Seu nome é Shine escrita por Cake


Capítulo 4
Perdões da Falecida


Notas iniciais do capítulo

MUITAS EMOÇÕES NESSE CAPÍTULO, UHUU!!!! Mais uma vez, desculpem-me pela demora. A sorte realmente não está ao meu favor. Primeiramente, uma força do além proibia que eu passasse o que está na minha cabeça para o papel. Quando finalmente consegui escrever algo, a internet acabou e fiquei dependendo do 3G lerdo do celular por três dias. Quando voltou, aproveitei para responder um comentário e jurei que ia publicar o capítulo naquele dia, mas não consegui escrever pois os meus primos estavam aqui em casa. Logo depois, a internet caiu novamente, tiveram que trocar o roteador daqui de casa e finalmente consegui postar! Não é desculpa esfarrapada like meu cachorro comeu meu dever de casa. Sério, realmente aconteceu. Enfim, vou parar de enrolar. Boa leitura, gente! :333



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– Você precisa nos explicar o que aconteceu, sem nenhuma resposta, não poderemos ajudá-la. - tentou Bruno convencer Shine. Todos estavam sentados na mesa da cafeteria, Shine bebia um chocolate quente envolta do casaco do rapaz, aparentemente tímida. Até mesmo Jenna tentou arrancar algo dela, infelizmente fracassando. Shine balançou a cabeça negativamente.

– Vocês todos estão sendo muito gentis, muito obrigada, mas... Eu não posso. - respondeu a garota em um volume quase inaudível - Eu queria muito, de verdade, mas eu preciso ter certeza que a garota de cabelo rosa...

Jenna bufou, atraindo a atenção de todos. - Querida, fala logo quem é essa garota. Você já estragou toda a viagem, então pelo menos colabora. Além do mais, seja minimamente grata ao Bruno. Ele não foi obrigado a te salvar, nem de te emprestar o casaco e muito menos de te pagar um chocolate quente desses.

– Você tem razão... Me desculpa mesmo, é... Seu nome é Bruno, certo? - o rapaz assentiu com um leve sorriso, Shine continuou - Eu não posso contar por um motivo: ela pode estar aqui. Eu tenho quase certeza de que ela foi responsável por isso tudo, pois até onde eu me lembro, ela foi a primeira pessoa que me viu após...

Até mesmo Vítor estava interessado em ouvir o relato da garota. Percebendo ser o centro das atenções no momento, a jovem corou. Permaneceu calada por longos segundos, como se esperasse alguém dizer algo. Ao ver que Jenna já abriria a boca para protestar, respirou fundo e continuou.

– Eu queria muito continuar, mas eu não... É perigoso. Quanto eu menos falar, melhor - Bruno rapidamente soube que era verdade pelo modo como Shine falava. A ruiva estava com medo. O rapaz sentiu pena mais uma vez, ele queria protege-la para que nada do mundo ferisse aquele seu corpo frágil.

Ele tocou sua mão de forma protetora e sorriu, o que impressionou a jovem. - Nada vai te machucar. Enquanto eu e a Jenna estivermos aqui, você estará segura.

– E por acaso eu disse que protegeria essa daí? Por favor, né! - exclamou Jenna - A gente chama a polícia e está tudo resolvido. Se ela não contar aqui, vai ter que contar na delegacia. Ainda tenho o número do meu ex que é tira e...

Bruno pela primeira vez no dia não a ignorou. - Não iremos chamar a polícia. Ela vai contar, só não se sente segura. Enfim, vou pagar a conta e depois vamos todos para o carro.

– Não precisa, Bruno... Eu arranjo um emprego e um lugar para ficar. Muito obrigada, mas...

– É perigoso. Vamos leva-la para um lugar em que você se sinta confortável para nos contar o ocorrido. Vai ficar tudo bem, confia em mim.

Shine saiu do café junto de Vítor enquanto Jenna e Bruno caminharam em frente. Jenna aproveitou o momento sem a jovem desconhecida para finalmente conversar a sós com o rapaz.

– Você pelo visto esqueceu que estamos juntos, não é mesmo? - perguntou Jenna bastante séria - Se não quiser mais ficar comigo, tudo bem, eu entendo. Não quero que alguém fique me aturando por obrigação, já passei por isso... Caso algo te incomode, Bruno, abra-se comigo. Eu posso parecer meio durona as vezes, mas por dentro eu sou uma pessoa como todas as outras.

O rapaz realmente se impressionou com as palavras da namorada. Um silêncio desconfortável formou-se entre eles, até que Bruno finalmente resolveu se manifestar.

– Já percebi o quanto você alfineta a garota. Se você quiser saber mesmo a verdade, ela é como uma criança pra mim. Indefesa, precisando de proteção. Eu quero apenas salva-la. Espero que entenda.

– Eu também a vejo assim. - respondeu Jenna imediatamente - Mas eu não tinha certeza se você pensava a mesma coisa. Tenho que admitir, hunnie, mas vocês são bonitinhos juntos. Ela é muito mais do que eu.... Eu não sou bonita, não sou simpática, não tenho jeito com crianças... Por favor, ela é perfeita!

– Melhor conversarmos isso em lugar mais reservado.

O casal manteve-se em silêncio ao longo da viajem. Bruno pôde perceber que a conversa entre ele e Jenna acabou prejudicando a todos. O clima estava péssimo, a tensão estava péssima.

...

Bruno já havia acabado todo o trabalho que precisava fazer no dia. Ele sempre fora bem rápido, tendo tempo de sobra para o seu filho. Colocou seu casaco que pairava sob uma cadeira, levantou-se e correu em direção á porta, a trancou e saiu do escritório. Ainda precisava fazer alguns minutos pelas ruas de Loster, esperando que dê a hora que buscar seu filho na escola.

O rapaz resolveu parar em um café perto de seu trabalho. Enquanto esperava a garçonete sentado sozinho em uma mesa pairada na calçada, conferiu as chamadas perdidas em seu celulare: casa de Jenna. Não importava qual das duas "amigas" fosse, ele não atenderia. Ele nem se estivesse sendo torturado, faria a loucura que Jenna propôs. Caso ela realmente mandasse Shine para o olho da rua, não importava o que precisasse ser feito, ele a salvaria.

– Deseja alguma coisa? - a garçonete riu ao ver Bruno. Havia algo de familiar nela que ele não sabia identificar - O que houve com você, Bruno? Fico tão diferente assim de cabelo tingido de azul? - o rapaz quase caiu da cadeira ao perceber quem era - É, sou eu mesma. Quanto tempo, não é mesmo? Ainda tenho que te agradecer muito pelo que fez!

Será que ela havia esquecido o que ocorreu? Como poderia agir tão naturalmente depois do acontecido? Bruno nem conseguiu responder. Achava que ela não olharia para sua cara depois do que os dois fizeram. Respirou fundo. É claro que ignoraria a ameaça de Jenna, mas...

– Meu Deus... O seu cabelo! Azul? - murmurou Bruno surpreso. Shine riu, aquela risada infantil da garota que encantava a todos.

O rapaz tentou sorrir com a situação, apenas esperava que não esbarrasse com Jenna bem ali. Mesmo parecendo uma ameaça sem nexo e mesmo tendo prometido para si mesmo que não a faria, ele não queria que a garota acabasse pagando por sua desobediência.

– Eu resolvi comprar um produto para descolorir meu cabelo. Estava curiosa sobre qual era a cor de cabelo da minha antiga eu. Meu cabelo é castanho! Mas eu a entendo por ter pintado de ruivo. Eu tenho sardas! Seria um desperdício ter sardas sendo morena! Ela deve ter perguntando "Meu Deus do céu, porque eu não nasci ruiva?". Aí tacou tinta laraja no cabelo! Pois bem, eu não gostei de como eu fiquei morena, aí resolvi comprar tinta azul para fazer umas californianas. Não me contentei e logo depois, taquei azul nele todo! É, eu tenho problemas. - Bruno sorriu - Enfim, eu não quero levar bronca da minha chefe, ela é um tanto...

– SHINE, A CASA TA CHEIA, ESSA É HORA DE NAMORAR? - gritou uma voz feminina que mais parecia masculina.

– É, eu disse... O que deseja?

– Não quero mais nada, obrigado. Eu só ia beber um café até o Vítor acabar as aulas, mas já são quase três horas. Tenho que ir. Foi bom te ver!

– Foi mesmo! Podemos marcar para nos encontrarmos um dia desses. Eu, você e Vítor.

– Pode ser... - desanimou ao lembrar da ameaça de Jenna. Levantou-se da cadeira, surpreendendo-se com um amigável abraço de

...

– Como assim a Shine pintou o cabelo de azul? - perguntou Vítor já dentro do carro - Ela virou gótica?

O rapaz riu, ele estava se sentindo tão feliz que poderia sair dançando pela e a qualquer momento. Uma pena mesmo que fosse tão importante manter a reputação em uma cidade pequena.

– Como foi a escola? - perguntou.

– Normal, como sempre... A única coisa de diferente foi uma professora nova que chegou. Ela é nova nos dois sentidos. É até mesmo mais nova que você! Ela também tem cabelo colorido, só que o dela não é azul e sim rosa!

– Uma professora de cabelo... Rosa? - a mente de Bruno viajou no tempo mais uma vez. Não poderia esquecer de Shine murmurando sobre uma garota de cabelo rosa inúmeras vezes e sobre sua recusa a explicar o que aconteceu. Aquela garota obviamente fora a responsável por tudo e agora era professora de seu filho! Não importava o que ocorrera antes da memória de Shine poder se lembrar, mas aquela mulher era perigosa. Sua felicidade imediatamente foi embora.

Ao chegar em casa, não conseguia pensar em outra coisa. Apenas os murmúrios de Shine e aquela professora ocupavam seu cérebro. O rapaz sabia que existiam inúmeras mulheres de cabelo rosa nos Estados Unidos, mas não por aquelas redondezas. Tudo bem que a antiga Shine não morava em Loster, obviamente, mas...

As horas se passaram rapidamente. Já eram dez da noite e ele não havia feito nada de produtivo. Deveria ligar para a Jenna e conversar sobre o que estava em jogo, mas felizmente não precisou. Meia hora depois, seu telefone tocou. Era Jenna.

Bruno: Que bom que ligou, precisamos mesmo conversar. Sobre a sua ameaça... Ela não faz nenhum sentido, já que vocês são tão amigas. Já expliquei que não tenho nada com Shine, a vejo apenas como uma amiga. De qualquer maneira, não devo nada a você. Vamos conversar e...

Jenna: Por favor, Bruno, esquece tudo aquilo! Não sei onde estava a minha cabeça na hora! Me desculpa mesmo. Eu não estou bem, de verdade. Se você puder me perdoar... Shine disse que vocês se encontraram hoje e que você estava estranho. Caso você tenha considerado a ameaça, esqueça. Sim, eu ainda te amo, mas vou fazer de tudo para poder superar. Agora eu vou ter que desligar. Não diga nada! Queria que essa ligação fosse algo muito breve e não vou prolongar. Ai, onde eu estava com a cabeça? Aquilo tudo que eu falei na nossa última conversa foi doentio! Eu obrigar você a casar COMIGO? Me desculpa e... Oh meu Deus, já falei demais. NÃO RESPONDA! Adeus, Bruno...

Sua ex-namorada desligou rapidamente, ele não teve nem a oportunidade de responder. Tentou ligar mais uma vez, sem obter resultados. Resolveu tentar dormir, mas não conseguia parar de pensar na ligação. Além disso, não conseguia ligar os pontos. Como que Jenna pôde ter mudado tão rapidamente? Havia mais coisa naquela história e ele faria de tudo para descobrir.

...

Bruno atendeu rapidamente o telefone. Estranhou alguém ligar aquela hora da madrugada. Só podia ser Jenna. Ela não fora nem um poucou clara na última conversa, eles precisavam de mais palavras, de mais tempo. O telefonema era mesmo de seu número, só não esperava que fosse muito mais grave

Shine chorava desesperadamente do outro lado da linha. Bruno perguntou o que havia acontecido, mas a jovem não conseguia responder em meio as lágrimas. Depois de ouvir apenas o choro desesperado da garota, ela conseguira murmurar algo.

– Bruno, a Jenna... Ela... - Shine respirou profundamente - Ela morreu, Bruno!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, gente. Qualquer erro de português, podem corrigir. Até agradeço, porque estou sem beta e publiquei esse capítulo meio na correria. Enfim, obrigada por terem lido! Até mais!!! *^*



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