Ela te ama, idiota! - Perina escrita por Bel


Capítulo 18
Como pode?


Notas iniciais do capítulo

gente eu só ia postar amanhã mas achei que vcs mereciam então ai esta o novo cap, espero que gostem, comentem, favoritem, recomendem, perguntem é isso bjooooos amo os comentarios de vcs



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/571911/chapter/18

Pedro’s POV

– Eu não acredito que estamos todos aqui juntos, como nos tempos de escola.

– Proponho um brinde. – Disse João, levantando seu copo de caipirinha. Todos fizeram o mesmo.

Estávamos em um pub, eu, os caras e Taylor. Bi e K não estavam conosco, estavam no shopping e não deu tempo de avisá-las que estaríamos no pub. E acho que elas não se sentiriam à vontade, talvez. Vamos relembrar os tempos de escola e essas coisas, elas iriam se sentir deslocadas. Estou certo, não estou?

– É inacreditável que estejamos aqui, agora, bebendo como nos velhos tempos. Me sinto com dezesseis anos outra vez. – Cobra riu.

– Eu é que não acredito estar aqui com vocês depois de tanto tempo, acho que perdi muita coisa – Taylor sorriu.

– Não muita coisa, só que agora somos famosos, ricos, e eu sou o homem mais lindo da Inglaterra. – Eu disse, convencido.

– Não acredita nele,Taylor!

– Não fica com inveja, Duca. – Eu ri.

– Não é inveja, até porque falaram isso na edição passada da revista, o mais bonito agora sou eu, por escolha do público.

– Pra você ver como o publico pode ser cego às vezes. – João gargalhou.

– Ah, vá se foder, João.

– Vai você que tá mais acostumado. – João mostrou a língua, parecendo uma criança.

– Senti falta disso. – Taylor olhou para os meninos e me abraçou.

– Não sentiu falta de mim? – Fingi estar chateado.

– Claro que senti, pedacinho de pudim.

– Você ainda o chama assim? Meu Deus, vocês são toscos. – Cobra fez uma cara engraçada.

– O Pedro vai sempre ser o meu pedacinho de pudim. – Taylor beijou meu rosto.

– Eu nunca entendi esse apelido. – Duca fez uma cara de pessoa que pensa, o que não é muito o caso dele.

– Porque você é burro. – João o olhou.

– Você que é burro, seu aguado sem sal.

– Não chama o Duca de burro, João. – Taylor defendeu Duca – Eu chamo o Pedro de pedacinho de pudim porque ele é como um pudim...

– Mole? – Cobra e Duca falaram juntos, fazendo todo mundo rir, menos eu, claro.

– Não. – Taylor riu fracamente – Porque ele é gostoso como pudim. – Ela olhou pra mim e eu percebi certa malícia em seu olhar, como quando namorávamos.

– Eca, eu nunca mais vou comer pudim. – Duca fez cara de nojo.

– Pedro, vamos dançar? – Taylor falou, já me puxando pra ir dançar com ela, nem deu tempo de responder.

Tocava Hot Mess,do Cobra Starship. Taylor estava bem animada pelo que eu percebi, ela dançava de um jeito que eu posso chamar de sensual. Eu não deveria ficar olhando, eu tenho uma namorada agora, porém, não sou cego. Ela ria pra mim, agora eu via malícia nos seus lábios, belos lábios. Eu não pensei isso.

– Vamos lá, Pedro, vai ficar aí parado? – Ela começou dançar bem perto de mim.

– Não acha que estamos próximos demais? – Eu ri, e coloquei as mãos em sua cintura.

– Tem medo de proximidade? – Ela continuava dançando.

– Não costumava ter, mas quando se tem namorada ciumenta, as coisas mudam de ângulo.

– A sua namorada não está aqui agora. – Ela falou, bem perto do meu ouvido.

– E...?

– Você pode fazer o que quiser então. Não é ótimo?

– Aonde você quer chegar, Tay?

– Eu? Só quero relembrar os velhos tempos. – Ela mordeu minha orelha, deixando baba o que me fez ter nojo – Pra tudo ficar exatamente como era nos tempos da escola, só falta uma coisa.

– Que coisa?

Eu não deveria ter feito essa pergunta.

– Nós nos beijarmos. – Ela abriu um sorriso e me beijou em seguida. Não correspondi o beijo, que tipo de pessoa você acha que eu sou? É, sou idiota, porque a Tay é linda, está me dando mole e eu não correspondo o beijo. Mas veja bem, eu realmente amo a K, as coisas são diferentes agora.

– Tay. – Eu me afastei dela – Eu tenho namorada! E você sabe disso.

– Desculpa Pedro, mas é que eu não resisti, desculpa.

– Não faça isso outra vez. Lamento, mas as coisas não podem ser como antes em relação a nós. Quer dizer, podemos ser amigos como sempre, mas não podemos mais nos beijar, é diferente agora.

– Esse não é o Pedro que eu conheço, preso a uma garota... Mas tudo bem. Desculpe.

– Não estou preso a uma garota, é diferente. Não dá pra explicar...

– Já entendi. Acho que isso não vai se repetir.

– Amigos então? – Sorri para ela.

– Sempre. – Ela me abraçou.

– Vamos voltar pra mesa agora.

– Pode ir, eu vou ao banheiro, depois vou pra lá.

– Tudo bem.

– Nós vimos tudo. – Foi a primeira coisa que João falou quando voltei pra mesa.

– Tudo o quê? – Me fiz de desentendido. A primeira coisa que pensei foi: FODEU.

– Pedro garanhão, sabia que ia pegar a Taylor. – Cobra deu um tapinha nas minhas costas.

– Você não tem vergonha de fazer isso com a K? – Duca perguntou, em tom de reprovação.

– Posso explicar? – Perguntei sério, olhando pra eles – Eu não a beijei, foi ela quem se jogou pra cima de mim, eu nem correspondi o beijo.

– Tá bom, e o João é virgem. – Cobra gargalhou – Ah, peraí, ele é virgem mesmo.

– Vai ver se eu tô na esquina, man. – João falou, com cara de poucos amigos.

– Ta sempre lá fazendo ponto, eu vejo. – Cobra tornou a rir na cara de João.

– Chega vocês dois. – Disse Duca olhando para as duas criancinhas.

– Mas estou dizendo a verdade, eu não fiz nada, e já deixei claro pra ela que eu não vou trair a K, não vou ficar com ela. Sou comprometido agora.

– Tá bom...

– Porra Cobra! Tô falando sério. – Falei nervoso.

– Eu acredito em você, dude. – Duca me olhou.

– Obrigado, pelo menos alguém. – bufei – E prestem atenção, nenhuma palavra sobre isso com a K! Entenderam? Deixa que eu me entendo com ela!

– Não falaremos nada. – João falou, depois de beber sua cerveja.

– Não é pra falar nada pra Bi também, hein Duca. – Eu avisei.

– Vou ficar quieto.

– Aí vem a Tay, façam de conta que não viram nada.

– Pronto, voltei. Sentiram saudade?

– Pedro deve ter sentido, né. – João falou baixinho, mas eu escutei. Lancei um olhar mortal pra ele.

– Posso fazer uma pergunta, Tay? – Cobra riu.

– Pergunta aê.

– Pedro beija bem?

Porra, Cobra.

– Ele vive dizendo que o beijo dele é o melhor... Quando vocês se pegavam no colegial, ele beijava bem?

– Ele sempre beijou bem. – Ela respondeu, olhando pra mim.

– Alguém quer batata frita? – Duca, querendo mudar de assunto. Te amo Duca, mas não sou gay.

Pedro’s POV off

– Bom dia. – Pedro disse ao entrar na cozinha.

– Bom dia, meu amor. – Eu sorri e ele beijou meu rosto, se sentando ao meu lado em seguida – Por onde o senhor andou ontem? Te liguei e você não atendeu, não te vi chegar.

– Desculpa princesa, eu tava com os caras, trabalhando em umas coisas pro novo CD. O meu telefone deve ter descarregado, foi isso.

– Hm. – Continuei comendo minhas torradas.

– A Taylor já acordou?

– Ah, essa aí acordou cedo e já saiu, disse que ia ver umas amigas. – Dei de ombros.

– Você não vai muito com a cara dela, né. – Ele se serviu com suco.

– Ah, você percebeu, ponto pra você.

– Não seja ciumenta, K.

– Não estou sendo.

– Senhor Ramos, telefone. – Uma das empregadas que eu não lembro o nome trouxe o telefone.

– Fala viado... Ah, bom dia... HAHAHA O que tem?... Tá falando sério?

Pedro parecia preocupado com algo.

– Que merda... Tudo bem, vou ver o que eu consigo fazer... Valeu. – Pedro desligou o telefone.

– O que houve?

– Não, nada de mais.

– Você parece tenso.

– Não se preocupe, meu amor, não é nada, coisas da gravadora.

– Hm, não está mentindo, está?

– Não. – Ele sorriu, mas eu não senti muita confiança.

Eu vi Pedro falar com várias pessoas no telefone durante toda manhã. Ele não quis me falar nada sobre, não entendi direito.

Depois do almoço, eu estava tentando fazer brownies na cozinha quando ouvi a voz de Bi na sala, gritando com Pedro. What the hell?

– Você não tem um pingo de vergonha na cara, né Ramos?

– Para de gritar, Bi. A culpa não foi minha!

– Foi de quem, então?

– Você não estava lá, não sabe o que aconteceu.

– Mais os jornais sabem. – Vi Bi jogar o jornal na cara de Pedro – E a K vai saber também, porque eu vou contar.

– Não vai contar nada, e para de gritar, porra! Ela vai escutar.

– Escutar o quê? – Perguntei.

– K... Er, não é nada.

– Para Pedro, você disse isso pra mim a manhã inteira, fala logo o que houve.

– A Bi não sabe de nada, K...

– Você não vai falar, Ramos? Então conto eu.

– Fala – Eu pedi.

– O que o Pedro tava fazendo ontem à noite?

– Trabalhando com os outros guys, o Duca estava lá também, certo?

–Não, errado! Seu namorado e o meu estavam em um pub com a queridinha deles, a Tay. - Bi fez cara de nojo ao pronunciar o apelido da garota.

– Isso é verdade, Pedro? Você mentiu pra mim?

– K, eu...

– Você sabe que não precisa disso, eu não ligo de você sair com os guys e com a sua amiguinha, mas você poderia ter me avisado pelo menos, não havia necessidade pra mentiras.

– Eu sei, K, mas é que...

– Não, você não sabe. Se soubesse, teria me falado a verdade. Estou muito chateada com você, Pedro.

– E tem mais ainda, K... ! – Vi Pedro lançar um olhar suplicante para ela.

– Nem vem, Pedro, a K precisa saber, não vou deixar você fazer minha amiga de boba.

– Falem logo o que está acontecendo, porra! – Falei, nervosa.

– Você não olhou o jornal hoje?

– Não, Bi. – Falei, sem paciência.

– Então olha agora. – Ela me deu o jornal, o mesmo que antes jogou na cara de Pedro.

Demorei alguns segundos para entender. Havia uma foto de Pedro dançando com uma garota, era a tal da Taylor. Havia outra foto, nessa Pedro e a garota se beijavam, e estava escrito assim:

"Pedro Ramos do McFLY curte sua noite com uma garota nova.’’

– Uma garota nova, é Pedro? – Falei, visivelmente irritada.

– K, por favor, vamos conversar.

– Eu não tenho nada pra falar com você. Vou pegar minhas coisas e vou embora daqui agora.

– Não é pra tanto, K... Isso tudo é um mal entendido.

– Mal entendido é eu namorar com você, isso sim. Sempre soube que isso não ia dar certo, como você pode dizer que não é nada demais? Eu odeio traição – Saí da sala, deixando Pedro e Bi lá, ela olhava furiosa para ele. Fui pegar minhas coisas, pelo menos o que era possível, já que eram muitos os meus pertences que estavam na casa de Pedro agora. Depois eu buscaria o resto. Quando ele não estivesse em casa, de preferência.

Depois de pegar o que foi possível, fui embora com Bi. Pedro tentou falar comigo, mas eu não dirigi nenhuma palavra a ele, tudo aconteceu muito rápido. Pouco tempo depois eu já estava no meu apartamento, chorando com Bi.

– Não fica assim, K. – Ela me abraçou.

– Eu sabia que isso não ia dar certo... Eu sabia.

– Não fique se culpando, o Pedro é que é um idiota.

– Ele me traiu. Assim como o Victor fez. Eu não acredito, achei que Pedro pudesse ser diferente.

– K, eu não sei o que dizer. Mas não quero que você fique assim, não gosto de ver minha melhor amiga triste por causa de um babaca.

– Você não entende... Pra você é muito fácil, o Duca é sempre certinho, não dá trabalho.

– Quem disse? Eu discuti com ele ontem à noite quando ele chegou do pub. Foi sério, só que nós já estamos nos acertando. Mas não é 100%.

– Pare, pelo menos ele não beijou outra.

– Talvez só não tenha sido flagrado pelos fotógrafos, pode ter beijado várias, ninguém sabe.

– Não acredito que ele tenha feito isso. – limpei um pouco das minhas lágrimas – Você confia nele, certo?

– Sim, mas...

– Mas nada, Duca não deve ter aprontado nada, ele não é de fazer isso, todo mundo sabe, mas já o Pedro... Todo mundo sabe a fama que ele tem.

– Que música é essa?

– Que música? Tá maluca?

– Ta tocando Round Round em algum lugar.

– Não é o toque do seu celular?

– Ah é, eu havia me esquecido. – ela riu e tirou o celular do bolso, atendendo em seguida – Oi Duca, o que você quer?... Eu sei que sou muito educada, ligou pra dizer isso?

– Fala direito com ele. – Eu sussurrei.

– O que você quer falar com ela?... Não!... Problema seu... Não quero saber, Duca... Vou perguntar, espera!

Eu olhava curiosa para Bi.

– Duca quer saber se pode vir aqui falar com você, ele disse que tem uma coisa pra contar.

– Tudo bem, mas se for pra falar do Pedro melhor ele nem chegar perto, aviso logo. – Falei alto o bastante para que Duca escutasse do outro lado da linha.

– Você ouviu, né?... Tá, tchau. – Ela desligou o telefone.

– Não seja grossa com ele.

– Ele bem que merece. – Bi fez cara de velha rabugenta – Daqui a pouco ele chega aqui.

– Ok.

Eu já havia parado de chorar, finalmente. Fiquei assistindo Kitchen Nightmares com Bi até Duca chegar, o que não demorou muito.

– Por que você trouxe uma torta? – Bi perguntou mal humorada para Duca.

– Oi Bi, me deixa passar.

– Bi, deixa o pobre Duca.

– Obrigado, K. – Bi deixou Duca entrar no apartamento, e ele veio ao meu encontro.

– Você trouxe mesmo uma torta? – Eu ri.

– Sim. – Ele falou sorridente – Chocolate, puro chocolate.

– O que estamos esperando? Vamos comer. – Me animei –Bi, pegue pratos e copos, por favor, eu pego o refrigerante.

– E o bonitão aí não vai fazer nada? – Ela perguntou.

– Eu já trouxe a torta.

– Mas ninguém pediu.

– Já chega, Bi! Se acertem logo vocês dois.

Eles ficaram quietos.

– Se vocês não pararem com essa palhaçada, eu vou comer toda essa torta sozinha.

– Você quer que a gente dê um abraço e um aperto de mão? – Duca riu.

– Mais ou menos. – Eu fui até Bi e a puxei pela mão para perto de Duca – Pronto, deem um beijinho e tudo fica bem. Vocês não têm motivos pra brigar.

– Eu já expliquei tudo pra ela, mas ela finge não me ouvir, só diz que eu vou dormir no tapete.

– Se beijem logo.

Era uma cena engraçada, eu queria rir, mas não podia, ou então perderia toda a minha moral - se é que eu tinha alguma. Duca e Bi se encararam por alguns minutos em silêncio, até que Duca tomou a iniciativa. Obviamente que a Bi não reclamou, eles ficaram se beijando, um, dois, três minutos, quatro...

– Chega! Já estão bem até demais. – Eu os afastei.

– Nos empolgamos. – Bi riu.

– Eu percebi, né.

– Agora podemos todos comer felizes.

– Nem todos estão felizes. – Falei baixinho quando Duca e Bi foram para a cozinha pegar talheres, pratos e etc.

– E então Duca, você enrolou, enrolou e não disse o que tinha pra dizer. – Eu falei enquanto pegava mais um pedaço da torta.

– Ah. – ele bebeu um pouco de coca – Vou falar de uma vez, escuta: o Ramos não teve culpa. – Fiz menção para interrompê-lo, mas ele continuou a falar – Eu estava lá e vi, foi a Taylor que o beijou. Ele não correspondeu, e ainda deixou bem claro pra ela que ele ama você, que está muito feliz com você e essa coisa toda.

– Eu não acredito. – Falei simplesmente.

– É a verdade, o Pedro é inocente nessa, sabemos da fama dele e tudo mais, só que agora ele tá mudando... Por você.

– Hum. – continuei comendo meu pedaço de torta

– K... Talvez o Duca esteja certo. Talvez o cabeça oca do Pedro esteja livre dessa culpa. Eu não vou com a cara dessa Taylor, ela tem cheiro de vadiagem. Ela deve ter se jogado pro Pedro achando que ele é o velho Pedro, mas ele não é mais, fim. Entendeu?

– Nem vem, Bi. Você armou o maior barraco lá com o Pedro e agora vai defendê-lo?

– Eu tava de cabeça quente, com raiva do Duca... Foi a emoção do momento. Quando eu vi aquela foto no jornal eu fiquei com muita raiva, porque eu não suporto a ideia de alguém fazer mal a minha melhor amiga. E não parei pra analisar os fatos.

– Vai conversar com o Pedro, K....

– Eu não, tenho mais o que fazer. – Dei de ombros – E nem pensem em se meter nisso como sempre fazem.

Eles se entreolharam. Isso me deu medo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? , comentem, favoritem, recomendem, perguntem é isso bjooooos amo os comentarios de vcs