Forgotten escrita por Lolis


Capítulo 1
prefácio




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In the memory you'll find me

Eyes burning up

The darkness holding me tightly

Until the sun rises up

{ Forgotten - Linkin Park }

Prefácio,

Querido leitor,

Eu não faço ideia de como chegou aqui. Esta história nesse pequeno diário deveria pertencer a mim – e somente a mim. Veja, não é que eu seja uma pessoa egoísta, que não goste de dividir as coisas, mas não é uma história cheia de moral e bons ideais para se passar adiante.

(não que não exista a parte onde eu luto contra aquilo que é errado)

Mas, veja, se você nunca ouviu falar de mim, é porque há um motivo. O mundo em que cresci – de boas famílias e boas casas – não me pertence mais. Agora meu nome é apenas um sussurro e uma lembrança esquecida, que pouco importa, aos meus pais ou ao meu irmão.

(ou ao meu sobrinho, porque soube que Lucius teve uma criança)

Eu apenas deixei tudo aquilo para trás. Trai minha família – toda errada e toda antiética, mas ainda assim, o meu sangue. Assumo que tenho vergonha disso, mas orgulho-me, também, pela coragem que tudo isso exigiu.

Sempre fui um espírito livre e uma garota contraditória. Eles queriam ater-me às correntes, mas eu não as queria. Então voei, como todo pássaro faz à sua época, e vesti-me em liberdade. O preço, para tanto, foi alto – todo o amor da minha casa, dos meus pais (bem ou mal, eu sempre irei chamá-los de mãe e pai), do meu irmão. Perdi seu casamento e perdi o nascimento do seu filho.

O preço da liberdade é o esquecimento.

Eu fui esquecida. Agraciada com paz, e uma casa e uma família diferentes (porque isso sempre foi tudo que eu quis, onde tudo pudesse ser diferente), com o fim de uma guerra na qual lutei, a mais terrível delas. A guerra que levou as pessoas que há muito haviam levado meu coração.

(sempre amei demais)

De qualquer forma, esta sou eu. Lara Malfoy.

Bem vindo ao meu esquecimento.

- x –

- Mãe? – Uma garotinha de olhos negros chamou-a. Tão diferente de Lara, a pequena Anele puxara às cores do pai, com as pálpebras pesadas dos Black e os olhos cinzentos, nada da prata e esmeralda da mãe. – O que está escrevendo?

- Algo que quero que leia um dia, Ma Cherie.– A mãe olhou-a com suavidade, piscando os olhos verdes graciosamente. Anele achava-a tão incrível. – Mas não agora.

- Por quê? Eu já sei ler! Já tenho idade! Quase tenho tamanho para Hogwarts! – A menininha bateu o pé. Era quase tão teimosa quanto Sirius, Lara pensou, e também tão persuasiva quanto. Podia dobrar qualquer um com olhares e sorrisos fofos.

- Quando tiver tamanho para Hogwarts, juro que irá ler. – Prometeu.


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Notas finais do capítulo

Um prólogo pequenininho. Se gostarem, continuo, mas não escreverei para o vento!