Cigaretts and Valentines escrita por Grace


Capítulo 25
I Love You


Notas iniciais do capítulo

Oi amores!
Obrigada pelo comentários do último capítulo! Amei!
Gente, tive que dar uma adiantada, pra dar tempo de escrever o capítulo de Natal a tempo. Espero que gostem desses! Beijoooos



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Tobias

_Bom dia, bom dia, bom dia - eu meio que cantarolei quando passei pela porta do quarto de Tris. Ela já estava acordada, o que era bom, mas não me parecia muito feliz, o que não era bom. - Ei, que carinha é essa?

Eu dei um selinho nela, e depois me sentei ao seu lado na cama.

_Tobias, eu não aguento mais esse hospital. Eu vou surtar se eu ficar aqui mais dez minutos. Essa cama é horrível, a comida é horrível, a televisão não pega quase nenhum canal. Eu não consigo mais ficar aqui.

Por mais sério que ela falasse, eu caí na risada. Faziam apenas dois dias que ela estava no hospital. Dois dias desde que Eric havia a empurrado da escada. Dois dias que nós havíamos descoberto chegamos perto de ter um bebê.

_Tris, amor... - eu disse, enquanto ela me olhava de cara feia, com sua melhor expressão de "isso não é engraçado" - O médico precisa te dar alta. Você não pode simplesmente...

_Então faça ele me dar alta. Suborne-o, ameace-o... Qualquer coisa. Eu não ligo. Mas eu não aguento mais ficar aqui - ela disse, me soando mais irritada do que a dois minutos atrás.

_Tris, você precisa fazer repouso, por causa da sua coluna. - eu tentei argumentar, mas ela não se convenceu.

_Entre fazer repouso aqui e fazer repouso em casa, eu fico com a segunda opção. - ela disse, cruzando os braços e me encarando - Por favor Tobias, fala com ele. Eu juro que vou ficar na cama, sem fazer esforço nenhum - ela prometeu e depois me olhou. E então ela ganhou a disputa. Não tinha como competir com a cara que ela me fez. Seus olhos se encheram de lágrimas, a expressão dela ficou triste... eu faria qualquer coisa para vê-la sorrindo novamente.

Eu me levantei, prometendo que voltava logo, e saí do quarto, em direção ao consultório do médico que estava acompanhando a recuperação de Tris. Bati na porta, e uma voz me disse para entrar.

_Dr. Reid? - eu disse, abrindo a porta - Com licença.

_Tobias Eaton - ele disse, me fazendo um sinal para entrar, e depois para que eu me sentasse na cadeira vaga, de frente a sua mesa - A que devo a visita? Está tudo bem com Beatrice?

_Está sim, doutor - eu disse, fazendo uma pausa - Bem, mais ou menos. Beatrice está inquieta. Ela... ela não aguenta mais ficar no hospital, e isso está afetando o humor dela, e eu temo que possa afetar sua recuperação também.

_Tobias, ela precisa de repouso - ele argumentou.

_Eu sei. Eu disse isso a ela, mas ela é teimosa. Ela prometeu que ficará de repouso total em casa. - eu disse, rezando para que ele parasse de insistir.

_Será que ficará mesmo? Ela é inquieta. - ele disse, e eu dei um sorriso, concordando com a cabeça.

_Vou me certificar pessoalmente que sim. - eu disse - Ela... ela vai pra minha casa, digo, nossa casa e eu vou ficar de olho. Eu vou tomar conta dela.

Ele pareceu considerar, e ficou alguns instantes em silêncio.

_Tudo bem... tudo bem - ele finalmente disse, e eu respirei mais aliviado - Mas, você entende que são duas semanas de repouso né? Ela está proibida de andar muito, de usar salto alto, de subir ou descer escadas, de pegar coisas pesadas e de se movimentar demais. - ele fez uma breve pausa - E é claro, sexo também está fora de cogitação nessas duas semanas, entendido?

_Entendido - eu respondi. O que eram duas semanas para quem tinha uma vida inteira pela frente ainda?

Ele começou a preencher os papeis da alta, e disse que me encontraria no quarto de Tris. Eu saí alegre e me dirigi pra lá.

Tris estava passando os canais da TV sem muita atenção. Só de olhar pra ela eu percebia que o mal humor permanecia. Ela me olhou com expectativa quando passei pela porta.

_Meu amor - eu disse, me sentando ao lado dela e beijando sua testa - Hora de arrumar as coisas, nós vamos para casa.

_Sério? - ela quase gritou - Graças a Deus - ela me puxou pra ela e me deu vários beijinhos - Obrigada, obrigada e obrigada. Você é simplesmente o melhor namorado do mundo inteiro.

_Eu vou acabar ficando convencido, se você continuar falando isso - eu brinquei, enquanto me levantava e começava a juntar as roupas que estavam espalhadas pelo quarto. Shauna tinha trazido as roupas para Tris, que havia se recusado a usar os trajes hospitalares cedidos pelo hospital.

_Mas você é o melhor namorado do mundo - ela disse, e eu comecei a rir. Tris era como uma criança. Em um momento, estava de mal humor e brava, mas bastava ela conseguir o que ela queria, que a felicidade voltava a reinar. - Se você quiser, eu vou ali na janela, e grito isso a plenos pulmões, pra todo mundo escutar e morrer de inveja.

_Eu ia adorar ver essa cena, mas infelizmente, isso aqui é um hospital, e acho que os seguranças nos arrastariam daqui pra fora, caso você começasse a gritar. - eu disse, e ela riu.

Nesse momento, o Dr. Reid passou pela porta. Ele repetiu o mesmo discurso que tinha feito pra mim, e fez com que ela prometesse que ia se comportar. Ela prometeu, séria. Ele saiu, dizendo que ia buscar uma cadeira de rodas para que ela fosse até o carro.

_Eu me recuso a ir de cadeira de rodas - ela me disse, enquanto se preparava para descer da cama e sair andando. - Eu tenho pernas, e andar até o seu carro não vai me matar.

_Tris... - eu comecei a dizer.

_Tobias, isso vai ser humilhação - ela disse, histérica, enquanto eu segurava o riso. Então eu tive uma ideia.

_Vem aqui - eu me aproximei dela, e cuidadosamente passei um de meus braços por debaixo das pernas dela, e outro por debaixo de um de seus braços. Ela entendeu e jogou os braços ao redor do meu pescoço. Eu sai do quarto, carregando Tris e a pequena mala de roupas dela. Ele beijou meu rosto.

_Você prometeu que ia cuidar de mim - ela disse, enquanto eu passava pelo saguão do hospital, rumo ao elevador que levava ao subsolo, onde era o estacionamento - Isso quer dizer que...

_Que você fica na minha casa - eu disse, e ela me deu outro beijo - Vou cuidar de você, eu prometo.

_Você é demais - ela me disse.

Cheguei ao carro, e abri as portas. Coloquei Tris lá dentro, cuidadosamente. Depois, me dirigi para o lado do motorista. Acelerei, saindo do estacionamento. Fotos foram tiradas assim que chegamos na calçada.No caminho, Tris ligou para a mãe dela, e depois para Shauna, para avisar que estava indo para a minha casa.

Tris

Já fazia quase duas semanas que Tobias tinha me tirado do hospital. Eu realmente estava começando a ficar deprimida lá. Tudo aquilo, as cores, o cheiro, os sons, me faziam lembrar de três anos atrás. E agora, ainda tinha o bebê. O bebê que eu tinha perdido. E ficar lá, remoendo aquilo, não estava ajudando. Eu nem mesmo tinha descoberto que estava grávida.

Tobias era um príncipe. Ele havia me colocado na cama dele, onde eu ficava o dia todo, assistindo a coleção interminável que ele tinha de filmes, ou navegando na internet, ou assistindo seriados online, ou conversando com as pessoas que vinham me visitar. Meus pais, embora minha mãe viesse muito mais, Shauna, Chris, Lynn, Marlene, Susan e até mesmo Caleb.

Mas, de qualquer forma, o tédio estava começando a tomar conta de mim. Eu saía da cama apenas para ir ao banheiro fazer minhas necessidades, e tomar banho. Tobias ou Anna traziam meu café da manhã, meu almoço, janta, ou qualquer outra coisa pra mim, para que eu não tivesse que descer as escadas.

Tobias não tinha ido para a Eaton's nenhum dia, nessas duas últimas semanas. Ele ficava no escritório dele aqui na casa, mas constantemente vinha conversar comigo, perguntar se eu precisava de alguma coisa, ou só dar uma olhava em mim mesmo. E todas as noites, ele deixava que eu me aninhasse nos braços dele e dormisse.

Era quase meio de dezembro já. O clima lá fora estava frio. Neve caía constantemente, e eu ficava horas encarando a janela e assistindo ao espetáculo. Eu desenhava constantemente também. O esboço do meu vestido de casamento estava pronto já, mas faltavam os detalhes. Eu estava começando a acreditar que ele acabaria ficando da maneira que eu queria.

O que me perturbava um pouco era a festa de Natal e a decoração interna da casa, que eu havia deixado inacabada. Faziam duas semanas que eu não ia lá em baixo, ou seja, desde que Tobias havia me carregado para dentro da casa, subido as escadas e me colocado na cama, mas eu me lembrava de onde tinha parado, e faltava muita coisa ainda. Tobias tinha me dito que os convites haviam chegado da gráfica, e que ele já os tinha mandado entregar.

Tobias passou pela porta do quarto. Olhei no relógio. Eram quase nove da noite. Ele estava com o meu sorriso favorito no rosto.

_Você demorou hoje - eu disse, fazendo biquinho pra ele. Ele costumava ficar trabalhando até as sete, normalmente, e depois vinha ficar comigo.

_Tris, preciso te mostrar uma coisa - ele disse, estendendo os braços pra mim. Eu sorri pra ele e me levantei da cama. Ele me ajudou. Quando eu estava de pé, ele colocou uma venda em meus olhos, me deu um beijo, e depois me pegou no colo.

Eu não conseguia ver nada, mas sabia que ele estava descendo as escadas, devido aos movimentos que ele fazia. O que será que ele estava aprontando? Eu estava rezando para que ele tivesse comprado comida e estivesse me lavando para a cozinha. Eu estava morrendo de fome.

Ele me colocou de pé, ainda com os olhos vendados. Eu não sabia em qual parte da casa nós estávamos, mas desconfiava que era a sala. Ele não tinha virado muito desde que terminou de descer as escadas. Provavelmente estávamos no centro da sala. O que ele estava aprontando?

_Aguenta aí um minutinho - ele disse em meu ouvido. Trinta segundo depois ele voltou. - Não sei se ficou do jeito que você imaginou, mas eu espero que goste. Fiz com carinho, e pensando em você.

Ele tirou a venda dos meus olhos, e eu quase caí para trás, de tanta surpresa. A sala estava linda. A luz estava apagada, mas as luzinhas da decoração de Natal estavam acesas. Lindo. Tobias tinha terminado a decoração. Eu mal tinha palavras para dizer para ele nesse momento. Estava tudo perfeito. Melhor do que eu havia imaginado.

_Gostou? - ele perguntou, me observando, com um sorriso no rosto. Uma lágrima escorreu dos meus olhos, e ele as enxugou.

_Se eu gostei? Tobias, eu amei. Ficou lindo. Perfeito. Eu nem tenho palavras - eu me virei para encara-lo. Ele sorriu pra mim. Eu me joguei nos braços dele, o apertando contra mim. Ele retribuiu o abraço com gentileza. - Obrigada.

_Não precisa agradecer. Eu quis fazer uma surpresa. - ele sorriu - Sei o quanto você gosta dessa época de Natal, e sei o quanto você queria terminar essa decoração a tempo da festa. E bem, como a senhorita não pode se movimentar muito e nem pegar peso, resolvi terminar.

_Eu te amo - eu sussurrei pra ele. Era a primeira vez que eu dizia isso pra ele. Ele sorriu mais ainda ao escutar essas palavras.

_Eu também te amo - ele respondeu, e depois me beijou. Era a primeira vez que ele me dizia isso também. Eu o amava tanto. Escutar essas palavras da boca dele não tinha preço. Saber que ele correspondia ao que eu sentia não tinha preço. Nesse momento, eu esqueci tudo. Esqueci Eric, a escada, o bebê perdido. Tudo. Só o que importava éramos nós dois. E o eu te amo que havíamos dito.


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Notas finais do capítulo

QUEM GOSTOU?????
QUEM AMOU?????
QUEM QUER UM TOBIAS DE PRESENTE????
QUEM VAI COMENTAR (TODOS DE PREFERÊNCIA)
FANTASMAS EU NÃO MORDOOOOO!!!! APAREÇAM!