Temporits Actis escrita por Krika Haruno


Capítulo 28
Capitulo 28 Admiratio




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Peixes

Albafica estava sentado na porta de seu templo com o olhar dirigido para as luzes que vinham do acampamento.

— Você pensa muito nela não é? – Afrodite sentou ao seu lado.

O pisciano do passado não disse nada e nem o olhou.

— Athina é uma garota especial. – voltou o olhar para onde ele mirava. – e ela gosta muito de você.

— Não deveria. – respondeu seco. – não tenho nada a lhe oferecer.

— Tem certeza? – sorriu.

— Tenho. Alem de ser um cavaleiro, tem o meu sangue. Eu posso matá-la.

— Se houvesse um jeito você tentaria?

— Como assim? – o fitou.

— Se seu sangue deixasse de ser venenoso o faria?

Albafica calou-se. Já sabia a resposta daquela pergunta, alias já tivera a oportunidade de fazer isso, no entanto...

— Já tive essa oportunidade. – voltou o olhar para o acampamento. – há muitos anos atrás.

— Teve a chance de curar-se? – indagou surpreso.

— Sim... – ele deu um longo suspiro. – Meu mestre havia me dito que numa ilha próxima havia um homem capaz de curar qualquer mal. Inclusive o meu sangue. – fitou o sueco. – tinha pouco tempo que havia ganhado a armadura e ...

Afrodite continuou calado, temendo que uma intervenção o fizesse desistir de contar.

— Athina tinha vindo ate o meu templo devolver minha capa. Como sempre, fui rude com ela, pois era a única forma de mantê-la afastada de mim, contudo...

— Sentiu-se culpado. – disse.

— Sim. Sinto-me culpado toda vez que ela se aproxima de mim.

— Então, sentiu vontade de ir ate a essa ilha curar-se. Por ela.

— Isso mesmo. Mas já deve imaginar o preço a se pagar. Sem o meu sangue não poderia usar o ataque das rosas com perfeição. Correndo o risco de ser morto por elas.

— Eu sei.

— O que sinto pela Athina é tão grande quanto o meu desejo de servir Atena. Contudo eu não poderia ter os dois. Preferi continuar sendo cavaleiro, pelo menos assim poderia defendê-la.

— Entendo, mas não perca as esperanças. Ao final da sua missão pode voltar a ser uma pessoa normal.

— Não quero que ela me espere por todo esse tempo. Seria injusto.

— Não é questão de ser justo Albafica. Athina gosta de você e esperaria o tempo que fosse preciso para vê-lo curado. Não tenha duvida disso.

O pisciano do passado não disse nada.

— Bom... – Dite levantou. – vou indo. Amanha teremos um longo dia. Boa noite.

— Boa noite e parabéns pela armadura. Você a ter recuperado prova que é um cavaleiro digno.

— Obrigado.

Afrodite entrou, deixando um cavaleiro pensativo.

— “Você me esperaria? Você me esperaria pelo tempo que fosse necessário?” – olhava para o acampamento.

Virgem

Desde o fim da reunião Asmita ficara em casa meditando.

Marin que estava em Leão só esperou que Lithos e Áurea saíssem para ir a Virgem.

Encontrou seu morador no mesmo local que o vira pela manha.

— Asmita.

Ele não respondeu, o que a deixou apreensiva, será que ele arrependera, e que tudo não havia passado de um equivoco?

— Precisamos conversar. – a voz dele saiu fria. – venha.

A amazona não disse nada apenas acompanhando-o. Ficou surpresa quando ele abriu a porta do quarto dele.

— Aqui ninguém vai interromper ou escutar a nossa conversa.

Ela concordou, na sala poderia passar alguém.

— Sente-se. – indicou a cama.

Ela obedeceu. Ele sentou ao lado dela, mas ficou em silencio por um tempo.

— Você conversou com o Capricórnio?

— Sim... – abaixou o rosto. – ele ouviu tudo.

— Ele estava aqui?

— Sim.

— E o que disse a ele?

— A verdade.

Asmita engoliu o sorriso, por um lado havia gostado que o cavaleiro descobrisse a verdade, por outro queria que as coisas continuassem como eram. Mesmo Marin dizendo não se importar com sua cegueira, aquilo era um problema.

— Estamos na iminência de uma batalha final. – disse.

— Eu sei.

— Acredito que amanha o mestre dará a ordem.

— Sim...

— É melhor pararmos por aqui Marin.

— Acha que não podemos realmente ser felizes? – não o fitou.

Ele não respondeu.

— Com o fim dessa batalha, tenho a certeza que aparecerá um jeito para voltarem para o futuro.

— Não há como. Só Chronos tem esse poder.

— Sempre há uma possibilidade. Sou realista por isso não quero correr o risco. Pois não suportarei sua morte ou a sua ida.

Marin o fitou surpresa.

— É melhor não termos lembranças.

— Se vou morrer ou voltar é uma situação futura. – o cortou. – deveria saber melhor do que ninguém que a vida de um cavaleiro é feita do presente. Não importa o que vai acontecer amanha, importa o que vai acontecer hoje.

— Por que torna as coisas tão difíceis? – a fitou.

— A vida nem sempre é fácil. Não tente me convencer que devemos ficar separados.

— Eu não quero que fiquemos juntos, pois não quero separar depois.

— Não é só nós que corremos esse perigo Asmita. Lithos e Selinsa também. – Lithos havia contado sobre o casamento das duas.

— O que quer dizer?

— Shaka e Selinsa. Lithos e Sísifo. Eles não se importam com o amanha.

— Shaka? – indagou surpreso.

— Não sabia?

— Não. – respondeu totalmente surpreso. – Hasgard vai querer matá-lo. – deu um sorriso.

— É. – sorriu ao vê-lo sorrir. – mas acho que no fim ele  vai aceitar.

— Duvido. Mas não mude de assunto.

Marin o fitou séria.

— Você quer que eu vá embora? Se realmente achar que não há como, eu vou embora.

Asmita a fitou, ela parecia está decidida.

— Se eu pedisse você iria mesmo?

— Sim.

Seguiu alguns minutos de silencio, se Marin fosse mesmo, a situação seria menos penosa, mas o simples fato de não tê-la perto...

— Pode me prometer uma coisa?

— O que?

— Se a batalha se estender demais e não houver jeito de salvar o santuário promete que vai embora daqui? Não quero... – abaixou o rosto.

— Sou uma amazona.

Ele não disse nada, a conhecia suficiente para saber que não abandonaria uma batalha.

— O meu lugar é aqui defendendo o santuário ao seu lado.

O cavaleiro deu um sorriso.

— Vou ficar sempre ao seu lado. – ela disse.

Asmita a fitou e com cuidado retirou a  mascara que cobria o rosto da amazona, com as pontas dos dedos percorria cada parte desenhando mentalmente o rosto dela. Ela fechou os olhos sentindo o toque dele.

— Gostaria de te ver.

— Me veja através de suas mãos.

O cavaleiro deu um leve sorriso e depois a beijou. Aos poucos foi deitando-a na cama, começando a estudar cada centímetro do corpo dela.

Leão

Depois de deixar Lithos seguir para Sagitário e despedir-se de Áurea e Marin, Aioria deitou em meio as almofadas. Estava mais tranqüilo por saber que Shaka estava acordado e que MM estava bem. Regulus depois de vestir seu pijama foi para sala.

— Algum problema Aioria?

— Nenhum. Só estava pensando.

— Lithos e Sísifo estão casados e não há nada que você possa fazer. – disse sentando perto dele.

— Não era isso que estava pensando.

— Então no que? -  o fitou com curiosidade.

— Tenho certeza que amanha será decisivo.

— Mestre Sage vai nos enviar para a fortaleza?

— Você não. – sentou. – você vai ficar aqui.

— De jeito nenhum! Vou lutar contra os titãs!

— Vai ficar aqui protegendo o santuário e as meninas. – disse sério.

— Não vou Aioria. Sou tanto cavaleiro quanto você, meu lugar é na batalha.

— Você é teimoso hein?

— Igual a você.

Aioria deu um suspiro desanimado. Não adiantaria, não conseguiria convencê-lo.

— Faça como quiser.

— Eu não serei um peso. – sorriu. – eu posso te pedir uma coisa?

— O que? – coçou a cabeça ressabiado.

— Me ensina aquele seu golpe de prótons?

— Ficou doido?? Claro que não!

— Por que....? – fez bico.

— É um golpe perigoso e para piorar você ainda não usa a armadura, morreria rapidinho.

— Não sou tão fraco assim!

— Não se trata disso. É um golpe que precisa uma quantidade muito grande de cosmo e por enquanto você não tem.

— Sem graça.

— Mas te prometo uma coisa.

— O que? – o fitou desconfiado.

— Quando conquistar a armadura e crescer mais um pouco te ensino.

— Mas eu já sou grande.

— É um pirralho ainda. – brincou com os cabelos loiros. – e já estava ficando tarde, já para cama!

— Não manda em mim! E não sou um pirralho!

— É. – levantou e sem cerimônia o pegou pela camisa arrastando-o. – já pra cama.

— Aioria me solta!

— Não. – abafou o riso. – “essa era a sensação que Aiolos sentia ao fazer isso comigo.” – é muito bom.

— Aioria!

O leonino mais velho gargalhou e mesmo com os protestos do garoto o levou para o quarto.

Áurea que tinha saído na companhia das meninas havia tomado o rumo do templo. Sem muito o que fazer apenas restava-lhe dormir. Foi para seu quarto contudo não pegou no sono e preocupada com o sumiço de Shion resolveu ir ate Áries para procurá-lo.

Andava distraída pelos corredores quando topou com Hakurei.

— Ainda está acordada?

— É... – ficou sem graça. – estou sem sono... vou dá uma volta.

— Realmente a noite esta tranqüila.

— O dia hoje foi tumultuado.

— E creio que amanha será pior.

— Os titãs...

— Provavelmente. Áurea.

— Sim?

— Preciso que me faça dois favores.

— Pode dizer. – disse solicita.

— Espero que o final dessa guerra seja a nosso favor, por isso quero que transmita um recado ao Shion.

— Como assim?

— Ainda não encontramos Atena, mas tenho certeza que em poucos anos entraremos em guerra novamente. Dessa vez contra Hades. O saldo dela pode ser bem pior que a que enfrentamos agora e levando em consideração que Shion se tornará mestre do santuário...

— Eu não estou entendo Hakurei.

— Ao final da batalha de Hades, diga a Shion que há algo para ele em Star Hill. Um pergaminho.

— Pergaminho?

— Sim. Mas prometa que só dirá a ele depois da guerra de Hades. Prometa por favor.

— Prometo, mas por que eu? Por que não o diz?

— Porque não estarei aqui depois dessa guerra, mas você sim. Você vai está ao lado dele.

— Eu?

— Eu sei que gosta dele do mesmo jeito que ele gosta de você.

— Esta equivocado. – ficou vermelha.

— Já vivi muitos anos para saber que não estou. – sorriu. – promete?

— Prometo...farei o que senhor me pediu.

— Obrigado. O segundo favor é justamente isso. Cuide dele por mim. Shion as vezes é muito impulsivo.

— Eu farei o que puder. – deu um sorriso tímido.

— Obrigado. Não sabe como deixa esse velho aliviado.

— Não está velho. – riu.

Deixando Áurea totalmente sem ação, Hakurei colou seus lábios nos dela. A grega arregalou os olhos. Foi por segundos mas tempo suficiente para deixá-la atordoada.

— Desculpe-me por isso.

— Ha-ku-rei??

— Cuide de Shion por mim.

Saiu andando. A grega ainda permaneceu por muito tempo ali.

Nos fundos do templo...

Lara observava as estrelas, estava cansada, mas feliz por todos estarem bem.

— Resolveu descansar por cinco minutos?

Virou o rosto para o lado.

— Kanon?

— A noite está bonita não está? – sentou ao lado dela.

— Sim.

— Está sem sono?

— Um pouco. E você? Não deveria está em Gêmeos? – sorriu.

— Deveria mas meu corpo e minha mente não me obedecem. Eles querem ficar perto de uma certa sacerdotisa...

— Sei...

Kanon aproximou um pouco mais abraçando-a.

— Amanha será o dia decisivo. – disse.

— Nós vamos ganhar. – a amazona aconchegou-se mais. – tenho certeza.

— Tenho um pedido a fazer.

— E o que seria? – o fitou curiosa.

— Lembra da nossa conversa na sua cabana? – a fitou de modo sério.

— Lembro por que?

— Quer realmente que aquele seja o nosso futuro?

— Por que está perguntando?

— Quer ou não?

— Claro que quero, mas por que...

Cortando-a o geminiano ajoelhou diante dela.

— Quer casar comigo?

— O que??

— Perguntei se quer casar comigo.

— Kanon...

— Eu quero passar o resto da minha você com você, quero saber se é o mesmo desejo seu. – ele a olhava fixamente.

A amazona o fitou e com um gesto carinhoso acariciou o rosto dele. Em outros tempos jamais cogitaria tal possibilidade e quando se imaginou nessa situação idealizou que fosse Deuteros a fazer aquele pedido, contudo... realmente o que sentia por Deuteros era forte, mas Kanon conseguira superar tal sentimento. O cavaleiro permaneceu em silencio completamente nervoso pelo silencio dela.

Lara segurou o rosto dele com as duas mãos, colando sua testa na dele.

— Aceito. Quero te ver com os cabelos brancos e andando de bengala.

— Não gostei dessa parte....

— Bobo. – o beijou. – eu quero ter nossa casinha e tudo que falamos naquele dia.

— Nós iremos ter. – sorriu. – teremos tudo.

Um pouco afastado, alguém ouvia a conversa. Não estava bravo, muito menos irritado com a situação. Alias nem poderia, pois escolhera de livre vontade entregar Lara a ele. Tudo que poderia fazer, era torcer que os dois fossem felizes e com esse pensamento Deuteros voltou para casa.

No interior do templo...

Shaka estava sentado perto da janela olhando o céu. Ainda não entendia  a atitude de Selinsa, mas se realmente era o desejo dela, respeitaria. Sem sono resolveu dá uma volta indo para perto da estatua. Sentou com um pouco de dificuldades pois o machucado na barriga ainda doía. O virginiano pensou que estava sozinho porem alguém o estava observando. Havia gostado da atitude da pupila, mas já repensava no caso. Quando a vira sair correndo, foi atrás e ficou muito surpreso ao vê-la chorando.

A passos lentos aproximou-se do dourado.

— Boa noite Shaka.

— Boa noite. – respondeu um pouco assustado, estava tão distraído que nem notara a  aproximação dele.

— Posso me sentar?

— Claro. – estranhou.

O taurino sentou, mas ficou em silencio por algum tempo.

— Está uma noite tranqüila não está? – indagou querendo puxar assunto.

— Sim. Pena que vai durar pouco.

— Mestre Sage com certeza irá nos mandar em missão amanha.

— É o que parece.

— Shaka vou ser direto ao ponto e gostaria que fosse sincero.

— Pergunte.

— Você e Selinsa. O que há entre vocês? – a voz saiu bem séria.

Shaka deu um longo suspiro.

— Eu não vou mentir para você. Gosto da Selinsa.

Hasgard se controlou para não pular no pescoço de Shaka.

— Pensei que fosse apenas algo do momento, mas não foi. Eu gosto da sua pupila e muito. Hoje cedo antes da batalha Lara realizou uma cerimônia que nos uniu.

— Como?

— Isso era o nosso símbolo. – mostrou as pulseiras que usava no pulso.  – só que... não se preocupe Hasgard, eu não vou chegar mais perto dela. Fique sossegado Selinsa só me vê como um cavaleiro de ouro.

O taurino ficou calado.

— Era isso que queria saber?

— Foi por isso que a salvou daquele ataque da vila? E hoje dos titãs?

— Eu daria minha vida por ela.

— Eu não gosto de você, mas te admiro pela força que tem e determinação em querer proteger a todos. E sou muito grato por ter a salvado. Considero Sel como uma filha.

— Eu sei que sim...

— Por isso queria te pedir uma coisa.

— Vou me manter afastado dela. – abaixou o rosto.

— Ao contrario, quero que fique perto dela.

Shaka o fitou surpreso.

— Sabendo que você vai protegê-la posso ficar mais tranqüilo.

— Ela não vai querer que eu fique perto dela.

— Vai porque ela gosta de você. Infelizmente mas gosta. “ Estou pagando língua.” – pensou em Asmita. – ela só lhe disse aquilo porque não quer que se machuque. Conheço-a desde pequena, ela deve ter se sentido muito culpada.

— Não deveria.

— Mas sentiu. Vai ser difícil acostumar vê-los juntos, mas vou respeitar a vontade dela. Por isso quero que prometa que vai protegê-la acima de tudo.

— Hasgard...

— Prometa. Que vai protegê-la com a mesma intensidade que protegeria Atena.

— Prometo. – sorriu.

— Vou me arrepender disso.... – abaixou a cabeça. – siga o caminho que leva a vila, na saída vire a direita, siga por uma trilha ate chegar perto de um rio. Tem uma casa lá.

— O que tem lá?

— Selinsa. Vá atrás dela.

— Sério?

— Vá logo antes que eu me arrependa.

— Obrigado. – Shaka abriu o sorriso.

O dourado não esperou nem um minuto indo atrás da aspirante. Hasgard deu um longo suspiro.

— Espero que não me arrependa.

Câncer

Giovanni estava sentado na sala, trocando um dos curativos do braço. Praticamente estava bem, mas mais um ataque como aquele não teria tanta sorte.

— “Droga, por que não recupero a minha armadura?”

Do corredor Manigold o observava.

— A criança precisa de ajuda? – apareceu na porta.

— Vai tomar...

— Olha o palavriado. – riu sentando sobre algumas almofadas.

— Vá se...

— Como você está?

Mask calou, ficando surpreso com a pergunta.

— Por que está me olhando desse jeito?

— Por nada. – virou a cara. – esses ferimentos não foram nada.

— Devo admitir que estou surpreso com você. Não pensei que defenderia o pirralho.

— Aioria mandou. – continuava com o rosto virado.

— E você obedeceu?

— Cala boca.

— Mesmo assim obrigado. Regulus é uma criança, mas muito valente. Seria triste se o filho de um amigo morresse.

Mask o fitou.

— Filho de um amigo?

— Ilíada, o antigo cavaleiro de Leão. Eu era adolescente quando ele foi embora do santuário levando o pequeno. Ilíada era muito energético, mas eu gostava dele. Me ajudou a escapar de alguns treinos do mestre Sage. – riu ao se lembrar de cenas do passado.

— Então a armadura...

— Era dele antes. Com a morte dele, Sísifo assumiu o treinamento do sobrinho.

— Sísifo o que? Ele era irmão do Ilíada??

— Sim.

Mask calou.

— “Ilíada cavaleiro de Leão, Sísifo cavaleiro de Sagitário, Aioria de Leão, Aiolos de Sagitário...” como era esse Ilíada?

— Quando o conheci ele já tinha o Regulus, mas mestre Sage me disse que quando ele era mais novo, era bringuento, esquentado, mas que sempre teve um grande senso de justiça, mas tinha o pavio curto ao contrario de Sísifo, - torceu o nariz. – calmo demais...

O italiano começou a rir, deixando Manigold sem entender.

— Qual é a graça?

— Certas coisas não mudam.”Será que isso foi premeditado?” – pensou. – enfim... não temos como comprovar. – deu nos ombros.

— Comprovar o que?

— Nada. O que importa é que salvei o garoto. – levantou. – vou dormir por que o dia de amanha será longo. Boa noite.

— Giovanni.

— Sim? – parou o fitando.

— Não se preocupe. – virou o rosto constrangido. – você vai recuperar a sua armadura.

Mask piscou algumas vezes.

— Está me tratando bem por que?

— Por nada seu idiota. Vá dormir logo! – cruzou os braços sobre o peito.

— Obrigado.... idiota.... – riu saindo correndo.

—  Idiota é você! – jogou uma almofada nele, mas não o acertou. – idiota. – sorriu.

Arredores de Rodoria

Seguindo as orientações de Hasgard Shaka chegou ao rio. Trazia uma tocha nas mãos mas com aquele escuridão toda dificilmente acharia uma cabana. Foi com alivio que viu uma luz fraca vindo da margem direita.

— Selinsa...

Desde a conversa com Shaka, havia se refugiado ali. Por mais que aquele decisão doesse era melhor ficarem separados. Tinha medo que dá próxima vez Shaka morresse.

— Selinsa.

Ergueu o rosto assustada. Será que tinha ouvido mesmo? De posse de uma pequena lamparina foi para a entrada da cabana, antes que ela tivesse a intenção de abrir a porta, esta se abriu.

— Sha-ka? O que faz aqui? Como...

— Hasgard me disse que estaria aqui.

— O senhor...

A frase foi interrompida por um abraço. O virginiano a envolveu completamente.

— Fique longe de mim. – tentou se soltar, mas ele a segurava firme. – me solta Shaka.

— Jamais. Por mais que peça para me manter afastado não irei.

— Me solta Shaka. – estava desesperada, aquela aproximação.... – me solta por favor.

— Já disse que não. Eu jamais vou me afastar de você.

— Shaka... – os olhos marejaram. – eu não quero que se machuque por minha causa... por favor vá embora.

Ignorou os pedidos e sem perder tempo a beijou. No principio Selinsa relutou mas aos poucos foi cedendo.

— Não precisa se sentir culpada pelo que me acontece. Enquanto tiver forças para defende-la eu o farei com agrado. Ainda mais agora que Hasgard nos aceitou.

— Como??

— Ele já sabe de tudo. E me fez prometer algo.

— O que?

— Que vou te proteger e não neguei isso a ele.

— Tenho medo.... – escondeu o rosto no peito dele. - ... que nessa guerra...

— Eu vou voltar, - acariciou o rosto dela. – por isso, - mostrou a pulseira. – eu vou voltar para você.

 

 

Áries

Depois de muito tempo parada olhando para o nada, Áurea resolveu ir atrás de Shion. Ele havia sumido a tarde toda e estava preocupada. Passando por fora das doze casas rapidamente alcançou o primeiro templo.

— Shion? – chamou-o notando a escuridão da casa. – Shion? – pegou uma lamparina para iluminar o caminho.

Percorreu a casa toda deixando por ultimo o quarto dele. Abriu a porta lentamente...

— “Shion?”

Através do brilho do luar que entrava pela janela, Áurea viu o cavaleiro deitado na cama.

— “Deve está muito cansado.” – aproximou, jogaria alguma colcha sobre ele e sairia.

Quando estava prestes a concluir o ato...

— Eu não mereço... elas me odeiam... – dizia entre murmúrios. – deixe-me morrer...

— Shion? - Aproximou um pouco mais.  – está suando? – colocou a mão na fronte dele. – Zeus! Está ardendo em febre.

Olhou o corpo todo dele, ele não parecia doente, mas... observou um machucado no antebraço.

— Infeccionou. – a ferida estava feia. – irresponsável...nem parece o grande mestre.

Áurea correu ate a cozinha pegando água e um pano, por sorte encontrou sobre a mesa algumas ervas, que não tinham sido usadas por Lara. Ela sentou na cama começando a

limpar não só aquele ferimento como outros. Vez ou outra Shion soltava alguma frase.

Minutos depois ela terminou com os ferimentos, aplicando toalhas molhadas em alguns pontos do corpo dele. Puxou uma cadeira sentando perto esperando a febre abaixar.

Já era madrugada quando percebeu que ele não delirava. Tocou a testa dele vendo que a febre tinha abaixado.

— Graças a Zeus. – suspirou aliviada. Foi ate um baú de madeira pegando uma manta. – isso vai mantê-lo aquecido. Com cuidado o cobriu. – pronto. Agora descanse. – acariciou o rosto dele retirando algumas mechas loiras.

Voltou a sentar na mesma cadeira, só sairia de lá quando tivesse certeza que ele estava bem.

Fortaleza dos titãs

 

 

Pontos estava sentado em seu trono mas com olhar fixo em algum ponto da paisagem.

— Mandaste me chamar Pontos?

— Sim Créos. No amanhecer, tu e Iapeto irão comigo ao santuário.

— Por que? Pretendes uma nova investida?

— Sim, mas desta vez farei um estrago ainda maior.

— Pensas em pegar o cavaleiro?

— Não apenas ele, pensei em tornar as coisas mais divertidas. – sorriu. – deixá-los lutar contra a velha e a nova geração de lideres.

Créos não disse nada, pois não havia entendido, mas se era para tornar as coisas mais agradáveis, acataria.

— Eu o acompanharei. – disse.

— Relate aos outros. Amanha ao amanhecer, vamos fazer uma visitinha.

Ao contrario dos últimos dias, a noite seguiu tranqüila e o primeiros raios de sol despontavam no horizonte....

Áries...

Sentiu a claridade sobre os olhos, abrindo-os lentamente. A visão ainda era turva mas logo percebeu que estava em casa. O corpo estava um pouco dormente, também depois daquela batalha e o treino incessante durante toda a tarde esgotara completamente suas forças.

— “Devo ter dormido a noite toda. “ – pensou. – “pelo menos...” – deu um sorriso, não conseguia dizer com precisão o que tinha ocorrido mas sonhara com Áurea. – “pena que foi um sonho.” – lamentou-se.

Ainda sentindo o corpo duro virou o corpo de lado, ficando surpreso.

— Áurea?

A garota dormia na cadeira totalmente de mal jeito.

— “O que faz aqui?” – só então percebeu que o corpo estava coberto de curativos, inclusive o machucado no antebraço que parecia ter infeccionado. – você...

Levantou sentando na cama. Mexeu com os braços e pernas e eles pareciam que voltavam ao normal. O ariano passou a fita-la, não imaginava que ela estaria ali e que ficara a noite toda cuidando dele. Ele levantou, o mínimo que poderia fazer era colocá-la na cama para que descansasse melhor e foi com esse intuito que pegou no braço dela, contudo...

— Shion...?

— Desculpe não queria tê-la acordado.

— Como você está?

— Melhor. Obrigado.

— Deve está com fome. – levantou sentido o corpo todo estralar. – vou fazer alguma coisa.

— Não precisa se incomodar.

— Não é incomodo.

Ela saiu. O ariano voltou a sentar na cama, não precisava todo aquele cuidado, mas no fundo estava adorando. A companhia dela sempre lhe fazia bem. 

Não demorou muito para que Áurea trouxesse uma alguns pães, bolo e um copo de leite.

— É melhor comer tudo para o machucado sarar. – colocou a bandeja ao lado dele.

— Obrigado.

A refeição iniciou em silencio. Shion ora alguma a fitou concentrando-se no alimento, Áurea no entanto não tirava o olhar dele, principalmente do cabelo.

— “ Com o tempo deve mudar de cor.” – referia-se ao loiro de agora com verde de quando o conheceu.

Shion comeu tudo, deixando a grega satisfeita.

— Obrigado.

— Depois peça para Lara dá uma olhada nos seus ferimentos, nas costas eu não olhei porque não consegui vira-lo. – disse corada.

— Sou tão pesado assim?

— Não é isso. – ficou vermelha.

— Estou brincando. – sem o menor aviso ele tirou a camisa que usava, deixando-a escarlate. – pode olhar se tem alguma coisa?

— Cla-ro.

Ainda meio ressabiada, subiu na cama. Shion jogou os cabelos para frente.

— Alguns pequenos cortes. – não queria ficar olhando muito.

— Menos mal.

— Você teve febre, ate delirou.

— O que eu disse?

— ... “Elas me odeiam...” não se preocupe foi só um sonho.

— Não foi um sonho.

— Não? – Áurea desviou olhar, fitando o antebraço direito, vendo uma grande cicatriz. – “ o que...?”

— Essa cicatriz – a mostrou. – é a prova que não foi um sonho. – Shion levantou um pouco os cabelos deixando a nuca a mostra. – essa é a prova do meu pecado.

Áurea olhava assustada para o ferimento, o corte parecia ter sido bem fundo.

— O que aconteceu?

— Desde pequeno quando tocava em alguma armadura conseguia ver o passado dela. Todo o sofrimento, toda dor, toda a alegria passava por mim como se fosse um filme. Eu me divertia com isso.

Áurea lentamente sentou ao lado dele.

 - Um dia enquanto eu “brincava” apareceu um homem que me fez uma proposta: se seguisse com ele poderia ver a historia de toda a humanidade. – a fitou. – nem acreditei que poderia ver a vida de todas as pessoas.

A grega continuou calada.

— Contudo no ultimo instante eu desisti e por causa disso o homem me acertou no pescoço. – o ariano passou a mão lentamente pela ondulação. – eu mereci aquilo, a única coisa que queria era observar a vida dos outros, não levando em consideração o sentimento das armaduras... – abaixou o rosto. -  eu perdi muito sangue e já estava as portas do Yomotsu quando escutei uma voz me chamando.

— De quem?

— Hakurei. Ele fez esse corte em mim e nele, e através disso passou seu sangue para mim. Se estou vivo hoje foi graças a ele e as armaduras que julguei me odiar. Eu não merecia...

— Claro que merecia. – Áurea tocou no ombro dele. – elas te salvaram porque viram em você o futuro. Hakurei acreditava em você e continua. Você sabe da historia delas e certamente elas queriam que suas historias fossem passada para as gerações futuras e você... – a imagem dele vestido como grande mestre veio-lhe a cabeça. – cumprirá isso.

— Será? – deu um meio sorriso. – eu não sou capaz.

Áurea segurou o rosto dele com as duas mãos fazendo-o encará-la.

— Não imagina a importância que tem no futuro.

Num movimento rápido, Shion deitou a garota passando a fita-la.

— Shi-on..?

— Pode me perdoar pelo jeito que te tratei?

— Passou. – sorriu.

— Desde pequeno aprendi a consertar armaduras... acho que devo seguir por esse caminho.

Áurea não entendeu.

— Ao final dessa batalha, vou passar a responsabilidade de cuidar de Áries para Mu e me dedicar apenas em consertar armaduras.

— Por que vai fazer isso?

— Para que possamos viver juntos. Sendo apenas um ferreiro não imposições em casar. Mu ficará com Áries.

— Não pode fazer isso. – ficou alarmada. – não pode deixar de ser cavaleiro de Áries.

— Posso, pois tem quem me substitua.

— Não pode Shion. – se ele fizesse isso o futuro deixaria de existir. – você tem um destino a cumprir.

— Meu destino é ficar ao seu lado.

— Não é. – levantou. – não vou permitir que abandone a casa de Áries. Ainda mais por mim.

— Mas você é importante para mim.

— Fico feliz ao ouvir isso, mas não a esse preço. Essa sua ação pode... eu sinto muito Shion.

— Fala de um jeito como se soubesse o futuro.

— Mas eu sei. – disse séria. – e no futuro não há espaço para nós. – disse fria, talvez assim ele mudasse de idéia. – Adeus Shion.

— Áurea.

Foi silenciado por um cosmo, Sage do templo, convocava todos os cavaleiros.

— O Grande mestre está chamando...

— É melhor você ir. – ela deu as costas saindo.

 

 

X.x.X.x.X.x.X

 

Acordou com o chamado do mestre, olhou para a janela vendo que começava a clarear.

— “Amanheceu...” – pensou. Sentiu alguém abraçá-lo.

Marin dormia tranquilamente nos braços dele. Por alguns instantes Asmita desejou que aquilo não tivesse acontecido. Seria muito fácil lutar sem saber que Marin o correspondia, não haveria preocupações e nem o medo de morrer. Pela primeira vez desejou viver. Queria ao final da batalha voltar para os braços dela.

— “Quero voltar para você.”

Acariciou-lhe o rosto, o que fez com que ela despertasse.

— Bom dia. – sorriu.

Ele não respondeu, o que deixou a amazona apreensiva, será que ele se arrependera? Será que tudo não havia passado de um equivoco?

— O que foi Asmita?

— Tenho medo de morrer sem ao menos destruir os titãs e acontecer algo a você.

— Você não vai morrer, nós vamos sobreviver e levaremos uma vida tranqüila.

— Mestre Sage está chamando, creio que ele irá dá a ordem.

Marin sentou na cama de frente para ele.

— Quero que fique com isso. – arrancou do pescoço a correntinha que usava colocando no virginiano.

— Mas...

— Você me devolve quando voltar. – sorriu.

— Sim. – sorriu de volta. – eu prometo.

Na cabana, Shaka e Selinsa sentiram de leve o cosmo de Sage pressentindo que ele chamava. Aldebaran, Hasgard e Mu, que ficara em Touro, dirigiram-se para lá.

Saga que ficará sozinho em Gêmeos apanhou o grupo. Aos poucos o grupo foi aumentando. Na porta do templo foi acrescido por Deuteros e já no interior por Kanon e Lara.  Apesar de não fazerem parte dos guerreiros Áurea e Lithos estavam na reunião.

O clima estava tenso. Sage sentado no trono demorou a emitir algum som, Hakurei ao seu lado também permanecia em silencio.

— Agradeço a presença de vocês. – disse. – desde ontem estive pensando sobre essa batalha. – nem dormira a noite. Tanto ele quanto Hakurei traçavam as estratégias de guerra. – alem de derrotar os titãs, temos o problema de duas Megas Depranon que certamente alimenta os cosmos deles. Não temos muitas opções então... Marin, Lara, Selinsa e Regulus tomaram conta do acampamento caso haja algum ataque.

O leonino o fitou incrédulo, mas não disse nada.

— Giovanni, Kamus, Shura e Kárdia ficaram aqui para proteger o santuário.

— O que? – Kárdia quase enfartou. – eu quero lutar.

— Vai ficar aqui. – a voz do mestre saiu séria.

O escorpião calou-se. Os três dourados trocaram olhares, claro que o fato de não terem armadura havia pesado na decisão dele.

— Sísifo, Saga e Cid ficarão encarregados de encontrar as armas de Chronos e destrui-las. Os demais alem de abrirem caminho para os três tentaram derrotá-los. Sísifo.

— Sim?

— Se acontecer algum imprevisto com relação as armas destrua pelo menos a que veio do futuro.

— Sim senhor.

— Desejo a todos boa sorte e que Atena os proteja.

Um silencio se instalou principalmente por parte das garotas.

Não muito longe dali....

— Seremos rápidos senhores. Apenas nossos dois alvos.

— Como quiseres. – Créos ergueu sua cimitarra.

No templo Sísifo, Cid e Saga acertavam os detalhes da invasão. Dégel tentava convencer Kárdia a aceitar as ordens. Kamus, Shura e Giovanni decidiam como iriam proteger o santuário. Sage acompanhava a movimentação apreensivo, temia jogá-los novamente contra a morte, mas não tinha outra solução, alem do mais na noite de ontem...

—---FB----

Depois de acertar os detalhes com irmão sobre a estratégia a ser adotada, Sage foi para Star Hill. O dia estava quase amanhecendo mas poderia consultar as estrelas a cerca do futuro da batalha. Particularmente, apesar do céu está cravejado delas, elas não diziam nada. Estava quase desistindo quando... um conjunto de estrelas brilhou...

— Essas estrelas... Zeus! – alarmou-se. – estão começando a se movimentar... – fitou uma em particular.

 

—---FFB ---

 

Trocavam os últimos detalhes quando começaram a sentir um poderoso cosmo envolver o templo.

— Não é possível. – Aioria cerrou o punho.

— Como se atreveram? – Dohko estava igualmente nervoso.

— Dessa vez eles não vão escapar.

Shion mal esperou qualquer ordem de Sage correndo para fora do templo. Os outros o seguiram, inclusive as meninas.

No meio do pátio, estavam os tres titãs.

— Resolveu dar as caras Pontos. – disse Kanon passando a frente de Lara.

— Apenas uma visita de cortesia. – sorria. – não vou demorar.

— O que quer? – indagou Hasgard.

— Apenas... – o sorriso aumentou. – fazer as coisas ficarem mais divertidas.

O deus elevou seu cosmo que cobriu toda a extensão do templo.

— Não vamos deixar que faça nada. – Cid estava prestes a disparar seu ataque contudo.... – eu... “não consigo me mexer.”

— O que está havendo? – Miro tentava dá um passo mas seu corpo estava paralisado.

— Pontos seu maldito o que está pretendendo? – ate mestre Sage estava paralisado.

— Como havia dito, quero tornar as coisas mais divertidas. – seu olhar passou por todos os cavaleiros parando em um em especial. – tu.

Sentiram a paralisia aumentar, contudo...

— Meu corpo... - Kárdia sentia o corpo ficar dormente.

— O que foi Kárdia? – indagou Dégel procurando uma maneira de se mexer.

— Eles só estão brincando conosco. – MM tentava em vão se livrar do que o prendia.

O cavaleiro de Escorpião olhava fixamente para o titã mas aos poucos a visão começou a ficar turva ate que perdeu os sentidos indo ao chão.

— Kárdia?! – Lara assustou-se.

— Kárdia! – Kamus e Dégel o chamavam.

— Muito fácil. – ergueu um pouco a mão. – Dunamis.

A terra ao redor deles começou a tremer.

— Tomem cuidado! – gritou Hakurei.

Já estavam preparados para um possível ataque, entretanto um redemoinho feito de feixes de luz negra dirigiu-se a um ponto especifico.

— “Em quem ele está mirando?” – Sage temia por seus cavaleiros.

Saga acompanhou o olhar de Pontos.

— Será que... – murmurou. – Kamus, Kárdia é o alvo dele!

— O que?! – Manigold e Albafica que estavam perto dele olharam-no imediatamente.

— Não vão interferir. – Créos ergueu sua cimitarra disparando um ataque contra eles.

Impossibilitados de se mexerem foram acertados em cheio.  Uma cortina de poeira subiu impedindo a visão de todos. Dando tempo para Pontos terminar.

— Menos um... – murmurou.

Aos poucos os cavaleiros e amazonas foram acordando. Por sorte, sendo protegidas por Sísifo e Aioria, Lithos e Áurea não se machucaram.

— Estão todos bem? – indagou Mu.

— Eu juro que acabo com eles. – Manigold levantou. – eles... – olhou para onde antes estava o cavaleiro de Escorpião. – Kárdia?

Kamus e Dégel olharam imediatamente para o local.

— Onde está Kárdia Pontos? – Sage tomou a frente.

— Preciso dele, depois devolvo. Se ele sobreviver é claro.

— Para onde o levou? – insistiu.

— Se queres tanto vê-lo... – com um leve aumentar de cosmo, fez com que aparecesse na frente de Créos que o segurava. -  Mas não fiques desolado Poe perdeste um dos teus subordinados... – o sorriso ficou maligno. – ele não ficará sozinho.

Novamente o cosmo do titã preencheu o ambiente paralisando a todos.

— Parede de cristal. – disseram os dois arianos ao mesmo tempo.

— Acham que podem me deter com uma técnica tão simples? Inúteis. Dunamis.

Novamente o redemoinho partiu em direção há um alvo especifico, ele conseguiu passara tranquilamente pela parede de cristal.

— Tomem cuidado!

Foram pegos de surpresas, o ataque envolvia completamente o corpo do ariano mais novo.

— Shion! – gritou Mu.

— Droga. – o ariano tentava se libertar dando socos, contudo seu punho atravessava a luz.

— Shion! – mesmo com parte do corpo paralisado Hakurei conseguiu mexer o braço.

— Insistem em atrapalhar?

Desta vez foi Iapeto a disparar contra os cavaleiros. No instante seguinte Shion havia sido tragado pelo redemoinho.

— Pontos seu maldito! – Dohko cerrou o punho. – para onde o levou?

— Está aqui.

O cavaleiro apareceu ao lado de Iapeto contudo não estava desacordado como Kárdia, mas também não podia se mexer.

— Ele nesse estado é mais interessante. – o deus do mares sorriu.

— Então és tu o próximo líder? – Iapeto encostou a lamina de sua espada no pescoço dele.

— Shion... – Áurea ao lado de Lithos estava apreensiva.

— Solte-o já Iapeto! – gritou Aldebaran.

— Por que temas? – Pontos fitou o grupo. – tens medo que algo aconteça a ele?

Os dourados ficaram nervosos.

—  Por que esse receio? Temes que algo aconteça ao representante de Atena na Terra?

— É um estúpido mesmo, pegou o alvo errado. – disse Manigold.

— Será? – sorriu.

Hakurei e Sage também estavam nervosos, estavam com medo do que Pontos poderia dizer.

— Pontos não se atreva a dizer nada. – Shaka, aos poucos conseguia se mexer.

— Por que ele não pode saber o que lhe aguarda? – fitou Shion. – é um cargo de muito prestigio. Não achas Saga? – olhou para o geminiano. – Tanto prestigio que tu...

— Cala a boca Pontos! – Saga também começava a se mexer. – solte-o imediatamente.

— Estais vendo Shion? Tens seguidores fieis.

— Já chega Pontos. – Afrodite estava com medo do rumo da conversa.

— Solte-o imediatamente Pontos!. – Mu já conseguia se mexer.

— Por que tanto medo? O futuro que vois conhecestes não existe mais, portanto ele não passa de um cavaleiro qualquer. – Iapeto colocou mais força na espada, fazendo as primeiras gotas de sangue  escorrerem pelo pescoço do ariano.

— Iapeto tem razão. – o deus do mar abafou o riso. – Shion não tem importância alguma agora. O grande mestre caiu juntamente com Atena.

— Como...? – Shion fitou o deus, assim como os cavaleiros. – o que disse?

— Não sabias? – fez cara de surpreso. – não contaram a ele?

— Contaram o que? – indagou Regulus.

— Nada. – Sage o cortou. – não há nada a ser dito.

— Esconder um segredo como esse é falta grave. Como puderam esconder de Shion de Áries que ele é o futuro mestre do santuário.

O ariano arregalou os olhos para depois voltar a atenção para Saga. Deuteros também o olhou, agora certas coisas faziam sentido.

— Que absurdo é esse? – indagou Hasgard.

— Não é absurdo. – disse Pontos. - Daqui a duzentos anos o santuário será comandado por Shion de Áries. Por que achas que teus amigos estão com medo que algo aconteça a ele? O dever de um cavaleiro é proteger o grande mestre, não é mesmo Saga?

— Pontos seu patife...

Shion ouvia tudo ainda perplexo.

— “Como assim eu sou... – fitou os dourados. – então... – lembrou-se de alguns fatos em que eles obedeciam a tudo o que ele dizia, lembrou-se das reações de todos ao vê-lo, olhou para Áurea que o fitava. – então é por isso que sabe sobre mim.... foi por isso que disse que nós...”

— O santuário... – as palavras de Pontos chamaram-lhe a atenção. - ... do futuro é regido por ti.

Os cavaleiros fitavam o amigo surpresos, então seria Shion o substituto de Sage?

— Por que essas caras. – Pontos fitou os dourados com um sorriso nos lábios. – só contei a verdade. Alias... esqueci uma parte. Quando nos lutamos pela primeira vez, Shion estava morto não estava? Ele tinha sido...

— Já chega Pontos! – Kanon temia as palavras dele.

— Eu não digo mais nada. Vou deixar que o próprio descubra o destino que lhe aguarda. – fitou o ariano. – destino que...

— Cala a boca Pontos! – gritou Saga assustando a todos. – solte-o imediatamente.

— Essa atitude é remorso?

— Não somos obrigados a ouvir seus desaforos. – MM tentava se mexer. – vou te mandar para o Tártaro.

— É mesmo? O que podes fazer sem tua armadura?

— Não se esqueça de nós. – disse Shura.

— “Interessante... – Pontos não tinha a pretensão de ficar muito tempo no santuário, mas acabou tendo uma idéia. Poderia resolver alguns problemas de uma vez só. – “será divertido.” Veja Iapeto esses insetos querem lutar. O que achas?

— Já está passando da hora de exterminá-los. Fique com ele. – jogou Shion para perto do deus primordial. – vou fazer esses humanos arrependerem-se.

— Como quiser. “ Como foi fácil.” – Pontos deu um sorriso imperceptível aos olhares dos dourados, mas...

— “O que está tramando Pontos...?” – Marin notou a expressão do deus.

— Vou libertá-los, mas seja rápido.

Créos mais atrás acompanhava em silencio. Com um toque dos dedos, Pontos libertou-os. Saga sentindo-se livre deu um passo.

— “ Vamos derrotá-lo, nem que precisemos...” Lara e Marin cuidem das meninas. Vocês. – olhou para os cavaleiros. – protejam a si e ao mestre.

— Nós vamos lutar. – disse Hasgard.

— Essa luta é nossa. – Kamus tomou a frente.

Aldebaran, Mu, Kanon, Saga, Afrodite, MM, Aioria, Shura e Miro deram um passo a frente.

— A velha guarda vai lutar. – Iapeto zombou. – pode vir os dez se quiser.

— Se conseguirem derrotar o nobre Iapeto... – Pontos planejou cada palavra. – devolvo o mestre de vois. Se conseguirem...

— Mas quero lembrá-los que terão apenas uma chance. – o cosmo de Iapeto aumentava há grandes proporções.

— Sabem que precisamos proteger Shion acima de tudo, não sabem? – Saga tinha os olhos fixos em Iapeto mas as palavras eram para apenas seus companheiros escutarem.

— O que tem em mente? – indagou Shaka.

— O golpe que usamos em você. – a voz saiu seca.

— Exclamação de Atena? – indagou Aioria surpreso e alto o suficiente para os cavaleiros que estavam mais próximos escutarem.

— Não podem usar. – disse Dégel. – Atena proibiu esse golpe.

— Isso não está correto. – completou Albafica.

— Nosso adversário é um titã. – disse Mu. – alem do mais...

— ... não vamos deixar Shion nas mãos deles. – completou Afrodite.

Sage que escutava ficou surpreso ao mesmo tempo orgulho, Shion deveria ter sido um ótimo líder para ter seguidores tão determinados.

— Kamus, Shura e MM fiquem mais afastados. – disse Saga. – os outros dêem cobertura. Shaka e Mu estão prontos?

— Idiotas.... Melas Planetes!

O cosmo do deus elevou-se drasticamente, uma esfera de energia surgiu acima da cabeça dele e a cada segundo duplicava de tamanho.

— Que poder é esse... – murmurou Deuteros...

— Não podemos ficar parados. – Dohko adiantou-se mas teve o braço retido.

— O que foi Sísifo?

— Deixei-os. Ficaram frustrados por não ter conseguido salvar Shion no futuro, eles querem se redimir.

— Ele vai destruir o santuário!

— Vamos proteger o mestre, senhor Hakurei e as meninas.

Os cavaleiros assumiram suas posições.

Do acampamentos os moradores acompanhavam assustados uma esfera dourada surgir do alto do santuário. Athina ao lado do pai pensava em Albafica.

— Escathos Dunamis.

Quando a esfera alcançou certa altura, um cosmo negro começou a ser absorvido por ela.

— Não podemos deixar que Iapeto dispare seu ataque. – disse Aioria que conhecia o golpe. Saga seja rápido. – o leão acendeu seu cosmo. – Relâmpago de Plasma!

— Explosão Galáctica! – Kanon disparou o seu.

— Agulha Escarlate! – foi a vez de Miro.

Aproveitando disso, Shaka, Saga e Mu tomaram posição.

— Só temos uma chance. – disse o geminiano ficando no centro tendo Shaka a sua direita e Mu a esquerda.

— Não vamos desperdiçá-la. – disse Mu.

O ataque combinado de Aioria e dos outros partiu em direção a Iapeto.

— É inútil. – o cosmo do deus aumentou ainda mais, o que absorveu facilmente os três ataques.

Shion que observava o choque das energias, olhou imediatamente para onde estava os dourados.

— “Que cosmo é esse?” – fitou os três cavaleiros que estavam mais atrás.

Pontos também sentiu, dando um sorriso.

— Grande Chifre!

— Vinha das Rosas!

Os dois ataques ao se chocarem contra o de Iapeto foram absorvidos.

— Não aprendem? Morram de uma vez. Circulo...

Calou-se, ficando surpreso assim como os demais quando começaram a sentir três cosmos poderosos se unirem.

— Que poder é esse? – Manigold tentava permanecer de pé já que o chão tremia.

— Afastam-se! – gritou Hakurei.

Marin que estava com as meninas olhava impressionada.

— Vão destruir tudo... Lara precisamos sair daqui.

— Sim. – a amazona concordou apesar de olhar fixamente para os dourados.

Mu, Saga e Shaka elevaram seus cosmos.

— Jamais irão me vencer. Hex Aster Xiphos!

— Exclamação de Atena!

Pontos segurando Kárdia e Créos, surpreso pelo poder deles e segurando Shion, afastaram-se.

Uma grande quantidade de energia foi liberada, o ar ao redor expandiu de tal maneira que jogou Lara e as meninas longe. Os cavaleiros e os dourados ainda se mantinham de pé mas com grande dificuldade. As duas energias se chocaram provocando um forte estrondo, o chão, as pilastras e paredes próximas começaram a rachar.

Uma torre de luz subiu aos céus, deixando os moradores assustados.

— Não pensem que vão me vencer.

Iapeto despejou mais energia começando a empurrar o ataque dos dourados contra eles.

— “Como ele pode ser tão forte?” – indagou Sísifo protegendo Regulus.

— Aioria. – Kanon o chamou. – agora.

— Sim. – o leonino elevou seu cosmo. – Cápsula do Poder.

— Explosão Galáctica.

Dispararam mas não direção das energias principais, miraram em Iapeto.

— Vermes... – o deus distraiu-se.

— É agora.

Os três que aplicavam a técnica proibida elevaram seus cosmos recuperando a vantagem sobre Iapeto. Agora a energia dourada empurrava a negra.

Pontos continuava assistindo.

— Iapeto vai se ferir. – disse Créos. – mas se interferirmos ...

— Deixe-o. “ Terei um problema a menos.” – Pontos sorriu.

— Iapeto... – Mu continuava a liberar sua energia. – isso é pelo meu mestre.

— Isso é pelo nossos companheiros. – disse Shaka.

— E isso é por Atena. – disse Saga.

Quando pensaram que a energia dos três havia chegado ao limite, ela superou um pouco mais. O Atena Exclamation partiu em velocidade para cima de Iapeto.

— É em vão..

O planeta envolveu o deus. E ele estava certo da vitoria, mas...

— O que... ? – feixes de luz dourada atravessavam a esfera. – não pode ser.

— Eles estão conseguindo. – comemorou Regulus. – falta...

Ele parou de falar ao ver a bola de energia negra restabelecer.

— Isso é tudo? – Iapeto sorriu.

— Não é possível... – Shura olhava incrédulo.

— Precisam de muito mais para encostarem em mim.

Saga continuava a despejar seu poder, prevendo que a energia ainda não fosse suficiente só lhe restou uma opção.

— Shaka, agora é com você. Vamos tentar equilibrar com o seu poder.

— Está bem.

De tão vidrados no combate a maioria não tinha percebido um detalhe...

— Ohm! – Shaka abriu os olhos.

Saga e Mu tiveram que equilibrar-se para conseguir manter o golpe. A Atena Exclamation aumentou de intensidade.

Hasgard e os demais ficaram perplexos.

— “Como ele consegue ter tanto poder?” – indagava-se.

Com o aumento do ataque dos dourados, a bola negra era empurrada.

— Como...

Iapeto sentia os feixes dourados atravessarem novamente sua energia.

— Não vão me vencer!

Ele tentou aumentar seu cosmo, mas a energia dos três superava ligeiramente.

— Não é possível.... – sentia o sangue escorrer por debaixo de sua sohma. – humanos insignificantes não podem me vencer!

Créos acompanhava tudo surpreso, quando lutara com eles da primeira vez não tinham tanto poder. Fitou Pontos, o titã parecia não se importar com a derrota iminente do companheiro.

— “Ele não parece se importar... o que realmente está planejando Pontos?”

O planeta de Iapeto começava a despedaçar, o titã já trazia partes de sua vestimenta trincada, o sangue pingava no chão.

— Não podem me derrotar! Eu sou um titã!

Como ultima investida Shaka liberou ainda mais seu cosmo...Houve um forte estrondo, o ar expandiu-se rapidamente jogando todos ao chão. Um grande clarão espalhou pelo santuário, cegando momentaneamente inclusive os moradores que assistiam de longe. Uma torre de luz subiu aos céus...

Depois do estrondo o silencio fez presente, quebrado as vezes apenas pela queda de algumas partes do templo de Atena. No local onde jazia o titã das dimensões havia uma enorme cratera.

Mais afastados, Créos e Pontos estavam intactos. Assim como Kárdia que permanecia desacordado e Shion.

— Derrotaram Iapeto? – o deus das galáxias estava surpreso. – num golpe só.

— Foram formidáveis. – Pontos estava sério.

Shion continuava estático. Jamais vira tanto poder e o suficiente para derrotar um titã.

— “Eles fizeram isso?” – olhava ao redor.

Do outro lado aos poucos eles acordavam.

— Meninas? – Lara olhou ao redor. O impacto da explosão havia lançado-as longe. – Marin? Lithos? Sel? Áurea?

— Ai... – Lithos saia do meio dos escombros, estava machucada, causados pelos estilhaços,  mas não tanto por causa da proteção de Marin.

— Você está bem Lithos?

— Estou... e você? Entrou na minha frente.

— Estou bem. Cadê a Sel e a Áurea?

— Aqui... – a aspirante estava sentada e também com vários machucados. – a... – olhou para o lado. – Áurea?!

De todas, ela tinha mais ferimentos.

— Áurea. – Sel a ergueu. – Áurea.

— Ai... – soltou um pequeno gemido, abrindo os olhos.

— Você está bem?

— Estou, não me... – olhou ao redor ficando desesperada. – Shion? Cadê o Shion? Ele estava perto....

O ariano que observava a destruição, olhou na direção onde havia mais estragos.

— “Cadê ela?”

Os olhares se cruzaram. Áurea suspirou aliviada ao vê-lo bem.

— “Que bom.”

Shion notou os vários ferimentos culpando-se.

— “Se machucou por minha culpa...”

Hakurei e Sage retiravam de cima de si varias pedras.

— Você está bem? – indagou o gêmeo mais velho.

— Sim. – Sage olhou ao redor, a força da Atena Exclamation era devastadora.

Sísifo sentara, retirando os escombros de cima de si, por sorte havia conseguido proteger o leonino.

— Regulus.

— Ai... como dói. – sentou.

— Está bem?

— Sim.

Hasgard, Manigold e Cid acordaram ao mesmo tempo.

— %$#* - xingou o canceriano. – eles queriam nos matar?

— Vocês estão bem? – indagou o capricorniano.

— Sim. – Hasgard via a destruição. – é um poderoso ataque.

Deuteros, Asmita, Dohko, Dégel e Albafica também já estavam despertos. Assim como Aldebaran, Kanon, Aioria e Kamus. MM, Miro, Shura e Afrodite foram pouco depois. Os últimos a se levantarem foram Mu, Saga e Shaka que fitavam os dois deuses.

— Parabéns cavaleiros de Atena. – Pontos bateu palmas, chamando a atenção de todos.

— Ele ainda esta vivo? – Dohko cerrou o punho.

— Realmente me surpreenderam. – trazia um sorriso nos lábios. – será um prazer ver novamente esse ataque.

— Só que desta vez é você que vai morrer. – disse Shura.

— Convido-os a irem ate a minha humilde morada, acho que precisamos resolver isso.

— Solte o Kárdia e o Shion!

— Ainda não. Créos. – olhou para o titã.

Ele continuava calado, ainda muito surpreso pela calma que o deus primordial de mar estava.

— “Ele está tramando algo.” Sim?

— Leve-os.

— Está bem.

— Não vão a parte alguma. – Dohko elevou seu cosmo. – cólera do dragão!

— Não gaste energia desnecessária cavaleiro. – Pontos segurou apenas com uma mão. – terá a sua hora. Vá Créos.

— Sim.

O titã cortou o ar com sua espada criando uma abertura no espaço. Primeiro jogou Kárdia e em seguida pegou Shion pelos cabelos, ele continuava imobilizado.

— Vamos aguardá-lo.

— Espere! – Hasgard adiantou.

— Não tenha pressa cavaleiro. – com seu cosmo Pontos os paralisou novamente. – terá a chance de voltar a vê-lo, não apenas ele como também o cavaleiro de Escorpião e... vamos tornar as coisas mais divertidas -  estendeu o braço – Dunamis.

 Ao contrario das outras vezes, foi um golpe dirigido a todos, fazendo-os irem ao chão.

— Terão uma surpresa ao despertarem. – sorriu, ao fitar a pessoa que trazia nos braços.


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Notas finais do capítulo

n/a: Admiratio - Surpreso



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