Véu de Sangue escrita por Evellyn e Clarissa


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Elizabeth p.d.v



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Eu estava mais do que louca pra sair pela cidade e investigar o que estava acontecendo, mas não me deixaram sair. “Está muito escuro pra sair” a Esme alegava, que piada! Fala sério! No nosso grupo tem bastante caçadores, vampiros, metamorfos e mestiças e pode muito bem se defender sozinho. Que saco! O pior que ninguém me apoiou, nem a Rachel, só por que ela tava com sono. Mas tudo bem, dessa vez passa. Eu não vou estragar meu bom humor por causa disso, eu to muito feliz por saber que eu não vou precisar voltar naquela porcaria de loja. Como a gente não tava mais caçando o Daniel, e já sabíamos de tudo, não precisávamos mais de disfarce. Agora só bastava procurar por algo suspeito ou (a parte mais chata) esperar. Dei boa noite a todos e fui pra cama, só achei estranho que eu não vi o Daniel. Cadê esse infeliz? Bem, não importa eu estava indo dormir agora. Eu tive uma noite tranqüila até as quatro horas da manhã, que foi quando meus pesadelos começaram. Eu acordei assustada por causa dos gritos e corpos ensangüentados que estavam assombrando a minha mente. Resolvi ir à cozinha tomar um copo d’água, e achei super estranho não encontrar ninguém. Vampiros não dormem, então, onde diabos eles foram?


- O que foi Liza? Qual o problema?


Daniel estava agora parado na minha frente, levei o maior susto, mas minha atenção logo se virou para os seus olhos que já começavam a perder o tom vermelho escarlate. Deus! Como ele estava bonito.


- Nada.


- Então por que está acordada?


- Só vim beber um pouco d’água.


- Ah sim. Quer que eu pego pra você?


- Não, pode deixar. Cadê todo mundo?


- Caçando, eles vão estar aqui pela manhã. Não foram muito longe.


- Você também estava caçando?


- Sim, eu tenho que fazer isso se eu quiser ficar perto de você. Por quê?


Eu fui até a cozinha e enchi um copo com água. Me estômago parecia que estava cheio de borboletas quando ele disse isso.


- Por nada, só senti a sua falta. Quero dizer... eu percebi que você não estava aqui, mas é só isso.


Merda! Acho que falei besteira. Ele vai acabar achando que eu sinto a falta dele.


- Ah, claro.


Enquanto eu bebia a água ele ficou me sondando, como se tenta-se adivinhar o que eu estava pensando.


- O que?


- Nada. Só queria saber até onde a nossa ligação vai. Mas acho que leitura de mente está descartada. Falando nisso, Edward está morrendo de curiosidade para saber por que ele não consegue ler a sua mente.


- Ah, depois eu falo pra ele.


- Faz um suspense, ele merece.


- Pode deixar. E Daniel...


- Sim?


- Essa coisa de ligação, fala sério! Até quando você vai continuar com isso?


- Até quando você acreditar.


- Da...


- Liza, para um pouco e pensa. Como que você sempre sabe quando eu estou por perto e às vezes tem até uma idéia do que eu penso ou sinto? E como você explica o fato de eu também poder fazer isso?


- Você é um telepata e eu uma feiticeira. Temos poderes e pronto, nada mais.


- Liza, larga de ser cabeça dura! Você por acaso faz isso com qualquer outra pessoa?


- Bem...


Não, e eu nunca parei pra reparar nisso.


- Sim.


- Com quem?


- Ah sei lá...


- Liza para de mentir! Você não pode mentir pra mim.


- Daniel isso é impossível.


- Não, não é! Olhe nos meus olhos, eu quero ver se você tem forças para negar isso.


- Do que você está falando?


Eu olhei nos olhos dele e comecei a compreender o que ele queria dizer. Eu comecei a sentir amor e, ao mesmo tempo, atração. Mas o que mais me assustou foi que isso não estava apenas passando da mente dele para a minha. Eu também estava quase que “irradiando” isso. Meu Deus! Desde quando eu sinto isso? Mas eu não consegui mais pensar. As mãos do Daniel já estavam na minha cintura, e eu queria saber quando ele tinha colocado elas ali. Mas quer saber? Tanto faz!


- Acredita agora Liza?


- Eu não...


- Pare de mentir e assuma o que você sente!


- Se a questão é essa, por que você não assume então?


 - Com prazer.


Ele me puxou mais pra perto eu instintivamente abaixei a minha cabeça, mas ele levantou o meu rosto e eu acabei encarando os seus olhos. Não tive força pra mais nada. Eu tentei argumentar, mas ele selou os meus lábios com os dele. Eu não queria admitir o que eu sentia, então tentei empurrá-lo, mas ele apenas me segurou mais forte e próximo a ele. Que se dane! Eu queria, e muito, isso. Meus dedos afundaram em seus cabelos e eu o apertei junto a mim, eu não queria que no separássemos nunca. Nossos lábios se separam e finalmente eu pude sentir o gosto de seus lábios. Foi surreal! Os nossos sentimentos se confundiram e se tornou algo descontrolado, nos beijávamos com tanta vontade que parecia que éramos um casal que estava matando a saudade. Do jeito que as coisas iam a gente ia parar era em um quarto! Mas ele parou. Merda! Eu olhei para ele e pude ver o porquê. Sua pupila estava dilatada e sua boca estava aberta, e eu podia apostar que estava cheia de veneno.


- Desculpe. Acho que exageramos. É melhor a gente se afastar, minha garganta está me matando, não quero... você sabe...


- Tá tudo bem. Não se preocupe, acho que é melhor eu ir dormir.


- É, já está tarde.


Eu já fui saindo, morrendo de vergonha, e tenho certeza que minhas bochechas que ardiam denunciaram isso, mas ele puxou o meu braço e me colocou novamente em seus braços. Ele me deu um leve beijo e sussurrou em meu ouvido.


- Eu não percebia o quanto eu desejava por isso, e agora que ocorreu é quase impossível de acreditar que tenha realmente acontecido.


- Eu... eu concordo com você.


Não adiantava mentir. Estava bem mais do que claro.


- Vem, deixa que eu te levo.


Foi a coisa mais sem noção que já me ocorreu. Ele me pegou no colo e em questão de segundos estávamos no meu quarto e ele me colocou na cama.


- Boa noite, espero que não tenha mais pesadelos.


- Como você...


- Você ainda duvida que nossas mentes estão ligadas?


- Não. Não mais. Boa noite.


Ele me deu um beijo em minha testa e saiu do quarto. Eu me endireitei na cama e olhei para a cama onde estava Rachel e quase morri do coração. Ela estava acordada me observando com um sorriso enorme em sua boca.


- Eu vi tuuuuuuudo!


- Viu o que garota? Ta louca?


- Eu vi quando o Daniel te trouxe pra cá.


- Você estava sonhando.


- Ah não vem não Liza. Amanhã você vai ter que me contar tudo.


- Que seja! Boa noite.


- AI MEU DEUS! Você está admitindo que houve algo Liza?


- Boa noite Rachel.


- Boa noite Liza. Não esquece que amanhã você tem uma história pra contar.


Que vergonha! Como se já não basta-se a vergonha que eu passei com o Daniel vou ter que passar com a Rachel agora. Fazer o que? O jeito é admitir.


 


 


 


 


 


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Notas finais do capítulo

Aleluia! Finalmente eles se acertaram, eu acho kkkk



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