Pokémon - Prodigy Mind I - Mew Age escrita por ClarkMarshallGoldman


Capítulo 5
Capítulo 04 - Force


Notas iniciais do capítulo

Postando mais um capítulo no horário de sempre o/
Espero que gostem, foi meio parado, mas logo a ação voltará.
Dedico esse capítulo a minha namorada novamente e minha Amega dos Sertanejos, Nick.



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O dia já amanhecera, pequenos feixes de luz vindos do sol encontravam o meu rosto, me fazendo acordar calmamente. Soltei um leve bocejo e me espreguicei, preguiçoso ainda deitado em minha cama. Me sento, com a coluna inclinada para frente, coço meus olhos devagar e olho para o lado, Flame dormia calmamente em sua cama improvisada, estava todo esparramado pela cama. As bandagens continuavam lá, então aquilo não fora um sonho. Suspirei, de olhos fechados e então os abri, me levantei e caminhei para o banheiro de meu quarto, lá, fiz minhas necessidades, tomei um banho, escovei os dentes, baguncei meu cabelo e sai de lá, só com uma boxer preta. Flame estava em pé, em sua cama, talvez tivesse sido acordado pelo barulho. Fui até meu guarda roupa e coloquei roupas leves, uma regata branca, bermuda preta, cinto com as pokébolas e tênis básico cinza escuro. Fui até o criado mudo e então coloquei meus óculos e botei minha pokédex em meu bolso. A coloquei ali por medo de quebrar durante meu sono turbulento. Me alonguei um pouco, Flame me imitara, só que mais devagar, talvez ainda estivesse dolorido.

–Você tá legal amigo? Pergunto me agachando e ficando da altura dele, o olhando nos olhos, mesmo com o quarto parcialmente escuro. Ele estralou o pescoço e então assentiu calmo. –Vamos dar uma caminhada e tentar esquecer o que aconteceu ontem? Sugiro amistoso, ele poderia preferir fica em casa e descansar, entretanto ele só sorriu fraco e caminhou para fora do quarto. O segui. –Aliás, nem consegui comentar ontem, você é forte. Sorrio de canto. Ele se virou, com um sorriso confiante e exibido no rosto, então começou a descer as escadas. –Está com fome? Sento no corrimão e escorrego rapidamente até o final da escada. Flame apertara o passo para me alcançar. Ele então me olha e assente. Aponto com a cabeça a cozinha e começo a caminhar para lá, um bom café da manhã seria bom.

[...]

Após um calmo e delicioso café da manhã, finalmente decidimos ir caminhar. Meus pais estavam fora, iam até uma cidade vizinha para resolver algumas coisas de suas profissões e depois iriam a uma palestra do Prof. Carvalho. Sinceramente, não me importava de ficar sozinho em casa com Flame, mas eu queria ir na palestra, sempre fui um grande fã do trabalho do professor (não as poesias). Saindo de casa, Flame e eu sentimos a leve e calma brisa fria daquela manhã. O céu não tinha muitas nuvens, e estava claro. Um dia agradável. Fomos caminhando a passos lentos pela cidade, passamos por várias lojas, playgrounds, prédios e por fim, chegamos ao parque do dia anterior. Passando por onde eu e Alex havíamos batalhado, flashbacks vinham e faziam minha cabeça latejar. Pequenos indícios de explosão, queimaduras e até mesmo a trilha que Flame fizera ainda continuavam ali. Haviam várias árvores ali, o que nos dava um pouco de sombra. Já um pouco cansado, decidi me sentar, no mesmo banco em que Alex estava ontem. Falando nela... Onde será que ela está? Será que ainda estava muito brava comigo depois do que fiz com a Misdreavus dela? Respirei fundo e suspirei com a mesma intensidade. Flame observava o lago com uma expressão vazia.

–A batalha de ontem ainda te atormenta, não é? Digo olhando o mesmo ponto do lago que ele, minhas palavras eram dirigidas à ele, mas meu pensamento estava longe. –Acha que pegamos duro demais com ele? Ou que Misdreavus se feriu muito? Me acomodo no banco, tentando tirar o desconforto de meu peito. Flame não respondeu, também parecia estar com o pensamento em outro local. –Bem, melhor deixarmos isso de lado por hora. Quer treinar individualmente, sem ferir ninguém, digo. Rio fraco, sem humor. A brincadeira foi fora de hora, mas queria tirar um pouco da tensão daquele local. Sem sucesso. Flame respirou fundo e então me olhou, sem muito animo e então deu um salto para fora do banco. Ficando em pé. –Vou considerar isso como um sim. Seus machucados estão melhores? Me levanto e me abaixo na altura dele, tiro uma das bandagens, a que estava em seu peito. Ainda havia uma marca grande de queimadura ali, mas era só superficial e já havia formado uma pequena crosta de proteção. –Não está tão ruim assim amigo. Sorrio sincero e me levanto novamente. –Vamos indo. Começo a caminhar novamente, dessa vez, indo até um campo aberto. Antes que pudéssemos chegar lá, o Professor George irrompeu minha visão, correndo, obviamente atrás de mim. Ele parou na minha frente, com a respiração ofegante.

–Prodígio... Ele respira fundo –Podemos conversar agora sobre a explosão do posto policial?

[...]

–É tudo isso que sei e vi. Não sei dizer nada em detalhes. Digo tudo que sabia, mas não acrescentei a parte do brilho verde. Estava em um posto policial provisório, que substituía o antigo. Estávamos eu, Flame, Jenny e George em uma sala de interrogação abafada. Eu era o que estava sendo interrogado.

–Sua história não me convence. Jenny toma a palavra, firme. –Como é que um incêndio de proporções imensas se apaga do nada? Ela indaga. Eu também queria descobrir isso. –Acho que nos está escondendo algo. Principalmente, o seu nome.

–Meu nome não lhe será útil para nada. E está agindo como se eu fosse o causador dessa explosão. Digo irritado. –Eu já disse. Digo com pausas –Eu fiquei inconsciente depois que Flame entrou nas chamas à procura de algum ferido. A fumaça poderia muito bem ter me sufocado, diminuindo o meu ar e me fazendo desmaiar para poupar ar que restava nos pulmões, diminuindo a respiração. Isso é biologia, Srta. Jenny. Explodo. Não queria fazer aquilo, mas aquilo tudo estava me irritando. Vi de canto de olhos George sorrindo de canto, talvez por eu ter desafiado uma autoridade ou por meu conhecimento sobre o assunto. –Mais alguma pergunta, Jenny? Pergunto, me acalmando.

A expressão dela não era nada contente. –Não, sem mais perguntas. Ela diz depois de um tempo me encarando, talvez procurando mudanças em minha expressão. –Pode ir para casa, “prodígio”.

–Com sua licença. Me levanto e caminho junto com Flame para fora dali.

–Ah! Espere prodígio! George diz alto quando já estava na porta. Ele se aproxima e me observa de cima a baixo. –Soube que teve uma batalha ontem. Como foi?

–Eu venci. Digo de forma breve e saio dali, a atmosfera do local me irritava. Tanto por estar abafado, quanto por terem suspeitado de mim para ser o causador da explosão no posto policial. –Isso é tudo? Paro já fora do posto provisório, respirando o ar puro.

–Na verdade não. Ele comenta, atrás de mim. Me viro e o encaro. –Quero que vá comigo em uma expedição. É sobre fósseis pokémon. Ele sorri fraco. Retribuo o sorriso, ele estava sendo gentil comigo, e mesmo assim, o tratava com arrogância e frieza.

–Hoje? Pergunto, curioso.

–Agora mesmo, caso possa, é claro. Ele responde e ajeita seus óculos e seu rosto. Imito o gesto.

–Bem, tenho de avisar meus pais que vou sair... Dou de ombros –Mas, sim, eu vou contigo, professor.

Ele sorri alegre e dá alguns pulinhos, de felicidade. –Pois bem. Ele volta a compostura antiga, mas ainda com o sorriso bobo no rosto. –Te vejo às 15:30 no limite leste da cidade. Tudo bem?

Assinto então me viro e caminho junto a Flame em direção a minha casa. –Vai ser legal sair um pouco da cidade, não acha, Flame? Pergunto calmo. O posto provisório não era tão longe de casa, então chegaríamos logo. Flame solta algumas brasas de sua boca, em aprovação. –Ok. É uma chance de treinarmos. Afinal, fomos interrompidos antes de... Quando vou finalizar a frase, vejo Alex, do outro lado da rua, caminhando sozinha. Eu tinha de falar com ela. Me viro subitamente, surpreendendo Flame, que me acompanhava. Fui com passos rápidos para perto dela, mas quando ela finalmente me viu, saiu correndo. Droga Alex. Não correria atrás dela. Respirei fundo de olhos fechados e então voltei a caminhar para minha casa.

[...]

15:15, estava na hora de me arrumar. Estava no meu quarto, deitado em minha cama, encarando o teto em silêncio. Alex... Por quê fugiu? Trinco os dentes e então me levanto subitamente. Junto a isso, uma dor terrível em minha cabeça surge. Me levantei rápido demais. Droga! Não tinha nada dando certo. Era para eu já estar longe de casa. Era para eu já estar forte o suficiente para derrotar Trevor. Era para eu... Não magoar mais ninguém... Uma lágrima escorre em meu rosto. Flame percebe e então puxa minha bermuda, de leve, quando abaixo meu olhar para ele, ele sorri de forma acolhedora. Droga Flame, você é muito fofo. Sorri da mesma maneira e então sequei a lágrima, não tinha porquê chorar, nem se lamentar, o que estava feito, já não podia ser mudado. Respirei fundo e baguncei o topete de Flame.

–Obrigado amigo. Voltei a realidade. Tinha sorte de ter Flame ao meu lado, sem ele, eu talvez enlouquecesse, mesmo eu já pensando estar louco. Já havia avisado meus pais que iria sair, agora, eu só precisava sair. Peguei minha bolsa com algumas coisas que poderiam vir a ser uteis: Uma corda, kit de primeiros socorros, ração pokémon, água potável, bandagens e uma lanterna. –Vamos indo, então. Jogo minha bolsa em minhas costas e caminho para fora de meu quarto. Pego a pokébola de Flame e o recolho, acreditava que lá, ele se recuperaria mais rápido. –É por pouco tempo. Garanto a ele com sinceridade.

[...]

15:27 e já estava na saída leste da cidade, na divisa da mesma. A saída dava para uma rota que era pouco visitada pelos moradores dali. Só os treinadores pokémons passavam ali, de vez em quando. Tive de esperar mais 10 minutos até que o professor aparecesse.

–Está atrasado. Brinco, sorrindo de canto.

–Me desculpe, me desculpe. Ele fecha os olhos e ri fraco, caminhando até mim enquanto segurava as alças de sua mochila. –Está esperando a muito tempo?

–Uns 13 minutos. Digo olhando o horário no relógio do Pokédex. –Então, vamos ou é só promessa? Em minha mão que estava no bolso, estava segurando firme a pokébola em versão reduzida de Flame.

–Vamos, vamos. Ele assente e passa à frente, passando pela divisa. O sigo, devagar. Fazia muito tempo que não saia da cidade. Dois anos para ser exato. A última vez fora na batalha que me fizera querer seguir o caminho de treinador pokémon. –Está ansioso? O professor pergunta, casual.

–Para ver fósseis? Sinceramente? Não muito. Rio fraco. E com a mão livre fico analisando o radar do pokédex. Um bando de Starlys estava a norte, outro de Bidoofs a oeste. –Mas posso treinar e desenvolver algumas habilidades com Flame nesse tempo, então, não será algo tão perdido.

–Entendo. Ele ri baixo –Algum pokémon interessante nas redondezas? Ele pergunta, caminhando olhando reto a trilha da rota. Gramas altas e baixas estavam ao nosso lado, o clima dali não era dos melhores, mas também não era ruim.

–Starlys e Bidoofs. Nada tão interessante, ainda. Sorrio. –Com sorte achamos um lendário. Brinco rindo.

O professor então engole em seco e para por um segundo, mas logo volta a andar e ri, apreensivo. –Um lendário. Que ideia louca, prodígio. A reação dele fora estranha, mas não dei muita atenção àquilo no momento. Direcionava meus olhares para as gramas e para o radar. Então uma figura começa a se movimentar rapidamente em nossa direção no radar. Ele ainda analisava o pokémon.

–Ahn... Professor. Tem algo vindo em uma velocidade bem grande para cima de nós vinda em direção nordeste. Volto meu olhar para lá, esperando algo aparecer. –Vá Flame! Tiro a pokébola de meu bolso, aperto o botão e a jogo para cima, Flame sai de lá, parecia mais disposto e forte. A pokébola devia ter mesmo ajudado na recuperação. Momentos de tensão passavam, até que, o pokémon saltou e parou poucos metros à frente do professor.

–Um Luxio. Ele diz, surpreso. –Ele está bem longe de seu habitat natural... O professor comenta. Fico ao lado dele junto com Flame. Então miro a Pokédex no pokémon.

Pokédex: Luxio, o pokémon faísca. Fortes correntes elétricas percorrem suas garras afiadas. Um arranhão carregado pode fazer o inimigo desmaiar.

–Ele talvez não seja selvagem. Deduzo, era o mais provável, mas quem poderia afirmar? –Será uma boa ideia deixa-lo de lado ou teremos de lutar com ele?

–Ele não parece querer que nós passemos adiante... Talvez esteja protegendo algo. Ou seguindo ordens. O professor coça o queixo.

–Ele está seguindo ordens. Uma voz desconhecida vem de trás de Luxio. –Minhas ordens. Agora, saiam daqui se não quiserem sofrer. A voz soava fria e intimidadora. Um frio terrível percorreu minha espinha, droga.

–Quem é você? O professor grita –E por que não podemos passar? Ele indaga, com uma mão no bolso. Fiquei quieto, esperando algo acontecer. Um homem, saiu de trás de uma árvore e sorrio frio para nós. Ele vestia roupas cinzas escuras, semelhante a cor de minha pokédex, só que mais forte.

–Eu sou apenas um peão para o que vai acontecer. Sigo as ordens do universo. Vivo a vida diante das regras da mesma. Busco o conhecimento sobre as coisas mais simples. Busco o sentido de nossa existência. Sou um membro da Force. Ele estrala os dedos e Luxio rosna, nos assustando um pouco.

–Um membro da Force? Indago, tanto surpreso quanto confuso. –Isso por acaso é alguma organização terrorista?

–Bem, digamos que diante da sociedade em que vivemos, é correto dizer isso. Ele sorri, irônico –Mas nunca saberão nossa verdadeira motivação.

–Espere! Isso quer dizer que vocês foram os responsáveis pela explosão do posto policial? O professor dá um passo para frente. Luxio por sua vez, também avança um pouco, forçando o professor para trás novamente.

–Sim, fomos nós quem causamos a explosão no posto policial. Não este garoto. Ele me olha, seu olhar era maléfico. –Ele é inocente. Apesar de tudo, prezamos pela verdade, e não quero que um inocente seja culpado por uma ação que foi causada por nós. Mas, ao que parece, só estou dizendo o óbvio aqui.

–Você está aqui pelos fósseis, não é? Pergunto, tudo estava clareando para mim. –Ou será que é uma de suas motivações secretas que não pode nos revelar? Debocho.

–Bem meu garoto, ambas as coisas... Ele para subitamente e aperta um dos fones no ouvido dele. –Certo, certo. Ele pega uma pokébola e recolhe Luxio. Então pega outra e solta um Staraptor, e então sobe nele. –Temo que terei de deixar nosso papo para uma outra ocasião. Nos veremos mais vezes, garanto. Ele sorri de canto e então levanta voo, desaparecendo no céu. Perplexo, sem saber o que dizer, olho o professor, que adquiria uma expressão séria.

–Vamos voltar, prodígio. Ele se vira e começa a correr, em direção a cidade. Não me havia muitas opções, então, o segui junto com Flame.


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Notas finais do capítulo

Bem, é isso, até a próxima!
Comentem o que acharam.
Se ainda não fez, favorite e recomende caso goste da fic, isso me ajuda imensamente



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