XI.

Aquilo foi como nos velhos tempos mais do que qualquer um poderia supor. Após a entrega dos certificados dos setimanistas, McGonnagal sacudiu os braços e as mesas do grande salão se uniram e se curvaram, formando um grande arco ao redor do que se revelou uma enorme pista de dança circular. As velas receberam uma cor cada, e suas chamas coloridas brilhavam no ritmo da musica que alguns instrumentos enfeitiçados tocavam.

Harry, Rony, Hermione, Neville, Luna e Gina sentaram juntos, beliscando da comida incrível e conversando sobre suas vidas, coisas felizes e engraçadas que os faziam rir. Eles dançaram revezando seus pares, e num momento da noite Hermione acabou fazendo as pazes com seu marido (era muito estranho pensar neles dois assim, para Harry) então eles sumiram para o pátio e, com Neville e Luna desajeitadamente dançando, sobraram Harry e Gina na mesa. Ele chamou a garota para conversar do lado de fora, pensando que nada poderia ser melhor do que relembrar os bons momentos de seu namoro com uma volta ao redor do lago.

Dava para ver a lula gigante rodopiando os tentáculos casualmente na água, e as formas brancas das lapides contra a noite não perturbaram Harry como antes. Ele puxou Gina para uma velha árvore de raízes altas e eles se sentaram aproveitando a noite fresca do inicio de verão.

– E então, Gina, quais os seus próximos passos agora?

– Eu não sei. – ela deu de ombros – Acho que eu preciso de longas férias.

– Estou nos seus planos para as férias? - ele brincou, mas ela virou o rosto e parecia séria.

– Harry. E gostaria que você parasse de me dar sinais confusos. Uma hora você me diz que vai esperar por mim. Na outra, você praticamente some.

– Eu tenho um sinal especialmente claro para você. Você o quer?

– Por favor... – ela resmungou.

Harry tirou do bolso das suas vestes verdes uma pequena caixa de veludo. Bem, ele tinha ficado acordado a noite inteira pensado sobre aquela caixa e no que o seu conteúdo significava, e como tudo o que vinha na sua cabeça era ver Gina no dia seguinte, achou que sua duvida já tinha resposta clara. Ele não hesitou em abrir a tampa e deixá-la ver o pequeno anel de ouro com um rubi.

– Eu acho que não soa muito confuso, se eu te pedir para casar comigo?

– Não, não soa. – a voz dela estremeceu.

– E o que você me diz?

Gina demorou por um momento, olhando para ele, parecendo buscar nele um sinal de que falava completamente a sério. Bem, Harry era a postura da seriedade, embora com a demora dela começasse a ficar um pouco nervoso.

– Eu digo que sim, se ela servir...

Harry pegou a mão dela e deslizou o anel pelo delicado dedo sob o olhar emocionado da ruiva. A jóia encaixou perfeitamente. Harry tinha mandado fazer aquilo sob medida para ela.

(Continua...)