O Trono de Gelo escrita por DISCWOLRD


Capítulo 8
A Punição


Notas iniciais do capítulo

(OBS: Vento Catabático - É um vento extremamente frio formado em baixas pressões no ártico)

A primeira parte desse capitulo pertence a primeira parte da fic, A ultima carta, eu mudei algumas coisas.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/558341/chapter/8

OST

Ezreal abriu os olhos e viu uma paisagem ártica. Ele dobrou sobre si quando sentiu todo o seu ser tremer, o frio do vento catabático o castigava invadindo sua carne e seus ossos. Juntando forças, ele respirou fundo e um vapor saio por sua boca, se colocou de pé, esfregou suas mãos pelo corpo na tentativa de se manter aquecido. A neve cobria seus pés e com esforço ele se deslocava sobre essa massa branca e gélida. Uma planície alva se estendia a sua volta e grandes massas de gelo, icebergs, subiam até o céu em ao seu redor, com diversas formas diferentes, pontiagudas, chapadas ou angulares. Seja onde ele estivesse, era frio, e somente um lugar seria tão gelado assim, Freijord. ele precisava agir rápido ou a temperatura hostil o mataria.

– Acalme-se criança. Venha até mim. – Disse uma voz dentro de sua mente

Ezreal recuou com a voz dentro de sua cabeça. Uma voz feminina, ela era tão fria e gelada quanto o próprio inverno, tão vasta como uma montanha, tão antiga quanto as ruínas que costuma explorar. De repente, o frio cessou e ele percebeu que era essa pessoa que estava afastando-o da frieza. A neve não parecia mais gélida, os flocos que caiam sobre sua pele não eram mais frios do que a chuva de verão.

– Quem é você? – Perguntou Ezreal procurando alguém na gélida paisagem

– Aquela que pode ajudar. – Respondeu a voz

– Onde estou?

– Venha até mim, eu tenho respostas para suas perguntas. Por muitas vidas humanas, me mantive distante, reclusa no coração do inverno. Deixei que os assuntos dos mortais apenas fossem resolvidas pelos mortais. Mas o seu tio me persuadiu

– Meu tio? Mas como posso encontrá-la se não sei onde você está?

– Venha até freijord. – Respondeu ela

Ezreal juntou coragem e perguntou novamente

– Eu levei um tiro, eu morri. Como eu ainda estou vivo? O que está acontecendo, quem é você?

A nevasca se tornou mais densa e furiosa. A neve rotacionou em torno de Ezreal, um turbilhão criou uma densa e impenetrável muralha branca, uma silhueta abissal surgiu no meio da tempestade. Duas grandes asas se abriram como um enorme ave. E a voz que tocava a sua mente se tornou mais carregada e poderosa como uma tempestade.

– Eu sou o inverno e o inverno sou eu. Por incontáveis vidas humanas guardei os céus de Freijord. Testemunhei os primeiros êxodos em minhas terras brancas. Vi inumeráveis clãs surgirem e desaparecerem. Na grande guerra, lutei com os Glassinatas e ao lado de Avarosa, selei Lissandra. Sou espírito das terras gélidas, sou a guardiã do gelo eterno, sou a sabia conselheiras de lideres e reis. Imortal por natureza e poderosa por direito! Esta sou eu...Anivia, a criofênix!

– Anivia? - Perguntou Ezreal tentando enxergar por entre a tempestade. Ele estreitou os olhos mas tudo que discernia era a silhueta de uma grande ave

– Por séculos os invernos castigaram Freijord e por séculos, eu permaneci vigilante, observando e guardando o retorno dela. Mas há aqueles que duvidam ou esqueceram. Neste inverno, a bruxa do gelo retornou. Lissandra. Os tolos mortais de digladiam tingindo a pura neve de vermelho. A sua estadia não será simples, você deve ajudar a unir as tribos, uni-los sobre um mesmo estandarte. Pois um grande mal ameaça esta terra. Um mal inominável.

– Unir? impossível! como eu poderia fazer isso? eles estão em guerras, como poderiam me ouvir e porque me ouviriam? Eu sou apenas um garoto!

– Ouça criança...Você fará coisas dignas de honra, de reconhecimento. As suas experiências futuras lhe moldarão. Quando chegar em Freljord, você agirá sobre o meu nome. Nos momentos de perigo eu te ajudarei. Quando estiver sem esperança e perdido, eu te aconselharei. Não temas, pois estarei contigo.

– O que você quer dizer?

– Em Freijord você encontrará respostas para suas perguntas e com elas, uma grande tristeza. eu estarei lá. Tenho esperado por muitas estações, então não se demore ou poderá ser tarde demais... Você é maior do que imagina Ezreal. Todos devemos desempenhar um papel para o bem ou para o mal e o seu ainda não esta cumprido. Agora acorde, criança.

– Espere...

Seu último pensamento foi de seu tio Lyte sorrindo e sentido orgulho dele. O seu tio acenou sorrindo carinhosamente e desapareceu em meio a uma tempestade de gelo como se desse adeus ao seu sobrinho.

OST

– Ezreal acorde! – Disse Lux chacoalhando ele na cama

– Hmmmmmmmmm!

– Vamos, acorde logo!

– Deixe eu fazer o que eu sei fazer de melhor, ok? – Murmurou Ezreal. Sua voz foi diminuindo até se transformar em ronco.

– Quer levar um chute?

– Isso vai te dar prazer? – Retrucou Ezreal sonolento

– Não!

– Que legal, a mim também não. Então para que me chutar? Pare de me perturbar, quero dormir!

– Francamente! Isso é o que dá, você ficou até tarde bebendo vinho com a capitã. Se bem, que não chamaria aquilo de beber, já que ela estava empurrando em você a garrafa de vinho goela abaixo. Mas que seja, acorde!

Ezreal se aninhou no cobertor

– Pare de falar! Já é difícil dormir no barco, fica balançando o tempo todo!

– Sabe, é uma pena, eu estou vestida com uma lingerie especial. Com um bordado especial – Ela se aproximou do ouvido dele – Tem o seu nome gravado nela, quer ver?

Com um movimento espantoso Ezreal se colocou de pé e começou a olhar pra Lux como um cachorro olha para um osso. Mas logo se deteve, Lux estava vestida com sua roupa normal e sem graça de sempre. Colete azul e uma armadura por cima. Lux fitava Ezreal com um olhar recriminador.

– Tarado! – Esbravejou ela – Só assim pra você acordar.

– Mas...Mas e a lingerie? – Perguntou Ezreal

Lux fuzilou ele com os olhos e logo depois ela deixou o local batendo a porta com força.

Apenas havia alguns farrapos de nuvem no céu. Era um dia claro e alegre. Se bem que o sol subiu devagar como se perdesse o sentido de urgência, tal qual um trabalhador indo para mais um dia de trabalho indisposto como se não recebesse o suficiente de salário. A névoa que tinha se formado no amanhecer se dissipou no horizonte. O barco já alcançava o porto da cidade quando a nevoa já havia deixado todo o local, embora os dois fatos não tivessem nada a ver um com o outro.

– Muito bem – Disse Miss Fortune – Bem vindos a Rakelstake, capital de Freljord!

Eis que Freljord se estendeu gloriosa e bela sobre os seus olhos.

–-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

OST

Vladimir estava sentado lendo minuciosamente as paginas do livro que o ancião havia lhe entregado. A luz bruxuleante da lamparina perto da mesa iluminava as paginas amareladas e gastas. Ele foi acordado quando ouviu som de passos se aproximando. Os passos pararam nas trevas, antes de chegar à luz da lamparina. Vladimir alimentou as chamas com o gás e esperou até o fogo ficar mais forte e brilhante, e então se endireitou. Ele suspirou pesadamente no ar frio da noite e disse:

– Voltou cedo

O homem deu alguns passos em direção à luz. Olhou para as chamas até que estivesse bem visível. Era um homem alto e forte, corpulento e uma cicatriz de batalha tracejava seu olho esquerdo. Em sua armadura o símbolo dos Avarosianos. Uma barba loira alongava-se até o peito. Suas mãos de elefantes repousaram sobre a mesa.

– Uma tarefa fácil, enganar e persuadir é uma entre tantas de minhas habilidades.

– Sempre com uma mascara - Disse Vladimir

– Na nossa vida, precisamos sempre usar uma mascara. - Respondeu ele - Em minha vida existem centenas de mascaras, cada uma dela com sua história de vilão condenado a uma donzela indefesa. Mas porque está tão calado?

Vladimir sorriu

– O silêncio é uma virtude. Ninguém planeja um assassinato gritando.

– Eu espero que essa missão que você me deu seja realmente necessária, essa tarefa foi um desperdício para minhas habilidades.

– Calma, ninguém começa do alto, nem você, nem eu, nem mesmo os deuses. Agora, não é preciso usar desse disfarce, deixe-me admirar sua beleza. Mi Lady.

Como em uma pintura abstrata feita por algum pintor alucinado, a sua aparência se tornou distorcida, a luz tremulava em sua frente. Como se um espelho tivesse sido quebrado, milhares de partículas de luzes se espalharam pelo ar. Quando o fenômeno terminou, não era mais o homem forte e alto que estava ali, mas uma exuberante mulher que tinha assumido sua forma. Leblanc, a dissimuladora. Ela tinha feito com maestria usar de seu poder para assumir outras formas e cumprir com o seus deveres.

– Assim está bem melhor. Trouxe o que pedi? - Perguntou Vladimir

Leblanc deixou sobre a mesa uma flecha de gelo. A arma parecia brilhar como diamante e exalava uma pequena fumaça branca. Do outro lado ela colocou um chifre feito de gelo verdadeiro. Um gelo especial, resistente e que nunca derretia.

– A flecha de Ashe e um dos chifre do capacete de Sejuani. Com minhas habilidades, me infiltrei e consegui pegar esses pertences.

Os lábios de Vladimir curvaram-se num sorriso cruel.

– Excelente. É uma tradição de Freljord quando um líder de um clã deseja se render ou convocar uma reunião com o inimigo, entregar um de seus pertences de valor. E o inimigo levar o objeto para reunião e devolve-lo ao dono.

Os lábios dela se curvaram maliciosamente. Seus olhos fixavam Vladimir com sensualidade. Ela caminhou até ele e sua cintura acompanhando o movimento do corpo. Leblanc parou perto do rosto dele enquanto a sua mão passava por seu peito.

– Vai manipular os dois clãs? Convocando uma reunião entre as duas. Entregando a flecha de Ashe a Sejuani a o chifre de Sejuani a Ashe. Assim quando elas chegarem o local estarão a mercê de qualquer plano seu. Correto?

Ele a observou da cabeça aos pés com um olhar intenso.

– Exato! - Confirmou Vladimir sorrindo - Mas elas não se encontrarão. Outra coisa estará esperando por elas. - Ele passou as mãos pela cintura dela e a puxou para si - Viu? Não se precisa de muito para começar um guerra!

Mordendo os lábios inferiores, Vladimir passou o rosto por seu pescoço sentindo o cheiro de sua pele, enquanto massageava suas coixas.

– Vai ver aquele garoto agora? - Perguntou ela

Vladimir a puxou para seu colo

– Ezreal? Não, não por hora. - Respondeu ele - Mas irei falar com uma pessoa. Uma inimiga em comum de ambas?

Depois ele a jogou por sobre a mesa arruinando as pilhas de papéis , jogando Leblanc por cima de tudo. Ela cravou as unhas no braço dele.

– E seria? - Ela mordiscou os lábios inferiores

– Lissandra. - Respondeu ele; Logo depois ele se inclinou e a beijou

–-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

OST (ESTA OST É FODA!)

Eis que Freljord se estendeu gloriosa e bela sobre os seus olhos.

Rakelstake a capital de Freljord. Não era circuncidada por uma poderosa muralha como Demacia ou Noxus, pois seus muros eram as montanhas e sua defesa o impetuoso inverno. Como um general massacrando aqueles que ousam ir contra seu povo.

Rakelstake nasceu as margens de um lago eternamente congelado. há muito tempo, em sua infância ela foi construída como oferenda aos observadores, como fruto de um grande império. Após a suas derrotas por Anivia e Avarosa, ela agora é fruto da liberdade e de uma nação unida, onde várias outras cidades e vilarejos a tomaram como lar. Irresistivelmente forte, ela também era bela. Pessoas vinham de centenas de lugares para visitá-la, onde navios de terras estrangeiras traziam consigo tesouros e mercadorias, onde uma dezena de culturas das tribos de Freljord se misturavam. A cidade cresceu forte, como símbolo de perseverança daqueles que podem enfrentar o inverno. Como símbolo de uma terra unida e forte. Rakelstake também chamada de Cidade Azul, devido a cor da rocha, azul-escura e opaca. Sua aparência romântica deu aos poetas inspirações para descreverem sobre sua beleza, bem como muitos moradores acreditavam que ela propiciava um corpo saudável e a alma livre do erro e do medo. A cidade nasceu entre montanhas, esculpida na rocha azul. Muitas casas foram criadas nos rochedos como podiam se ver na face externa dos paredões, como pequenos pontos de luzes. Tal qual um céu estrelado. Eram túneis, câmaras e salões que percorriam sob as Rochas e gelos. No centro das paredões rochosos, sobre o gelo solido do lago eternamente congelado, estava o palácio real. A sua volta se estendiam centenas de casas em um emaranhado de ruas e alamedas.

Esculpida na própria roxa e gelo o palácio é um lugar bonito que parece brilhar. Com uma luz azulada ao longo dos pátios e ruas, e reflete fora das paredes cheia de janelas. Mas sobre essa cidade, Ashe a rainha da Freljord. Foi a primeira princesa a ascender ao trono desde a guerra de três irmãs que dividiu o seu povo. Segundo a tradição Freljordiana, a rainha seleciona o Rei para governar ao seu lado. Ashe selecionou por motivos políticos, Tryndamere rei dos povos bárbaros, solidificando sua aliança com as tribos bárbaras. Mesmo que o casamento não tenha sido por amor, mas para aqueles que esperam em paciência, um afeição pode surgir. Com tempo Ashe aprendeu a amar Tryndamare e ele a ela. Por fim, ela pode se sentar no trono de gelo.

OST

(Vejam só pessoal, eu digitei esse cap escutando essa OST. Então só colocarei ela pq é muito boa e viciante. Por isso, se a musica acabar enquanto ainda estiverem lendo, coloquem novamente para tocar até acabar o cap.)

O navio chegou ao porto na maré matutina e parou, entre muitos outros, na confusão de cais e docas na costa da cidade. Tinha muito mais movimento do que poderia imaginar: moradores que se dirigiam à feira, vendedores de bugigangas, vendedores de peixe, ferreiros, marinheiros, carregadores, soldados, crianças correndo, cães e mulheres com cestos na cabeça. Tudo isso ao barulho de ondas, conversas e gritos de comerciantes. A cidade estava viva.

Todos eles desceram para o porto. Era uma manhã ensolarada, mas como sempre fria. Miss Fortune resfolegou e se despreguiçou esticando seu corpo. Agora ela estava no cais, observando diversos homens que se esforçavam para carregar mercadorias para dentro de um navio. Ela esperou até que o restante dos membros descessem pela prancha de desembarque.

— Freljord, o pessoal daqui é meio ávido por dinheiro. Com algumas moedas de ouro você pode conseguir de tudo. — Disse se virando para Lux que acabou de chegar ao seu lado

Lux assentiu

— Isso não é problema.

— Que bom — Disse Miss Fortune — Nami! — Chamou

— Sim capitã? — Respondeu ela

— Veja bem, se você inventar de perambular por certos lugares, tarde da noite já terá sido esfaqueada ou envenenada. Mas não pare de sorrir, senão isso vai acontecer com você antes do anoitecer.

Nami estremeceu e deu uma rápida olhada ao redor.

— Sabe — Disse Fortune acrescentando mais dramaticidade a voz — Muitas pessoas que andam por aqui a noite jamais voltavam para casa, a não ser que morasse maré abaixo e acontecesse de seu corpo passar boiando por lá.

Nami entrou quase em desespero

— Ah, deixe disso! — Contestou uma voz feminina — É um lugar agradável. Não tem tanta violência assim. Não chega nem perto disso. Devemos ter cuidado como qualquer outra cidade, mas não é tudo isso. Agora tenha vergonha nessa cara e pare de assustar ela.

Todos os cincos pararam e olharam em direção a voz.

— Francamente, você demorou! Não tem consideração mais com sua melhor amiga? — Disse novamente

Ela riu e se levantou, jogando o cabelo para trás. Os fios eram loiros como ouro e olhos tão azuis e vivos quanto o céu. Ereta, era uma visão magnífica. Também estava quase nua, exceto pela pedaços de tecidos brancos de ceda que escondia as suas intimidades, seu traje e cabelo dançava como se ela recebesse uma constante lufada de vento.

— Janna! - Disse Sarah com um largo e acolhedor sorriso

— Olá Miss.

Miss Fortune estendeu os braços

— Venha cá deixe me ver você!

Existem feiticeiros que se entregam aos poderes primordiais da natureza, renunciado a tudo que aprenderam da magia. Um dia, a magia havia de fato sido selvagem e pura, mas fora "domesticada" pelos antigos magos. Que a transformaram em uma ciência sagrada. Estes magos criaram assim um conjunto de teorias e práticas que visavam o domínio total sobre si mesmos e sobre a natureza através da magia.

Mas Janna é diferente, ela aprendeu magia enquanto crescia. Assim como Sarah, uma órfã em meio ao caos de uma cidade. Ela sobreviveu do jeito que podia estando nas ruas. A vida era dura e perigosa para a linda e jovem garota, que sobreviveu graças a sua sabedoria - e também roubando, quando sabedoria não era o suficiente. Nessas aventuras ela conheceu Fortune, juntas se tornaram inseparáveis e imbatíveis. A dupla provou sua força feminina vencendo a tudo e todos como melhores amigas.

As duas se tornavam o centro das atenções em festas e eventos. No entanto, há algo de inatingível em Janna, e suas emoções podem mudar tão rapidamente quanto o vento. Assim como o vento, ela está a uma rajada de causar uma terrível destruição. Mas Fortune aprendeu a lhe dar com isso.

— Continua a mesma perua de sempre! - Riu ela

— Vaca! — Xingou Janna sorrindo — Aqueles são Nami e Fizz? Eih garotos, venham cá. Essa vadia não esta maltratando vocês dois, não é?

Ela acariciou a cabeça de Nami e Fizz. Foi então que ela percebeu que haviam mais duas outras pessoas, Ezreal e sua pequena amiga Lux.

— Janna! — Disse Lux com um largo sorriso

Abraçaram-se durante um momento e ela disse:

— Você cresceu querida — Ela a puxou pelo braço e sussurrando em seu ouvido. — Quem é o garoto, Seu namorado?

Ela assentiu. Algumas rugas se acumularam no rosto de Miss

— Trouxe o que pedi? - Perguntou ela

De repente Janna parecia tensa e desconfortável. Miss viu características de perturbação nos olhos e na linha rígida do pescoço de sua amiga. A ruiva tinha os braços cruzados. Janna ficou em silêncio por um tempo como se ponderasse a resposta.

— Sim Ela confirmou

Logo depois entregou-lhe um pedaço de papel. Miss analisou com um sorriso amargo.

— Isso é tudo? — Perguntou ela em um tom forte e claro

Janna assentiu. Miss voltou a sorriu, mas os seus olhos estavam inquietos.

— Obrigado Janna, desculpe por envolver nisso!

— Não! — Disse Janna subitamente — Você é minha melhor amiga. Sabe que eu a ajudaria no que precisar. Mas me escute — Ela segurou no ombro de sua amiga com força e olhando em seus olhos acrescentou — Você não precisa fazer isso. É tolice essa idéia de vingança!

Miss franziu os olhos, mas continuou a falar num tom suave.

— Eu agradeço por se preocupar comigo, mas sabe que eu não irei desistir.

— Eu deveria te impedir! — Disse Janna

O ar tornou-se quebradiço como se fosse de vidro. Todos olharam para ambas.

— Não. Não estaria certo. — Disse Janna por fim — Eu não iria machucá-la. Mas pense em Nami, sabe como ela fica quando você sai nessas missões. Como você volta coberta de sangue e feridas!

Miss Fortune sorriu

— Eu tenho você e Nami para fazer curativos e tratamentos, até hoje isso foi o suficiente.

— E quando isso não for o suficiente? — Rebateu ela — Quando você se ferir de um jeito que não possa se curar?

Fortune continuou em silêncio

— Você sabe o que aconteceu aquele dia, sabe que sua vingança quase custou a vida de sua amiga.

Fortune franziu o rosto como se tivesse mordido algo amargo.

— Aquilo não vai se repetir — Ela trincou os dentes e cerrou os punhos

— Fale isso para Caitlyn! — Rebateu Janna

— Sarah — Disse Nami com um tom claro de preocupação — Você vai voltar viva, não vai?

Miss Fortune se inclinou e beijou carinhosamente a testa de Namir.

— Sim, eu irei. — Respondeu ela com a voz mais carinhosa que conseguia — Não se preocupe. Fizz, fiquem de olho, preciso pegar uma coisa no navio. — Ela olhou para Janna — Vamos deixar a preocupação de lado, venha vamos conversar um pouco enquanto tomamos algo.

Logo depois que Fizz, Janna e Miss Fortune embarcaram. Lux, Ezreal e Nami prosseguiram um pouco mais para dentro do porto. Foi o trio que chamou a atenção de Gunhir, um dos comerciantes de plantão no Porto aquela manhã. Agora os forasteiros estavam no cais, observando a movimentação. Todo o corpo de Gunhir vibrou com a sensação da menor presença ouro e a chance de fazer dinheiro. De fato, Lux remexeu sua bolsa e houve um barulho de moedas. Várias moedas. Ele estremeceu e assobiou. Atravessou o local com um olhar fixo. Ao vê-lo, Lux se pôs a revirar a bolsa de dinheiro.

— Bom dia, sejam bem vindos para Freljord! — começou Gunhir sorrindo e acrescentou — Meu nome é Gunhir, o melhor comerciante do porto. Eu tenho de tudo.

O grupo o cumprimentou. Gunhir seus sentidos especiais detectaram um sinal muito forte de dinheiro.

— Oi! — Falou ele sorrindo com o sorriso mais largo que podia dá

— O quê? — Perguntou Nami

— Oi! — Repetiu ele

— Oi humano! - Disse Nami levantando a mão com empolgação

O homem parecia hesitante.

— Oi — Sorriu ele

— Oi, você! — rebateu ela

— Oi — Disse o vendedor achando estranho

Nami se pós a revidar

– Não, não! OI VOCÊ!

— OI! — repetiu ele mais alto do que o necessário

— OI! OI! OI! OI! - Revidou Nami, ela estava convicta que não iria perder aquele jogo

O comerciante resolveu não continuar, para alegria de Nami pois achava que tinha ganho o "jogo do oi". Lux abriu um sorriso e mexeu de novo na bolsa. Dessa vez, tirou uma grande moeda de ouro.

— Podemos ir a algum lugar que possamos nos instalar e descansar? - Perguntou Lux e acrescentou — Gostaríamos de ser levados a um hotel ou a uma hospedaria, pensão ou pousada. O que for.

Gunhir notou que um pequeno grupo de comerciantes vinham observando a conversa com interesse. Provavelmente queriam roubar os clientes dele.

—Olhe só — disse ele — Eu conheço uma boa pousada.

— Excelente! — Disse Lux

— Está bem, mas vocês são novos em Freljord, é a primeira vez correto?

Eles assentiram

— Vamos, que por sinal minha barraca fica no caminho. Deixe-me mostrar algumas coisas típicas daqui por um preço bem especial. Então vamos? — Propôs ele, com pressa.

Pegou uma das trouxas e saiu a toda. O grupo depois de uns instantes de hesitação, foi atrás. Depois de alguns minutos eles chegaram ao local. A barraca de Gunhir. Era uma barraca normal, uma tenda cheia de bugigangas e parafernálias de todos os tipos.

— Os meus tesouros tudo de primeira qualidade. - Ele pegou um objeto que tinha duas hélices que girava soltando fumaça. Na base tinha um suporte que parecia encaixar na cabeça - Isso é...Isso é.... Uma cheralina - Disse por fim

— Uma o que? — Perguntou Ezreal

— Uma cheralina — Respondeu Gunhir - É um objeto que trás sorte e que serve de...de...de meditação - Disse por fim

Nami fez um "O" perfeito com a boca

— Eu quero uma Cheralina! — Disse ela com empolgação

— São três moedas de cobre

Nami pagou e colocou o objeto na cabeça sorrindo. Nesse meio tempo, o homem pegava às pressas, um cubo feito de madeira.

— Muito bem! — Disse ele — O casal, Juntem-se!

— O que ele está fazendo? — Perguntou Ezreal, desconfiado.

— Não sei, mas vamos fazer o que ele disse. Parece ser interessante. — Disse Lux rindo.

Então olhou para a caixa preta, esperando que explodisse ou soltasse estranhas notas musicais. O homem abriu um sorriso para os dois.

— Quero registrar esse momento — Disse ele. — Poderiam se juntar mais um pouco? Não vai demorar nada. Vocês sabem o que é isso, não é?

— O quê? - Perguntaram

— Sabem o que é isso, não sabem?

Os dois fitaram a caixa. Havia um olho redondo de vidro projetado para fora na frente - como uma luneta - e um botão vermelho em cima.

— Não tenho bem certeza — Arriscou Ezreal.

— É um aparelho para fazer imagens com rapidez — Explicou o homem — Uma invenção bem nova. Mas, olhe, não se preocupe vai ser rápido. É uma maquina de fazer retratos!

Os dois sorriram, nervosos.

— 10 segundos devem dar —Disse ele — Sorriam!

A caixa soltou um zumbido e dois papeis amarelados saíram por baixo. O homem deu um para cada um, Lux pegou e ficou encantada com que viu. Era um retrato uma imagem capturada dos dois. Algo que deveria ser guardado.

FOTO

— Uma moeda de prata! — Disse ele estendendo a mão.

Lux pagou e ficou admirando a imagem.

— Eu tenho outra coisa aqui. Para você rapaz.

O comerciante remexeu suas coisas e tirou uma armadura completa. Era uma armadura leve não tinha partes metálicas, era composta de várias camadas de couro e acolchoamentos.

— Essa é uma armadura oficial do exército de Freljord, usada pelos recrutas. Que por sinal é do seu tamanho. Experimente!

Ezreal hesitou por alguns segundos mas com o incentivo de Lux, ele a vestiu. Ao contrário do que Ezreal pensava, ela não era necessariamente leve, uma vez que couro e acolchoamentos não protegiam tão bem quanto aço, então, para proteger bem, foi postas várias camadas, que a deixava pesada. Ezreal ficou impressionado, ele acreditava que armaduras imobilizavam o usuário, mas descobriu que permitia um movimento fácil, o que limitava era o peso, que diminuía a velocidade. Mas apesar de tudo, não era nada realmente insuportável. Era até de certo ponto agradável.

— Quatro moedas de ouro — Disse o homem

Ezreal começou a tirar a armadura mas se deteve quando Lux pagou o homem sorrindo. Ela se virou e se colocando nas pontas dos pés, beijou Ezreal carinhosamente.

— Você fica tão bonito com ela — Sorriu Lux colocando o elmo na cabeça dele — Agora sim o meu namorado é um guerreiro. Meu herói!

— Mas não precisa Lux, foi muito dinheiro. Dez moedas sabe...eu...

— Não devia ligar pra isso, você fica lindo assim.

Dinheiro, algo que Ezreal não estava acostumado desde quando começou essa vida Não acham? O pai de Lux ficaria uma fúria agora! Mas cedo ou tarde eles vão se encrencar como sempre. Como vocês já sabem da história deles, Não é verdade leitor?

Espera um momento! Vocês não sabem qual a relação de Lux e o pai dela? Ou a história de Ezreal? Agora que paro para observar, eu ainda não apresentei meus personagens principais. Que tipo de autor sou eu? Perdão leitor. Então aqui vamos nós.

Desde o dia de seu nascimento, o seu pai nunca havia esperado muito de Luxuanna Crowguard. Nascida numa família nobre e rica nos meados de Demacia, seus pais ficariam muito contentes se a jovem Crowguard fizesse nada além de cursar uma escola com as melhores notas da turma, tirasse um diploma qualquer com as melhores notas e se cassasse com algum nobre importante. Preservando o nome da família.

De fato para seu pai, Tracy Crowguard, uma filha dos sonhos seria inteligente, a melhor em tudo que fizesse, bem bonita e, claro, obediente. Mas Lux não tinha os traços de personalidade que o seu pai queria. Aos dez meses, já andava sem ajuda. Antes do segundo aniversário já demonstrava talento para magia.

Lux cresceu precoce, cabeça-dura, meio mimada, histérica, rebelde e linda. Uma combinação perigosa. Tracy perdeu a conta das vezes em que colocou a sua filha para se sentar, aconselhando-a à deixar o mundo das batalhas e magias para os homens da família. Por fim Lux se recusou a vê-lo. Sua teimosia também era preocupante.

Já Ezreal. Cresceu como prodígio e mesmo criança seu QI era mas alto que a maioria dos professores acadêmicos. Mas, olhe para ele. Um pouco magrelo, como resultado da vida de explorador que não rendia grana. Ora vejam só, quem acha que ser aventureiro dá dinheiro? Vestia-se com um casaco surrado e tinha, por algum motivo, um óculos anexo na cabeça. Seu cabelo sempre bagunçado de uma forma que desafiava as leis da física. É provável que algumas pessoas o tomassem por um simples estudante que havia saído de alguma universidade por rebeldia ou tédio e que agora passasse fome vagando mundo afora. Essas pessoas acertaram em cheio!

Todavia, ele tinha as credencias que o distinguia como um aluno brilhante da Universidade de Piltover, mas que no final das contas ninguém ligava. Em geral, os alunos deixavam a instituição sabendo tudo sobre sua área, mas Ezreal, saíra antes de acabar o curso, pois acreditava ele que: o verdadeiro conhecimento do mundo, está no mundo e não sobre quatro paredes e alguns professores velhos fedendo a giz.

Ele ganhava a vida mal obtendo dinheiro com achados que quase nunca aconteciam e com o dom do conhecimento histórico. Por isso, para se manter vivo — ou em condições parecidas — ele fazia bicos sempre que podia. Desde garçom, entregador de encomendas até babar de cachorros. Em regra, evitava o trabalho, mas se via na obrigação de fazer para sobreviver.

O jovem explorador tinha nenhum interesse em heroísmo ou por aventuras extremamente perigosas. Desde que conheceu Lux, o destino constantemente empurrava-os para aventuras assaz arriscadas. Desde então, passou quase todo o seu tempo com ela escapando de várias coisas que queriam matá-los por várias razões diferentes. O fato de que ele ainda está vivo, é explicado pela sua sorte. Mas o que tinha de sorte tinha de azar, pois sempre acabava em enrascadas.

Ezreal e Lux descobriram que ambos têm a aptidão de resolver problemas menores, e transformá-los em grandes catástrofes. Mas infelizmente, mesmo que ambos recusassem a participar de qualquer atividades perigosa, de alguma forma, os eventos da vida vão conspirar contra eles, e por fim, vão acabar indo para a missões perigosas de qualquer maneira. Querendo ou não.

Ezreal estava vestido por incentivo de Lux uma armadura tradicional dos Freljordianos. Eles ouviram algo. Era barulho de música, alto e resplandecente, tinha um tom solene.

— São trombetas anunciando a chegada da rainha Ashe — Explicou o vendedor

Logo em seguida várias pessoas deixavam o local e se juntavam as outras indo em direção ao som.

— Algum problema? — Murmurou Ezreal para Lux, que tinha uma expressão estranha.

— Na verdade — falou ela — É que como você sabe, eu faço parte de uma família nobre em Demacia. Sempre estive acostumado a esses desfiles e marchas de nobres. Minha mãe me levava quando eu era pequena e eu ficava vendo o rei chegando com as tropas. Logo depois, meu irmão estava nessas marchas junto com Jarvan, sempre chegando com as tropas saldando o povo. Isso é um pouco nostálgico.

— Entendo, gostaria de ver?

Lux abanou a cabeça

— Não, eu ficarei aqui mesmo, pode ir se quiser, não me importo. Quero ver essas jóias aqui, são tão bonitas.

— Certo! — Ezreal se abaixou e a beijou carinhosamente — Eu estarei de volta logo logo.

Ele se afastou acenando de longe

— Obrigado pelo presente. Eu te amo!

Lux sorriu com afeto e acenou de volta.

— Você tem um bom namorado.

Lux sorriu e assentiu.

Vários pessoas caminhavam pela rua, quase todos moradores e comerciantes. Mercadorias, animais, homens e crianças misturavam-se à multidão que se aglomerava na rua para ver a rainha passar. No extremo da ponte que interligava com a outra parte da cidade erguiam-se um grande muro, e os portões de ferro estavam abertos. As avenidas eram largas. Alguns soldados, empunhando lanças, permaneciam de cada lado. Ezreal passou por eles sem chamar a atenção. Mas um deles tacou uma tapa no capacete de Ezreal com uma risada:

— Você vai se dar mal se o seu superior descobrir que saiu do quartel para ver a rainha chegando. — Falou o Soldado para Ezreal

— Rapaz, até eu iria ver se tivesse a oportunidade, com uma mulher daquelas. — Disse um dos soldados rindo — O rei realmente é um homem de sorte!

— Robert, melhor ficar calado, se sua mulher ouvir isso você vai dormir fora de casa hoje! — Disse o outro rindo

Ezreal deu de ombros, e prosseguiu sem ser incomodado. Cruzados os portões, passando pela primeira rua bem estreita. Tinha muito mais movimento do que poderia imaginar. Pessoas de toda redondeza estavam ali. Começou a andar por uma rua com casas dos dois lados. Imensas estátuas dos antigos heróis erguiam-se no meio do caminho.

Difícil era a caminhada entre a multidão, a multidão toda se espremia para não perder nada. Ezreal empurrava para tentar passar entre as pessoas. Uma voz gritou: “Abram Caminho!”, “Caminho a rainha de Freljord", "Caminho para a senhora do Trono de Gelo". Com isso outras pessoas também o empurraram para o lado e, na confusão, a multidão foi ficando tão compacta que ele mal podia se mexer. Por sorte, viu-se na primeira fileira, com uma ótima visão do que ia acontecendo na rua.

Um único homem vinha à frente, gritando: “Caminho! Caminho!”; vinham todos a pé, uma dezenas de homens. Guerreiros trajados com armaduras iguais a sua, mas com espadas e escudos. Foi então que viu, exatamente no meio do desfile a rainha montada em seu cavalo de guerra Eion.

Ashe, era linda e exuberante. Também chamada de a senhora branca, devido aos seus longos e brilhantes cabelos prateados. Bonita, alta, e graciosa com profundos olhos azuis. Uma rainha guerreira. Sabia usar uma espada tão bem como qualquer homem, mas suas habilidades são incomparáveis com o arco. Não era delicada nem sentimental. Com um temperamento idealista, corajosa e generosa. Também tem uma língua afiada e uma inteligência ardente. Ela acenava para povo com um sorriso acolhedor e estes lhe davam júbilos de boas vindas. Por um instante os olhos dela se encontraram com os de Ezreal e neles ele pode ver um orgulho e uma confiança que o faria segui-la até os confins do mundo.

Mas não teve muito tempo de aproveitar o desfile, pois logo aconteceu uma coisa realmente inesperada. Como havia dito anteriormente leitor, os eventos da vida sempre vão colocá-lo em alguma situação de confusão. O chefe da guarda apontou de repente para Ezreal, gritando:

— Vamos seu garoto irresponsável! Um recruta não deveria estar aqui!

E foi logo agarrando Ezreal pelo ombro. Dando tapas nele, para repreendê-lo

— Vamos, vai voltar agora mesmo para o quartel!

Seu primeiro impulso foi tentar dizer que não passava um engano. Que aquela armadura foi comprada no mercado e que não era um soldado. Mas, afinal, não pode porque sempre que abria o bico era recebido por um sonoro tapa. Assim, Ezreal se viu levado por estranhos, sem poder fazer nada nem imaginar o que iria acontecer. Os estranhos o levaram a base da porrada, por uma rua estreita, e entraram por um portão largo. Ele olhou desesperado o portão se fechar com um grande estrondo.

E a confusão estava feita, os eventos da vida fizeram com que o presente da sua namorada o colocasse em uma grande enrascada! Verdadeiramente um presente de grego!

–------------------------------------------------------------------------------------------------

A outra luta chegava ao seu fim, agora os dois iriam partir para a investida final. Jarvan saberia o que fazer, deveria atacar no coração, se jogando contra o órgão dele, depois deveria se jogar contra o corpo de seu amigo e com o seu peso deixar a lâmina penetrasse cada vez mais fundo no coração. Garen estava preparado. Quando o rei investisse contra seu peito, ele usaria a mão para distanciar a lâmina e contra-golpear com a espada, separando a cabeça do corpo. Os dois partiram em disparadas, se projetando para frente se preparando para a investida definitiva.

5 metros....

Garen puxou a espada pela lateral

Jarvan envolveu com força os dedos no cabo da lança

4 metros....

Posicionaram as armas

3 metros....

Eles se olhavam nos olhos

2 metros....

Envolveram a força na lâmina para o golpe

1 metro....

– CHEGA DESSA TOLICE! - Gritou uma voz

OST

A lança de Jarvan foi direcionada para o chão, raspando o piso. A espada de Garen foi bloqueada e desviada para o lado. Os dois se detiveram. Entorpecidos, seus lábios se moveram mas não ouve som. Entre eles agora. Xin Zhao tinha quase que se materializado se jogando no meio do combate e bloqueando os golpes. Ele se ergueu e parecia ficar cada vez mais alto e ameaçador; sua sombra enchia toda a sala.

– JA BASTA FIORA! - Rugiu ele

Fiora deteve sua investida subitamente ficando paralisada em pé. Vendo o que acontecia Katarina se deteve com a lâmina a poucos centímetros do pescoço dela.

– meu senhor...eu

– Respeitem o local. - Ele disse com autoridade incontestável - O sangue não deve ser derramado aqui. Este lugar pertencia a Jarvan II. Não permitirei isso.

Fiora parou hesitante. Cerrou os punhos e juntou coragem.

– Mas senhor, esta noxiana ela...

Xin repreendeu-a com os olhos

– Sim. Como quiser, senhor Xin.

Os lábios de Katarina se esticaram em um sorriso mordaz

– Melhor escutar o seu superior, garota, e sair como um bom cachorrinho

Fiora embainhou a espada.

– Para sua sorte...Noxiana. - Ela encarou Katarina - Da próxima vez que nós encontrarmos. Ninguém vai salva-la no final.

– Estou ansiosa por isso. Mas me faça um favor. Apenas mantenha a coleira em casa.

– Dobre a língua garota - Repreendeu Xin - Agradeça por ainda está com sua cabeça colada ao corpo.

O sorriso de Katarina se alargou

– E quem faria isso? Você?

Xin zhao enrijeceu-se

– Se suas habilidades fossem tão afiada quanto sua língua eu duelaria de bom grado com você - Seus olhos ardiam ferozmente - Eu já derrotei dezenas de tipos como o seu. Se estivesse no coliseu, não sobreviveria a um dia. - Ele bateu a lança no chão - Mas se quiser me colocar a prova, onde nem mesmo as chances podem ir contra mim, então venha...Se ousar!

Katarina nada disse

Xin Zhao sempre esteve presente na casa Lightshield, como fruto aos seus serviços e lealdade incontestável: Foi dado a horária de legítimo senescal. Um oficial da casa nobre. Um oficial real, encarregado da aplicação da justiça e do controle da administração. Sua vigília silenciosa e enigmática, bem como sua lealdade, tornaram-lhe uma figura importante dentro e fora dos portões de Demacia.

Mas seu passado foi forjado à sangue e ao choque do aço. Lançado em batalhas sanguinárias no coliseu de Noxus, onde a única conquista era a sobrevivência. Destinado ao fim iminente sobre alguma lança ou espada inimiga. Jarvan II o resgatou, sobre o pretexto de servir a sua casa e punir aqueles que o sentenciaram a tal destino.

Mas o tempo age para aqueles que esperam, e mesmo o tempo pode curar feridas e abrandar a fúria. Xin Zhao serviu ao rei e com o tempo aprendeu a respeitá-lo. Servi-o até o dia de sua morte. Agora suas obrigações se estendem a serviço do seu filho, Jarvan III, para lutar pelo país que o adotou e para honrar o legado do homem que deu um propósito à sua vida.

Criados e doutrinados por Xin: Jarvan e Garen, lhe devem todo o respeito. Sendo o único homem ao qual abaixariam a cabeça sem contestar. Tal imponência e autoridade, se estende aos outros. Mesmo o rei, datado de todo o direito de governante, se rende aos conselhos e repreensões dele.

– Mestre xin! - Disse Garen empregado o máximo de respeito na sua voz.

Xin afrontou Garen

– o que significa isso? Eu não os treinei para lutarem entre si!

Garen abanou a cabeça

– Minhas sinceras desculpas. Mas fiz isso por minha nação.

– A traição não é o feito mais digno. - Respondeu Jarvan

– Você não me escuta! - Rebateu Garen - Está cometendo um erro!

– Não me julgue, traidor! - Rosnou Jarvan

Os dois se encararam e suas mãos aos poucos se dirigiam ao cabo de suas armas.

– CHEGA! - Rosnou Xin Zhao batendo o cabo da lança no chão cortando todos do transe e eles se detiveram olhando apreensivos para ele.

O Senescal estava serio e falou de modo ríspido.

– Quinn

– Sim senhor Xin!

– O que ouve aqui?

– Garen trouxe essa... - Ela pensou em mil adjetivos diferentes para Katarina nem um deles agradável. Rangeu os dentes quando viu a ruiva sorrindo em um tom zombador para ela. Por fim, se acalmou e prosseguiu - ...Noxiana como prisioneira. Nós estávamos interrogando-a, pois ela guardava um grande segredo. Mas as coisas desandaram.

Xin Zhao assentiu

– Entendo. por acaso é você - Disse ele olhando para a assassina - ... A lâmina sinistra de Noxus, Katarina?

– É assim que me chamam. Por acaso aqui em Demacia vocês me em titulam por outros nomes? Presumo que nem um deles seja agradável.

– Fácil demais - Disse Xin por fim

– O quê? - Perguntou ela

– Eu conheço sua fama. Suas habilidades são - Ele buscou a palavra - Lendárias - Disse por fim - Mas foi fácil demais. Demacia por anos tenta capturá-la ou matá-la. Suas aptidões sempre nos trouxeram prejuízo. Mesmo com tantas tentativas você escapava. Agora, sem mais e sem menos você foi capturada e revela segredos sem pestanejar. Me diga, o que veio fazer aqui. O que é de tão importante para alguém como você se deixar ser capturada.

Katarina sorriu

– Mas vejam só, parece que nem todos os Demacianos são idiotas. Muito bem, eu contarei tudo.

havia um brilho em seus olhos. Por um tempo Katarina contou tudo, do plano de Swain até sua chegada a Demacia, de como Jarvan reagiu as noticias e como tudo isso terminou nos conflitos. O Rosto dele permaneceu grave e atento. As coisas se tornaram mais claras a cada palavra que ela dizia.

– Entendo - Disse por fim

– Agora sabe o que eu quero dizer, não podemos deixar isso acontecer! Temos que impedir Swain. - Falou Garen

OST

Xin Zhao estava pensativo e falou em alto e bom som com os olhos firmes.

– Eu servi ao seu pai - Disse ele olhando para Jarvan - e servirei a você, até que não possa mais empunhar a minha lança. Fiz um voto ao seu pai. Morrerei em seu nome com prazer. Servirei a casa Litghshield até os fins de meus dias. Se essa é a vontade do rei, então eu seguirei.

– Mas..

– Eu entendo suas intenções Garen. Mas ainda sim você traiu sua nação e seu rei ao levantar sua espada contra sua pátria. Se esse for o seu desejo, meu rei, eu acatarei. Mas...

– Mas? - Perguntou Jarvan

– Garen deve ser poupado. Entraremos em guerra. A fé de nossos homens vão se abalar se executarmos Garen como traidor. Ele é mais que um guerreiro poderoso, ele é o herói para os soldados. Um símbolo de justiça e força, que impele o desejo e motiva as espadas dos demacianos. Se o herói for executado como traidor, tudo será desmanchado. A fé e a motivação de nossos homens se diluirá.

Garen por instante percebeu, que não foi poupado apenas pelos seus feitos. Mas pelo amor que Xin nutria por ele. Um amor de um mestre e seu discípulo. Ele persuadiu Jarvan a poupá-lo pois acreditava em sua causa. Acreditava que ele podia salvar Demacia e redimir seu nome.

Jarvan estava serio e falou de modo ríspido.

– Pelos poderes a mim instituídos como herdeiro do rei. Eu Jarvan III LightShield, filho de Jarvan II LightShield e Nasuada LightShield. Rei legítimo de Demacia. Sentencio Garen Crowguard, Filho Tracy Crowguard e Martha Crowguard. Destituo-o, de todos os deveres, títulos e privilégios que são gozados como cidadão!

Garen empalideceu e seus olhos se arregalaram

– Por alta traição. A partir de hoje, não será mais demaciano. Eu sentencio Garen

Um silêncio se abateu sobre o local

– ...ao exílio!

CONTINUA...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem todo esse acontecimento espero tirar dele muitas cenas engraçadas e inusitadas, mas será uma deixa perfeita para o encontro dele com Ashe. Afinal, ele precisa conhecer ela, como conhecerá Sejuani. Pois será importante para o futuro, afinal, ele desempenhará um papel importante na guerra que será dada por Anivia. Próximo capitulo talvez voltaremos com Katarina e Garen.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Trono de Gelo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.