O amor de uma vida escrita por SwenLove


Capítulo 36
Capítulo 36


Notas iniciais do capítulo

Não sei por onde pedir desculpas pela demora, tive inúmeros problemas do último dia pra cá. Inclusive, o que mais que atrasou: perdi toda a história. Trágico não? Pois é, meu note deu problema e a consequência disso foi perder uma vida de imagens, documentos e músicas. Mentira, não cheguei a perder tudo, recuperei mais da metade dos arquivos, porém a fic não estava no meio desses e sofri com isso. Mas peço que compreendam e me perdoem, pois o que tinha da fic era apenas o que já postei, reescrevi o final e espero que gostem, confesso que ter perdido o já escrito me desanimou um pouco. Mais enfim, chega de lástimas não?

Segue pra vocês o penúltimo capítulo da fic!
Uma ótima leitura e prometo postar o final logo, beijos.



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Alguns meses depois

Desde o acidente até o presente momento passaram-se oito meses. Oito meses para que Emma voltasse a sentir suas pernas e desse o seu primeiro passo sem a ajuda de ninguém, seis meses que seu relacionamento com Regina continuasse indo cada vez melhor e também seis meses escondendo algo da esposa. Algo esse que deixaria Regina completamente emocionada e alguma possibilidade de braveza.

Passada aquela noite em que Emma pediu segredo a Cora e Ruby, precisou também confiar no resto da família, das pessoas que estavam freqüentemente em sua casa. A idéia principal era organizar um casamento sem que Regina soubesse, porém o maior detalhe era Emma não querer estar mais na cadeira de rodas e isso também queria que fosse uma surpresa pra morena.

E como esconder de Regina as evoluções de Emma se ela estava presente em quase todas as sessões¿ Simples, David pediu para que Regina voltasse para a empresa - claro que o pedido foi feito insistentemente pela irmã. A morena relutou mais Emma a incentivou, Cora a incentivou, Ruby a incentivou. Todos que faziam parte dessa idéia maluca da loira incentivaram e aconselharam que era o melhor a ser feito. Por fim Regina voltou a trabalhar, acompanharia somente as sessões noturnas.

O que facilitou ainda mais a vida de Emma foi Nala adorar a idéia, pois assim a própria fisioterapeuta a ajudaria. Nas sessões diurnas trabalhariam intensamente, exercícios para fortificar as pernas e também aumentaram a carga horária mais nada que deixaria a loira exausta, enquanto as sessões noturnas seriam fracas, trabalhariam com exercícios mais leves e Emma aparentaria não evoluir de modo acelerado, às vezes tinha força nas pernas e outras não.

Essa foi a rotina estabelecida assim que o plano foi iniciado e claro, absolutamente ninguém poderia se quer mencionar os progressos da loira. Desde Henry e Isaura até mesmo algum amigo que aparecesse durante o dia.

Nos meses que se passaram também houve outras mudanças. Henry já não tinha oito anos, agora tinha nove. Tinker estava em relacionamento sério com ninguém menos que Nala, e por conhecer Regina, aconselhou que no mínimo Emma gravasse as sessões a partir do momento que a loira sentisse a perna. E outras novidades chegaram também, Mary surpreendeu a todos com a notícia da segunda gravidez, porém o que surpreendeu ainda mais foi Ruby anunciar a espera do seu primeiro filho, Killian estava radiante com o fato. E Cora, bem, essa já não morava mais na mansão da filha, havia comprado um apartamento significativamente perto e estava lá quase todos os dias.

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Era inverno em Los Angeles mais não chovia há alguns dias, pra felicidade de Emma. A sexta-feira tão esperada finalmente havia chego, o dia onde Regina teria a sua maior demonstração de amor. Nem por meio segundo pensou em desistir da ideia, queria ter a morena como sua esposa novamente e queria fazer de uma forma onde não restassem dúvidas do seu amor.

Estava tudo preparado para a grande hora. Há alguns quilômetros saindo da cidade havia um enorme salão de festa rústico no meio do campo. As flores enfeitavam e davam ainda mais vida ao local, mesas espalhadas rodeando uma enorme mesa central, ao lado de onde ocorreria a festa, era o lugar mais especial, o altar. Era localizado em um ponto mais alto na beira de um penhasco, nada que representasse risco, apenas deixava a visão completa e perfeita.

Logo o sol deu sinais de que iria se despedir e as pessoas começaram a chegar, logo tomaram seus devidos lugares. Emma usava um vestido simples de cetim branco com poucas rendas trabalhadas enquanto Henry vestia um terno e havia gel em seus cabelos. O garoto estava maravilhado com a ideia de ver suas mães se casando, não seria em vídeo, seria ao vivo e ele teria uma participação muito importante, entraria com Regina levando-a até a loira.

Ruby e Mary estavam no altar com seus respectivos maridos ao lado de uma Emma que surpreenderia Regina, a loira estava de pé sem nenhum auxílio. Seu nervosismo era visível, aguardava notícias de Cora e Tinker, essas que foram as responsáveis por pegar Regina no serviço e convencê-la a vestir um vestido branco sem desconfiar de uma só gota.

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Regina não estava cansada, ao contrário, estava incrivelmente animada para sair da empresa. Claro que poderia sair a hora que quisesse, mas não andava querendo dar mau exemplo após o acidente, onde faltou inúmeras vezes em variadas reuniões. Guardava alguns papéis quando Cora e Tinker entraram em sua sala sem ser anunciada.

– Hey querida, vamos! - Cora quem disse.

– Vamos mãe? - Levantou o olhar sem entender. - E o que vocês fizeram com Jasmine que não foram anunciadas?

– Ela deve estar no banheiro. - Cora disse sem se importar, claro que era mentira e já sabia que a secretária estava se arrumando no banheiro da empresa, assim como alguns outros funcionários que iriam direto.

– E por que vocês duas estão aqui?

– Ai querida, uma longe história. Vem comigo. - Cora falou e Regina se deu por vencida, soltando o ar com certa força.

– Não se preocupe com Jasmine, ela já sabe que está de saída. - A fala da mãe deixou Regina confusa.

– Diga Tinker o que está havendo? - Perguntou enquanto ambas seguiam Cora.

A loira manteve-se calada, havia dito a Emma que seria errado ir junto, Regina sempre sabia quando ela estava escondendo algo.

– Sua última chance...

– Deixe-a em paz filha, ela só está comigo por que eu fiz questão. - Tinker sorriu aliviada com as palavras de Cora. - E querida, você vai precisar tirar esse social de trabalho pra ir.

E então nesse momento Regina se deu conta do quão apresentáveis Cora e a amiga estavam. Saltos, vestido e maquiagem leve. - O que está acontecendo? - Perguntou quando entraram no elevador, em direção ao térreo do prédio.

– Não está acontecendo nada, eu tenho um evento pra ir e preciso de companhia agradável. - Cora sorriu. - Quer companhia melhor que vocês duas? - Disse sabendo que Regina conhecia a forma carinhosa como sempre tratou a amiga.

– Mas eu tenho que ir pra casa. - Regina disse em baixo tom. - Emma deve estar me esperando.

Tinker suspirou. - Relaxa Regina, ela está bem.

– Vou ligar...

E antes que completasse a frase Cora arrancou o celular de sua mão. - Vamos até a loja pra você comprar um vestido e depois você liga.

Regina sempre ficava nervosa quando começava a desconfiar de algo e naquele momento isso que estava acontecendo, porém para evitar discussão com a mãe, soltou uma nova bufada e permaneceu em silêncio.

Na loja foi quase tudo dentro do combinado, Regina por nada queria ir ao evento de vestido branco, mas por muita insistência das outras duas se deu por vencida de novo. Ela não era assim, tão fácil, mais algo dentro de si dizia para confiar nas duas e realmente relaxar. E de lá, novamente pra evitar discussão, Regina aceitou passar no salão e fazer um penteado mais uma maquiagem.

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Aproximavam-se do local que seria o tal evento, Cora e Tinker tinham um enorme sorriso e Regina sentia que não era exatamente um evento, mil coisas estavam rondando sua cabeça, mas preferia não criar expectativas, pois nos últimos dias se quer tinha notado algo estranho ao seu redor.

Regina estava encantada com a decoração, as flores colocadas de forma que chegava a ser romântica. Se perdeu nos pensamentos ao se dar conta que aqueles arranjos eram misturas das mesmas flores que escolheu pro seu casamento anos atrás e de tão perdida nos pensamentos não notou o carro estacionar, somente quando Cora abriu a porta. Regina apressou-se e fez o mesmo, porém sua expressão tornou-se completamente confusa ao encontrar Henry vestido no melhor do social a sua espera.

– O que...? - As palavras lhe falharam e foi como se tudo fizesse sentido. Cora e Tinker a chamarem para um evento sem qualquer aviso prévio, aparecerem vestidas de social extremamente elegante, o modo como a loira manteve-se quieta a maior parte do tempo, o modo como Cora falava para deixá-la sem argumentação, a insistência pelo vestido branco, as flores, Henry.

– Não ouse chorar por enquanto. - Cora disse parando ao seu lado. - Acredito que a emoção está só no começo.

Os olhos castanhos estavam cobertos por um brilho completamente diferente, emoção com felicidade somada a surpresa e ansiedade. Nem essas palavras definiam o que Regina estava sentido. - Eu... - E a voz não saia.

– Vem comigo mamãe. - Henry disse dando-lhe o braço, ao notar que Cora e Tinker já haviam se afastado.

– O que está acontecendo aqui meu príncipe? - Ela perguntou após dar o braço ao pequeno.

Henry tinha os olhos brilhando tanto quanto os da morena. Ele não disse nada, continuaram andando até chegar em um espaço de campo aberto, logo que olhou reto Regina achou que fosse desmaiar. Havia uma cadeira ao lado, mas Emma estava de pé.

– Eu só posso estar ficando louca. - Foram as únicas palavras que saíram. Na noite anterior Emma mal esticou a perna sem ajuda e agora estava cada vez mais perto.

Emma estava no altar, só ela e o homem que deveria ser o Juiz de Paz. A cada passo que se via mais perto da loira sentia seu coração explodir no peito sem acreditar nos próprios olhos.

Quando a morena entrou no corredor composto de grama e pétalas de rosas uma música começou a tocar, mas não era aquela que apresentava a noite. Uma voz feminina começou a cantar. “Eu sei que vou te amar, por toda minha vida eu vou te amar, em cada despedida eu vou te amar, desesperadamente eu sei que vou te amar”

As íris castanhas eram encobertas pela emoção que Regina demonstrou, respirou fundo durante os passos para que as lágrimas não escorressem e girou os olhos pelas cadeiras observando os convidados, seus amigos e familiares.

Voltou os olhos para o altar. Emma realmente estava de pé e agora ainda mais perto, leu em seus lábios a letra da música “Eu sei que vou chorar, a cada ausência tua eu vou chorar, mas cada volta tua há de pagar o que essa ausência tua me causou”. Segurar a lágrima foi impossível, uma escorreu pelo centro dos olhos percorrendo a bochecha após ver que Emma também se perdia contra as lágrimas.

O coração saltou no peito de Regina ao ver Emma descer do altar para encontrá-la no fim do corredor. Desceu o olhar para o garoto ao seu lado, ele sorria lindamente. – Nós te amamos. – Henry sussurrou ao ver a mãe morena sorrindo entre lágrimas.

– Eu sei e eu amo vocês. – Respondeu emocionada e ambos pararam no final do corredor.

Regina estava para na frente de Emma observando o sorriso maravilhoso da futura esposa contornado pelo batom rosa, sorriu para a amada.

– Obrigada garoto! – Emma sorriu e abraçou o filho demonstrando muito amor.

– Eu estou muito feliz! – Henry disse antes de ocupar o lugar de par junto a Tinker.

Então os olhos castanhos e os verdes se encontraram e nenhuma palavra poderia explicar a sensação de felicidade máxima que dominou ambos os corpos. Regina subiu as mãos até o rosto da loira, além das lágrimas que escorriam, os lábios vermelhos abriam um sorriso magnífico e claramente abalado. – Você... Você está... – A dificuldade em falar era causada pela respiração descompassada.

– Eu estou! - A loira entendeu o que seria a pergunta, sorriu docemente para a esposa e completou. - Mas isso é assunto pra mais tarde, estou louca pra te chamar oficialmente de minha mulher.

A morena nada conseguiu falar pela emoção, a maior de sua vida. Sentiu os lábios da loira em sua testa e sorriu com o gesto. – Temos um casamento pela frente. – Sussurrou sorrindo, juntaram suas mãos e subiram no altar.

A cerimônia acontecia da maneira mais perfeita, singela, calma e apaixonante. Digna do imenso amor que uniu as duas mulheres durante uma vida, o mesmo amor que aceitava os erros e falhas da outra, que fizeram ter coragem e vontade de ter uma família, o amor que quando menos se merece esta ali. Amor que as manteve juntas em todos os momentos.

Mesmo com o improviso, os votos resultaram em lágrimas dos convidados, até mesmo no pequeno Henry que estava emocionado desde o início. O Juiz de Paz continuou com suas palavras sobre o amor, essas que também emocionavam os presentes. A pergunta mais esperada foi realizada e como resposta teve dois audíveis sim pronunciados entre lágrimas.

– Que o amor pra sempre viva entre vocês. – O homem falou após Regina e Emma assinarem os documentos. – Podem se beijar. – Sorriu.

– Oficialmente minha hein? – Emma falou enquanto suas mãos puxavam Regina pela cintura, aproximando-a.

– Pra sempre sua esposa. – A morena conseguiu pronunciar até seus lábios serem tomados pela paz dos rosados da loira.

Um beijo calmo e respeitoso arrancou suspiros e palmas da platéia emocionada que logo estava de pé, ao fundo, aos poucos se tornando mais audível, uma melodia suave onde o violino chamava mais atenção.

O momento que as testas permaneceram coladas durou pouco já que retomaram a postura e prepararam-se para descer do altar, mas a intensidade dos olhares era a maior prova viva de felicidade, dizer que exalavam tal sentimento era pouco.

Henry correu ao encontro das mães, isso ao estava se quer combinado. – Eu estou tão feliz! – Ele falou enquanto chamou as duas para um abraço.

De longe era a cena mais linda, o horizonte por trás da família comemorando o começo do seu final feliz só completava o amor naquelas risadas.


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Notas finais do capítulo

Reviews?

Sobre o próximo capítulo:
"Ah aquela segunda festa de casamento rendeu, me lembro como se fosse ontem do momento que fugi com Emma para longe de todos, a fim de aproveitar minha esposa que estava maravilhosa naquele vestido branco. Era pra ter sido uma saída à francesa, mas a consciência falou mais alta e avisamos nosso garoto."