Sweet Revenge - Não temos nada a perder! escrita por Naylla K


Capítulo 5
"Quando um deus grego cai do céu"




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“Três semanas se passaram. Mas afinal, o que realmente tinha acontecido? Desde aquela noite Joey e eu começamos a passar bastante tempo juntos, mais do que eu gostaria de admitir. Claro, somos amigos. Quando estou perto dele minhas mãos ficam suadas, me sinto estranha, nervosa, será que eu... O que estou dizendo? Quer dizer, é absolutamente ridícula essa ideia, eu não estou... Não é possível que eu esteja... Mas nós somos apenas bons amigos, certo? Com alguns privilégios antes das aulas, depois das aulas, no corredor, no armário de vassouras, no campo de Quadribol, no vestiário, durante algumas aulas.... Mas continuamos apenas amigos e agimos como se absolutamente nada estivesse acontecendo. E isso é normal, né? Por que amigos se beijam, claro, e mantém isso em segredo sem motivo algum.” Rock se aprofundava em pensamentos enquanto se encaminhava pra última aula do dia, DCAT. Seguindo pelo corredor, seu dilema interno fora interrompido por risadas.

— Shhhh. Alguém pode nos ouvir. – Rock pôde ouvir uma voz que bem conhecia... Kate Rosefield! Se agarrando escondida atrás de um estátua com ninguém mais, ninguém menos que...

— Joey? – Rock se assustou ao reparar no amigo-não-tão-amigo atracado com a loira.

— Rock? O que faz aqui? - ele a olhou, surpreso.

— E-Eu estava... - respirou fundo. Ela precisava se controlar e, apesar de não saber o porque seu estomago estava revirando e seu corpo inteiro fervendo de raiva, Rock sabia que ele não a “pertencia” e ela não tinha o mínimo direito de policiar com que ele ficava ou deixava de ficar. - O que você está fazendo aqui? – perguntou procurando controlar sua voz o máximo possível.

— Nós estamos... Nós estávamos... – Joey tentava se explicar. Não conseguia pensar direito, só era capaz de sentir uma culpa absurda, mas... Por que? Eles haviam combinado que seria assim então por que ele sentia como se tivesse a... traído?

— Estamos ocupados, não vê? - Kate respondeu o interrompendo.

“ Loira aguada de quinta.” Rock pensou “TO VENDO SIM SUA LOIRA BLONDER, AGORA PRESTA ATENÇÃO QUE TU NEM VAI VER A MINHA MÃO NA TUA CARA!" ela sentia cada centímetro do seu corpo querendo voar pra cima da garota. Mas, não. Realmente não era culpa dela.

— Certo. – ela respondeu. Não tinha muito o que dizer, afinal. Então ela se virou e saiu andando quase que sem rumo. Já havia perdido boa parte da aula mesmo.  - Não acredito que ele agiu como se ele quisesse esfregar na minha cara que eu sou descartável, só sirvo pra ele pegar e largar a hora que quiser. Burra! Você é o ser mais estúpido e ingênuo do mundo, Rachel. Parabéns! De verdade. – ela resmungava enquanto andava pesado pra longe da maldita estátua.

 - Rock! Espera! – ela pode ouvir Joey chamando há alguns metros atrás dela. Sentiu o sangue subir e a respiração pesar, só queria virar com a mão direto na cara dele, mas preferiu apertar o passo. – Rachel! – ele tornou a chamar, tentando alcança-la. Rock revirou os olhos, procurando uma saída. A ultima coisa que queria no momento é mostrar pra ele que ela se importava com o que ele fazia. Ela avistou um moreno alto de costas pra onde ela estava.

“James!” ela pensou. O amigo estava lhe devendo um favor e já estava na hora de cobrar. Não chegou a pensar duas vezes.

— Ei, James! – ela chamou, virando o garoto e o beijando. Apesar de surpreso, o garoto correspondeu, para o alívio de Rock. Enquanto o beijo se aprofundava e Joey parecia ter levado um soco no estômago ao ver a cena, Rock ouviu um voz estranhamente familiar.

— Rock? – ela ouviu James a chamar atrás de si.

“Não pode ser.” Ela pensou parando o beijo quase que imediatamente. “Se o James está atrás de mim então quem...” Respirou fundo e abriu os olhos lentamente.

— Ah, não. - deixou escapar. Um garoto de olhos castanhos num tom bem claro com pontinhos verdes, o rosto bem estruturado, quase como esculpido, cabelo castanho bagunçado e, com certeza, ele era mais alto que James. “Como eu pude confundir um deus grego esculpido com o James? Pois é, eu devia ter percebido: esse cara é uns dez centímetros mais alto que o Jay e um pouco mais "encorpado". Quer dizer, ele nem da Sonserina é, como eu não vi isso? Tudo bem, sem tempo pra pirar. Relaxa.” - Ahh.. Oi, James. - ela disse rindo nervosamente. E a turma toda estava lá reunida atrás de James... Incluindo Joey com a maior cara de cachorro abandonado. O que fez Rock um pouco mais satisfeita do que deveria.

— Oi. - ele disse com uma visível e enorme interrogação pairando sobre sua cabeça. O que fez a garota olhar para o “deus grego” ao seu lado com um certo desespero se perguntando como diabos ela ia explicar isso pra todos, inclusive Joey. O garoto sorriu pra ela, achando graça da situação. - Vocês já conhecem o... O... – ela se enrolava.

— Ramon Wood. – o garoto esticou a mão e cumprimentou James que a apertou desconfiado. - Espera, Danny? Daniel Fontaine? É você? – Wood reconheceu o loiro consolando Joey.

— Ramon! Cara! Nossa! - Danny respondeu reconhecendo o velho amigo. Eles se abraçaram, deixando todos ali ainda mais confusos.

— De onde vocês se conhecem? – Rock perguntou sorrindo.

— Nossas famílias se conhecem, fomos assistir a temporada de Quadribol na Romenia uns 5 anos atrás e meio que perdemos contato. O pai dele é Olivio Wood! O goleiro da União Puddlemere! - Daniel disse animado.

“Olivio Wood?? Eu acabei de beijar o filho do OLIVIO WOOD? Merlin, eu vou sair no Profeta Diário” ela pirava por dentro.

— Mentira! - Wallace gritou abraçando Ramon pelo ombro. - Então... Você joga? Porque o time da Grifinória está fazendo testes no próximo final de semana. – Ramou riu com o comentário.

 - Então você é o capitão? – o moreno perguntou e Wallace afirmou animado.

— Digamos que o pai faz ele treinar desde que ele começou a andar. - Daniel comentou.

— Maravilha. - Wallace exclamou. Para o alívio de Rock, a conversa começara a se extender para Quadribol, o que lhe dava uma deixa pra sair de lá discretamente.

— Mas, Rock, me diz. – Thomas a chamou antes que ela tivesse a chance de fugir.

— Fala.

— De onde vocês se conhecem? - ele perguntou apontando para a garota e Ramon.

— Ah... e-eu... – ela procurava uma resposta enquanto desejava profundamente que um hipogrifo invadisse a escola e sequestrasse-a.

— Nas férias. Eu quis fazer uma surpresa e não contei que estava vindo pra cá. - Ramon disse. Rock respirou aliviada por um momento e afirmou com a cabeça logo em seguida.

— Pensei que você tivesse passado as férias com a sua avó na Itália, Rock. - James perguntou.

— Ah, eu fui. A gente se encontrou lá quando eu fui fazer compras no mercado, não é? – Rock e Ramon se entreolharam, quase como selando um acordo com os olhos e o rapaz deu um leve sorriso antes de começar a contar como ele e Rock se encontraram e o porque dele estar na Itália logo quando seu pai estava jogando na Irlanda. A conversa acabou seguindo seu rumo e eles se despediram deixando o “casal” pra trás. Rock permaneceu em silêncio encarando o chão até que Ramon resolveu se pronunciar.

— Então em quem estamos tentando fazer ciúmes? - ele perguntou fazendo a garota corar.

— Não é ciúmes. – ela resmungou. - Está mais pra uma vingança momentânea. Mas relaxa, eu vou acabar com isso amanhã mesmo.

— Calma aí, morena. – ele disse - Eu tenho uma irmã, sabia? E por incrível que pareça, ela já passou por uma "vingança momentânea". Longa história de ex-namorado que traia. - ele riu - Seja lá o que te aconteceu, relaxa. Respira e me conta com calma. Sou mais compreensível do que aparento. - Rock sorriu. Foi como falar com um irmão e eles conversaram durante algum tempo. Ao fim, Ramon sugeriu que eles fingissem estarem juntos somente até o baile que estava se aproximando.

— Mas me diz, quando você chegou? Quer dizer, as aulas já começaram tem um tempo. – Rock perguntou mudando o assunto.

— Eu estudava na Durmstrang por causa da minha mãe, mas meu pai fez uma aposta com ela sobre Quadribol e ela perdeu então eu vim pra cá. Eu sei que soa estranho, mas eles são assim mesmo. Quem mandou ter um pai jogador e uma mãe fanática? - ele riu. - O chato é que eu treino todos os dias para manter a forma e afasto as pessoas por causa disso. Todo mundo sempre tá fazendo algo legal e divertido. Eu estou sempre no campo estudando táticas e treinando.

— Ah, isso até que faz sentido. Quer dizer, meus pais não são jogadores, mas eu entendo o que você quis dizer. Por falar em não ter amigos, eu te garanto que isso vai mudar. Você pode conhecer o Danny, mas você ainda não viu os Marotos em ação. – ela o confortou. Ela podia até estar brava com Joey, mas ainda adorava os meninos e sabia que eles já gostaram do rapaz. Eles conversaram um bom tempo e depois foram pro Salão Principal pra jantar. Apesar de Rock ser da Sonserina, Ramon a convidou a se juntar a ele na mesa da Grifinória.


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