A outra garota foi dispensada e Felicity foi chamada por Olga.

– Leve o americano para o seu quarto e garanta que ele fique satisfeito – Felicity ia argumentar, mas foi interrompida – e eu saberei se ele não ficar....o que pode trazer consequencias não muito boas para você, queridinha!

Oliver observou as duas e percebeu quando Felicity corou para logo depois empalidecer.

Ele queria ficar sozinho com ela e logo. Precisava dizer a ela que ele a protegeria de qualquer coisa....

Aproximando-se das duas, ele pegou em sua mão e a beijou, fazendo um leve carinho que passou despercebido por Olga.

– Meu caro – sibilou a mulher – ela não precisa ser tratada com tanta gentileza.

– Toda mulher precisa, minha senhora! E lhe garanto que é muito mais prazeroso para mim quando elas cooperam! – respondeu ele no seu papel de cafajeste – podemos ir?

– Sim, Anastácia vai levá-lo ao seu quarto para que possam ter privacidade! – e com um sorriso malicioso os observou seguir para o quarto.

Felicity decidiu entrar no jogo, o guiou até o quarto. Precisava mesmo estar sozinha com ele.

POV Oliver

Ela está com medo, assustada. Posso ver em seus olhos.

Não vai ser fácil tirá-la daqui. Preciso de tempo e de um plano concreto que tenha menos riscos possíveis.

Mas antes de qualquer coisa preciso tranquilizá-la....e a mim mesmo. Preciso tê-la em meus braços.

Ela está divina nesse vestido, toda essa renda está me deixando louco! Vamos precisar fingir envolvimento sexual...é para isso que os homens vem aqui...não sei como ela vai reagir a isso depois de tudo o que houve entre a gente. Mas eu não sou se ferro...ela é divina...é a mulher que eu amo, afinal....

Talvez seja mais difícil me controlar do que tirá-la daqui.

POV Felicity

Graças a Deus ele está aqui. Sinto-me segura com ele e seja o que for que ele tenha em mente eu confio nele.

Eu sei que o papel de playboy é para enganar Vigo e seu bando...e sei que provavelmente teremos que fingir o que não somos por algum tempo.

Por Deus!!! Eu preciso de um abraço...de um toque dele...

Cada dia eu o amo mais apesar de tudo...e vou ter que ser forte para não demonstrar isso. O que é muito difícil, já que cada vez que o vejo meu coração dá um salto no meu peito.

(...)

Oliver a segue pelo corredor mal iluminado.

Quando chegam ao quarto ela para na frente dele com o coração disparado e a respiração ofegante.

– O que...

– Shiii – ele a puxa pela cintura e sussurra em seu ouvido – Anatoly disse que há câmeras nos quartos – ele beija seu pescoço – vamos ter que fingir aqui – sua respiração também era ofegante, ele a olhou nos olhos – confie em mim...

Ela concordou com a cabeça. Não confiava que sua voz saísse...não quando sua pele ainda formigava onde ele a tinha beijado.

– Eles não podem nos ouvir, mas podem nos ver – ainda com o corpo colado ao dela ele acariciava suas costas.

Ela fechou os olhos e suspirou fundo, colocando os braços ao redor do pescoço dele.

– Então vamos ter que fingir que estamos transando?? – e corou, ele adorava aquilo.

– Sim – ele sorriu – de minha parte não vai ser nenhum sacrifício ficar colado em você...- ele pareceu pensar – ou melhor... vai...

– Oliver! Por favor...

Ele a virou e afastando seus cabelos a beijou no pescoço e na parte das costas que ficava exposta pelo vestido...a puxou para seu peito num abraço afetuoso.

– Por favor, confie em mim?

– Tudo bem – o problema era que ela não confiava em si mesma quando ela a tocava daquele jeito.

Como ela podia esquecer-se de onde estava que havia pessoas olhando e que era tudo encenação e querer que fosse verdade?

Ela virou-se nos seus braços e o olhou nos olhos.

– Oliver... – ela viu o próprio desejo refletido nos olhos dele.

Seu ultimo pensamento antes de beijá-la foi que aquilo não seria mentira.

O clima que envolvia os dois era de pura tensão sexual, seus desejos e sentimentos estavam à flor da pele, cada um lutava para não entregar-se verdadeiramente ao amor.

Ele a beijou com paixão fazendo com que ambos perdessem o fôlego.

Oliver a pegou no colo e a levou para a cama, a deitou e ficou olhando para ela com adoração. Ainda bem que as câmeras estavam do outro lado.

Ele tirou seus sapatos e acariciou suas pernas, ouviu-a suspirar.

Deitou-se do seu lado e a beijou novamente.

Ela ofegou quando as mãos dele passearam por seu corpo.

– Oliver!

– O que foi? – ele a olhou, entendendo o que acontecia com ela – precisamos fazê-los acreditar...Felicity – ele acariciou seu rosto – o que eu sinto por ti é maior que tudo e me impede de fazer qualquer coisa que possa magoá-la...qualquer coisa aqui...preciso de você segura, preciso e vou fazer qualquer coisa para tirá-la daqui – ele continuou acariciar o corpo dela – essa foi a única maneira que consegui de me aproximar de você sem levantar suspeitas...então precisamos continuar com isso...você consegue?

– Consigo...mas é difícil para mim estar assim perto de você...por causa de tudo o que sinto – ele a calou com um beijo.

Passeando seus lábios pelo pescoço dela, ele sussurrou com a voz rouca:

– Não precisamos fazer nada mais que nos beijarmos...nos acariciarmos...vou garantir que sejamos convincentes sem...

– Entendi...confio em você...talvez não em mim, mas... – esse comentário fez com que um sorriso brotasse no rosto dele...e dessa vez quem o puxou para um beijou foi ela.

Os sentimentos, o desejo e a necessidade de fingir se mesclavam e naquela altura eles não sabiam mais o que era fingimento e o que era real.

Ele levantou ficando na frente das câmeras a protegendo...

Deus! Como iria resistir a ela? Não podia fazer nada que a magoasse ou prejudicasse o relacionamento deles, mas teria que ser um santo para resistir a ela...ainda mais tendo que despi-la...

Com ela de costas ele abriu lentamente o zíper do vestido fazendo com que ele ficasse num amontoado no chão.

Ele tirou sua camisa e abriu a calça sob o olhar de Felicity.

Senhor! Como ele é lindo! Nunca vou me acostumar a vê-lo sem camisa...tenho que pensar em outra coisa para não agarrá-lo de verdade!

Bug...vírus...sistemas codificados...Invasão de sites do governo... abdômen definido...!!!

Ele percebeu o olhar dela...se ela continuasse a olhar para ele daquele jeito, estaria completamente perdido!

Oliver afastou as cobertas, deitou-a e os cobriu.

A beijou e disse entre seus lábios:

– Puramente teatral... – e tirou o sutiã rendado que ela usava o jogando longe.

Ela o olhou com os olhos negros de desejo, sentindo pele com pele...

Com audácia ela tirou a calça dele e jogou perto do seu sutiã:

– Puramente teatral... – fazendo com que ele sorrisse antes de beijá-la.

– Vamos encenar aqui, certo?

– Certo...

– Preparada?

– É...

Ele se colocou em cima dela, podendo olhá-la nos olhos. E iniciou o teatro...

Os dois se moviam numa dança contida mais sensual. Era difícil disfarçar o desejo que sentiam. Eles sabiam que poderiam render-se a ele. Mas ali não era a hora nem o lugar...

Os pequenos gemidos e suspiros que saiam dos lábios dela não eram fingimento...nem os que saiam dos seus próprios lábios...Ele estava definitivamente perdido...teria que pular num lago congelado para poder se controlar depois disso!

Felicity sentiu Oliver enrijecer, o desejo dele era visível através da cueca branca e ele não disfarçou, notando sua reação...

– Não sou de ferro, você é linda e meus sentimentos por você não ajudam em nada aqui... – sua voz era rouca...estava fazendo um grande esforço para não amá-la ali mesmo.

– Não se preocupe....a situação aqui não é diferente...pelos mesmos motivos...

– Não faz isso!!! – não aguentando mais ele saiu de cima dela e ficou imóvel esperando que seu coração e sua respiração se acalmassem.

Olhou para ela e a viu da mesma maneira que ele.

Felicity se apoiou no seu peito, ouvindo seu coração ainda acelerado.

– Por quanto tempo teremos que fazer isso?

– Até eu ter um plano de fuga que não envolva riscos para você...

– Estamos completamente ferrados!!!!!

– Sim! Estamos!!

E nenhum deles estava falando de Vigo e seus comparsas!