Pills Of Happiness - Interativa escrita por Miss American Idiot


Capítulo 9
Capítulo 1 - Welcome to William Penn!


Notas iniciais do capítulo

MOOOOURESSS! NÃO É A IRMÃ MARAVILHA, É A MISS!
Sentiram a minha falta que eu sei sim :) AAAH MDS FÉRIAS! O QUE SER ISSO? SDDS ESTUDAR HISTÓRIA E FILOSOFIA SDDS
Gente, não acredito que já acabou! Pfv rezem para que quem corrija a minha prova seja uma pessoa muuuuuito boazinha viu? hahahaha
Então, sobre o capítulo... Apenas 4 personagens aparecem, e não é por maldade no core não HAHAHA é por causa do nosso querido Alex mesmo, os outro quatro estarão no próximo capítulo, jurooo



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Como de costume, aquele volta às aulas após o feriado de ação de graças amanheceu nublado. Em Chesnut Hill, Paris acordou se sentindo indisposta, talvez por ter lido poemas de Florbela Espanca até as quatro horas da manhã. Se arrumou rapidamente para a escola, tomou café e se aprontou a entrar no carro de seu irmão mais velho, Michael.

– É melhor estar bem agasalhada. – Disse Mike entrando no carro e imediatamente ligando o aquecedor. – A previsão é que neve ainda mais.

– Em todo caso tenho mais um casaco no armário. – Paris deu ombros voltando sua atenção para O Livro de Mágoas de Florbela Espanca, o mesmo que passara a noite toda lendo. – Obrigada.

Mike riu após notar o livro que a irmã lia, e enquanto esperava o carro esquentar o suficiente para sair, disse:

– Estou surpreso, o mesmo livro por cinco dias seguidos, não consegue termina-lo?

– Pelo contrário. – A garota responde. – Poemas tão lindos como esses merecem ser lidos várias vezes.

– A cada dia que se passa você está cada vez mais parecida com a mamãe. – Ele falou finalmente saindo com o carro. – Já falei com o Will sobre isso, a gente não acha que isso seja bom para você.

– E por acaso seria melhor se eu fosse para DC morar com aquele falso moralista que chamamos de pai e a sua vagabunda? – Paris riu. – Nem morta.

– É isso que é assustador em você, Par. – Bufou Mike. – Você está parecendo uma mulher de quarenta anos amargurada, igual à mamãe.

– Mike, agradeço a preocupação, mas eu estou bem. – A garota exclamou. – Ou pelo menos vou ficar logo.

– Papai obrigou a mamãe a te colocar naquele grupo não é? Quanta besteira, não é disso que você precisa. – Michael disse irritado. – A única coisa que vai acontecer é que você talvez fique ainda mais deprimida por ouvir histórias tristes e vai tentar se cortar feito uma idiota durante a madrugada.

– Então certifique-se em tirar todo e qualquer objeto que possa fazer isso de perto de mim. – Ela revirou os olhos. – Você fala como se eu tivesse alguma escolha... Sabe bem o que eu acho do Randall.

– Nosso pai. – Corrigiu Mike. – Ainda não sei porque você insiste em chamar ele pelo nome, é quase uma falta de respeito com ele.

– Quando ele merecer o meu respeito, ai sim paro de chama-lo pelo nome. – Sussurrou Paris voltando sua atenção ao livro. – Pode apenas dirigir agora?

– É você quem sabe Par. – Mike suspirou ligando o rádio.

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Noah estacionou seu carro em uma vaga para professores, pelas outras vagas boas já terem sido ocupadas, odiaria ter que deixar sua camionete muito longe em um dia tão frio.

Ainda eram 7:40 quando ele chegou, os corredores ainda estavam parcialmente vazios, e era a hora perfeita para observar o mural de avisos.

Tinha prometido ao juiz que cuidava do caso de Sam, que se inscreveria de livre e espontânea vontade no Grupo de Apoio de sua escola. Não acreditava que aquilo iria causar algum efeito, entretanto faria de tudo para conseguir a guarda de Sam. Para Noah, já tinha sido doloroso o suficiente ter perdido Sasha, não ia perder Sam também.

Grupo de Apoio Para Suicidas e Deprimidos, Noah leu, e sem crer no que estava fazendo, assinou seu nome na lista, ainda em branco.

O dia mal havia começado, e o garoto já sentia que sua cabeça ia explodir. Antes que pensasse em mais alguma coisa, caminhou até a saída lateral do colégio, que dava de frente para a piscina aquecida de William Penn High School.

O local estava em obras, portanto vazio, e logo o novo local de fumo de WPHS.

Noah tirou do bolso interno de seu casaco um cigarro e o acendeu, se sentando na beirada da piscina vazia. Não se importava de perder uma ou duas aulas ali, contanto que conseguisse se distrair.

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Jacob estacionou seu carro o mais próximo que conseguiu da entrada do colégio, e junto de Terry caminhou em silencio até a secretaria. Terry notou a expressão de descaso de Jake, e cansada apontou para um banco vermelho desgastado.

– Senta ai que eu cuido disso.

Irritado, e extremamente cansado por ter ido dormir lá pelas 6 horas da manhã, Jake senta no banco e larga sua mochila no chão. Viu Terry conversar com a secretária e assinar alguns papéis, mas apenas saiu de seus devaneios quando um garoto é jogado no banco ao seu lado.

– Não sabe o que é educação? – O garoto falou para o segurança que o jogou ali. – Se tivesse me pedido para sentar, eu sentaria sem o menor problema.

O segurança olhou irritado para o garoto todo tatuado e revirou os olhos.

– Vou chamar a Senhora Carter, fique ai.

Jacob olhou um pouco intrigado para o garoto, o cheiro de maconha no ar era inegável.

– Sou Noah. – O garoto falou. – No meu provável último dia de aula no William Penn High.

– Jacob. – O outro exclamou. – Já consigo imaginar o motivo.

– O que é que tem demais em relaxar um pouquinho antes da aula? – Noah bufou, relaxando sobre o banquinho e cruzando os braços. – Será que você poderia guardar o restinho? – Ele sussurrou essa parte. – Pode até usar um pouco se quiser, mas não quero que ela pegue.

Jacob, pego completamente de surpresa, apenas fez que sim com a cabeça enquanto Noah tira algo do bolso de trás de sua calca jeans DIESEL, e joga no seu colo.

– Noah Lockwood. – A voz pertencia a diretora Carter, uma mulher de 40 e poucos anos que parecia ter nascido para usar imitações de terninhos Chanel. – Porque não estou surpresa desse encontro tão cedo?

– Talvez tenha sentido a minha falta. – O garoto se levantou com um sorriso irritante nos lábios. – Sei que a sua vida sem a minha pessoa será uma infelicidade sem fim, a partir do dia em que eu vá para a faculdade, aceite, um dia irei embora Heidi.

– É claro senhor Lockwood. – Ela respondeu ao aluno com muito sarcasmo. – Mesmo que eu duvide que as notas irão permitir que você vá para a faculdade, eu realmente estou torcendo por você, agora entre na sala sem mais intimidades por favor.

– Valeu cara. – Noah sussurrou para Jake pegando sua mala no chão. – Te espero no almoço ok? Para conversarmos melhor. – Olhou para a Senhora Carter, e se aproximando sorrateiramente dela exclamou. – Podemos minha querida?

– Senhor Lockwood! – A diretora quase berrou irritada. – Seja bem vindo Senhor Morgan.

Terry havia voltado no exato momento em que a Senhora Carter levou Noah para dentro do escritório. A garota tinha vários papéis em mãos, encarou o irmão um tanto curiosa e por fim pegou sua mochila do chão.

– Seu horário, número do armário e o regulamento escolar. – Ela falou entregando ao irmão alguns papéis. – Não que você ligue para o regulamento, mas não vá fazer nada estúpido como aquele garoto na secretaria.

– Não sou tão estúpido assim Terry. – Jacob riu nervosamente.

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Dentro do escritório de Heidi Carter, Noah escutava o mesmo discurso que escutara durante os três anos que estudava em William Penn High School. “Você não quer mudar?” “Faca isso pelo seu filho” “Não vai conseguir nada com essa atitude” Nada era tão fácil como a senhora Carter sugeria ser.

– Entendo que tem sido complicado Noah. – Ela falou segurando uma mão sobre a outra. – Mas minhas mãos estão atadas no momento, o conselho foi bem claro no semestre passado que se houvessem mais cenas como essas não seria mais suspensão.

– Senhora Carter eu preciso muito continuar aqui. – O garoto implora. – É complicado largar os hábitos, mas eu estou tentando, por favor me de mais uma chance para provar que quero mudar.

– Compreendo que é complicado, mas o você não parece querer se ajudar. – Senhora Carter suspirou. – Apenas dessa vez, você não irá para o Conselho do Corpo Docente.

– Muito obrigado Senhora Carter. – Noah interrompeu se levantando.

– Mas isso não significa que você ficará sem punição. – Ela continuou. – Estou te dando uma chance está bem? Seu caso será julgado pelo Conselho Estudantil, em particular pelos futuros formandos em direito, eles estão precisando de uma prática jurídica.

– Aqueles idiotas vão decidir se eu vou ser expulso ou não? – Noah gritou indignado. – Mas que inferno! Se é assim adeus Heidi, foi um prazer.

– Noah! – A diretora se levantou exaltada. – Por favor! Você será julgado pelos seus colegas de classe, é o melhor que posso oferecer do que uma expulsão imediata.

Era com certeza o pior modo de começar um novo semestre, Noah irritado abaixou a cabeça e suspirou, era a sua última chance com Sam.

– Quando e onde?

– Sala 9 durante o segundo intervalo da manhã. – Ela sorriu tentando encorajar o aluno. – Mostre aos seus colegas o quanto isso é importante para você, aposto que lhe darão uma chance.

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O motorista de Silver a deixou nos grandes portões de William Penn High, e caminhando sozinha até a entrada, se sentia cada vez mais minúscula perto de tanta gente, tanto grupinho.

Sua mãe, como de costume já havia deixado tudo preparado, havia pego os horários e tudo mais o necessário para que Silver não se preocupasse em seu primeiro dia. Até mesmo renovou o guarda-roupas da filha com a mais nova coleção de inverno da Nighingale.

De botas e legging negras, casaco xadrez roxo, boina preta e uma bolsa Prada cinza, Silver caminhou lentamente até seu armário, para ter certeza que não tentaria arrombar o armário de um desconhecido e assim, evitar constrangimentos.

Depois de empilhar seus livros e pegar o necessário, foi à procura do mural de avisos. Pelo visto não era a única interessada no GAPS&D, já que avistara um casal sair dali como se fosse motivo de vergonha ou algo do gênero.

Eram 7:49, e haviam apenas dois nomes na lista. Silver se sentiu imensamente aliviada por não ser a única pessoa a se inscrever, segurou a caneta e ficou fitando os nomes no papel por vários segundos.

– Com licença. – Uma voz feminina tossiu. – Vai se inscrever para o Grupo de Apoio?

– Ah sim. – Silver falou rabiscando seu nome no papel. – Desculpe.

– Está tudo bem. – A garota sorriu. – Eu também vou, aliás me chamo Paris. – A morena falou enquanto assinava também a lista para o GAPS&D

– Sou Silver. – Ela respondeu corando. – Mas me chame pelo meu segundo nome está bem? Shadow.

– Combina muito mais com você. – Paris falou pegando algo na sua bolsa Michael Kors. – Qual é a sua primeira aula?

– Literatura – Shadow respondeu apertando o livro O Médico e o Monstro de Robert Louis Stevenson.

– A minha também. – Paris parou em um dos armários, o abrindo e socando seu cachecol, luvas, chapéu e casaco lá dentro. – Acho que foi um dos primeiros livros que li, devia ter uns 8 ou 9 anos quando ganhei da minha mãe, e é obviamente um dos meus favoritos até hoje.

Paris parecia o retrato da filha que Marilyn desejava que Shadow fosse. Magra, alta e extremamente bonita, mais bonita que Golden na opinião de Silver. A morena trajava uma saia floral, meia calcas negras opacas com lita boots, e um blazer com o brazão da William Penn, e parecia ter saído de um tutorial de moda da Teen Vogue. Paris tinha pelo menos, muito mais classe que Golden.

– Na verdade eu esperava que tratassem de um livro um pouco mais sério. – Silver exclamou tentando puxar assunto. – É apenas um conto de terror, não mostra grande coisa.

– Concordo parcialmente. – Paris falou pensativa. – Superficialmente é apenas um conto de terror para crianças, entretanto em uma abordagem mais filosófica sobre o Dr.Jekyll e o Mr.Hyde pode se debater sobre tanta coisa! A dualidade do ser humano, citada em Descartes e Locke, e até mesmo ousando muito em dizer, um pouco de Hobbes em O Leviatã sobre o estado natural do homem e afins.

Shadow corou ao ter subestimado a inteligência de Paris, e por mais paralisada que estava por não saber o que fazer naquele momento, e tentando deixar de lado a súbita vontade de enfiar sua cabeça em um buraco, respirou fundo.

– Nunca tinha pensado nesse ponto de vista.

– Então aposto que vai adorar nosso professor de literatura. – Paris falou sorrindo. – Não é nenhum Ezra Fitz* mas suas aulas são fantásticas, nos dá uma perspectiva completamente nova, ou inesperada sobre a literatura.

Silver estava realmente se segurando para que não falasse nenhuma besteira, o silencio era completamente irritante e vergonhoso.

– Me desculpe. – Paris falou quebrando o silencio, para a alegria de Shadow. – Não estou acostumada a falar com muitas pessoas que já não sejam da minha convivência, ai falo muito sem pensar, desculpe se falei algo errado.

– Está tudo bem. – Silver respirou se sentindo culpada por fazer Paris se desculpar. – Eu... Eu também não estou acostumada a falar com outras pessoas.

– É o seu primeiro dia de aula em um colégio novo, é completamente compreensível. – Paris desanda a falar. – Eu fiz de novo não fiz? – A garota ri. – Me desculpe, vamos tentar novamente.

Paris parou na frente de Shadow e sorriu amigavelmente.

– Oi, me chamo Paris, bem vinda a William Penn.

– E eu sou a Shadow , muito obrigada.

*Ezra Fitz é o professor de literatura suuuuuper lindo maravilhoso que sai com alunas (leiam aluna) na série Pretty Little Liars


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Notas finais do capítulo

Então meus queridos? Foi como vocês esperavam ou ficou uma merda? Espero pelos seus reviews ;) Mamain ama vocês



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