All About Us escrita por The Huntress


Capítulo 15
A Filha De... – Parte 1.


Notas iniciais do capítulo

Hey, cupcakes. Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/570583/chapter/15

18

Paula Adams

Paula acordou cedo. Ela só conseguia pensar em como devia estar o cabelo de Isabel. Ela já estava se preparando para rir muito da filha de Apolo.

Paula tomou um banho e se arrumou. Colocou uma calça jeans, um tênis e a blusa do acampamento. Saiu do chalé e foi em direção ao refeitório. Paula estava andando distraidamente pelo acampamento e não percebeu que alguém estava agachado bem a sua frente e acabou tropeçando. Que merda!, pensou a garota.

–Oi, desculpe.

A vos masculina que Paula escutou, fez a garota tomar postura rapidamente. Ela estava morrendo de vergonha por ter tropeçado em algo e morreria de vez se tivesse sido em uma pessoa. Paula levantou os olhos e viu um garoto na sua frente. Alto, loiro e de olhos cinza-esverdeado. Ele estava sorrindo enquanto observava Paula.

–Hã... Oi – Paula disse.

–Desculpe por ter feito você cair, eu estava amarrando o cadarço do meu tênis.

–Tudo bem, eu que sou muito desastrada – a garota sorriu.

–Sou Ivan Levine, filho de Nêmesis. Qual é seu nome?

–Paula Adams, ainda não fui reclamada. Bem, eu estou indo para o refeitório...

–Eu também – Ivan a interrompeu. – Depois poderíamos treinar juntos. O que acha?

–Sim, seria ótimo.

Ivan sorriu e passou caminhando por Paula enquanto ela caminhou para o lado opostos. Paula estava tão mergulhada em pensamentos que quase não escutou Ivan chamando seu nome. Paula virou-se para ele.

–O refeitório é por aqui – Ivan apontou para o lado que ele estava seguindo.

–Ah, é, claro – Paula sorriu envergonhada, caminhando junto com o filho de Nêmesis até o refeitório.

[...]

–Paula!

A garota estava na Arena treinando com Ivan, quando escutou a voz, que, para ela, era a mais irritante do mundo. Nico di Angelo. O garoto não podia deixar de irrita-la um dia? Ivan e Paula pararam o que estavam fazendo para dar atenção a presença indesejada que estava ali.

–Que é, Nico? – Paula revirou os olhos.

–Eu não queria estar aqui e não queria falar com você, mas...

–O que você quer, di Angelo? – Ivan o interrompeu.

–Não é da sua conta, filho de Nêmesis.

–Nico, não começa – disse Paula, ficando entre os dois. – O que você quer?

–A Isabel não ia parar de encher o saco se eu não viesse aqui e perguntasse por que diabo você colocou tinta no chuveiro dela? – ele olhou para Paula com tédio.

–Eu não fiz nada – disse Paula, tentando esconder o sorriso. Ela olhou ao redor da Arena e parou seu olhar em uma garota que estava lá na entrada da Arena. Ela percebeu que era Isabel e começou a rir. – Deuses, ela ficou hilária!

–Hum, legal – ele deu as costas para Paula e caminhou para fora da Arena.

Antes que Nico pudesse se distanciar mais, Paula teve uma ideia. E se ela lutasse contra Nico de novo? Ela poderia se divertir e ganhar dele ao mesmo tempo. Paula se animou com a ideia.

–Nico – Paula chamou. Nico a encarou. – O que você acha de lutar comigo de novo?

Nico abriu um sorriso sombrio. Ele desembainhou sua espada negra e caminhou para perto de Paula.

–Podemos nos falar mais tarde, Ivan? – Paula perguntou e o filho de Nêmesis assentiu, frustrado.

Paula e Nico ficaram frente a frente e se posicionaram. Nico atacou Paula, mas a garota desviou de seu golpe facilmente. Uma das vantagens de treinar com o Deus da guerra é que você aprende coisas muito legais e interessantes.

Nico voltou a atacar Paula e ela o provocava, chamando-o de "emo", "cadáver" e etc. Ele sempre tentava acerta-la com sua espada e Nico era bom na esgrima, mas, mesmo com um pouco dificuldade, Paula conseguia se defender.

Depois de alguns minutos, Paula já estava cansando de ficar desviando dos golpes de Nico. Então, ela o atacou, fazendo um leve corte na bochecha do garoto. Ela já estava cansando de lutar com ele. Nico achava que por ser veterano no acampamento e por ser filho de Hades, um dos três grandes, era o melhor em tudo, mas não bem assim. Se ele não se concentrasse nas lutas, nunca iria vencer.

Paula deslizou sua espada pela perna do filho de Hades, fazendo-o cair no chão. A garota apontou sua espada para o pescoço dele e sorriu.

–Ao invés de ficar pegando o acampamento inteiro, você devia passar mais tempo treinando. Vencer você é fácil – disse a garota.

Paula deu as costas para ele e caminhou para fora da Arena, mas antes que ela pudesse se afastar muito, ela sentiu o chão começar a tremer. Primeiramente, ela não entendeu nada, mas assim que olhou para o lado viu uma rachadura no chão. Ela se lembrava dessa rachadura... Ah, não, droga!, pensou.

Paula virou-se de frente para Nico, ele a encarava com um sorriso nos lábios. Nico estava com uma das mãos para cima e seu dedão e o dedo do meio estava juntos, como se Nico fosse estala-los ou coisa parecida.

–Ops, meus dedos escorregaram – Nico abriu mais o sorriso e estalou os dedos.

Tudo aconteceu tão rápido que Paula mal teve tempo para piscar. Em um minuto ela estava morrendo de medo de cair dentro da rachadura, em outro vários esqueletos estavam ao seu redor. Paula não sabia o que fazer, ela estava em choque. Os esqueletos foram se aproximando dela e Paula recobrou a consciência, empunhou sua espada e começou a atacar os esqueletos.

Paula mal conseguia respirar com todos aqueles esqueletos, praticamente, em cima dela. Então Paula, já cansada e em um movimento automático, levantou uma mão. Ela só conseguia pensar em uma coisa: água. Água sempre havia feito a garota pensar direito, e nem seria má ideia ela ter um pouco de água agora. Por um momento, Paula sentiu algo rodopiar por sua mãos, mas ela mal conseguia raciocinar, estava sentindo toda suas forças irem embora.

Segundos depois Paula abriu os olhos e percebeu que não era vento rodopiando por suas mãos, era água. Em um movimento automático Paula abriu os braços rapidamente, fazendo água explodir para todos os lados e os esqueletos serem, finalmente, derrotados.

Paula já não estava mais aguentando o peso do próprio corpo. Ela caiu de joelhos no chão e olhou ao redor. Todos estavam ajoelhados na sua frente, até mesmo Nico. Os campistas que estavam na Arena, não conseguiam entender como Paula conseguiu água se não tinha água na Arena.

Paula olhou ao redor e viu Inara e Beatriz ajoelhadas também, mas elas olhavam para a amiga com preocupação. Beatriz apontou para cima e Paula levantou a cabeça. Ela viu, pairar em cima da sua cabeça, um Tridente. Parecia um holograma, mas Paula sabia exatamente o que significava. Ela é filha de Poseidon.

–Salve Paula Adams, filha de Poseidon, o Deus dos mares – alguém disse.

Os semideuses que estavam ajoelhas, levantaram-se e ateram palmas, depois foi cada um para o seu canto. Ninguém trocou uma palavra com Paula.

–E aí, filha de Poseidon – Beatriz disse, parabenizando a amiga.

–Que bom que ele reclamou você – disse Inara.

Paula deu um sorriso fraco, mas se animou ao ver que Ivan corria em sua direção.

–Agora você vai ter que ir para o chalé três, Paula – Ivan disse, sorrindo.

–É, eu sei – Paula suspirou. – Vou pegar minhas coisas. Ah, Ivan, essas são minhas amigas, Beatriz Collins e Inara Forbes. E, meninas, esse é o Ivan Levine, filho de Nêmesis.

Os três cumprimentaram-se.

–Então, Ivan, me ajuda a levar minhas coisas para o chalé três? – Paula sorriu. Ivan assentiu, concordando.

Paula e Ivan saíram conversando da Arena. Ivan contava para ela como tinha sido o dia em que ele fora reclamado. Antes que Paula e Ivan chegassem aos chalés, eles foram parados por Nico.

–Olha só quem foi reclamada – Nico disse.

–Nico, sai da nossa frente! – disse Paula, com raiva.

–Me obrigue, filha de Poseidon.

–Nico, sai da minha frente agora!

–Só porque você se tornou filha de Poseidon, não quer dizer que pode mandar em mim – Nico mudou sua expressão para séria.

–Nico, eu já estou perdendo a minha paciência com você! Você não passa de um cara metido a safado, mas que na verdade é um idiota que não serve nem para ganhar de mim na esgrima. Agora, sai da minha frente!

Nico saiu da frente de Paula e a garota apressou o passo até o chalé onze, mas Nico novamente a parou e dessa vez foi com as palavras que disse.

–Posso até não ter ganhado de você, mas pelo menos n]ao foi o meu pai que demorou quinze anos para dizer que sou filho dele.

Paula parou de andar subitamente, ela estava de costas para Nico, de cabeça baixa. Seus olhos encheram-se de lágrimas, mas ela não se permitiria chorar na frente dos campistas, na frente dele.

As únicas coisas que Paula fez foi olhar para cima, engolir o choro e caminhar novamente até Nico. Assim que chegou perto dele, viu que ele estava com um sorriso debochado nos lábios. Paula não conseguia mais se conter, fez a única coisa coerente naquele momento. Bateu fortemente no rosto de Nico.

–Nunca mais, nunca mais fale do meu pai, seu idiota!

E assim Paula correu até o chalé de Hermes para pegar suas coisas e se mudar para o chalé três, o chalé de Poseidon.

Quando Paula chegou à porta do chalé onze. Alguém tocou seu ombro, e ela lembrou de que Ivan estava com ela.

–Ei, se acalma – Ivan disse.

–Desculpa – Paula falou e o abracei. E daí que ela tinha acabado de o conhecer?

Ivan retribuiu o abraço e Paula afundou o rosto no peito dele. Ela estava nervosa e enquanto não ficasse calma não conseguiria ir para o chalé três. Depois partiu o abraço, Paula abriu a porta do chalé onze.

–Você está bem? – Ivan perguntou.

–Sim, estou bem.

Ivan entrou no chalé onze junto com Paula e foram até o seu quarto. Arrumaram a mala de Paula e ele a ajudou levar a mala até o chalé três. Assim que chegaram lá, Ivan deixou a mala da garota na porta da chalé e deu um beijo em sua bochecha.

–Obrigada por me ajudar, Ivan – disse Paula, sorrindo.

–De nada. A gente se vê.

Ele foi indo embora e Paula virou-se para entrar no chalé. Suspirou e entrou no chalé azul. Assim que entrou, primeiramente, foi andando de costas, vendo tudo que tinha ali. Quando, de repente, sua costa bateu em algo. Paula virou de frente na mesma hora que um garoto com um olho só virou também.

–Oi – Paula disse, desconfiada.

–Olá – ele sorriu.

–Você é...? – a garota franziu o cenho.

–Tyson, filho de Poseidon. E você?

–Paula Adams, filha de Poseidon também – deu o melhor sorriso que pôde.

–Papai me mandou de volta para o acampamento. Disse que vão precisar de mim por aqui – Tyson deu de ombros. – Ah, e a propósito, sou um Ciclope.

Mesmo sem entender, Paula sorriu e concordou. Tyson parecia ser uma pessoa, ou Ciclope, legal.

–Vem, deixa eu te mostrar seu quarto.

Tyson foi caminhando na frente de Paula e ela foi atrás dele. O chalé inteiro era lindo, tanto por dentro como por fora.

–Seu quarto – ele disse, abrindo a porta.

–É lindo... – sussurrei.

–Sim, é mesmo – Tyson disse. – Nos vemos depois, Paula.

Paula olhou para trás e viu que Tyson havia saído. A garoto jogou sua mala no chão e deitou-se na cama. Paula esperava que a sua vida fosse ficar um pouco melhor já que havia sido reclamada, mas ela nem imaginava o quanto tudo iria piorar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Vocês já imaginavam que a Paula fosse filha de Poseidon? huehue
Comentem, please.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "All About Us" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.