All About Us escrita por The Huntress


Capítulo 3
What?!


Notas iniciais do capítulo

Hey, segundo capítulo ae, espero que gostem e boa leitura cupcakes :3
OBS: LEIAM AS NOTAS FINAIS.



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2

Nico Di Angelo

A claridade quase cega Nico quando tenta abrir os olhos. Sua cabeça doe tanto que ele imagina que vai explodir a qualquer momento. O menino esfrega os olhos e os abre novamente, quando finalmente consegue vencer a claridade irritante, vê um corpo ao seu lado. Senta-se na cama — sim, estava deitado —, esfrega os olhos novamente e vê uma garota dormindo ao seu lado e ela está... Nua?

Seus olhos abrem-se rapidamente e ele percebe a bagunça do local. Há roupas pelo chão, garrafas de bebidas alcoólicas e até mesmo cigarro. Como tudo isso havia ido parar ali sem que ninguém percebesse Nico não fazia a menor ideia.

O garoto tira bruscamente a mão da garota de sua cintura e levanta da cama. Avista suas roupas jogadas por alguns cantos do quarto e se veste, pega seu par de tênis e sai do quarto. Quando Nico coloca os pés para fora do local, percebe que estava no chalé sete, o chalé de Apolo. Ele havia ido a "festa" de aniversário de Isabel Simon, filha de Apolo, ficou bêbado e transou com a aniversariante. Ótimo.

Ele cambaleia até o refeitório e senta-se à mesa do chalé de Hades. O acampamento ainda estádespertando e Nico está pouco se importando para o que os campistas vão achar de sua aparência. Eles já estão bem entretidos com alguns boatos que estavam rolando por aí, a sua aparência é sem importância comparado a tudo o que está acontecendo. Nico coloca sua cabeça entre as mãos, fechando os olhos em seguida. Está exausto.

Depois de alguns minutos, o garoto sente uma mão tocar seu ombro. Levanta o rosto e vê Katie Gardner, filha de Deméter, sorrindo para ele. Ela vive por aí sorrindo, fazendo amizades e sendo gentil, o que estressa Nico. Ele não precisa da amizade de ninguém, muito menos de Katie Gardner.

— Você está horrível — ela diz a Nico, docemente.

— E você acha que eu não sei? — Nico diz, sarcasticamente. — Afinal, Katie, por que você está falando comigo?

— Estava tomando café da manhã, vi você entrar e, bem, jogar-se na mesa — ela sorri, sentando-se ao lado de Nico. — Resolvi conversar. Sorte sua que fomos os primeiros a acordar. Imagine se Quíron vê você assim.

— Que horas são? — Nico pergunta, ignorando tudo o que Katie dissera.

— Seis horas da manhã — Katie suspira. — Vou voltar para minha mesa, não quero terminar o dia limpando cocô de Pégaso. Cuide-se, Nico. E, ah, vá tomar um banho.

Katie sai da mesa sorrindo e Nico, rapidamente, leva sua blusa até o nariz. Ele está cheirando a vodca e cigarro. Resumindo: Nico precisa de um banho e de um remédio para dor de cabeça. Urgente!

Ele levanta e caminha em direção ao chalé treze. Enquanto passa pelos chalés dos outros Deuses, Nico pensa em tudo o que estará acontecendo fora do acampamento. Será que os boatos sobre uma guerra seriam verdadeiros? Quem estaria do lado oposto? Se fosse verdade, por que Quíron e Rachel, o Oráculo, ainda não tinham falado nada sobre isso? Procurando respostas para essas perguntas, Nico entra no chalé treze tendo em mente que iria dar uma passadinha na enfermaria para arrumar algum remédio depois.

3

(P.O.V de ninguém)

— Essa gaze vai ajudar até chegarmos ao acampamento — o filho de Apolo diz para Beatriz, enquanto trata do ferimento da mão dela. Ele está exausto demais para tentar usar seus poderes de cura e não quer correr o risco de desmaiar.

— Quem são vocês? — Paula pergunta, desconfiada.

O filho de Atena suspira.

— Sou Malcolm, filho de Atena — Malcolm é loiro, de estatura mediana, de olhos cinza e usa óculos.

— Sou Clarisse La Rue, filha de Ares — Clarisse é uma garota alta, forte e que sustenta no rosto uma expressão raivosa. Tem cabelos castanhos que estão presos por uma bandana, e tem olhos castanhos.

— E eu sou Will Solace, filho de Apolo — Will é loiro, alto e de olhos azuis. Um típico filho de Apolo.

Um silêncio se instala enquanto Beatriz, Paula e Inara tentam processar tudo o que haviam escutado. Will estinquieto e quebrou o silêncio.

— Digam algo.

Depois de alguns segundos, Inara começa a andar de um lado para o outro. Ela está com o cenho franzido, parece estar tentando pensar em algo, mas não está obtendo sucesso, então para de andar.

— Isso é algum tipo de piada? — Inara pergunta.

— Nós sabemos que é difícil de entender, mas se vocês nos deixarem explicar... Talvez possam entender um pouco — Malcolm diz.

— Vá em frente. Tente — diz Paula.

— Bem, vocês já ouviram falar sobre os Deuses Olimpianos? Aqueles da mitologia grega? — Malcolm pergunta. As garotas assentem. — Então, eles existem. E de vez em quando vêm ao mundo mortal e têm filhos com mortais. Esses filhos são chamados de semideuses...

— E, pelo o que sabemos, vocês são semideusas — Will diz, interrompendo Malcolm.

— Enfim, precisamos levar vocês três para o acampamento Meio-Sangue. É o lugar mais seguro para pessoas como nós. Sem falar que somos seis semideuses, isso vai atrair um milhão de monstros — Clarisse diz. Beatriz estremece.

Beatriz, Paula e Inara trocam um olhar, sem conseguir acreditar em nenhuma palavra que o trio fala. É um pouco irreal demais.

— Vocês só podem estar pirando. Já perceberam que tudo isso que vocês falam não tem lógica nenhuma? — Inara pergunta, cruzando os braços.

Clarisse revira os olhos.

— Eu, sinceramente, não tenho paciência para pessoas como vocês. Se vocês não são semideuses me expliquem como conseguem ver todos aqueles monstros e todas aquelas coisas estranhas? Por que foram diagnosticadas com Dislexia e Transtorno do Déficit de Atenção? E o mais importante, expliquem-me por que diabos vocês não nunca viram a mãe ou pai seja lá qual for a parte Olimpiana responsável de vocês? Se fossemos loucos, vocês acham mesmo que nos daríamos o trabalho de vir espalhar nossa loucura logo com vocês?Ah, faça-me o favor!

— Você não pode falar assim com a gente! — Beatriz diz para Clarisse.

— Eu falo do jeito que eu quiser com vocês! — Clarisse pega uma adaga e franze o cenho.

— OK! — Paula fala, exasperada. — Nós acreditamos em vocês. Temos que acreditar. Não é todo mundo que sabe tanto da nossa vida. Enfim... Clarisse guarda essa adaga e então vamos com vocês.

— Sim — Beatriz diz, afastando-se de Clarisse. — Só queremos ficar seguras.

Inara assente, concordando. Clarisse guarda a adaga e vai para o lado de Malcolm e Will. Bem, a missão havia dado certo.

[...]

Depois de terem arrumado as malas, Beatriz, Paula e Inara olham uma última vez para o lugar que, por tanto tempo, havia servido como casa para elas. Saudades? Talvez, sim. Mas, agora, elas estão indo para uma vida nova e tudo aquilo se tornaria passado. Se tudo o que aquelas três pessoas falam é verdade,  então, talvez, seja bom ter uma vida nova onde elas serão, finalmente, aceitas como são de verdade. Sem jogos. Sem máscaras.

— Vocês confiam neles? — Inara pergunta assim que Clarisse buzina da garagem do internato.

— Não — Paula fala ao mesmo tempo em que Beatriz diz: “não sei”.

As três caminham até o carro que Clarisse está e entram junto com Will e Malcolm.

— Como você roubou esse carro? — pergunta Malcolm a Clarisse, entrando no banco do carona.

— Namorar um filho de Hermes tem suas vantagens — a garota responde.

As garotas e Will ajeitam-se no banco de trás para que ninguém ficasse apertado. Beatriz senta-se na ponta, ao seu lado senta Will e depois Paula e Inara sentam-se na outra ponta. Tudo ainda parece confuso demais para as três amigas, porém elas têm que confiar naqueles desconhecidos. Afinal, já estão dentro do carro, o que mais poderia acontecer?

— Então, como era a vida de vocês antes de descobrirem que são semideusas? — Will pergunta.

O carro fica silencioso. A única coisa que pode ser ouvida era o barulho do pneu em contato com o asfalto. Beatriz, Paula e Inara preferem ficar olhando para algum ponto em especial à ter que responder a pergunta de Will, o que deixa o filho de Apolo bastante desconfortável. As três amigas têm passados... E passados difíceis. Porém, nunca contariam a ninguém essa parte de suas vidas.


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Notas finais do capítulo

Então gente, quero explicar uma coisinha. Quando eu escrever um numero seguido da seguinte frase "(P.O.V de ninguém)", por exemplo, "3 (P.O.V de ninguém)" quer dizer que o "P.O.V" não é de ninguém em especial, ok? Qualquer duvida é só perguntar.
Bem, espero que tenham gostado, não deixem de comentar :3