Depois que sai do quarto de Adrian, tomei um banho rápido e vesti um vestido preto de couro tomara-que-caia, uma bota de cano alto de salto preta e uma jaqueta pequena também preta. Estava de luto pelos guardiões que havíamos perdido nessa batalha. Esfumacei meus olhos com lápis preto e passei um gloss, deixei meu cabelo solto em ondas.

      Enquanto eu e Adrian andávamos pelos corredores até o escritório de Lissa, todas as pessoas, e quando digo todas, é TODAS mesmo,estavam nos olhando com muitas expressões variadas, indo de adoração, admiração e medo.

    — Adrian, o que fizemos para receber toda essa atenção?
   — Ora Rose, vai me dizer que exterminar um exército de strigois sozinhos, não é o suficiente para se destacar?

   Nos viramos para trais e vimos Sonya, Mika e Jill sorrindo para nós. Jill se jogou nos meus braços me dando um abraço apertado, a abracei de volta com o mesmo carinho.

   — Senti sua falta Rose. Muita.
   Eu sorri contente. Eu e Jill tínhamos virados irmãs, ela era minha irmãzinha mais nova apesar de já esta com dezoito anos, era uma linda mulher.

    — Também senti sua falta, meu anjo.
   — Fiquei com tanto medo quando soube do ataque, você esta bem mesmo neh?
   Eu ri, e lhe dei um beijo na testa. Me afastando.
   — E você acha que o Adrian aqui, ia deixar algo acontecer comigo?
   Jill deu um sorriso sapeca. E abraçou Adrian.

   — È ouvi falar que tinham se reconciliado. Fico feliz por vocês.
  — Então, agora são os novos heróis da corte? - Perguntou Sonya me abraçando assim como Mika.
   — Se vocês estão dizendo. - Dei de ombro indiferente.
   — Ei Rose, não seja modesta. Acho até que deveríamos ganhar uma medalha quem sabe? Por termos salvo a pátria.
    Dei uma cotovelada em Adrian, e ele riu junto com os outros.

    — Quando chegaram?
    — Agora. Estávamos indo nos encontrar com a rainha.
    — Vamos então.

    Enquanto andávamos, Sonya ia nos contando como estava as coisas em St.Vladimir. Ela tinha voltado a ser professora lá e Mika como guardião de Jill ficava lá também, o que era perfeito para os dois.
    Quando abri a porta do escritório fui sufocada por um abraço de urso.

       — Oi pra você também, Baba.
       — Oh Kiz, fiquei tão preocupado! Tive tanto medo de te perder.
    — Vejam, o grande Zmey com medo. Calma velhote, eu estou viva e inteira.

   Ele me soltou e me deu um beijo na testa. O escritório estava bem cheio, Lissa, Christian, Eddie, Alexia, Alexander, Daphne, Dimitri, Alberta e até Mia estava ali. Ela andou até mim e meu deu um abraço apertado. Cara, esse povo estava gostando de me abraçar hoje em!

   — Oi Mia.
   — Ainda bem que esta viva, Guardiã Hathaway.
   — Masur.
   — Belikov.
   Meu pai e Dimitri disseram ao mesmo tempo. Abe encarou Dimitri tão ferozmente que ele abaixou a cabeça. Preferi ignorar os dois.

    — Será que tem espaço, para mais gente aqui? - Perguntou Sonya.
   Depois de todos se cumprimentarem, e fazer as apresentações. Nos acomodamos e eu devorei meu café da manhã. Me senti bem melhor depois.

     — Cara, vocês demoraram em. Já estávamos quase indo lá ver se estavam vivos. Mas pela cara de vocês, teríamos interrompido algo, bem, hum, saliente.

    Todos paralisaram. Eu dei um tapa na testa. Sério, Christian as vezes parecia o mesmo tapado de tempos atrais. Dimitri me lançou um olhar mortal e cerrou as mãos.

    — Christian, se não se importa querido, temos coisas mais importantes para conversar. - Disse Lissa duramente.
    Ele assentiu sério. Fiquei com pena dele, mais quem manda não segurar a língua.

   — Então, alguma novidade? - Perguntei.
  — Bem, parece que a sede dos alquimistas também foi atacada. Porém por Morois e dhampirs.

  Eu arregalei os olhos para meu pai. Morois e dhampirs atacando os alquimistas? O que ta acontecendo aqui meu Deus? Um complô?
    — Por quê?
  — Não sabemos ao certo. Mais algumas coisas foram levadas e outras destruídas. Achamos que tinha algo lá que eles queriam. E os alquimistas não querem colaborar conosco, estão com o pé atrais. Não é para menos, perderam muitos dos seus.

   — Os morois mataram?

    Abe balançou a cabeça, negando e me coração se apertou. Mais dhampirs eram treinados para proteger, não para matar!!

     — Tem certeza disso,Baba?
   — Sim kiz. Sidney me contou tudo o que sabia. Ela está vindo para cá também.

    Fiquei feliz por quê ia ver minha amiga, mais triste pelas circunstâncias.
    — E minha mãe?
   Abe me olhou com um desespero visível.
    — Desculpe Rose. Eu demorei para vir, por quê estava tentando encontrá-la. Mais não consegui nada.

   Fechei os olhos e deixei uma lágrima cair. Adrian apertou minha mão e limpou a lágrima carinhosamente.

   — Little dhampir, vamos achá-la confie em mim. Vou tentar entrar nos sonhos dela, e ver o que consigo descobrir.

      Sorri agradecida e lhe dei um selinho. Todos na sala nos encaravam em um misto de emoções diferentes. Dimitri não estava mais se aguentando, Alexia chegou perto dele e pois a mão em seu ombro. Essa queria mesmo pegar meus restos em.

    — Adrian,o que realmente aconteceu com você e a Rose? Que poder era aquele?

    — Bom, era um poder do espirito. Quando meu pai se mudou, eu resolvi explorar a casa, e no sótão encontrei um manuscrito muito antigo, tive que restaura-lo para poder ler. Ele foi escrito por um antepassado meu. No tempo dele, Morois e dhampirs lutavam lado a lado contra os strigois, não ficavam se escondendo na barra da sai de ninguém. O fato é que meu antepassado, chamado Mikael Dragomir Ivashkov, também era usuário de espirito.Por incrível que pareça, era um elemento muito comum naquela época, acho que por algum motivo ele foi se perdendo pelos séculos. Ele tinha uma amiga Moroi que também era uma guerreira, Ehlena Masur. Eram inseparáveis, até em um ataque ela foi ferida mortalmente, e em seu desespero ele a trouxe de volta a tornando sua Shadow-kissed. Eles se apaixonaram e se casaram. Mikael, gostava de fazer experiências com o poder do espirito, que não o afetava como afeta nós, Lissa e Sonya. E acabou descobrindo que ele e Ehlena podiam unir suas mentes e almas e serem um só, porém em dois corpos. A força dele era dela, e o instinto dela era dele, compartilhavam tudo. Essa união só foi possível, porquê não existia só o laço do espirito ali, existia o laço do amor, um amor intenso e verdadeiro. Por isso eles não sofriam com os efeitos da escuridão, o amor deles transformava a escuridão em luz. Pesquisei mais um pouco e descobri que desde da época de Mikael e Ehlena , teve mais três casos de usuário de espirito na minha familia, e a cada geração eram mais forte, é como se o usuário anterior passasse o poder para o próximo. E descobri também que na família da Rose, três de seus antepassados eram Shadow-kissed e advinham só? Era um homem do meu lado e uma mulher do lado da Rose, e eles sempre acabavam se casando. È como se nosso destino estivesse entrelaçados. Começei a tentar entrar na mente da Rose, e no dia que Belikov voltou, enquanto estava no meu quarto consegui ver na sua mente, foi só um por poucos segundos, mais soube que era possível, e nessa hora admiti para mim mesmo que a amava intensamente.

Quando ele terminou todos o encaravam pasmo e encantados com a história, exceto umas pessoas que não vale a pena citar. Eu estava com lágrimas nos olhos.

    — Está querendo dizer que você e Rose são a reencarnação de Mikael e Ehlena? São, tipo, alma gêmea? - Perguntou Daphne.

     Não sei o que ela tem a ver com isso. Eu me sentia incomodada com a presença dela, que ficava sempre quieta, mais parecia que estava prestando atenção em tudo, em cada minimo detalhe de tudo e todos.
      Adrian deu de ombros.
     — Talvez.
   — Ta bem, conversamos sobre isso depois. Agora, acho que temos um quebra cabeça aqui. O que o ataque aos alquimistas pelos morois e dhampirs, assim como o ataque a corte, e o sequestro da minha mãe, e....acho que aqueles strigois estavam atrás de mim e de Adrian, o que tudo isso tem em comum? O que não estamos vendo? São raças diferentes lutando pelo mesmo objetivo, ou estamos sendo atacados de todos os lados por coincidência?

   P.V.O Janine
    Acompanhei meu dois carcereiros pelos corredores daquela mansão enorme. Era uma bela casa porém muito sombria. Estava tão cansada, a dias que não dormia direito ou que não conseguia me alimentar bem. Claro, que por mais estranho que pareça, eu tinha um quarto luxuoso com uma cama macia e enorme, e uma comida divina, porém eu era uma prisioneira ali e meu anfitrião me assustava. Era um homem alto, com músculos bem definidos e seus traços deixavam claro que era indiano, era realmente lindo com seus olhos azul cobalto. Porém, vazava maldade pelos seus poros, tinha um olhar tão frio e duro que me fazia tremer. Logo eu. 

     Eu tentei fugir muitas vezes,porém aquela mansão era muito bem protegida por dentro e por fora, e as pessoas que ali encontrei, assim como seu mestre, como o chamavam, não eram humanos, strigois, dhampirs ou morois. Eu não fazia a minima ideia que tipo de raça era aquela. Senti a fraqueza me atingindo lentamente, eles sempre me drogavam com calmantes quando tinham que me tirar do quarto, pois sabiam que eu lutaria até a morte para sai dali.

    Chegamos em uma sala decorada com tons fortes e móveis caros. Meu anfitrião estava sentando em uma poltrona grande e negra e havia uma dhampir ali eu tinha certeza, ela me era familiar com seus longos cabelos castanhos claros. Eles estavam conversando amigavelmente.

    — Acho que deveria trazê-la logo meu Lord. Ela está chegando cada vez mais perto. È esperta e determinada. E seu laço com seu moroi esta cada vez mais forte.

     Ele deu um sorriso, como se sentisse orgulho.
  — Ainda não. Tenho que esperar mais um pouco. Mais continue me atualizando sobre tudo. Irei mandar um presentinho para ela.

  Ele percebeu minha presença e se virou para mim com um sorriso frio que me fez tremer levemente. Eu era Janine Hathaway, a temível, porém esse homem era de dar medo até no próprio diabo.

   — Deixa eu te apresentar, minha futura sogra.
   A dhampir que até então estava de costa para mim, se virou e sorriu irônica.    Eu arfei surpresa.
   — Você!!