Lies A Warior escrita por fckstilinski


Capítulo 2
Capítulo Um


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, é a minha primeira fanfic nesse site. :3



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Feitas as tarefas aqui em casa, fui fazer as lições escolares. Estava muito ansiosa para poder fugir com Brad, minha mãe havia saído para comprar alguma coisa no mercado, não lhe dei muita atenção, apenas queria que ela saísse de minha vida e nunca mais voltasse.
Por que sou assim com ela?
Simples, ela quer o que todas as outras famílias queriam... Esse bendito anel, ele nem valor deve ter, porque esse povo quer tanto essa bijuteria barata?
Prometi para o amigo de meus pais biológicos, há muitos anos atrás, que nunca tiraria esse anel para nada, e aqui estou eu, sofrendo por todos esses anos pra proteger um anel, que ele diz ser de família.
Não entendo, o motivo de todos quererem esse anel, e não entendo o motivo de eles simplesmente não tentarem arrancar esse anel de meu dedo, seria mais simples e eu pararia de sofrer.
Na verdade, um homem, que um dia me adotou, tentou tirar de meu dedo, mas alguma coisa aconteceu, além do anel não sair, ele acabou queimando o dedo, e fazendo um corte profundo na mão.
Passei uns dois ou três anos achando que o anel era mágico, ou que me protegia de alguma coisa, mas cá entre nós? Isso é coisa de idiota, não existe, pura ficção.
Subi para meu quarto para começar as lições de casa, nem sei porque... Iria fugir desse lugar para nunca mais voltar, mas sei lá, não poderia arriscar.
Se minha mãe chegasse e eu estivesse sem o dever de casa pronto, eu acho que ela me mataria, e isso definitivamente acabaria com meu plano.
Entrei em meu quarto e vejo Brad entrando pela janela, caindo direto em minha cama.
"Brad, está maluco?" Falo fechando a porta de meu quarto, e corro para fechar a cortina.
"Vi sua mãe indo para o mercado, não perderia essa oportunidade." Ele disse me puxando pela cintura e juntando nossos corpos.
"Isso pode arruinar nossos planos, se ela te ver aqui, comigo... Ela me prenderá no porão, sabe como funciona as coisas com ela." Eu disse e ele sorriu. "O que você tem em mente?" Perguntei e mordi o lábio inferior.
"Se ela te prender no porão, é mais fácil de você fugir, consegui abrir aquela passagem." Ele disse e eu sorri.
"Então o plano é ela me ver com você, me bater, depois prender no porão, e você me tira de lá?" Pergunto, e recebo um beijo como resposta. "Acho que posso conviver com isso." Arrumei minhas coisas, e Brad me ajudou, escondemos tudo no porão, e voltamos ao meu quarto.
Estávamos nos beijando já tinha um tempo, ele me colocou lentamente sobre minha cama, e avançou para meu pescoço.
"O que está acontecendo aqui?" Escutei a voz de minha mãe, e meu coração disparou, era agora. "Abgail, eu já não disse para nunca mais ver esse garoto?" Perguntou a mulher, me tirando da cama á força. "Já está na hora de você ir, não é mesmo, Bradley?"
"Sim, senhora." Brad olhou para mim, e eu contive o sorriso enquanto ele passava por mim, logo depois saindo de minha vista.
"Quantas vezes eu terei de dizer que eu não quero você com aquele garoto?" Perguntou minha mãe.
"Mais milhões de vezes, eu não vou parar de vê-lo." Eu disse e ela deu um tapa em meu rosto.
"Odeio fazer isso, mas vou ter que te trancar no porão novamente, até o jantar." Ela disse e eu a olhei.
"Pelo menos é até o jantar." Eu disse e ela sorriu.
"Não pense que será fácil, Abgail. Você me desobedeceu, estava se agarrando com ele, na sua cama." Ela disse balançando a cabeça negativamente. "Depois do jantar, você vai direto para o porão, novamente." Ela disse e eu engoli seco. "Chega de enrolação." Completou me puxando fortemente pelo braço até o porão, onde ela me trancou.
Eu realmente odeio esse lugar, desde que me mudei para essa casa, ela me prende aqui, eu só não fugi daqui até hoje, por conta de Brad, eu realmente gosto dele, e eu não o deixaria sem mais nem menos.
Depois do jantar, discuti novamente com ela por conta de Brad, ela nunca me revelou o motivo de não gostar dele, e de não me querer por perto. Só acho que tem alguma coisa a ver com esse anel, ela deve achar que ele quer roubá-lo dela ou algo do gênero.
Aqui era um lugar frio e escuro, e eu não estava com a vestimenta adequada para isso. Agora, ter que esperar Brad vir me resgatar, e me livrar dessa vida, eu tenho que rezar com todas as minhas forças para não morrer de hipotermia.
Respirava lentamente, e tentava aquecer meu corpo, escutei uns barulhos vindos da pequena janela que havia lá, e o rosto de Brad surgiu do nada, fazendo careta, ri fraco, e ele apontou para a pequena estante que havia aqui dentro.
Empurrei-a vagarosamente para não fazer barulho, e acabar estragando tudo. Atrás dela, tinha um contorno de uma porta, apenas enfiei meus dedos lá, tentei puxar, para abri-la, respirei fundo, estava ficando desesperada para sair de lá, eu estava congelando, de tanto tentar puxar a porta, meus dedos se machucaram, fazendo-os sangrar, e deixar marcas na parede.
Me afastei da 'porta' e passei minha mão por meus cabelos, começando a chorar. Não iria aguentar mais um dia com essa mulher.
Me sentei no chão, e coloco minha cabeça em meus joelhos.
Sinto alguém me abraçando e me assusto, levanto do chão e me encosto na parede, logo depois vendo que era Brad, corro em sua direção e o abraço.
"Pensei que não conseguiria mais sair daqui." Eu disse, e ele me apertou mais contra seu corpo.
"Sempre darei um jeito por você." Nos soltamos e saímos de lá.
Começamos a correr, estava com medo de minha mãe conseguir nos alcançar com o carro, e me trancar para toda a eternidade em meu quarto. Chegamos na floresta e eu parei por falta de ar.
"Não aguento mais correr, Brad." Eu disse pousando minhas mãos em meus joelhos.
"Aguenta mais um pouco, Abgail, só estaremos a salvo, quando entrarmos no ônibus." Ele disse e eu balancei a cabeça em concordância, voltando a correr com ele. "Espera." Ele disse parando, e me fazendo parar junto com ele.
"O que?" Pergunto tentando recuperar o fôlego.
"Escutou isso?" Perguntou ele olhando para todos os lados da floresta, mas era complicado pela falta de luz.
"Não." Disse e um barulho de galho e folhas, quebram o silêncio da floresta.
Brad olhou para um dos lados e caminhou lentamente até lá.
"Corre, Abgail, corre!" Ele disse me puxando pelo braço.
"O que houve?" Pergunto correndo atrás dele.
"Corre, apenas corre!" Disse, e eu fiz o que ele mandou.
Ele me puxou para trás de uma árvore e tampou minha boca, para ninguém nos escutar.
"De quê estamos fugindo?" Perguntei e ele olhou em volta.
"Me prometa, que se me pegarem, você vai embora." Ele disse e eu arregalei os olhos.
"O que?" Pergunto. "Não." Respondo logo em seguida franzindo a testa.
"Abgail, me prometa, não importa o que acontecer comigo, você vai continuar a fugir." Ele disse segurando meu rosto e eu neguei com a cabeça. "Por favor, Abby." Pediu.
"Só se você fizer o mesmo." Eu disse e ele negou. "Então, também não vou." Digo cruzando os braços.
"Pare de ser desobediente, certo, eu prometo." Ele diz e eu o abraço.
"Eu prometo." Digo e aquele barulho voltou.
Voltamos a correr, e depois de uns minutos não escuto mais os passos acelerados de Brad atrás dos meus. Paro de correr e procuro por ele no meio da floresta.
"Brad?" Grito. "Bradley, cadê você?" Pergunto sentindo meu coração acelerar. "Brad?" O chamo mais uma vez e desabo em choro, correndo pela floresta á procura de meu namorado, que há minutos estava atrás de mim.
Escuto gritos vindos de minha esquerda e corro para aquela direção.
"Brad!" Grito aos prantos, e eu me deparo com meu namorado caído no chão. "Bradley..." Digo quase num sussurro e caminho lentamente até ele.
Ao chegar mais perto, a única coisa que consegui fazer foi gritar. Ajoelhei-me ao seu lado, e o abracei, sentindo as lágrimas passarem por meu rosto, e molharem sua camisa, que antes limpa, agora estava coberta de sangue.
Meu namorado, a única pessoa que gostou de mim, pelo o que eu sou, e não por causa de um anel idiota, foi morto. E eu nunca lhe disse 'eu te amo', mesmo depois de tanto tempo...
"Eu prometo." Eu disse, depositei um beijo em seus lábios e escuto um barulho atrás de mim.
Me levanto e saio correndo pela floresta, senti uma mordida em minha perna, o que me fez cair no chão por conta da dor. Me recupero e volto a correr, e finalmente acho a estrada, sentindo as lágrimas escorrerem sem rumo por meu rosto, já não tinha mais noção de nada, eu não sentia mais minha perna doendo, não sabia qual era o sentimento que tomava conta de meus pensamentos.
Pego um papel que estava no bolso de trás de meu shorts, leio o nome de uma rua, um número e um nome, Stilinski. Mas não era o papel que eu havia escrito, e eu nem sabia como ele surgiu lá.
A unica coisa que eu sabia, era que eu não lembrava o endereço do amigo de meus pais, e que eu precisava de um hospital o mais rápido possível, depois de finalmente chegar á uma cidade, eu me encontro na rua que estava no papel, penso um pouco se escolho ir ao hospital, ou ir nessa casa.
Optei pela casa, já que estava mais perto. Talvez no futuro eu me arrependa, ou não. Caminhei com dificuldade até a porta da casa e bato desesperadamente e alguém a abre.
"Stilinski?" Perguntei antes de cair no chão, na frente da porta da entrada.


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