New York, The Jungle Has Grown. escrita por Clary07pmore


Capítulo 3
Capítulo 3- Uma Noite Apenas.


Notas iniciais do capítulo

FÉRIAS!!!! Ou quase, porque ainda tenho que ir para a escola pegar os resultados das provas.
Provavelmente postarei mais frequentemente pelas férias, exceto quando eu for viajar, em fevereiro do ano que vem, e perto do natal e tal, porque né gente, natal.
Muito obrigada pelos comentários no capítulo passado, só os deuses sabem como eu amo os comentários de vocês.



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O salão parecia um palácio todo preto e dourado. Sofás, pilastras, luzes, tudo lindo e sofisticado para o aniversário da Elena. Ela merece tudo e mais, pensou Annabeth. Respeitava e admirava muito a amiga, e era muito grata por tudo que tinha feito a ela. Annabeth a procurou com os olhos. Estava no centro do salão, cumprimentando e tirando fotos com todos, com o maior sorriso no rosto. Annabeth jamais conseguiria, cansa de ser simpática muito rápido.

Annabeth conhecia a maioria das pessoas que estava na festa. A família de Elena, amigos de trabalho, ex-colegas de faculdade, todos estavam lá. As paredes do salão eram transparentes, então era possível ver o campo de grama rasteira fora de tal, com um pequeno parquinho à esquerda e uma cabana de madeira a direita. Tudo fazia parte da propriedade do Solar, porém aquilo não era nem metade.

Annabeth se encontrava atrás de um sofá preto com acolchoamento dourado, observando a noite a fora pela grande parede-janela. A noite estava um pouquinho nublada, mas ainda assim haviam estrelas e metade da lua era visível aos olhos.

– Mas que imenso déjà vu. – Comentou uma voz atrás de Annabeth, que com certa dificuldade conseguiu identifica-la. – A noite está linda, você está deslumbrante, e parece que voltamos uns seis anos atrás para a varanda da casa da Piper. – Annabeth virou-se para trás pronta para abraçar Jason com toda força, e foi o que fez.

Ela sabia que aquilo havia sido como uma bomba para barreira montada entre ela e as lembranças de seus momentos passados em NY, mas agora que já derrubado, ela só queria apertá-lo forte por tanto tempo que passara sem vê-lo.

– Sete, mas até se fossem dois já teria sido horrível. – Ela comentou, ainda o abraçando. Quando se separaram Annabeth realmente reparou nele. Se antes ele já era alto, agora estava o dobro, ou Annabeth é que diminuiu (e olha que ela tinha certeza de ter crescido, pelo menos um pouquinho, em sete anos). Seu cabelo não tinha mudado em nada no corte, mas parecia mais escuro. Ele parecia muito mais maduro e adulto, não só pelos músculos e feições que amadureceram, mas seu andar e seu jeito de falar estavam diferentes. Sua cicatriz que atravessava os lábios continuava lá, intacta, lembrando que o Jason que Annabeth conhecera estava ali ainda.

– Espero que tenha fôlego para me atualizar por anos, porque minha vida pode ter sido bem parada, mas a sua eu tenho certeza que foi uma agitação só! – Jason se pronunciou, pegando duas taças de champanhe e entregando uma a Annabeth, os dois sentaram-se no sofá e conversaram por horas.

Nesse tempo, Annabeth pôde descobrir muito. Piper estava na Espanha há dois meses. Hazel e Frank ficaram noivos em abril (oi???). Luke arranjou um emprego na Filadélfia. Leo estava morando em Washington D.C., onde possuía uma renomada oficina, perto do United States Botanic Garden, onde Calipso cuidava das plantas (de acordo com Jason, após minha partida, Leo voltou para o Caribe onde sua mãe passou um tempo com alguns parentes, e ele e Calipso começaram a namorar. Estavam namorando há quatro anos). Ela estranhou Jason não ter falado de Percy, mas achou melhor nem perguntar. De repente, Annabeth sentiu um rolo em seu estômago.

– Annie! – Lena veio correndo, com seus cabelos meio presos esvoaçando enquanto ela se equilibrava perfeitamente no salto. – Opa! Pelo visto a conversa está boa... Eu volto depois... –

– Não Lena, tudo bem... – Jason comentou rindo junto à Annabeth. – Leva-la não vai fazer mal, desde que depois a traga de volta! – Eles riram de novo.

– Eu não ousaria em fazer o contrário. – Lena piscou para Jason e puxou Annabeth.

Elas andavam quase correndo em direção à entrada.

– Caramba Elena! Pra que essa pressa toda? – Annabeth se forçava acompanhar os paços de Lena.

– Eu quero que você conheça uma pessoa. – Ela respondeu dando pulinhos.

– E quem é? – Annabeth perguntou rindo, morrendo de curiosidade. Lena virou-a para trás e fez sinal com a mão para Annabeth esperar.

Sem conseguir se contiver, Annabeth deu uma olhada para trás para espiar. Arrependeu-se na hora.

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– Ei Percy! – Elena chamou-o, que esperava na porta.

Percy virou-se para ela e sorriu. Estava reparando no lugar e nas pessoas, estava totalmente distraído. Desde que chegara, Elena havia sido muito legal com ele, mas ele não estava totalmente concentrado nela.

– Eu gostaria muito que você conhecesse uma pessoa. – Quando Percy saiu de seus pensamentos percebeu que a mão de Lena o puxava na direção de uma mulher muito bonita. Ela estava de costas, mas era possível caracteriza-la. Tinha o cabelo longo e loiro, que ia até a metade das costas, liso com cachos abertos e definidos. Usava um vestido azul escuro, com mangas que pareciam ser de ceda de um azul um pouco mais claro que lhe caía aos ombros. Parecia que estrelas haviam sido coladas no vestido, uma por uma. Deslumbrante. Mas Percy sabia muito bem quem era, e cada segundo que se passou até ela virou pareceu uma eternidade.

– Percy, essa é Annabeth. – Ela virou-se, e naquele exato momento era como se um meteoro invadisse a terra e ela simplesmente explodisse. – Annabeth, esse é o Percy.

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Annabeth teve uma vontade desesperada de rir. Mas assim, de se jogar no chão e só rir. Era impressionante como depois de sete anos, ver Percy a fez se sentir exatamente como uma adolescente de 15 anos, quando se apaixona pela primeira vez. Naquele exato momento, só de olhar para os olhos de Percy, Annabeth ficou muito feliz, e tudo voltou. Os arrepios, o coração acelerado, os risos do nada, tudo. Até que aquele que representava toda saudade e tristeza que ela teve dele por todos esses anos resolveu entrar em cena e acabou com a festa que acontecia em seu coração. Não demorou muito para ela perceber que ele era o salva-vidas de quem Elena falou, o que tornava a aproximação deles proibida, ao ver de Annabeth.

– É um prazer te conhecer Percy. – Annabeth falou, disfarçando perfeitamente a vontade de sair dali no momento.

– O prazer é todo meu Annabeth. – Percy estendeu a mão com um olhar brincalhão a Annabeth, que parecia apenas ser notado por ela. Ela não pode deixar de sorrir.

– Elena! Eu estava querendo falar com você, será que você podia me acompanhar até o palco? – Jason apareceu como um anjo no meio da guerra.

– Ah, claro! – Elena falou sorrindo. – Percy, tudo bem se eu te deixar aqui com a Annabeth? –

– Sem problema algum. – Percy respondeu, lançando novamente um olhar para Annabeth, que quase desmonta.

E Jason e Lena se vão, deixando Percy e Annie ali em pleno pé de guerra e amor.

– Então Annabeth, você me parece familiar. Te conheço de algum lugar? – Percy perguntou, voltando-se para a multidão ao seu lado.

– Deixa de ser idiota Percy. – Annabeth comentou rindo.

– Ah, então você se lembra de mim? – Ele levou a mão que não segurava uma taça ao peito, fazendo cara de choque.

– Você não consegue não é? – Os dois riram, e ficaram em silêncio por um tempo.

– Então... Como você está? – Percy perguntou.

– No momento? Com muita raiva de estar aqui com você. Nada pessoal, claro. – Annabeth respondeu tomando um gole de seu champanhe. Percy não pode deixar de rir.

– Concordo plenamente que isso é muito estranho. E a vontade de te agarrar agora é mais ainda. – Ele comentou, olhando para o nada.

– Bebe que passa. – Annabeth retrucou olhando-a, que ao a encarar de volta os causou uma crise de risos.

– Nunca achei que estaríamos aqui. Sete anos depois. Você não parece ter mudado nada, só na aparência. – Percy disse.

– Digo o mesmo. Mas agora a situação está bem complicada e você sabe que não podemos voltar ao passado. – Annabeth falou com firmeza, tentando lembrar isso a si mesma em cada palavra, pois a vontade estava a matando.

– Uma noite não vai fazer mal. – Ele virou-se para ela e se aproximou.

– Pior do que você pensa. – Annie arriscou virar-se para ele também.

– Não sabia que o que você ainda sente por mim era tão forte. – Ele disse com ironia, e Annabeth riu.

– Sai dessa Jackson! –

– Você ainda me ama, eu sei que ama. – Percy continuou a brincar, mas a cada palavra Annabeth sabia que precisava se afastar dele na hora. – Vem, vamos sair daqui.

– O que? –

– Vem Annabeth, deixa de ser medrosa! – Percy pegou a mão de Annie e foi em direção à porta.

– Percy, péssima ideia. – Annabeth insistia, por mais que quisesse ir.

– Vamos só conversar, eu juro. – Ele disse, cruzando os dedos bem na frente dela, que não pode conter o riso.

– Vou me arrepender disso? – Annabeth perguntou.

– Muito provável. –

– Vou ter vontade de te matar depois? –

– Maior que a que já tem impossível. – Annabeth riu.

– Isso é verdade. – Ela deu ombros.

– Então vamos? – Percy perguntou, com os olhos bem abertos e brilhando. O remorso bateu em Annabeth antes de qualquer coisa. Ela sabia que ir ia acabar com ela. Mas ela sabia que mesmo se por qualquer remota possibilidade ela ainda sentisse algo por Percy, o que garantia não sentir, ela nunca entraria no caminho de Lena. Mas ela tinha que ir. Por uma noite, ela tinha que ir.

– Vamos. – Ela falou e ele sorriu, abriu a porta e os dois começaram a correr no campo em direção ao celeiro.

Naquele momento, pensar era a última coisa que os dois queriam fazer.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Até a próximaaa
Beijão :*