... Nem está tão ruim assim! Mas então, chega de enrolar!
~Boa Leitura o/

Recomendação do capítulo: (Tá demais hoje gente!)
Música: It's Raining Tacos - Nightcore
Link: https://www.youtube.com/watch?v=_IaqR5YwETw

E ninguém mandou música ainda... MANDE SUA FAVORITA TAMBÉM XD



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Ezekiel

Pulei da cama assim que chequei o relógio. Não faço a mínima ideia de como fui parar no meio daqueles cobertores, porém aquela era minha última preocupação. Hoje é sexta-feira, o que significa duas coisas: Pagar Matthew e os primeiros preliminares do campeonato nacional de pôquer que ocorreria na cidade vizinha.

Eu deveria estar acordado desde as cinco da manhã, mas meu despertador estava no meu outro quarto, onde pretendia dormir. Ou seja, acordei uma hora e meia atrasado.

Corri para o meu quarto e me troquei com as primeiras coisas que vi: jeans escuros e desgastados, uma camisa branca de botões e um colete preto que encontrei debaixo da cama. Depois disso voei para o banheiro, saindo de lá junto com o som da descarga, a boca espumando pasta de dente com a escova entre eles e tentando desajeitadamente fechar o cinto com uma única mão. Ainda pretendia comer alguma coisa enquanto saia de casa, e preparar naquela mesma hora pareceu uma boa ideia.

Quando cheguei à cozinha, parei subitamente. Jim estava acabando de colocar um prato em cima da mesa que exalava um delicioso odor. Meu cérebro reconheceu aquilo como alguns tipos de tacos de macarrão... ‘Péra. Macarrão?!

– Bom dia – Ele sorriu um pouco tímido – Eu espero que não se importe de ter usado sua cozinha.

– Não, não – Saiu tão abafado que mais pareceu um “nom, nom” – Você me ajudou muito!

Voltei correndo para o banheiro, lavando minha boca e voltando finalmente para a cozinha. Peguei um dos tacos e dei uma mordida. Estava muito bom, para a minha surpresa. Peguei mais alguns enquanto falava com Jim:

– Você não tem planos para hoje, tem? Porque eu ia pedir sua companhia... Hmm, cara! Isso tá bom demais.

– M- minha companhia? – Indagou perplexo.

– Sei que a gente mal se conhece, mas eu meio que salvei a sua vida e você também meio que salvou a minha – Respondi – Quem sabe não nos tornamos amigos depois de algumas conversas?

– Hã... Tá bom – Finalizou depois de muito hesitar.

Peguei-o pelo pulso e o arrastei para fora do apartamento. Moro em um bairro fácil da cidade e vários taxis passavam pela rua, deixando bem mais prático a vida de pessoas sem carro ou moto como eu. Acenei para um táxi qualquer e já entramos correndo.

– Rua Bohëmmer-sei-lá-do-quê, por favor – Pedi, ainda mastigando o último pedaço de taco. Matthew podia ter escolhido uma rua com um nome menos complicado. Nem era do meu idioma aquilo!

Felizmente o taxista soube bem onde ficava tal lugar e já deu a partida.

– Se o senhor puder correr eu agradeceria. Estou atrasado – Eu sorri para o homem pelo retrovisor interno, já ele não me pareceu muito contente.

– Aonde vamos? – Jim quis saber interessado.

– Preciso ver meu amigo – Peguei um cigarro no bolso da calça e o coloquei entre os lábios. Estava prestes a acender o isqueiro quando fui interrompido pelo motorista.

– Não fume dentro do veículo, senhor – Praticamente rosnou.

Olhei feio para ele, todavia guardei o cigarro novamente no maço.

– E depois vou para o campeonato de pôquer.

– Pôquer, é? – Jim levantou uma sobrancelha, sorrindo.

– Gosta? – Sorrio de volta.

– Nunca joguei, mas sempre amei.

Com isso, rimos.

...L&W...

Depois de pagar o táxi (Passei a perna nele, mas isso é o nosso segredo), Jim e eu andamos mais alguns metros até um beco da periferia. Por ser cedo, o ar era gelado, dando uma cara mais acabada ainda para aquele bairro.

O beco era entre dois prédios não muito altos de tijolos. As paredes estavam pichadas quase por inteiro e uma lata de lixo estava revirada. O grupo de Matthew estava ali, uns dormindo, outros brincando com canivetes e mais outros bebendo direto da garrava. Os caras eram assustadores, a maioria com tatuagens ou piercings. É; Matt era o único menos estranho dali.

– E aí Ezekiel – O loiro veio me cumprimentar com um toque de mão – Está atrasado.

– Ah... ‘Malz aí, cara – E então pude finalmente acender meu cigarro em paz.

– Vocês fumantes – Matthew revirou os olhos.

– Qual é o problema? Se você não gosta, por que namora com um? – Sorri de lado, franzindo uma sobrancelha.

– Shhhhhh!!! – Ele me empurrou alguns passos para trás, se afastando do grupo. Quando voltou a falar, sua voz estava sussurrando – Esses caras ainda não sabem sobre a minha sexualidade então cale a boca. Se ficarem sabendo, vão me encher para sempre!

Eu ri, deixando-o nervoso.

– Meu dinheiro – Falou normalmente assim que se afastou.

Abri minha carteira e comecei a contar as notas altas que a enchia. Soltei a fumaça pelo nariz e entreguei três mil em dinheiro vivo nas mãos de Matthew.

– Espero que isso pague suas dívidas.

– Uma parte delas sim – Meu amigo guardou as notas nos bolsos – Mas o resto eu posso muito bem pagar.

Matthew trabalhava com coisas que pessoas da idade dele não deveriam trabalhar. Mas aquilo resultava em um bom dinheiro. Apesar de tudo, ninguém ainda pensava em investir em drogas de um menor de idade, e é aí que entro em cena. Dou 50% do dinheiro que ganho no pôquer para Matt, na intuição de que ele gaste para sobreviver. Comprando comida, preenchendo algumas dívidas, coisas assim.

– E o rapaz? – Matthew indagou, indicando Jim com a cabeça. Ele por sua vez parecia perdido, como se fosse um ladrão descoberto em um posto policial.

– Ah, o nome dele é Jim – Eu sorri – Faz os melhores tacos de macarrão que eu já comi na vida – Virei-me para o moreno – Venha cá.

De um jeito envergonhado, ele veio até mim. Joguei meu cigarro no chão e apaguei-o com a sola do sapato.

– Não se preocupe, não assassinamos pessoas – Falei em tom debochado.

– Bem, não nós – Destacou Matthew, apontando então para o grupo atrás dele – Agora, eles...

Rimos com aquilo, porém Jim pareceu desconfortável. Claro, conhece um cara há menos de seis horas e descobre que ele está envolvido com gangues assassinas. Supernormal.

– Matt, me vou – Dei algumas tapas em seu ombro – Tenho um jogo para ganhar.

– Okay, quero o dobro de dinheiro semana que vem – Exclamou ele com um sorriso cafajeste.

Olhei para a rua e então me lembrei de que o local do torneio era em outra cidade.

– Hey, você poderia me emprestar um carro? – Gritei para o loiro que estava prestes a sair pelo outro lado do beco.

– Tenho não, meu amigo – Com isso, olhou para um rapaz forte e tatuado dos pés a cabeça logo ao seu lado, que bebia calmamente uma garrafa de vodca. Acenou algo e o grandalhão se aproximou de um carro qualquer na rua. Agachou-se perto dele com um canivete e cortou algum fio por baixo do capô. Logo depois quebrou o vidro da janela, destrancando a porta do carro vermelho-desbotado por dentro e oferendo o veículo para mim. Foi tão fácil roubar um carro que quase me deu vontade de rir.

– Valeu – Acenei para Matt e para o rapaz que havia me descolado a máquina – Te trago o triplo!

Pude dar a partida e logo Jim e eu começávamos a trafegar pelas ruas da periferia.

– Tem medo de gente como nós? – Perguntei depois de cerca de cinco minutos de silêncio.

Jim sorriu.

– Nada. Só um pouco excitado em saber que conheço gente assim – E esticou uma garrafa de whisky, que eu posso jurar que pertencia a alguém do grupo de Matthew – Eu poderia fazer parte.

Gargalhamos. Jim realmente me parecia um rapaz legal.

Era do meu tipo.

Este é o Aiezer:


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Notas finais do capítulo

ESTÁ CHOVENDO TACOS!

Comentem porque eu respondo tudinho agora XD Claro que se você me mandar um bilhete te responderei com um bilhete e se você me enviar um 'texto' eu te respondo com um texto. Se estiver favoritando ou recomendando estará me ajudando MUITO. Obrigado para quem leu e espero que tenham gostado. o/



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