Megavi - Cenas excluídas escrita por MarjorieJustine


Capítulo 15
Outra cena excluída


Notas iniciais do capítulo

Para esse capitulo essa musica do filme 50 tons, achei a tradução perfeita para Davi kkk[https://www.youtube.com/watch?v=FZue-8je_R8



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Davi buscou na memória aquela noite, que fora tanto uma prova para ele que precisava se afastar de Megan para não cair em tentação, como para não ser usada em seus joguinhos.

Megan era positivamente louca, pensou Davi aquela noite, sentando na frente no taxi, ao lado do motorista, para não permitir que ela tentasse mais nada com ele.

Já fora difícil segurar ela enquanto chamava um taxi. Ela ficava envolvendo ele e beijando no sue pescoço e rosto. Por mais que Davi a repreendesse chamando atenção na frente dos outros, ela só fazia rir e tomar a atitude dele como um convite a continuar com os avanços.

Davi precisava se concentrar. Estava irascível. Não só porque ela virou de cabeça pro ar a sua noite, como também ficou furioso com o que ela fez na frente dos outros.

Se não fosse a sua situação atual com a Manuela...poxa, quando viu Megan bêbada, daquele jeito, na cama... Ele estava com Manuela, deveria estar furioso, mas só conseguia achar louco e até um pouco divertido o que ela fazia. Mas Manuela ficou realmente furiosa, acabou com a noite deles.

Só que Davi não ia conseguir dormir sabendo que deixou Megan daquele jeito na rua, sabe-se-lá quem ia se aproveitar dela? Vander já havia tentado da ultima vez.

Daí ele foi atrás dela, mesmo sabendo que Manuela ficaria irritada, e viu ela fazendo o seu showzinho.

Quem iria olhar para Megan vestida daquele jeito e ignorar? Nem Davi estava conseguindo, por mais concentrado que ele estivesse em não cair no joguinho dela!

E quando ele viu que mais ninguém conseguia ignorar também, que tinha um monte de marmanjo rodeando ela, foi então que ele se irritou de verdade com tudo aquilo!

Não sabia com quem estava mais furioso, se com ela ou com aqueles imbecis tirando foto dela, filmando, querendo abraçar a Megan dele! No caso, a Megan que ele se comprometeu a cuidar, claro.

– Daviiii - Megan veio falando no ouvido dele, no taxi, respirando no seu pescoço. Davi olhou para o motorista, furioso, notando que ele secou o decote dela – vem aqui comigo, não quero ficar sozinha. C’mon!

– Megan... – ele tirou as mãos dela do seu pescoço, e sem olhar para ela, falou firme – você não ganha direito a companhia depois do que fez. Nem hoje, nem nunca mais. Fica aí pensando nas consequências do seu showzinho de hoje.

– Não estou entendendo, Davi – ela falou se jogando no banco de trás, com a peruca desmontando já na cabeça, os fios lisos caindo e moldurando o rosto dela, conforme Davi pôde perceber pelo retrovisor, e as mãos batendo contrariada no banco – eu fiz isso pra você. Estou linda, não estou? – o motorista concordou com a cabeça rapidamente, notando o olhar fulminante de Davi, que cruzou os braços e bufou – Eu encarei um furgão cheio de comida fedida, feita para fingir que sua nerdestina sabia algo mais na cozinha que lavar pratos! Isso quando ela não manda os amigos da banda desafinada dela lavar! Eu bebi num bar sujo esperando por você, consegui entrar lá e suportar a pior visão de decoração forçando a tanga da gorete – ela riu – aprendi essa gíria com a Luene. - Davi não riu - Right! – ela continuou - Aquela decoração que mais parecia um museu de peças de artesanato que sobraram da feira de alguma rua do Nordeste. Aquele fedor de desodorante comprado na promoção, que vinha daquelas colchas da cama, feitas com um material mais inferior que a dona ...

– Agora já chega, Megan, não vou ficar aqui escutando você falar...

– Shut up você, Davi. Eu escutei você e a Chumbrega, vão ter que me escutar. Não sou penico de ouvido – Megan respondeu com a voz arrastada o que achou ser o ditado correto, levantando para Davi, agora virado para trás, o dedo em riste – aquela casa sim, feia e fedida just like a dona! – Davi olhou rapidamente um movimento do motorista que parecia ser uma risada, que ele logo conteve – Aturei aqueles gritos estéricos, apanhei daquela sem classe, e brega até na lingerie, para você – ela falou isso já com a voz abaixando, meio embargada – enfrentei tudo isso só para você, Davi – ela veio se aproximando dele, que se controlava diante dela – eu enfrento tudo, passo por qualquer coisa, só para te agradar. Você não consegue ver como gosto de você?

Megan estava segurando o rosto de Davi com as mãos, chegando perto para beijar, quando ele, ainda impassível, pegou seus pulsos e tirou as mãos dela do seu rosto.

– Não, Megan. Só vejo você fazendo o que quer, como sempre. Forçando algo que não vai acontecer – Davi voltou a se sentar no banco, cruzando os braços.

– Não vai acontecer o que? – perguntou Megan.

A essa hora o taxista nem notava mais as ruas que estava pegando, entrou em uma ponte pequena, e foi parando numa fila que deveria ter evitado. Esbravejou, enquanto Davi bufava.

– Eu gostar de você, Megan. Por mais shows que você faça, isso não vai acontecer.

Davi nem olhou para trás para não ver os efeitos das palavras dele em Megan. As quais foram de choque e desespero logo a seguir. Megan pulou de novo para perto de Davi.

– Why, Davi? O que eu faço de errado para você não gostar de mim?

– Megan, para – ele segurou as mãos dela que tentavam de novo encostar no seu rosto – tudo que você faz é o que me afasta de você. E a partir de hoje, em definitivo.

– What? – ela grunhiu, agora agarrada no banco do taxista, tentando olhar para o rosto de Davi e ler alguma emoção.

– A partir de hoje, Megan – Davi virou o rosto para ela, frio – eu não quero mais te ver perto nem de mim e nem da Manuela. Quero você longe de nós!

O taxista pigarreou, tentando conter a vontade de dizer umas coisas para o muleque rejeitando a menina tão linda, por causa do que parecia ser uma brega fedida.

Megan olhou Davi com um sorriso triste, esmorecendo com o impacto das palavras dele. Dando então lugar a primeira resposta que seu espírito dá a uma rejeição:raiva e autodestruição.

– Oh yeah, Davi? Você não quer mais me ver?

– Isso, Megan!

– Por que você nem sequer gosta de mim? – ela falava olhando firmemente para ele, nem parecia mais bêbada, tamanha a raiva no sangue dela.

– Não do jeito que você quer...

– Ou seja, não gosta de mim.

Ela disse desistindo de ele a olhar nos olhos, se jogando no banco de trás com força, olhou então para a situação a sua frente. Estavam em cima de uma ponte, com uma passarela ao lado, um sinal vermelho abrindo e eles eram um dos primeiros carros, já saindo da ponte.

Ela não tinha muito tempo, assim que viu o sinal verde abrir disparou.

– Well, se não quer mais me ver e nem gosta de mim, não vai se importar se eu sumir de vez da sua vida, right?

E Megan abriu a porta rapidamente, antes do carro arrancar devagar, e saiu correndo ponte acima, desviando dos carros, segurando numa mão a peruca, e na outra os calçados.

Davi quase quebrou o pescoço olhando para trás, ia abrir a porta do carro mas o motorista gritou para ele parar. Afinal, estavam numa fila e o carro de trás vinha muito colado, não ia bater o carro por conta da garota!

– Para esse carro, agora.

– Você é louco? Vai dar engavetamento.

– Então encosta!

– É uma ponte, só saindo daqui eu encosto.

E dali 10 metros ele jogou o carro em um canteiro que existia entre duas pistas, deixando Davi sair correndo ponte acima.

Davi não acreditava que ela tinha feito isso. Era para estar furioso, mas as ultimas palavras dela, que ele não a veria mais...

Quando se aproximou do alto da ponte, em cima da mureta de proteção, observando ele chegar. Assim que percebeu que ele a viu, soltou um sorriso!

– Au revoir, Davi – e levantando os braços, graciosa, ela pulou sorrindo.

– MEGAAAAAAAAAAAAAAAAAAN – Davi correu desvairado – MEGAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAN.

Davi chegou no ponto onde ela pulou e como se a vida voltasse ao corpo, ele conseguiu voltar a respirar. Bateu com o pé no concreto e se virou furioso olhando ao redor, colocando por fim as mãos na cintura e olhando pra cima.

De cócoras, próxima a mureta da passagem de pedestre da ponte, onde na verdade ela pulou, enganando Davi, estava Megan, com a mão na boca, rindo contida.

Vendo que fora descoberta ela se levantou e se encostou na mureta do lado de fora da passarela, esta sim que dava para o asfalto lá embaixo, e gargalhou.

Davi a olhou furioso. Mas não conseguia falar nada. Ainda tinha um nó na garganta. “Deus, quase perdi ela”.

– Oh Davi...ai..

Megan parou de rir e começou a falar com ele quando um braço escorregou na mureta e ela perdeu o apoio, indo para trás, para baixo. Davi correu o braço a alcançando e puxando ela.

– Davi – ela disse meio tonta, olhando sério para o rosto dele – você está branco, o que foi?

Ele apenas respirou fundo, e olhou para ela. Sentia o corpo anestesiado encostando no dela, o ar pesando, a batida do coração abafando sua audição. Megan encostou as mão no seu rosto, boca vermelha meio aberta, ele nem notou mas a abraçava pela cintura, na verdade a segurava com força, para não perder ela.

– Eu te deixei triste, Davi? Sor...

Megan não chegou a completar o pedido de desculpa, Davi beijou ela, soltando todo o ar no pulmão e puxando todo o ar que podia logo a seguir. O corpo que estava anestesiado, agora estava elétrico. Ele aprofundava o beijo, e Megan correspondia ao beijo tão sôfrega quanto ele. As mãos no colarinho dele, puxando-o para perto dela, enquanto Davi apertava mais o abraço e a levantava, tentando diminuir a barreira que a mureta fazia entre os dois.

As bocas se separaram, eles se fitaram, arfando, Davi ainda com ela no ar. Megan então puxou com as mãos o rosto dele e deu um beijo mais calmo, passando o braço pelo pescoço dele depois, enquanto ele a abaixava, e passava as mãos pelas costas dela. Davi parou as mãos nos ombros dela e parou o beijo, encostando suas testas, de olho fechado e respirando fundo.

– Não faz mais isso – ele falou baixinho para ela, sem fita-la, desceu a boca até a curva do pescoço com o ombro, e ali beijou, fazendo Megan se arrepiar – não dá...pra te perder – ele deu mais dois beijinhos e depois apoiou o queixo no ombro dela, a abraçando forte novamente – por favor.

Megan não entendia o que ele queria dizer, mas correspondeu o abraço, e foi assim que o taxista os encontrou na ponte, abraçados. Ele parou o carro, ligou o pisca alerta, teve de fazer retorno para voltar a ponte, e começou a buzinar para eles. Acordando Davi. Que se afastou bruscamente, desnorteado.

– Certo, vamos – ele se afastou e segurou a mão dela, para trazer até o taxi, mas Megan não se moveu, se segurando na mureta – vem, Megan.

– O que? Não, Davi. Fica aqui, onde você gosta de mim.

– Eu gosto de você lá também, Megan.

– No! – ela soltou a mão dele com muito esforço – vem me pegar – ela completou sorrindo e se encostando mais na mureta longe dele.

– Megan, para com isso.

– No way, agora que tá ficando bom.

Megan mexeu o cabelo e sorriu, bêbada. Davi suspirou, não acreditava que depois do susto que passou ela ainda ia brincar com isso. Era inconsequente demais. Imagina quanto ele não sofreria com ela fazendo essas loucuras sempre que contrariada, só para chamar a atenção dele? Para fazer jogos com ele.

– Para com isso, agora. Vamos para sua casa, Megan. – ele falava começando a ficar bravo.

Megan só mexeu a cabeça devagar de uma lado para o outro, rindo.

– Está certo. Vou assim mesmo! – ele então se encaminhou para o taxi.

– Bye Daviii – ela gritou rindo, e indo para o lado contrário pela passarela.

– Não acredito – Davi voltou até ela, vendo que Megan não o seguiria – Megan! – ele correu até ela, alcançado o seu braço, o puxando até a mesma chegar próxima dele – não brinca mais comigo, vamos logo. – ele fechou e pressionou os olhos com os dedos da mão livre, tentando ter controle – vamos lá, já tá tarde, seus pais devem estar preocupados.

– No, no, no... eles nem se importam, Davi. Só você mesmo... – ela foi o abraçando e soltando o braço que ele segurava, puxando-o pelo pescoço, tentando beijar ele no rosto – para se preocupar comigo. Só você para me proteger, cuidar de mim – ele a olhou contrariado, enquanto Megan insistia em beijar ele, mesmo ele não se afastando dos beijos, mas também não correspondendo – para gostar de mim...

Megan puxou ele e deu um beijo, Davi se deixou beijar, fechando os olhos e aproveitando a sensação que os beijos dela traziam, a afastando logo em seguida.

– Tá bom, Megan, então vem para o carro para que eu possa cuidar de você.

Ela sorriu.

– Ok – ela se afastou – pode vir me pegar.

– O que?

– Eu não consigo pular isso tudo, você tem que me ajudar, vem.

Davi olhou para Megan com aquele jeitinho travesso, e tentou fazer uma cara de bravo.

– Certo, te ajudo a passar. Mas você tem que prometer que vai colaborar – Megan não respondeu, apenas chamou ele com um dedo.

Ele pulou para a passarela, e Megan já começou a fugir por esta, rindo.

– Espera, vem cá – ele saiu correndo atrás dela, que ria chamando ele – para aí – ela parou no meio da passarela, se inclinando para a frente, olhando para ele desafiadora – cuidado...

– Vem Mr. President, tenho um presente de birthday para você – falou Megan a lá Marilyn Monroe, mexendo na saia.

Davi colocou a mão na cintura e balançou a cabeça tentando não sorrir do jeito dela. Deu um passo a frente e ela um para trás, testando ele.

– Megaaaan...

– Daviii....

Ele deu um pulo a frente tentando segurar ela de vez, mas Megan driblou ele rindo, passando por um espaço que ele deixou, mas não indo muito longe, pois ele logo a enlaçou pela cintura. Megan ria até faltar o ar, da brincadeira. Davi se concentrava para não rir e dar apoio a loucura dela. Mas ficou olhando ela nos seus braços, tão feliz.

– Nunca te vi rindo assim – ele disse quando ela se acalmava do ataque de riso.

– Idem – ela disse olhando para a boca dele – você nunca sorri.

Os dois se olharam. Megan o puxou pelo pescoço e beijou. Davi dessa vez correspondeu, enlaçando ela pela cintura e se inclinando sobre ela, fazendo Megan jogar o corpo para trás, se segurando na gola da camisa dele. As palmas da mão de Davi subindo suas costas e segurando-a para manter o corpo dela o mais próximo dele.

Ele então endireitou o corpo, e a pegou pelo colo, sempre beijando, Megan parou rapidamente o beijo para sorrir, e continuou mordendo o lábio dele, beijando, enquanto ele andava. Foi quando ele soltou ela no outro lado da mureta e parou o beijo.

– Pronto, agora fica aí – ele disse um pouco sem ar, enquanto pulava rápido a mureta, caindo bem em frente a ela e sorrindo feliz da sua esperteza – agora podemos ir.

– Malandrinho – Megan falou subindo os dedos pelo peito de Davi. – agora me leva – ela abriu os braços indicando para Davi pega-la no colo.

– Sem chance, vamos.

Ela nem se mexeu, Davi então foi por trás dela a empurrando e falando no ouvido dela.

– Agora a senhorita senta aí, e não sai mais. – Megan sorria com o arrepio da voz dele na sua orelha.

Mas assim que ele fechou a porta do carro do banco de trás, Megan a abriu e saiu correndo.

– Porra!

– Meus sapatos e peruca, ficaram lá.

Ele alcançou ela.

– Deixa que eu pego.

Davi pulou a mureta e olhou para os dois lados da passarela, não vendo qualquer objeto da Megan ali largado.

– Não to vendo nada.

– hahahah é que não estão aí – disse Megan voltando de um ponto mais adiante da estrada.

Ela havia deixado do lado da estrada, no chão, para poder subir na mureta. Davi se sentiu novamente feito de bobo por ela. Pulou a mureta bravo, passando a língua no lábio inferior, olhando ela rindo e apontando para ele. – agora pode me levar – Megan se prostrou na frente dele, braços erguidos a frente – me leva até o carro, falando no meu ouvido.

Davi balançou a cabeça contrariado, e foi empurrando ela mais um vez, calado.

– Davi? – Megan perguntou enquanto era empurrada.

– O que? - Ele disse irritado.

– Daviii? – ela sussurrou.

Ele então abaixou a cabeça e perguntou sussurrando no ouvido dela.

– O que, Megan?

– Nada não – ela respondeu rindo ainda sussurrando– só queria te escutar bem de perto.

Ele respirou fundo, contendo um sorriso.

– Abre a porta, por favor – ela disse se virando de frente para Davi e de costas para a porta – to com as mãos ocupadas.

Vendo as mãos dela, que seguravam calçados e peruca, Davi então puxou a porta, e com isso Megan veio junto, pressionando o corpo dela no dele.

– Ops – ela disse enquanto forçava passar entre a porta e ele, aproximando além do necessário os corpos, enquanto Davi sequer se mexia, nem mesmo para repelir a aproximação, apenas olhava para ela, o corpo roçando no seu, o olhar malicioso de Megan – agora sim, thanks. Pode fechar a porta.- falou Megan se sentando no banco de trás.

Davi puxou o ar, paralisado. Megan estava brincando com ele.

Ele ia fechando a porta, quando parou e entrou no banco de trás com ela. O taxista nada entendeu e entrou no carro. Ainda rindo dos dois.

– Well, veja quem veio me fazer companhia – disse Megan, subindo o pé pelas pernas de Davi, que o empurrou.

– Eu vou vir aqui com você, apenas para garantir que não saia mais do carro. – ele falou tentando ser firme.

– Neste caso – Megan subiu de joelhos no banco e inclinou o corpo até Davi, que acompanhou seu movimento acuado – melhor garantimos que a porta está bem fechada.

E Megan passando o corpo bem próximo a Davi abaixou o pino da porta, trancando esta. De repente Davi achou que se colocou numa armadilha. Uma das boas. Ele notou que o taxista olhava para trás, vendo Megan se sentando bem perto de Davi, uma alça do vestido caído, decote chamando atenção, as pernas a mostra. Ele olhou o taxista irritado.

– Pode seguir pro endereço informado, não se preocupe conosco aqui atrás.

– A sim...é o mesmo endereço? Não preferem um lugar mais reservado..

“Não” respondeu Davi sério. “Sim, por favor” respondeu a Megan na mesma hora, olhando para Davi, passando a língua pelos lábios e sorrindo.

– Vai rápido, por favor – disse Davi se encostando mais na porta.

Ele então respirou fundo e pegou Megan pelos braços, a conduzindo até seu lado do banco.

– Fica aqui, Megan.

Ele puxou o cinto de segurança sobre ela, aproximando-se dela, sentindo a pele roçar quando passava o cinto, enquanto desviada de um outro beijinho que Megan beliscava no seu rosto quando tinha chance.

Davi terminou de fechar o cinto dela e foi para seu canto, colocando o seu.

Megan jogou a cabeça para trás, sorrindo marota e apertou a trava de segurança do cinto, o soltando.

– Ops.

Quando ia escorregar na direção de Davi, ele tirou o cinto dele e a colocou de novo no seu canto, fechando o cinto no mesmo ritual de antes, só que dessa vez Megan ainda passou a mão no cabelo dele.

Ele suspirou e sentou no seu canto, colocando o seu cinto, e então escutou o “click” da trava de segurança do cinto sendo apertada, e o risinho da Megan. Davi fechou o olho, e já sentindo ela vindo na sua direção, ele tirou seu cinto e novamente a levou ao seu canto e passando o cinto, enquanto, dessa vez, ela cheirava o pescoço dele.

Davi sentou no seu canto a observando cuidadoso, esperando ela abrir de novo o cinto. Mas ela ficou fitando ele de volta, rindo e mordendo o lábio. Ele balançou a cabeça e passou a mão pelo rosto, coçando a barba cerrada e....”click”

Ele suspirou, e deixou assim. Mas antes de pensar o que faria, Megan já estava de joelhos perto dele, se inclinando na sua direção. Ele viu o rosto dela se aproximando do dele, sorrindo. Davi engoliu em seco, mas ela passou em direção ao cinto, puxando este sobre Davi, e o encaixando. Davi observou todo o movimento, tentando não olhar para o decote, virando a cara para um lado, a janela do vidro refletia este, olhando pro outro tinha...o resto do corpo de Megan. Fechou os olhos, colocando a mão esquerda sobre eles. Mas aí só conseguia pensar nos movimentos dela.

O taxista na frente, tentava se concentrar na pista, para não se perder de novo, e não levar outra encarada do garoto, por ficar olhando a garota.

Então Davi ouviu o click do cinto sendo travado, e ela se afastou.

– Agora sim, está seguro.

Davi abaixou a mão e olhou para ela, sentada sobre os calcanhares no banco, cabelo solto, mãos apoiadas nos joelhos.

– Agora você não tem – ela se levantou e sentou no colo dele, abraçando-o pelo pescoço – como fugir.

Ela foi passando o dedo indicador da mão direita pelo rosto dele, segurou o queixo e o beijou. Davi tentou resistir e a afastou.

– Megan, para...

Ela sorriu.

– C’mon, Davi. Só mais um pouquinho. Não vou lembrar amanhã mesmo, deixa eu aproveitar mais um pouco.

Ela não lembraria no dia seguinte? Claro, bêbada. Isso era bom, não? Depois de tudo o que passou lá atrás na ponte... e ele já havia beijado ela mesmo...

Megan aproximava o lábio do dele, mas só roçava, notando ele com os lábios abertos, esperando um beijo. Ela sorria. Davi acompanhava os movimentos de cabeça dela, aguardando o beijo, Megan brincava, mordia uma orelha, beijava do outro lado o pescoço, encostava o nariz dela no dele. Davi já estava com as mãos segurando a cintura dela, forte, erguendo a cabeça para ver se alcançava a boca dela. Ela então mordeu o lábio inferior dele, puxando de leve com os dentes, olhando ele nos olhos.

Davi nem pensava mais, quase em um pulo atacou Megan. Beijou ela, dando um gemido de prazer, ela se jogou para trás, se apoiando no encosto do banco do passageiro da frente, Davi acompanhou o movimento com o corpo dele, mas estava preso pelo cinto. Sem parar de beija-la ficou tentando destravar o mesmo. Se irritou, parou o beijo e tirou rapidamente o cinto, jogou Megan para o seu lado esquerdo, ficando os dois em cima do banco, se sentando sobre a perna esquerda, tendo então todo o banco de trás para os dois. Ele a abraçou pela cintura, avançando em mais um beijo profundo, mal deixando ela respirar. Megan o abraçava pelas costas, passando seus braços por baixo dos dele, para se segurar, sorria entre os beijos. Davi passeava com as mãos pelo corpo dela, gemendo a cada nova sensação.

– Megan – ele sussurrou.

– Davi – ela respondeu sem fôlego.

Foi a vez então dela atacar ele, empurrando o corpo dele para trás, fazendo o mesmo se apoiar na porta, Megan subiu sobre Davi, que tinha as mãos a segurando na cintura, olhando-a, ávido, a boca aberta com a língua quase saindo, enquanto ele recuperava o ar.

Ela o puxou pelo colarinho e mordeu o queixo dele, desceu pelo pescoço deixando marcas, enquanto Davi apenas sorria e segurava a cabeça dela com uma mão na sua nuca. Puxou-a então para mais beijos e...

– Chegamos – disse o taxista nem olhando para trás.

Ele vinha se esforçando muito para não ver o que estava acontecendo ali, só ouvia.

Megan e Davi só ouviram depois do segundo “chegamos”. Olharam para frente, Megan segurando Davi pelo colarinho, ambos manchados com o batom dela.

– Oh! Você pode dar uma volta no quarteirão – falou Megan sorrindo.

– Dá duas!

Completou Davi, puxando Megan para continuar os beijos. Ele ia aproveitar o quanto podia.

O problema era que quanto mais beijava, mais queria. Então, quando já começavam a terceira volta no quarteirão, e o taxista só ria do fato do garoto ter evitado ir para o banco de trás no inicio e agora não querer sair de lá, Davi desceu os lábios pelo pescoço de Megan e parou novamente na curva entre o ombro. Respirou fundo, sentindo a pele dela.

Delicadamente Davi voltou a fitar ela, passou a mão sobre o seu cabelo com a mão direita o levando para trás, para poder olhar melhor o seu rosto. Suspirou.

– Hora de ir, Megan.

Para sua surpresa ela sequer protestou. Fechou a cara e se jogou do outro lado do carro. Cruzando os braços.

– Se é o que você realmente quer, Davi – ela disse então sorrindo e o olhando maliciosa.

Ele a olhou e botou as mãos sobre a boca, tentando segurar a vontade.

– Você...onde estamos? – perguntou Davi ao taxista.

– Terminando a terceira volta no quarteirão, quase. – o taxista respondeu.

– Certo – Davi pigarreou – é para voltar ao endereço, obrigada.

– Pode deixar. Toma – o taxista jogou um lenço para trás – para tirar o batom da cara.

Megan riu, e só naquela hora notou que a bolsa estava caída no chão, junto com a peruca.

Pegou a bolsa e tirou o pó e o batom, se recompondo. Davi passava o lenço no rosto desconcertado. Imagina se Jonas o visse chegando assim, trazendo Megan?

– Aqui estamos. - informou o motorista.

– Certo, vamos Megan. – ele falou pegando ela pela mão e abrindo a sua porta.

– Certeza que você não quer esperar para se acalmar mais um pouco?

Ela disse olhando maliciosa, e Davi notou que talvez precisasse mesmo de mais um tempo. O Taxista soltou uma gargalhada.

– Deu R$ 200,00 – Megan tirou da bolsa umas notas de dólares e pagou ao taxista – obrigada pela gorjeta hahahah - ele falou contando os dólares.

– Davi – Megan se aproximou dele falando no ouvido do nerd – se quiser uma dica, pensa na Manuela que logo se “acalma” hahahaha

Ele que se segurou quando a viu se aproximando, a olhou tentado ficar irritado. Mas a proximidade dela agora não ajudava. Então ele pensou mesmo na Manuela, em que teria de voltar e se desculpar com ela. E sinceramente, naquela noite, não tinha mais esse animo. E funcionou, em um minuto Davi estava chamando o interfone da casa da Megan, segurando ela pelo braço.

Megan entregue, e seu autocontrole restabelecido, Davi tentou focar em ficar furioso novamente com ela. Voltou ao taxi.

– A gringa pagou o suficiente para a volta, amigo. Entra aí.

– Obrigado, para a Gambiarra, por favor.

– Certeza que não quer ficar aí e escalar o muro? – o taxista falou rindo enquanto Davi entrava sentando no banco do passageiro.

– Pode ir. – ele respondeu seco.

Quando chegou em frente a casa de Manuela sentou na calçada, tentando reunir força. Por sorte Megan não ia se lembrar de nada daquela noite, e ele também não deveria, a não ser os joguinhos com ele, sua inconsequência, imaturidade, tudo aquilo que ele ficava repetindo para si mesmo que abominava e queria distancia.

Começou então a chover. Davi sentiu a chuva lavar o rosto, como se tirasse um pouco do vestígio dos beijos de Megan, e seguiu em frente.

Megan olhava agora para Davi agora, na Plugar, e ele conseguia perceber que ela também se lembrava daquela noite.

– Não tinha como eu esquecer essas minhas noites de bebedeira, certo?

Davi riu olhando para o chão.

– Algumas noites ainda lembro delas – Megan falou indo até ele, e batendo com a ponta do dedo indicador da mão direita no nariz dele – em como você se lembra delas.

– Bom – ele suspirou, pegando Megan pela cintura, aproveitando que ela se aproximara dele – pode ter certeza que todas as noites que passei com você são lembradas com muito... – ele a olhou aproximando o rosto – carinho... e amor.

Megan arregalou os olhos ao escutar palavra amor. Afinal, ele não estava bêbado, e ainda assim falou amor ao se referir a ela.

– Davi?

– Megan?

– Precisamos conversar.

Davi olhou ela intrigado, afastando o rosto. Megan parecia ter algo muito sério para conversar.


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