O amor de uma vida escrita por SwenLove


Capítulo 32
Capítulo 32


Notas iniciais do capítulo

Capítulo com cena extra pra vocês, espero que gostem!

E mais uma coisa, estamos entrando na reta final da fic ):



Uma ótima leitura, beijos a todas. Até o próximo capítulo!



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A manhã já havia nascido há um tempo e o cheiro de comida começava a correr pela casa. Emma estava deitada nos colchonetes da sala já fazia meia hora tentando superar a dificuldade de levantar o tronco sem ajuda, inúmeros palavrões já haviam sido ditos. Seu corpo apresentava mínimos sinais de melhoras. A primeira grande reposta dos seus sentidos havia sido alguns dias atrás, onde sua raiva, pelas provocações da fisioterapeuta, a ajudaram mexer os dedo, e após isso, os exercícios ficaram mais intensos.

– Repetindo o primeiro passo Emma, você tem que ter calma e concentração. - A voz suave, porém marcante, da fisioterapeuta ecoava na sala. - E principalmente, você tem que acreditar que vai conseguir. - Nala Leon tinha um currículo inacreditável para uma moça que nem estava na casa dos trinta anos, além de uma beleza impossível de não se admirar.

– Eu quero, mas não dá! – Exclamou a loira que mantinha sua expressão cansada.

De longe estava Regina, Cora, David e Killian assistindo a sessão, todos controlando seus sentimentos angustiados por verem o sofrimento da loira, e claro que o pessimismo dela estava ajudando a não evoluir, enquanto Henry e Neal brincavam na piscina já que o calor era infernal.

– Você não está se quer acreditando. - Respondeu a fisioterapeuta. - Regina. - Chamou pela morena e Emma logo estreitou os olhos. Regina apareceu ao lado de Nala.- Eu estava pensando, a piscina está em condições de uso certo?

– NÃO! - Emma exclamou interrompendo seja lá o que a médica fosse falar. - Eu já disse que enquanto não conseguir esticar que seja, não entro naquele lugar.

– Esta sim. - A morena respondeu, ignorando o desespero da loira.

– Leve Emma para trocar de roupa e por favor, me diz onde tem um banheiro para que eu faça o mesmo. - A fisioterapeuta piscou ao final da frase.

Regina indicou onde era o banheiro e logo seguiu para o quarto com Emma.

– Regina, por favor! - A loira suplicou. - Eu não quero, eu vou me afogar!

– Emma relaxa! - Regina se aproximou da cadeira, inclinou o corpo ficando na altura da loira. - Nada vai te acontecer, eu estarei do seu lado.

– Do meu lado? Você não está do meu lado, se estivesse não deixaria essa ideia absurda. - Cruzou os braços, seus lábios formavam um beiço enorme.

– Ow Emma, por céus, até Henry seria maduro o suficiente pra saber que isso é pelo seu bem. - A comparação fora feita no tom de brincadeira. - Nala disse que isso pode te ajudar mais que os exercícios atuais querida. - Regina calou-se logo que percebeu o modo que havia chamado Emma. O termo saiu de sua boca antes que pudesse pensar, recordou-se calorosamente que querida era a maneira mais carinhosa que tratava a esposa nos bons tempos de casadas.

– Devo confessar que senti saudades de você me chamar assim. - A loira tentou não sorriu com as palavras que dizia.

E Regina, como todas as vezes, não escondeu o riso.

Emma estava na cadeira de rodas, próximo a piscina conversando com Henry e Neal sobre a temperatura da água e se estava gostoso nadar, seus olhos vagavam pelo enorme quintal até encontrar Regina. A esposa estava um pouco afastada conversando apenas com a fisioterapeuta, claro que não sabia o assunto, mas rapidamente fechou a expressão ao perceber o modo alegre que ambas conversavam e de acordo com o seu ponto de vista, era gracinha demais. Impaciente com o que estava vendo, chamou pela fisioterapeuta para darem inicio a sessão na piscina.

Nala pediu para que David e Killian ajudassem Emma a descer da cadeira e colocá-la apoiada nas barras no raso da piscina. A loira sentia seu coração acelerar de acordo com o que via do corpo submerso, respirava fundo e controlava a vontade de gritar para sair dali. Sempre foi apaixonada por natação, porém quando tinha certeza que nadaria e não nessa situação tão dependente de algo ou alguém.

Estavam na piscina somente Nala e Emma. A última não sentia a temperatura da cintura pra baixo e o pouco que sentia quando o limite da água ultrapassou a linha de dormência a fez sentir raiva por estar tão gelada. Apoiou as mãos na barra como quem seguro o bem mais precioso.

Regina observava a cena com orgulho e receio, notava os olhos aflitos da esposa e a expressão dura que estava.

– Você sabe que se eu morrer vou te caçar até no inferno, não é? - Emma tentou ser ameaçadora, após Nala pedir para que segurasse sua mão, no caso, que confiasse nela e soltasse da barra.

– Sua esposa tem o meu endereço, não terá tanto trabalho pra me encontrar. - Respondeu num tom que para Emma parecia mais uma provocação do que uma resposta comum.

Ambas não tocaram mais nesse assunto e Nala começou a sessão com exercícios leves e sem provocação. Havia uma cadeira dentro da piscina ocupada por Emma enquanto a fisioterapeuta levantava suas pernas com cuidado e pedia para que ela tentasse. Não surtiu efeito e a mulher que já tinha experiência esperava por isso. - Não se culpe Emma. - Falou sorrindo. - A pressão da água vai parecer ainda mais difícil conseguir, mas o embalo que você irá sentir será maior devido a própria água.

Passaram-se meia hora naquele exercício, até que Emma pediu para parar alegando estar exausta. Estava gostando da água e começava a creditar que superaria essa terrível fase, mas realmente a canseira falava mais alto.

David e Killian logo entraram na água e ajudaram a retirar Emma, colocando-a na cadeira. Regina se aproximou com a toalha na mão. - Como você está? - Perguntou enquanto curvava-se para passava a tolha nas costas da loira, deixando com que a mesma segurasse ela na barriga.

– Cansada. - Respondeu Emma. - Muito cansada e com fome. - Sorriu timidamente e notou os olhos de Regina lhe olhar graciosamente. - Será que você poderia me levar pro quarto?

Regina surpreendeu-se com o pedido, nos últimos dias era normal ver Merida levar Emma pro quarto. Era difícil compreender o que passava na cabeça da esposa, era difícil não ficar recordando os fatos passados em Vancouver, era difícil passar por cima das suas dúvidas e insegurança, mas continuaria fazendo de tudo pela loira, até mesmo quando Emma não quisesse. - Claro, você sabe que eu posso te levar pra onde quiser. - A morena sorriu, endireitando-se de pé.

– Olha que eu vou começar a abusar nos lugares então. - Emma brincou abrindo um largo sorriso, aquele que era verdadeiro, o mesmo que fazia o coração de Regina bater mais rápido.

Emma acelerou a cadeira enquanto Regina caminhava do seu lado em direção a casa, o assunto entre elas era viagem e foi breve.

– Regina! - A voz da fisioterapeuta ecoou.

– Oi. - A morena virou de maneira educada.

A fisioterapeuta se aproximou e Emma abriu a boca. - Eu preciso descansar um pouco!

– Eu sei. - Nala disse sorrindo, era impressionante a capacidade da mulher em ser simpática mesmo com o tom feroz da loira. - Ia aconselhar justamente isso, você fez muito esforço por hoje e eu estou feliz com o progresso Emma. - Durante as palavras outro sorriso que nascia era nos lábios de Regina. - Você foi contra o seu medo e mesmo que não pareça, isso já é um ótimo avanço.

– Obrigada. - Emma sorriu timidamente, isso não se devia ao elogio da fisioterapeuta, mas sim ao enorme sorriso orgulhoso no rosto de Regina.

– E Regina, eu preciso conversar com você. - E a expressão feliz de Emma sumiu dando espaço para a desconfiança.

– Só vou levar...

– Não precisa. - Emma interrompeu Regina com o tom de voz visivelmente irritado. - Merida! - Gritou se afastando das duas sem ao menos se despedir.

O sorriso orgulhoso da morena dava espaço para uma expressão mais triste.

– Hei vá lá com ela, eu espero, ou conversamos mais tarde. - Nala falou num tom calmo e suave. - Não tem problema.

Regina observou as expressões da fisioterapeuta calmamente. – Essas atitudes dela estão cada vez pior - A morena deu alguns passos e acabou sentando-se numa mesa que tinha ao lado da piscina.

– Eu te entendo, já lhe disse que vi muitos casos parecidos. - A mulher que vestia apenas um roupão no mesmo tecido que uma toalha sentou-se ao lado. - E volto a repetir, paciência com ela Regina. Qualquer coisa que acontece já é motivo de achar que estão sentindo pena e toda a raiva acumulada é descontada em quem mais se ama.

– Eu a amo. - Regina repetiu, engolindo as lágrimas que formavam em seus olhos. - Mais dói. - Seu tom era mais baixo.

– Meu bem não fique assim. - Nala esticou os braços acariciando as costas de Regina.

Da janela da casa alguém observava a cena sentindo seu sangue queimar de maneira tão intensa quando a vontade de gritar. Essa fisioterapeuta estava muito animada para o lado de Regina, e por sua culpa, estava tendo espaço para aproximar. - Droga Emma! - A loira se ofendeu, repudiando suas próprias atitudes. E mesmo que lhe incomodasse, continuou observando a esposa tentando entender o que acontecia.

– Como eu ia dizendo, nos momentos que Emma tiver tranquila você precisa aproveitar, convide-a para ir na piscina. - Agora a conversa era profissional, porém a fisioterapeuta estava mais próximo da morena.

– Ela não vai ter coragem de entrar só comigo na piscina. - Murmurou cabisbaixa enquanto seus olhos buscavam não fitar os de Nala.

– Só sendo muito boba para não ter coragem. - A própria fisioterapeuta arregala os olhos assustada com o comentário dito.- É, quero dizer... Ela confia em você, estão juntas a tanto tempo e bem, você sempre foi maravilhosa Regina. - Disse descaradamente e sorriu. - Não estou dizendo só fisicamente, porque aposto que já esta cansada de saber... Mas pelos últimos dias que estamos convivendo, eu consigo ver o quanto seu coração continua puro, o quanto você é sincera nas palavras. Você é maravilhosa em todos os sentidos.

A morena não tinha onde estar mais envergonhada, fora pega totalmente desprevenida por esse elogio e sentia que seu rosto estava queimando. Desde o incidente com Emma não escutava nenhum elogio, só pessoas falando "você não pode se descuidar desse jeito", e agora uma mulher recém conhecida estava chamando-a de maravilhosa. - Obrigada, você também é maravilhosa. - Regina se culpou pelas últimas palavras, mas o certo era agradecer e dizer o mesmo, e não era mentira, realmente achava Nala bonita.

Nala sorriu como resposta, havia deixado Regina completamente constrangida. - Acredito que seja melhor eu já ir indo então.

– Certo. - Regina rapidamente ficou de pé e ainda sentia seu rosto vermelho. - Não é melhor trocar de roupa antes? - Perguntou sentindo seu rosto ainda mais vermelho.

– Claro. - Nala saiu em longos passos para se trocar enquanto Regina seguiu para dentro da casa tentando recuperar o fôlego após a onda de timidez.

CENA EXTRA - Quase um ponto de vista de Nala

Desde a primeira ligação que recebeu do seu grande amigo, também médico, Victor Whale, Nala estava ansiosa para o caso. As imagens que recebeu sobre a lesão não foram tão assustadoras, já estava acostumada e saberia que aquele caso não seria dos mais difíceis ou demorados, seria uma ótima distração para a situação particular que passava. Logo aceitou o caso, para a felicidade de Whale, recebeu então a ficha de cadastro com os outros detalhes importantes. - Paciente: Emma Swan Mills. Responsável: Regina Mills Swan. - Seus olhos verdes voltaram na tela sem acreditar no que lia. - Mills? - Abriu um sorriso. Décadas sem escutar esse sobrenome, tampouco ter notícias, lembrou-se da perfeita filha da puta que foi na época, talvez hoje pagasse por esse erro.

Regina era uma jovem tímida, delicada e incrivelmente bonita. No primeiro segundo que a viu, Nala se pegou encantada. Estava de férias, na praia, onde ninguém a conhecia e então rapidamente tratou de se aproximar da turma de jovens que estava por perto, ou seja, os amigos que rodeavam a morena e claro, não demorou para estar puxando assunto com a jovem. Sentiu-se péssima por ver o quão ingênua ela era, mas o capetinha em seu ombro falou mais alto.

Descobriu ser a primeira mulher na vida de Regina e sentiu-se importante por isso. A verdade é que estava se apaixonando pela jovem. Porém, de frente com isso, havia um detalhe muito importante: Elis, jovem essa que não só dividia um apartamento há três anos em Nova York, como também dividia a vida, sua fiel companheira. Não poderia colocar isso em risco por uma paixão de verão.

Aproveitou então a semana com toda a intensidade que seu corpo queria e no último dia que Regina estaria na praia a dispensou, como uma desgraçada sem piedade.

– Relação com a paciente... - Nala percorria a tela do computador com os olhos e o auxilio do dedo indicador. - Esposa. - Claro que ela não passaria a vida disponível. Pensou a fisioterapeuta.

Com essa novidade o caso certamente se tornava um pouco mais interessante, tanto que adiantou sua viagem para Los Angelas pra próxima manhã.

Logo cedo se instalou em um ótimo hotel e na parte da tarde seguiu para o hospital encontrar Whale, esse que estava super ansioso com a chegada da médica. Conversaram agradavelmente por um tempo e então Nala perguntou sobre a paciente.

– Claro, o grande feito que te trouxe. - Disse animado. - Venha, vamos até o quarto dela.

Nala seguiu o médico pelo corredor enquanto seu coração passava a impressão de querer sair pela boca. Será que Regina havia conseguido uma esposa no nível de merecer seu amor e sua beleza? Perguntava-se mais, será que Regina estaria como acompanhante no quarto? Será que Regina a reconheceria de imediato? Acompanhada desses pensamentos, entrou no quarto deparando-se com uma mulher mais velha, logo apresentada como a mãe da paciente, e surpreendeu-se com a beleza da mesma. E no fundo sentiu-se aliviada por não encontrar a morena.

Percebeu que a conversa com Emma acontecia naturalmente, ela era encantadora e dona de uma inteligência notável. O único detalhe negativo que percebeu rapidamente foi o pessimismo estampado até mesmo na voz, mas sabia que aos poucos trabalharia nisso.

Não escutou o ranger da porta, só percebeu ter mais gente entrando no quarto quando um garoto entrou correndo, dizendo em bom tom "Mãe", irradiando felicidade. Então seu nome foi dito pelo médico, virou-se completamente atordoada já sabendo quem encontraria.

Muito tempo havia se passado, porém Regina continuava dona de uma beleza única. - Mills? Quanto tempo Regina... - Tentou soar o mais natural possível abrindo um sorriso, claro que não seria cínica para fingir que não se lembrava.

Diria que a expressão de Regina era a mesma de quem estava vendo um fantasma e talvez fosse isso que Nala representasse na vida da morena, um fantasma do passado. - Nala... - Sua voz falhava. - Sim, é, quanto tempo. - Percebeu a morena falando em pausa e sua voz continuava suave e doce para os ouvidos.

Escutou Whale perguntar se já se conheciam. - Sim. - Respondeu junto de Regina.

A rápida semana que Emma permaneceu internada no hospital fez com que Nala reavaliasse seus motivos de ter aceitado o convite de Whale. O médico não tinha conhecimento sobre o passado, então não o fizera por mal, o caso era realmente interessante para a fisioterapeuta, mas o que a fez ir de imediato estava longe de ser esse interesse.

O nome Mills foi o motivo de ir, no fundo uma esperança de encontrar aquela mesma Regina que outrora teve a disposição. A decepção de saber que era casada foi enorme, mas pior ainda foi ver a família linda que ela tinha. Seu filho era tão esperto para a idade que tinha, ficava observando o que a fisioterapeuta fazia na mãe para repetir nos horários que ela não estivesse na mansão, mostrava-se um menino culto e de ótimo coração. Em relação a esposa, por sinal a sua paciente, Nala estava admirada. Claro que não a conheceu em seu melhor momento, mas o amor que exalava dos olhos verdes era invejável, mesmo que a mesma estivesse quase que sempre com expressão fechada.

E mais no fundo ainda, ela estava feliz por ver que Regina havia superado sua canalhice, seguiu em frente e estava feliz. Talvez não houvesse tanta felicidade nesse momento, mas o modo como a morena estava ao lado da esposa, tanto para cuidar, para conversar, para ser otimista, fazia com que imaginasse o quão feliz elas eram antes do acidente.

O que realmente estava incomodando Nala era ver o modo como Emma estava tratando Regina, frieza e um toque de grosseria, mas compreendia que nem sempre as pessoas tinham as mesmas reações e poderia acabar descontando em quem mais se ama, como tinha certeza ser esse o caso, já que várias vezes era obrigada a interromper a sessão para dizer algumas verdades que fizessem a loira se animar.

Antes se ter acesso a casa daquela família, Nala tentou por três vezes aprofundar a conversa com Regina e não obteve sucesso, a morena era direta e pedia licença para se esquivar das perguntas, mas isso mudou numa terça-feira a noite.

Nala estava pronta pra ir embora, já havia se despedido de todos e só estava ainda na mansão, pois Henry pediu para fazer algumas perguntas, após responder, se retirava e quase em frente a escada notou alguém sentada no meio e chorava. Esse alguém era Regina.

– O que houve? – Aproximo-se da morena.

Ação essa que resultou em Regina se abrindo para Nala, contando-lhe por cima os últimos acontecimentos e enfatizando o modo indelicado como Emma estava agindo.

Nala ofereceu os melhores conselhos que pode, entre eles, incentivava a morena continuar lutando por Emma, esse jeito da loira logo iria passar e acreditava nisso por já ter enfrentado reações parecidas com outros pacientes.

E mais que isso, a fisioterapeuta se identificou de longe com Regina, os casos eram extremamente diferentes. Há poucos meses enfrentava um divórcio dolorido. Havia se casado com uma mulher de nome Cruella, por quem era perdidamente apaixonada e após seis descobriu que a mulher era uma golpista, formada na área de publicidade, aproveitava dos congressos para seduzir homens ou mulheres ricas e roubava-lhes. Claro que não havia comentado sobre esse assunto, não tinha motivos pra falar de sua vida pessoal. Estava ali para escutar Regina.

A verdade era que a cada dia convivendo mais e mais com aquela família, Nala só conseguia desejar a felicidade. Regina merecia ser feliz, Emma merecia ter suas pernas de volta e poder provar seu amor e sua fidelidade, e Henry merecia ter sua família unida e feliz. Igual os porta-retratos da mansão retratavam. E por esse motivo, resolveu ajudar mesmo que de maneira indireta.

Já havia percebido o ciúme freqüente da loira e a agressividade aumentava quando estava perto da morena. Usaria isso a seu favor, usaria Regina para provocar de maneira que incentivasse Emma a não desistir e rever seus tratamentos.

A primeira tentativa foi trazer de volta o assunto sobre já conhecer Regina. Estavam na sala e era a primeira sessão do dia, Nala estava alegre enquanto Emma tinha a expressão fechada. Sabia que a loira não tirava os olhos de si e por isso começou a observar cada passo que Regina dava pela sala.

– Por que você tanto olha? – Percebeu que Emma mordia os lábios enquanto perguntava.

Nala estava apoiada em seus joelhos enquanto Emma tinha toda a coluna encostada no chão e as pernas apoiada numa bola que as deixava em um ângulo de 90 graus e como parte do exercício, a fisioterapeuta exercia uma pequena força contra as pernas da loira. – Por que ou quem? – Perguntou sorrindo.

– Não me provoque. – Emma disse entre dentes. Nala forçava sua perna, porém ela não sentia, mas a vontade era de revidar a força e mandá-la para longe, imaginava isso a cada vez que os olhos de da loira seguia Regina.

– Provocar? – Fingiu-se de desentendia.

A raiva da loira consumia cada vez mais seu corpo e contraia seus dentes ainda mais, esforçando ao máximo para mexer-se.

– Regina é uma mulher interessante, muito atraente e merece ser tratada como rainha.

E com essas últimas palavras Emma fechou os olhos como se controlasse toda sua raiva, longos segundos e então sua concentração foi interrompida pela voz da fisioterapeuta.

– Relaxa Emma! – Deveria ser a terceira vez que Nala falava, Regina estava atrás da médica olhando com um belo sorriso orgulhoso.

Os olhos confusos de Emma não entendiam o motivo do acontecimento, até parecia o nascimento de uma criança.

– Você conseguiu. – Nala falou com um enorme sorriso.

A provocação havia dado certo. Emma enfureceu-se tanto com os comentários feito por Nala que havia conseguido forçar seus dedos de ambos os pés para a frente e claro que esse motivo era de se comemorar.


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Notas finais do capítulo

Reviews? *-*



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