[Nova York – 01:03 da madrugada ]

Dormir? Como Megan iria conseguir fazer isso, ela não sabia. Já haviam se passado três dias desde sua chegada. Toda vez que fechava os olhos ela lembrava de ver sua mãe ser morta a sangue frio. Sem falar que ninguém havia lhe explicado sobre: ser mutante. Jedd havia até tentado mas só complicara as coisas. Ele havia dito algo sobre “Homo-supirior” ou algo do tipo. Mas o que mais incomodava Megan era o ocorrido com seus pais. Ainda não tinha noticias de Scott.

Já enjoada de ficar na cama, ela se levanta silenciosamente, veste seu hobi e sai do quarto. Ela cruza os corredores com pouca iluminação e desse as escadas indo na direção da cozinha. Talvez um chá iria lhe fazer bem.

Depois de preparar e dar leves goladas em seu chá de camomila, Megan ecara a caneca e lembra que sua mãe adorava chá de camomila, principalmente depois de um dia estressante de trabalho. Aquilo faz com que os olhos dela fiquem marejados. Quando de repente Clark entra na cozinha.

– Ah... oi... - Ele sorri um pouco constrangido – Vi a luz acesa... achei estranho alguém esta fora da cama a essa hora

– Mas você também tá fora da cama! - Ela pisca tentando conter as lagrimas.

– Hoje é quarta... no caso ontem... ou seja sobras de sorvete! - Ele ri bobo e abre o congelador da geladeira pegando um pote de sorvete – Acho que minha única fraqueza é essa belezinha aqui... - Ele percebe Megan tentando disfarçar o choro- Qual o problema?

– Ah... nada! - Ela rir tentado disfarçar ainda mais

– Não precisa mentir. O que tá pegando?

– Nada, de verdade... - Ela sorri e ele faz uma cara de: Você é péssima mentindo! - É só que... não consigo parar de pensar neles. Nos meus pais. Eu tenho tantas perguntas e ninguém pode me explicar. Mas o que me incomoda mais é saber que minha mãe não está mais aqui... - Ela chora em silencio e ele olha para o pote em suas mãos.

– Olha... Acho que sei como se sente... na verdade sei como se sente! - Ele senta no banco ao lado dela – Eu e Clarie fomos criados por nossos avós até os 11 anos. Nossos pais morreram em um acidente de carro. Quando soube que eles haviam ido eu simplesmente me tranquei. Não falava mais nada com ninguém. Nem mesmo com Clarie e ela precisava de mim tanto quanto eu precisava dela. Até meus poderes surgirem... Clarie iria ser atropelada se eu não tivesse invertido...

– E o que isso tem haver? - Megan pergunta com a voz falhada

– Aquilo me mostrou que eu tinha que superar e lutar pelas pessoas, principalmente as que amo. Não podia perder mais ninguém. Munto menos minha irmã chata. Então vi que podia fazer mais pelos outros... - Ele abre uma gaveta e tira duas colheres dela- Foi ai que me esforcei o dobro do que me esforçava antes para não só poder entrar nos X-men, mas para poder ajudar quem precisa ser ajudado.- Ele sorri para Megan e entrega uma colher para ela. Ela pega a colher e sorri de leve

– Acha que eu devia superá-los?

–Não exatamente. Acho que você deveria lutar mais pelo que você ama. Mesmo isso requerendo tempo. Acho que você deveria se esforçar mais. Você tem poder, seria uma boa usá-los para ajudar quem não pode

– Não sei se consigo ser assim...- Ela encara a colher – Eu só faço estrago...

– Da uma trégua para si mesma! Tudo aconteceu rápido de mais. E sobre você não conseguir eu descordo. Te vigiei só por quatro meses, mas foi o bastante para eu ver que você sempre se supera- Ele estende a colher em forma de brinde e Megan sorri vermelha repetindo o gestos. Depois ambos comem o sorvete.

– Como foi pra você... quando descobriu seus poderes? - Diz Megan entre colheradas

Clark torce o nariz e encara o nada

– Bom... eu fiquei aterrorizado. Na verdade, nós, eu e Clarie, ficamos aterrorizados

– Descobriram seus poderes juntos?

– Basicamente. Quase ao mesmo tempo. Na verdade foi ela que quase provocou sua própria morte

Megan arregala os olhos ao ouvir aquilo

– Como assim? Clarie parece ser uma menina tão doce!

– Foi um acidente. Sabe, ela é uma mimetista de plasma, em outra palavras pode produzir plasma iguais a fogos de artificio. Quando a gente descobriu nossos poderes, ela sem querer produziu uma de suas bolas de plasma encandeceste, que segou o motorista de ônibus. Temporariamente. Mas foi por tempo suficiente para o ônibus mudar de curso e vir na direção dela. Se eu não tivesse produzido os portais fazendo com que ele voltasse para o curso da rua, ela teria sido esmagada..

– Você salva vida desde os 11 anos é? - Ela ri

– É. Acho que esse lance de herói combina comigo mesmo – Ele ri e Megan o empurra de leve com o ombro. Ela se sentia um pouco melhor em relação a tudo que estava passando. A conversa com Clark ajudara bastante. Pela primeira vez ela havia visto alguém que a entendia.

Depois dos dois terem acabado com todo o sorvete que havia na geladeira, ambos vão para seus devidos aposentos.