OST

— Está na hora minha rainha

Ashe acenou com a cabeça ao rapaz. O rapaz afastou-se e ela virou-se para Tryndamare, beijou-o na face e ele retribuiu com outro beijo.

Abraçaram-se durante um momento e ele disse:

— Se for uma menina, dê a ela um nome forte.

— E se for um rapaz?

— A mesma coisa. Seja rapaz ou moça terá que ser forte para sobreviver em Freljord.

Ele olhou-a nos olhos.

— Vamos retornar para casa, por nosso filho, por nossa terra.

Ela acenou com a cabeça, viraram-se em direção ao enorme portão. Os dois guardas assentiram com uma rápida continência e empurraram o pesado portão que se deslocou deixando que a luz invadisse o salão. O rei e rainha saíram para a ampla sacada do palácio real que se erguia a vinte metros do chão, juntaram-se com o conselho dos chefes dos outros clãs.

— Todos saúdem a rainha Ashe! — Anunciou o capitão e sua voz foi ampliada pela magia.

Os homens rugiram, levantando suas mãos com um ruidoso tilitar de roupas e armaduras. Seguiram-se um estrondo de tambores gigantes. De ambos os lados da enorme alameda, centenas de guerreiros, homens e mulheres preenchiam o enorme espaço ao céu aberto no centro da capital Freljordiana.

Milhares de guerreiros, com cotas de malha, estavam formados em sentido, divididos em dois grandes blocos, diante do palácio real até as muralhas que ficavam a um quilômetro e meio dali.

Então os chefes dos demais clãs vieram à frente de Ashe, um por um, e se ajoelharam jurando-a fidelidade na guerra. Durante dez minutos, os tambores e trombetas soaram conjuntamente com gritos de vitória e incentivos que viam das pessoas logo abaixo. Ashe adiantou-se até a sacada e subiu à plataforma ergueu seu arco sobre a cabeça para que todos abaixo dela vissem. Os homens aclamaram e aplaudiram a rainha com tanta empolgação que o ruído assemelhava-se a uma queda-d’água. Depois de algum tempo, os aplausos e a empolgação diminuíram até que todo o local mergulhasse no silêncio.

Ashe suspirou e proferiu com uma voz clara e nobre, que ecoou por toda a alameda e cada homem e mulheres puderam escutar com nitidez.

— Povo de Freljord! — Clamou

Todos observavam, sem pestanejar e quase sem respirar.

— Eu envio essas palavras a cada lar e cada Freljordiano. — prosseguiu e seus longos cabelos prateados esvoaçando ao vento. — Fomos forçados a entrar em um conflito, fomos convocados para lutar por nossa terra.

Ela desceu o olhar e seus olhos penetravam em cada guerreiro abaixo no pátio. Podiam se ver um orgulho e uma confiança que os fariam segui-la até os confins do mundo. O semblante dela erguia-se de forma altiva sobre todos. Ela empunhava a mão como se brandisse uma espada.

— Olhem a sua volta! Vemos mulheres, homens, jovens, idosos, altos e baixos. Mas todos temos algo em comum, todos somos Freljordianos... Estamos seguindo para a guerra, vamos para um combate com um inimigo duro e determinado... Eu não posso prometer que vou trazer todos vivos para casa, mas uma coisa eu juro diante de vocês, que quando formos para o combate, eu serei o primeiro a colocar os pés em campo e lutarei ao lado de cada um de vocês!

Ela ergueu o arco sobre sua cabeça e arma gélida brilhou palidamente.

— Vamos lutar por nosso futuro, vamos lutar por nossas famílias, vamos lutar por FRELJORD!!!

Todos ergueram e gritaram ecoando como uma tempestade. As trombetas ecoaram e os tambores rufaram quando as enormes e pesadas portas se abriram dando passagem ao exercito marchante. Ashe estava montada em Eion ao lado de Tryndamare e alguns chefes de clãs que montavam seus próprios cavalos.

Assim o exercito dos Avarosianos se dirigiram a guerra.

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— Todos devem seguir exatamente essas ordens. — Ordenou Sejuani.

O homem barbado a sua frente prestou a devida continência e se retirou. Olaf dirigiu-se a passos largos até ela.

— Os homens já estão prontos para partir. — Disse — Apenas esperam que fale uma ultima vez antes de chegarmos ao campo de guerra.

O barulho das lutas vindo do campo chegou até Sejuani: as batidas altas produzidas pelos choques de metais e os gritos dos homens no clima da batalha. Grande parte do campo estava ocupada por um grupamento de soldados, que lutavam com armas e escudos e que treinavam em grupos, com várias formações diferentes. Sejuani seguiu em meio ao alvoroço dos soldados. Todos pararam e saudaram-na.

Por fim ela deteve-se sobre o ponto mais alto da colina e pode ver o exército reunido na grande planície, em sua ultima parada antes de Howling abyss. A grande massa de guerreiros estava dividida em três batalhões. Vários deles trajavam pesadas roupas de batalha com espada e um escudo, mas havia várias fileiras munidas com lanças. Havia também aqueles que portavam pesados escudos redondos, adornados com os brasões e grandes machados e martelos de guerra.

Sejuani contemplou a vastidão do exercito e assentiu para Olaf e para o homem careca ao seu lado.

— LOBOS! — Rugiu Sejuani e sua voz sendo aumentada pela magia do feiticeiro ao seu lado. — FILHOS DE FRELJORD!

Os homens dirigiram olhar ao topo da colina e rugiram para ela levantando seus escudos, machados e lanças. O exercito rugiu em uma trovoada de vozes e armas.

— Vamos lutar por nossa terra. Por nossa casa. Os avarosianos são muitos, se lutarem talvez morram, mas se fugirem, irão sobreviver! Fujam e viverão. Mas para aqueles que fugirem, morram em suas confortáveis camas.

Ela andou de lado para o outro sustentando os milhares de olhares.

— Mas daqui alguns anos — continuou com vigor e seu cabelo balançando ao vento — não se passará um dia sem que pensem arrependidos. Darão tudo, para trocar todos esse dias, a partir de agora, por uma chance... uma chance de estar na guerra e lutar por nossa terra!

Os homens bateram com as armas contra os escudos.

— Façam com que os filhos dos seus filhos lembrem-se de vocês! Dos incontáveis séculos que ainda estão por vim, que se lembrem que lutaram e deram suas vidas por nossa terra! — Ela ergueu a mão como se empunhasse uma espada — Agora estou aqui, diante de mais de dez mil lobos, que lutarão ao meu lado! RUJAM COMIGO... POR FRELJORD!

Na tempestade de vozes, um homem fez soar um longo toque na corneta que preencheu todo o vale, outras cornetas responderam. Então se elevou um longo coro de cornetas em resposta ao primeiro toque. O exercito iniciou sua marcha fazendo a terra tremer aos seus pés.

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(essa OST ficou foda!)

OST

Mas havia um outro exército que se dirigia ao campo de batalha, não de homens, mas de bestas. Liderados pela bruxa do gelo, o exercito de trolls marchava rumo à guerra. Todos armados com machados, maças e porretes. Figuras negras em inúmeras fileiras. Alguns tinham armaduras de couro ou ferro sobre o corpo peludo. No meio da massa negra, que se fundiam numa massa obscura à distância, havia estandartes escuros com o símbolo dos Prelgacios.

Lissandra deu a ordem e o enorme tambor couro negro rufou e Trundle rugiu na frente da tropa acelerando o ritmo. O exercito de trolls apertou o passo, e logo todo o contingente que se estendia por quase um quilômetro apressou-se rumo à guerra.

Agora todas as estradas vão ao norte, ao encontro da guerra iminente. Dentro de dois dias, o embate em Howling Abyss terá inicio.