O Trono de Gelo escrita por DISCWOLRD


Capítulo 27
Nascer do Sol


Notas iniciais do capítulo

Bem pessoal, desculpe a demora, como todos sabem minhas histórias sempre rola um flashback até o momento que ela se concretizam então finalmente está ai! boa leitura!



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OST

O frio da noite rasgava a carne.

Ashe esperou em silêncio, como as centenas de guerreiros em volta dela. Estavam a várias horas do amanhecer. Envoltos em seus próprios pensamentos, os milhares de guerreiros mergulharam em um silêncio completo conforme as horas se arrastavam. A ponte de Howling Abyss era apenas iluminada pelas tochas.

Tryndamare se alternava entre examinar a espada passando repetidamente uma pedra de amolar na lâmina e espiar Ashe. Ela por sua fez apenas olhava fixamente para o horizonte. Os homens e mulheres ficaram tensos, à medida que o tempo passava e mais próximo à batalha ficava.

A pior parte sobre está na grande ponte de Howling Abyss era o vento catabático que lhes acoitava a carne através da armadura. Conforme a noite se arrastava, um silêncio sepulcral se abateu sobre o local. Os músculos estavam tensos devido à espera. Ashe olhava para a outra extremidade da ponte que estava envolta em escuridão. Alguns homens se agitavam para ficar alertas e tentarem se concentrar apesar de seus adormecimentos.

Finalmente, um homem gritou disse:

— SINAL!

No horizonte, uma pequena luz que foi respondida por outra e mais outra.

— São os sinais de fogo, o exercito inimigo está chegando!

Tryndamare golpeou o ar como se este fosse um adversário invisível para se certificar de que tinha espaço. Alguns arqueiros prepararam flechas e seguraram-na pronta para o disparo. Todos observavam apreensivos a extremidade oposta da ponte. Um minuto passou se arrastando, depois, mais outro... E mais outro.

Os guerreiros ficaram imóveis, suas mãos seguraram suas armas com mais firmeza. Ninguém se mexia... Ninguém respirava. Os tambores foram ouvidos, rasgando o ar, depois centenas de pontos de luzes iluminaram o outro lado. Tochas.

Um javali apareceu na fronte de batalha dando ordens. Sejuani formou uma parede sólida com os seus guerreiros. As batidas de tambores tornaram-se mais intensas conforme Sejuani andava de um lado para o outro dando ordens. Por fim os tambores cessaram quando todo o exercito estava posicionado. Alguns raios de sol iluminaram o horizonte. O dia começava.

Só os mortos conhecem o fim da guerra...

Os primeiros raios da alvorada haviam riscado o solo. O sol nascia brilhante e iluminava a ponte Howling Abyss. A antiga travessia era banhada com o novo dia, o dia que decidiria todo o destino de Freljord. A construção estremeceu quando os exércitos pisaram por sobre sua estrutura. Dois oceanos negros formados por guerreiros estavam posicionados nos cantos extremos da ponte. Ambos se encaravam perfilados.

Os guerreiros ficaram imóveis. Suas mãos seguraram as armas com firmeza. Os exércitos formaram uma massa sólida de corpos que parecia se estender infinitamente. Como um oceano feito de armaduras, escudos e espadas. Os estandartes estavam erguidos no meio dos exércitos. As trombetas de guerra soaram em um tom cristalino e os tambores reverberavam mais alto.

...Tum TAH!...Tum TAH!...Tum TAH!....

...Tum TAH!...Tum TAH!...Tum TAH!....

...Tum TAH!...Tum TAH!...Tum TAH!....

Tudo, porém, ficou em silêncio quando uma mulher tomou a frente de batalha. Ela Trajava com uma roupa leve de couro e parecia ignorar o frio que muitas vezes congelava as vozes dos homens. A mulher, retirou seu capuz, revelando um cabelo branco e um belo rosto. Seus guerreiros gritaram seu nome quando ela ergueu o arco, a sua arma. Então, depois de alguns segundos, os homens se calaram novamente. Ashe parecia ser alta e orgulhosa.

Então ela ergueu seu arco ainda mais alto, e gritou em voz alta e clara:

— Povo de Freljord!

Os homens bateram com as armas nos escudos.

— Devemos nos unir! Hoje o nosso povo está dividido...—Ashe andava de um lado para o outro, e sua voz era tão penetrante quanto o vento gelado que soprava em seus cabelos prateados. — Estamos separados por divergências do passado!

De costas para seu exército, ela apontou para a ponte Howling Abyss.

— Olhem!Vejam sua glória e imponência! Isso é fruto de uma terra unida!— exclamava ela — Hoje nós iremos fazer surgir uma grande nação!

Os homens gritaram por seu nome, honrados. Na frente dela, o marido a acompanhava. Ele estava sempre ao seu lado , como um fiel guardião. Casaram-se por obrigação, mas, com o tempo, Ashe aprenderaa amá-lo. Agora, ele a olhava com orgulho e admiração. Tryndamare bateu em seu peito volumoso e ergueu a sua grande espada em apoio, gritando pelo nome dela. Os homens repetiram o movimento.

— SOMOS O POVO DE FRELJORD —,Ashe levantou seu arco acima da cabeça e o elevou ao céu, para que todos a vissem — ESSA TERRA PERTENCE A TODOS NÓS!

Do outro lado da ponte, o grupo inteiro deu gritos selvagens quando um gigantesco javali tomou a frente da linha de batalha. Em seu dorso estava o motivo da empolgação: Sejuani, sua líder. Ela brandiu sua arma, um grande mangual. Era uma mulher de firmeza, resistira onde os outros fraquejaram e sucumbiram. Sejuani havia sido moldada com a dureza de Freljord, tornando a dor o seu poder, e a fome, o seu encorajamento. Através de suas provações, ela aprendera que, para prosperar no inverno infindável, é preciso tornar-se tão frio e implacável quanto o próprio . Agora ela liderava as tribos por uma Freljord mais forte.

— ELES SÃO FRACOS! — gritou ela — Sentem medo quando escutam nossos tambores! MAS OS LOBOS NÃO DEVEM CONSIDERAÇÃO ÀS SUAS PRESAS!

Os seus homens deram gritos ferozes. Na companhia de Sejuani estava aquele que a apoiava no campo de batalha. Seus olhos queimavam insaciáveis, e ele ansiava pelo confronto, pela guerra, vivendo apenas para o rugido selvagem de batalha e para o choque de aço contra aço. Sejuani jurara que ela iria dar a Olaf, o companheiro de batalha, sua gloriosa morte se a emprestasse seu machado naquela árdua conquista. Nesse momento, ele prometeu esculpir seu legado em Freljord, ao lado de Sejuani. A relação de ambos fez surgir muito mais que respeito. Eles não eram mais apenas simples companheiros, mas algo muito mais ardente entrelaçava-os nessa ligação.

— Não podemos ter pena dos fracos, pois a coragem é a verdadeira salvação de nossa terra! — exclamou Sejuani com ardor. — NÓS SOMOS O POVO DE FRELJORD! NÓS SOMOS A FORÇA DO INVERNO, NÓS SOMOS O GRITO DE GUERRA! NÓS SOMOS... — seu javali se apoiou sobre as patas traseiras e rosnou.— A GARRA DO INVERNO!

Os gritos de guerra foram ouvidos novamente quando Sejuani e seu exército avançaram. Uma nuvem de flechas negras voou sobre eles, matando vários de seus guerreiros, mas a massa continuou avançando, implacavelmente, sem medo, sem hesitar. Assim como uma onda que colide com um rochedo no quebra-mar, os corpos principais dos dois exércitos colidiram-se pela primeira vez.

O ataque foi feroz. Um rugido ensurdecedor foi emitido pelos dois exércitos que corriam para a batalha. Espadas batiam em escudos, flechas ricocheteavam em armaduras, elmos eram esmagados e o sangue tingia de escarlate a velha ponte. Os clãs se enfrentaram, provocando um estrondo ensurdecedor tal como uma tempestade.

Agora, frente a frente, Ashe e Sejuani decidiriam o destino de sua terra...


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Notas finais do capítulo

A próxima semana que venha a guerra!



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