O Trono de Gelo escrita por DISCWOLRD


Capítulo 18
Um Troll Incomoda Muita Gente, Dois Trolls Incomodam Muito Mais!!!


Notas iniciais do capítulo

Bem pessoal, espero que gostem do capitulo dessa semana, um pouco de ação para vocês!
espero que gostem, já tinha preparando ele a um bom tempo, pelo menos, boa parte dele.

Deixo avisado que na primeira parte do capitulo se trata de uma explicação, por isso, muito atenção. Leiam com atenção!

Em todo o caso espero que gostem.

OBS: deixo bom vocês essa fic, um oneshot de menos de 200 palavras, por isso, comentem é de Katarina e Garen. Escrita por Raul Francisco Krüger.

http://fanfiction.com.br/historia/533832/The_Dance_Of_Our_Hearts/



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Algum tempo antes...

OST

A taberna aos poucos ficava vazia, deixando apenas Ezreal, Annie, o Ancião e a mulher e sua filha. Helena dedicava-se a retirar os ultimo copos das outras mesas e passar o pano úmido sobre elas. A pequena Anita estava sentada sobre uma cadeira brincando com o poro.

— Bem, infelizmente eu não sou o mais qualificado para contar sobre Lissandra. Mas você saberá por outra pessoa, Greyor lhe contará tudo. — Disse o Velho

— Greyor? — Perguntou Ezreal — Como vou saber quem é ele?

— Ele é o guardião de Howling Abyss. Acredite no que eu digo, você vai saber quem é. Apenas espero que não encontre Trolls em sua jornada.

Annie e Ezreal se entreolharam e o Ancião achou por bem explicar

— Existem quatro raças em Freljord. — Disse ele depois de um gole — Os Poros, os Yetis, os Ursines e os Trolls.

O Ancião debruçou-se sobre a mesa pegando uma garrafa e encheu a caneca vazia com cidra. Depois levou-a aos lábios e tomou outro grande gole.

— Os poros são esses pequenos roedores — Disse apontando para o poro que agora dormia aninhado nos braços de sua neta Anita. — Os Ursines, são uma raça feroz e guerreira de ursos que vivem mais ao norte como uma tribo. Nos limites árticos de Freljord. Não atacam sem motivos, são inteligentes e possuem a capacidade da fala.

Os dois acenaram com as cabeças para que ele continuasse.

— Os trolls são inimigos dos Ursines e travaram várias batalhas sangrentas com eles. São seres grandes, corpulentos e monstruosos. Sobre tudo ardilosos. São criaturas violentas e não há nada que eles não possam espancar até a obediência e submissão às suas vontades. Agora parecem que os trolls se reagruparam atrás de um novo líder, e se prepararam para a guerra que se aproxima. Vamos apenas torcer para que não encontrem nem uma dessas criaturas.

Ezreal se recostou na cadeira e repousando as mãos sobre a mesa. Dando um longo suspiro. Passou uma das mãos no rosto e depois levantou a sua mão olhando fixamente para a manopla e o cristal nela.

— Eu sempre ouvi falar de Freljord como sendo um lugar de pessoas fortes e grandes heróis, mas porque eu? — Falou Ezreal — Que dizer, olha só, basta dá uma volta e você vai encontrar tantos guerreiros quanto puder. Então, porque eu?

O Ancião se aprumou e estudou o rosto de Ezreal por um tempo. Organizou as ideias e suspirou coçando a barba.

— Existem três dimensões. — Começou por fim — O mundo físico, ao qual estamos, o mundo espiritual que todos os mortais vão quando morrem, chamado de véu e por fim, o vazio.

Deu mais um gole se preparando para o que seria uma grande explicação.

— O véu, Isso é o que nós chamamos, é como um rio da vida que circunda nosso planeta, dando vida ao mundo e tudo que nele há. É uma substância etérea que flui sob o planeta. Esse lugar contém a essência do mundo e as memórias, emoções e conhecimento de todos os que um dia já viveram. Todos que estão vivos, eu, você, sua amiga e até o poro que ela carrega, receberam a essência do véu para viver. Então quando a pessoa morre, a energia dela retorna ao planeta, trazendo consigo as emoções, lembranças e conhecimentos que obtiveram durante a vida.

Ezreal e Annie mantiveram-se em silêncio atentos a cada palavra dita.

— Certas almas ou seres de grande poder como Anvia, estão diretamente ligados ao véu. — prosseguiu — Eles permanecem conscientes depois de terem voltado para lá, tornando-se capaz de afetar o plano físico a partir de dentro do véu, e até mesmo capaz de se comunicar com os vivos. Mas nem os espíritos nem seres mortais podem facilmente passar de um lado para o outro, por isso é necessário uma ajuda e você é essa ajuda, Ezreal.

— O quê quer dizer? — Perguntou

— Os magos utilizam desse rio de energia para lançar seus feitiços, é o que chamamos de Mana. Mas mesmo os magos tem um limite, não podem lançar muitos feitiços, pois os leva a um desgaste físico e mental e sua conexão com o véu diminui. Ou seja, sua reserva de Mana esgota precisando de um tempo para usar novos feitiços, o que chamamos de tempo de recarga.

— É por isso que fico tão cansada quando lanço muitos feitiços? — Perguntou Annie que agora se dedicava a acariciar o poro junto de Anita, ao qual respondia com um murmúrio de aprovação.

O Ancião assentiu

— Certo — Disse Ezreal. Tentando analisar tudo o que foi dito — Mas porque Anivia precisa de mim?

— O seu cristal garoto, ele permite que seu portador controle e molde a energia mágica presente nas proximidades. Ele é um catalizador, ou seja, o cristal na sua manopla é como um portal que serve para se comunicar com o outro lado. Por isso Anivia escolheu você, por isso ela só fala em sua mente, por causa desse cristal.

Ezreal não conseguiu dizer nada, apenas mantinha-se olhando fixamente para a manopla, como se procurasse as respostas.

— Existe um poder sem precedentes nesse cristal Ezreal. Imagino o que seria capaz de fazer, se Anivia usasse desse poder para vim ao mundo através de você.

— Através de mim, o que aconteceria comigo?

— Isso eu não sei responder, mas certamente, Anivia estaria no controle.

Momento presente…

OST

Todos se detiveram quando a entrada da taberna explodiu lançando a porta para dentro e se despedaçando em infinitas lascas, uma nuvem de poeira encobriu todo o local.

Eles prenderam o fôlego e prestaram atenção. Alguma coisa estava se aproximando da porta. Alguma coisa grande. Riven sacou a espada e separou as pernas, se preparando para o pior. Nuvens de poeira se assentaram devagar, alguma coisa se moveu no manto de poeira. Ficou imediatamente óbvio para eles que a coisa não era humana.

Eles analisaram a silhueta da criatura. A estrutura da parte superior do corpo era semelhante à de um macaco. Pelo tamanho, a espada dela não adiantaria muito. Foi então que viram. Dois olhos vermelhos, meio escondidos por trás de pelos na testa fitavam-nos com uma expressão selvagem e hedionda. Duas presas curvas com bordas serrilhadas se projetavam para fora da boca. Armas para estripar. Ezreal sentiu o estômago contrair. Lux tomou o seu báculo e Nunu e Annie recuaram. Eles estavam acostumados com essa sensação: era medo.

Seja o que for era enorme. Era bem maior que qualquer um ali, eles observaram-no balançando algo, um porrete tão grande que um homem comum seria esmagado sem problemas por aquilo com um único golpe, ele empunhava a sua arma enorme como se fosse apenas uma varinha.

Trundle saiu da névoa de poeira. As garras afiadas rasparam o piso de madeira. O troll sorriu para todos ali.

— Encolham-se e curvem-se o rei troll chegou e gosto de meus humanos com um bom tempero!

Os olhos dele percorreram todo o local até encontrar. Ele sorriu em trinfo, estudou o ancião depois sorriu para o ovo na mão de Ezreal. O explorador rapidamente guardou-o dentro da bolsa.

— Vamos tornar as coisas mais fáceis — Disse Trundle apontando para a bolsa de couro — Me entregue o ovo e o velho e prometo não bater em vocês... não muito.

— Para trás troll! — Rosnou o ancião. Ele se virou para os outros sustentando o olhar de cada um para que fosse mais claro o possível e por fim olhou para Ezreal — não deixe que levem o ovo, não se preocupem com esse velho tolo, eu já vivi o bastante, mas ovo tem que ser protegido custe o que custar!

Trundle se dedicava a limpar o ouvido com a ponta do dedo

— Humanos, sempre a mesma ladainha de “por favor, não me batam”, “tenha piedade”. Mas no final quando uso meu porrete todos sangram do mesmo jeito. Vai ser do jeito chato ou do jeito divertido?

Riven desembainhou a espada, estava preparada para cortar e lutar. Ezreal entregou a bolsa para Helena, se concentrou e o cristal simbilou. Lux murmurou alguma coisa e a ponta do cajado pareceu brilhar por um instante. Trundle sorriu.

— Belos olhos, vai me dar algo para mirar! É como eu sempre digo, porrada nunca é demais!

Trundle saltou direto para o ataque relâmpago. Movendo-se mais rápido do que Ezreal acharia possível, o troll saltou pelo salão, empurrando mesas e cadeiras. Ezreal disparou sua magia, um no peito e um entre os olhos. Mas o troll interveio antes que o garoto pudesse completar os disparos. A interferência assumiu a forma de um golpe poderoso com a mão. O explorador foi jogado com força contra a parede.

Riven se preparou Trundle estava vindo em sua direção. Mas antes, a fera viu o clarão acima da cabeça. Um longo rastro de magia concentrada. Uma forte luz explodiu. Trundle recuou. A luz irrompeu em sua visão. Ele cambaleou, deu alguns passos e a raiva explodiu em seu rosto. Ele girou para o responsável. Pegou uma mesa, esticou o braço peludo para trás e jogou. A mesa veio direto para a cabeça do atacante. Lux se moveu. Um segundo tarde demais. O objeto bateu contra ela. A maga girou no ar, deixando um rastro de sangue.

As velas e tochas caíram sobre um liquido inflamável que havia sido derrubado pelo Troll. A reação de combustão foi instantânea. O local explodiu em chamas. Trundle franziu os olhos para ela através das chamas. Ele agarrou Lux, e ela se retorceu no aperto dele, mas era inútil. Os dedos da criatura eram enormes. Estavam espremendo o ar para fora de suas costelas. Ela não conseguia pensar. O local era uma fornalha. Dentes sujos preparavam para devorar sua cabeça, podia sentir o hálito fétido. Mas Riven interveio, ela atacou com força o antebraço de Trundle e ele soltou Lux com um rugido de dor.

Annie abriu os braços e criou duas bolas de fogo na palma das mãos. Ela se preparou para atacar quando Riven se virou para ela e Nunu.

— Vocês dois, peguem os outros e caiam fora! — Ladrou Riven

— Eu quero ficar, posso ajudar! — Respondeu Annie

— É perigoso demais e você precisam proteger o ovo e os outros moradores!

Nunu tentou dizer algo, convence-la que poderiam ajudar, mais se deteve quando Riven o repreendeu com o olhar. Os dois assentiram levando a mãe, a filha e o velho para longe daquela confusão, juntamente com ovo. Trundle não tinha com que se preocupar, ele daria cabo desses adolescentes e pegaria o ovo e o ancião. Mas mesmo que não os alcançassem, Bradog estava à espera deles.

O fogo, impulsionado alastrava-se muito mais rápido do que eles previam. As madeiras da parede já estavam em chamas. Uma grande tábua caiu numa explosão de faíscas. O local já começava a se converter em um caldeirão de chamas. Riven estreitou bem os olhos para enxergar bem o troll através da fumaça.

OST

Riven ergueu a cabeça e os olhos dela brilharam deu uns passos em direção ao troll, e parecia ficar cada vez mais determinada. Trundle sentiu a presença dela crescer e viu em seus olhos um poder oculto. Riven ergueu a espada apontando-a para frente, e com a outra mão ela pressionou bem o seu punho.

— Por muito tempo eu andei e minha espada sempre serviu a uma causa maior.

Riven suspirou e se concentrou e por um instante os seus olhos emanaram uma aura brilhante. Então ela evocou o poder. A sua espada sibilou, e dela irrompeu uma luz forte. A luz esverdeada se concentrou ao longo da lâmina; um raio de puro poder luminoso. Por fim a espada que estava quebrada até a metade se reconstituiu magicamente em uma grande espada com uma lâmina brilhante e runas de poder entalhadas por toda sua extensão.

— Eu não amo a espada — Disse brandindo-a em desafio — eu só amo aquilo que ela defende!

Trundle era bem maior que Riven e quase dez vezes o seu peso. Ele veio balançando o porrete tão grande que um homem comum seria esmagado sem problemas por aquilo. Trundle correu para frente, ansioso para matar. Ele empunhava a sua arma enorme como se fosse apenas uma varinha. Elevando-a acima de sua cabeça com as duas mãos, ele bateu-a na parte superior da cabeça de Riven.

Riven defendeu com sua espada, acima de sua cabeça sentindo todos os ossos tremerem com o impacto. A força do golpe a pôs de joelhos. Ela apoiou o pé no chão, se valendo desse apoio atirou-se para o lado deixando o porrete deslizar e bater contra o chão. Ela deu três saltos para longe. Trundle sorriu e girou seu porrete em um arco que passou rente ao rosto dela. O troll soltou mais um rugido e atacou com velocidade espantosa, brandindo a arma em torno de Riven. Ela rodopiou no ar para atacar, mas o inimigo era mais rápido do que parecia. Ele aparou o ataque com seu porrete se protegendo da lâmina.

Trundle deu mais um passo em frente e brandiu a arma velozmente, com toda a força. Riven agachou-se e o porrete passou por sobre sua cabeça produzindo uma lufada de ar. Nesse momento, a lateral dele estava exposta, ela girou a espada e a lâmina passou cortando a lateral de Trundle. Um filete de sangue escorreu sujando o pelo do troll. A raiva explodiu em seu rosto, ele rugiu em uma rajada de mau hálito que irrompeu sobre sua fileira de dentes pontiagudos.

— VOCÊ IRRITOU O TROLL ERRADO! – Rugiu

Riven já estava a sua espera, de arma em posição, com uma expressão determinada. Trundle atacou e atacou cada golpe mais violento que o anterior. Com dificuldade Riven desviava-se e ele investia contra ela, novamente e novamente. A garota foi para trás, recuando, tentando procurar qualquer abertura que proporcionasse um contra-ataque eficiente. Mas o os ataques violentos não deixava abertura, um erro e seria seu fim.

Trundle balançou o porrete, qualquer golpe certeiro seria fatal, mas não era isso que mais preocupava ela. Mesmo quando desviava, a arma criava enormes buracos nas paredes. As estruturas já frágeis estremeciam com cada golpe.

— Freljord é minha! – urrou ele

Sem lhe dar oportunidade de se recuperar. Trundle prosseguiu com um golpe descendente, o porrete atingiu o assoalho levando fragmentos de madeira para todos os lados e afundando a arma vários centímetros na madeira. Riven esquivou-se com esforço considerável. Depois investiu passando o fio da espada pela barriga dele e girou no próprio eixo, levando a espada em direção à cabeça de Trundle. O troll percebeu o ataque e recuou fazendo a espada passar rente a sua cabeça. Ele sorriu em deboche.

— Ria disso! – Rugiu ela

O sorriso desmanchou-se, quando Riven lhe desferiu quatro golpes numa rápida sucessão de cambalhotas. Um dos golpes atingiu em cheio o ombro e o outro a lateral do abdômen. Trundle urrou e aplicou toda a força ao golpe, o porrete girou zumbindo. Riven saltou e virou-se no ar, o enorme porrete passou inofensivamente pelo seu cabelo e atingiu uma viga no processo. O impacto fez com que ela explodisse em centenas de fragmentos.

Ela passou por cima dele e ao cair, ergueu a espada um movimento rápido e preciso, cortando as costas dele. Trundle ajoelhou-se ofegante e levantou as mãos em suplica.

— Piedade, eu fui obrigado a isso... a bruxa ela... por favor — implorou ele soltou a arma e ergueu a mão ainda mais alto — tenha misericórdia desse simples troll

Os ombros de Riven cederam e suas mãos se abaixaram.

— As minhas mãos já estão manchadas demais.

Ela se concentrou a lâmina da espada se desfez voltando ao seu estado anterior.

— A violência só gera violência. Agora vá e não retorne mais, pois não terei piedade outra vez.

— Sim eu agradeço. Eu Trundle não esquecerei isso. — Trundle se envergou em sua própria desgraça.

Riven virou-se deixando o troll para sua auto piedade, tinha outras emergências, precisava ver como Ezreal estava, ela já tinha visto algo parecido e o resultado para um golpe daqueles não era nada agradável. De costas para Trundle ela caminhou, mas se deteve quando percebeu uma sombra enorme de projetando atrás dela.

— EU SEREI REI! – Trundle surgiu atrás dela sorrindo de modo selvagem. Suas garras cortaram-na em uma velocidade incrível. Sangue espirrou por toda parte quando o ferimento cortou o seu abdômen.

— Você me enganou! — Ela rugiu

— Algum problema comigo? Junte-se ao clube!

Riven sentiu uma dor quando o ferimento reclamou. O troll havia cortado seu abdômen. O ferimento não era fatal, mas sua respiração saia com força. Ela apertou com ânimo o cabo da espada quando percebeu as garras e o pelo do troll manchado de sangue, seu sangue. Mesmo que o ferimento não tivesse sido fatal ninguém podia perder tanto sangue e ainda viver, tinha que ser feito algo. Trundle se aproximou e suspendeu o porrete para o golpe fatal.

— Isso só vai doer apenas... pra caramba!

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OST

À medida que eles se afastavam da confusão o som ficava mais distante, mas eles puderam ainda ouvir o barulho vindo de trás deles. Novos barulhos surgiram, o som de madeira quebrando, sendo arrebentada e golpeada. Sons de destruição. Nunu guiou todos por trás dos prédios ao longo da única rua do local, afastando todos do confronto.

— Continue! — Gritou Nunu. Outros moradores do local estavam fugindo, sozinhos ou em pequenos grupos. Não queriam arriscar a sorte em ficar um instante a mais ali que fosse.

Um barulho tremendo ecoou sufocando todos. Alguma coisa arrebentou a parede traseira da estalagem. Pedaços do teto começaram a desabar. Parecia que logo o prédio cairia também.

— Estamos quase chegando — disse Nunu.

— Eu estou vendo o final do vilarejo! — disse Annie

Os três se deixaram ser conduzidos pela rua entre as casas. Eles podiam ver o final do vilarejo logo à frente. Annie e Nunu deixariam os três a salvo e voltariam para ajudar, era isso que pretendiam.

— Espero que eles fiquem bem. Quem era aquela garota corajosa? —perguntou Helena enquanto pegava sua filha Anita nos braços.

— Riven! — Disse Nunu sem se virar

— Ela tinha bons olhos, estava tentando flanquear o troll. Apesar de ser jovem ela tinha experiência. — Afirmou o ancião que se esforçava em acompanhar o ritmo da corrida. — Vocês precisam ajudá-los!

Helena o olhou incrédula.

— São apenas crianças, não podem voltar! — esbravejou

— Não são só crianças, posso sentir um poder latente nelas e sei que serão de grande ajuda.

Annie hesitou.

— Eles nos disseram para não deixar vocês sozinhos.

— Nós vamos ficar longe da luta — disse o ancião. Se ele matar seus amigos, ele não vai parar.

Annie e Nunu hesitaram. Mas logo chegaram à conclusão que precisavam voltar. O poro saltou da mochila de Annie e partiu em disparada.

— FLOCOS! — Gritou Annie, mas o poro não respondeu e sumiu de vista ao entrar em um beco.

No momento em que Annie ia atrás dele, um enorme Troll, quase tão grande quanto o ultimo, pulou para frente deles.

— Eu irei pegar o ovo! — Urrou Bradog

O rosto largo, feroz e escuro, brandia uma grande maça de guerra. Ele dirigiu um golpe feroz na direção de Annie, deveria ser assim, mas o ancião se jogou e a empurrou para longe, ele foi atingido e jogado alguns metros de distância contra o chão. O ancião estava no chão, apoiado contra a parede e imóvel. Não parecia respirar.

Anita gritou em desespero e abraçou com força a mãe. Helena a envolveu protegendo com o seu corpo. Bradog ergueu sua arma e se preparou para esmagar ambas. Mas justo no momento em que ele já descia sua maça, Nunu, com um grito, ergueu a mão e conjurou uma magia. A esfera de gelo voou e atingiu o rosto de Bradog com um clarão, que urrou cambaleando para trás. Mas o troll revidou atingindo o chão com toda a força, a neve subiu tampando a visão deles por alguns microssegundos. Era o suficiente. A poderosa mão de dele envolveu Nunu e o puxou para junto de sua boca.

Aquele garoto seria sua primeira refeição depois de um dia...

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OST

Ezreal se levantou cambaleante, o mundo girava a sua volta. Levou um tempo para organizar as ideias. Respirou fundo e preparou o ataque. Ele podia ver o troll através do fogo prestes a atacar Riven. Ezreal disparou e o tiro atingiu a fera que urrou. Trundle girou o corpo e encarou Ezreal, os seus olhos se fixaram nele com uma intensidade que o assustou. Mesmo daquela distância ele podia ver os olhos dele fitando-o com um ódio. O troll avançou ignorando o fogo e os objetos pelo caminho.

Ele atacou com o porrete que passou zunindo para esmagar a cabeça de Ezreal. Com um movimento ágil e um salto para trás salvou o garoto de perder a cabeça. Assim que alcançou o chão, Trundle desferiu um novo ataque. Ele brandiu o seu porrete rumo à cabeça de Ezreal, obrigando-o a usar a magia bem a tempo de a arma passar zunindo e atingir o chão. Um rastro de luz irrompeu quando ele se deslocou para costas do troll.

Trundle brandiu sua arma, ele levantou sobre sua cabeça e o levou em direção a Ezreal. Este saltou para o lado, e o porrete atingiu o chão. Trundle tentou, repetidas vezes, esmagar Ezreal, da mesma forma que esmagara tantos outros adversários. Mas ele era rápido, revelando-se suficientemente ágil para desviar da maioria dos seus golpes e sempre respondendo com um tiro de magia. Apesar disso, Ezreal já demonstrava certo cansaço.

Um tiro de magia arcana marretou o peito de Trundle. Mas ele respondeu ao ataque com velocidade. A ponta das suas garras atingiram as costelas do explorador, deixando-o sem ar enquanto o sangue escorria pela camisa rasgada. O explorador sentiu gosto de sangue na boca, ele se levantou e suas costelas latejavam. Provavelmente estavam quebradas.

Com o porrete em mãos, Trundle atacou com força e atingiu Ezreal em cheio. O explorador deu uma cambalhota no ar sendo dinamitado contra a parede para logo depois desabar de cara no chão, desacordado. Sorrindo se aproximou e suspendeu o porrete sobre a cabeça para o golpe final.

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Bradog abriu sua boca tão grande que seria capaz de abocanhar Nunu por completo. Ele prendeu o fôlego enquanto via aquela bocarra se aproximando. Mas o que entrou pela boca escancarada de Bradog não foi carne, mas uma bola de fogo. A esfera flamejante explodiu dentro de sua boca. O troll largou Nunu com um berro de dor a boca aberta fumaçando como uma chaminé. O garoto caiu no chão rolando para longe. A raiva explodiu no rosto Bradog, ele rugiu tão alto que os outros levaram as mãos aos ouvidos.

Nunu levantou o olhar para ver Annie, a menina abriu os braços e parecia sorrir de forma sinistra, ela criou duas bolas de fogo na palma das mãos.

— Não devia brincar com fogo. — Ela sorriu

— Olha só quem tá falando! — Rebateu Nunu

Annie se virou para ele

— De nada viu! — rebateu

— O quê? — Perguntou Nunu

— Eu atirei aquela bola de fogo! — Ela imitou a ação com sua mão — Esse foi o motivo dele ter jogado você. Então, de nada.

— Eu estava descansando. Eu ia fazer alguma coisa! — Ele disparou

Annie avaliou Nunu por um instante. Finalmente ela sacudiu a cabeça.

— Melhor fazer algo mais eficiente que atirar magias de gelo!

— Se chama “explosão de gelo”! — Respondeu ele

— Viu, tem até um nome idiota!

— Grande coisa, atirando uma chaminha!

— Aquela chaminha — disse ela colocando a mão na cintura e batendo o pé no chão — salvou sua vida e o nome do ataque é “desintegrar”, pra sua informação!

— Ah, isso é muito melhor que “explosão de gelo”, muito original mesmo! — Ironizou

Ele se virou

— Apenas saia daqui — disse Nunu, rangendo os dentes. — Eu dou conta dele!

— Olha, eu dou conta disso — rebateu ela — Da última vez que você tentou, ele quase comeu você. Além do mais, posso impressionar meu príncipe Ezreal! — disse ficando vermelha

A conversa foi interrompida por um grito. Era Anita que gritava aterrorizada nos braços da mãe. Os dois prenderam o fôlego. Ambos estavam tão distraídos que se esqueceram do fundamental: O troll. Eles se olharam.

— Nós temos que parar o troll! — propôs Nunu

— Trégua? — ela sugeriu.

— Sim, — ele respondeu — Nós podemos continuar tentando matar um ao outro depois.

Os dois não começaram aquela amizade muito bem, e provavelmente demorariam a se entenderem, se isso acontecer algum dia, mas agora, ao menos, tinham uma causa comum. Annie ergueu o braço e conjurou uma bola de fogo na palma da mão, depois ela acertou entre os olhos de Bradog.

Nunu assobiou baixinho

— Certo, você distrai ele!

— Porque eu tenho que distrair? — esbravejou Annie

Bradog olhava para os dois, como se decidindo qual deles iria comer primeiro.

— Porque você é a mais irritante — disse Nunu — Apenas tente não virar comida.

OST

O troll rugiu para ambos. Annie iria dizer algo como Nunu ser bem irritante também, mas não conseguiu. O troll atacou. Nunu correu para o lado deixando Annie sozinha. Com outro movimento do braço, ela arremessou duas bolas incandescentes da cor laranja, elas explodiram, contra Bradog. Mas ele ignorou e continuou avançando. De relance Annie viu Nunu vindo em direção ao flanco do troll. Bradog continuou avançando na direção, com a maça erguida sobre a cabeça para esmaga-la.

Então Nunu alcançou o Troll e pulou nas costas dele. Bradog se deteve e começou a se debater para expulsar o inquilino das costas, suas mãos tentando alcança-lo e as garras passando rente ao rosto do garoto. Mas de algum jeito Nunu conseguiu ficar no lugar. Ele agora agradecia pelos anos montando um Yeti.

— ANNIE! — Gritou Nunu — AJUDA!

A menina ergueu as duas mãos então disparou o fogo. Queimando tudo no caminho. A rajada lambeu a frente do troll e ele rugiu soltando a maça. Nunu se prendeu com mais força ao pelo grotesco, se valendo da distração, se concentrou e com um suspiro uma nevoa luminosa se formou em suas mãos. A magia percorreu parte do braço e então voltou em direção aos dedos, dali uma crosta de gelo começou a se espalhar pelas costas de Bradog.

O corpo de Bradog foi aos poucos sendo envolvido por uma camada de gelo. O manto de gelo se espalhou para seus braços e pernas. Um frio insuportável castigou seus membros. O troll tentou se mover, mas quando se deu conta, quase todo o seu corpo estava congelado. Bradog praguejou e amaldiçoou aquelas duas crianças antes que todo o seu corpo fosse convertido em uma estatua de gelo. Ali permanecendo imóvel em sua ultima posição em vida, com a boca escancarada e o rosto cravado pela agonia.

Nunu deslizou para o chão arfante aquilo exigiu muito dele. Annie iria dizer algo quando a estatua de gelo rachou. Eles acharam que era imaginação, mas o pior aconteceu, a estatua explodiu e Bradog saiu rugindo dispersando pedaços de gelo por todos os lados. Nunu ficou paralisado e Annie lançou uma esfera de fogo que explodiu contra Bradog para chamar sua atenção.

A boa notícia: ele não pareceu notar Nunu. A má notícia: ele definitivamente notou Annie e pareceu extremamente enfurecido. Nunu correu até Annie agarrou-a na hora certa, puxando-a para longe. Os dois correram o beco mais próximo.

— Você está bem? —Nunu perguntou.

Annie acenou com a cabeça.

— Acho que é a minha vez de distrair — disse ele. — Consegue ainda usar aquele fogo?

— Sim! — respondeu

— Certo, ai vou eu!

OST

Nunu correu para perto de Bradog, mas ainda mantendo uma distância segura. Ele parou do lado dele e levantou os braços. Seria de se imaginar que Nunu estava planejando algum tipo de ataque especial, mas o garoto não fez nada demais. Apenas ficou parado lá e olhou para o Troll como se quisesse dizer: Estou aqui! Eu sou gostoso!

O troll se virou para Nunu e caminhou em sua direção com sangue nos olhos. Annie prendeu o fôlego. É tudo ou nada! — Pensou.

Ela separou as pernas e respirou fundo, abriu bem os braços e juntou tudo que restava de energia. Um domo flamejante envolveu-a. O domo cresceu, se expandindo e derretendo a neve no chão ao seu redor. Então ela juntou as mãos e com grito esvaziou seus pulmões. Disparou fogo das palmas das mãos em uma rajada causticante. Queimando tudo pelo caminho. As chamas envolveram o troll em um turbilhão flamejante. As chamas foram tamanhas que chamuscaram a entrada da casa no outro lado da rua. Não havia mais sinal do troll.

Annie se deixou cair no chão arfante em busca de ar. O rosto de Nunu apareceu em cima dela.

— Bom trabalho — disse ele.

O raciocínio de Annie ainda estava lento, mas ela assentiu com a cabeça e se colocou sentada ao lado de Nunu.

— Onde está Helena e Anita? — Perguntou Annie

— já saíram do vilarejo. — Respondeu Nunu — Precisamos voltar e ajudar os outros.

— Apenas me der um...

As palavras morreram na boca dela conforme os olhos foram registrando a cena. Nunu se virou e prendeu o fôlego ficando paralisado. Bradog saiu das chamas, vindo na direção deles com os olhos em uma intensidade de ódio que os assustou. Havia alguma coisa de errada com aquele troll, tinha algum poder protegendo-o. Annie estava acabada, não estava nem em condições de correr, quem dera usar magia. Nunu não estava em condições muito melhores, ambos só podiam ver o troll vindo na direção deles com a morte estampada nos olhos. Estavam perdidos.

Bradog se projetou para frente, mas nessa hora a parede de madeira do lado deles explodiu enchendo o ar com os pedaços quebrados, não ouve tempo para reação. Antes mesmo que as lascas alcançassem o chão, um grande punho saiu em meio delas e acertou em cheio o rosto do troll. Bradog recuperou o equilíbrio recuando, ele cuspiu alguns dentes quebrados no chão e levantou o olhar para o responsável.

OST

— Calma crianças... Braum o coração de Freljord, chegou!

— Senhor bigodudo! — Sorriu Annie

— Agradeça ao seu amiguinho, ele veio correndo me avisar! — disse ele, o poro subiu até o seu ombro e guinchou triunfante e se virou rosnando em desafio para o troll enriçando o pelo como um gato.

— Flocos!

Um longo rugido explodiu atrás de Bradog. Um grande urso estendeu as suas terríveis garras para o troll com olhos selvagens e penetrantes.

— TIBBERS! — gritou Annie

Do lado do Urso surgiu outra fera mais com aspecto símio. Era um yeti. A fera rugiu mostrando os intermináveis dentes pontiagudos, bateu contra o próprio peito em desafio tal como um gorila e voltou a rugir estufando-o.

— Willump! — disse Nunu

Braum ergueu se enorme escudo e o jogou com força contra o chão.

— Agora vamos dá uma lição nesse Troll!

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Lux se levantou, recompondo-se. Ela de relance viu o Trundle atacar Ezreal, o corpo do garoto bateu na parede com uma incrível velocidade. A madeira estalou com o impacto. Forçou a razão bem a tempo de ver o troll prestes a esmagar o seu namorado. Lux interveio novamente. Explodindo uma esfera de luz sobre o rosto de Trundle. Ele rugiu e socou o chão, em desafio, com força deixando um suco de vários centímetros sobre o assoalho com o formado de seu punho.

— Vocês estão irritando o Troll errado! — enraiveceu-se Trundle

Ezreal estava em segurança por enquanto, mas Lux ocupara o lugar do namorado na lista de indivíduos ameaçados de extinção. Mas ela não recuou, em vez disso, girou o cajado e se preparou.

A maga conjurou uma luz na ponta do seu báculo que pareceu absorver a luz do local e ofuscar a luminosidade de fora. A jovem arremessou orbes de luzes contra o inimigo. Elas explodiram contra Trundle queimando o seu pelo. Ele urrou e piscou tentando se costumar a claridade ofuscante. Lux já aprontava o próximo ataque.

Dessa vez ela mirou contra o teto e parte dele veio a baixo contra a Trundle. O entulho desabou contra ele soterrando-o em uma mistura de madeira, moveis e poeira. Por um tempo o silêncio e ansiedade foram tudo que se seguiu. O entulho explodiu estilhaçando numa nuvem de pó e fragmentos e Trundle surgiu furioso de dentro dele.

Lux liberou a magia duas esferas brilhantes arquearam em sua volta e um domo brilhante se expandiu bloqueando os fragmentos que voaram contra ela. A maga disparou magias que avançaram até o troll, ele os bloqueou enquanto investia. Trundle tentou golpeá-la com o porrete, mas não atingiu coisa alguma: o corpo de Lux havia se dissolvido no ar.

Mas o que Lux não esperava era que Trundle havia se antecipado a aquele pequeno truque com as luzes. Ele se virou bem a tempo de ver a verdadeira Lux prestes a lançar outra magia. O troll interveio a tempo e atacou. A mão dele rodopiou pela lateral e atingiu Lux com força. A maga deu uma cambalhota no ar e desabou de cara no chão, gemendo de dor.

Trundle estendeu sua mão e Ela foi levantada até encarar a sua face. Lutou para se concentrar em meio à dor e a confusão. Sua perna estava balançando no ar, e a respiração do troll batia em seu rosto. Lux subiu o olhar para ele. Trundle estava rindo. Lux não gostava que rissem dela.

— Ria disto! — Falou, e deu uma cacetada no troll com a única arma disponível. Seu báculo. Sem dúvida seria mais eficiente tentar espatifar uma pedra com um graveto. Felizmente o golpe ridículo teve um efeito colateral. A magia sibilou e o instrumento vibrou, lançando magia para os estremos da arma. Um clarão irrompeu e a luz ofuscante atravessou os olhos vermelhos do troll. Lux foi arremessada para longe enquanto o troll agonizava temporariamente cego.

A parede estava se aproximando a uma velocidade alarmante. Talvez, pensou Lux esperançosa, este fosse um daqueles impactos onde a gente só sente dor bem mais tarde. Não, respondeu seu lado pessimista, acho que não. Por sorte ela caiu inconsciente sobre a neve. Perto dali, Riven estava arfante dobrada sobre si, cada sugada de ar era uma tarefa atenuante. Fincou a espada no solo e usado como uma escora tentou se levantar como um velho envergado, mas seus pés cederam e ela caiu sobre o chão. A perda de sangue foi demais para ela.

Trundle se recompôs piscando até que seus olhos se costumassem novamente. Ele foi em direção a Lux e se agachou, erguendo a garota loira. Trundle analisou sua presa. Uma mordida no pescoço ou no coração? Pensou ele. Ele fez sua escolha, a cabeça. Ele abriu sua boca revelando uma carreira interminável de dentes pontiagudos. A cabeça de lux se aproximava do que mais parecia uma entrada para o submundo. Úmida e fedorenta.

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Perto dali...

Ezreal acordou. Soube imediatamente que estava vivo, por causa da dor insuportável em cada centímetro de seu corpo. Tentou se levantar, mas não sentia as suas pernas, sequer conseguia ficar de pé, quanto mais resgatar Lux.

Com grande esforço o explorador mexeu os dedos, depois os braços. Doíam muito, mas pelo menos havia movimento. Certo, meus braços estão ok. Falou para si mesmo. O sangramento parecia ter parado, e ele estava pensando com coerência. No total, estava em condições muito melhores do que deveria estar.

Mas mesmo assim, não era o suficiente. Com um esforço inumano, se arrastou pelo chão, quase como um verme por causa de suas pernas inutilizadas, enquanto assistia impotentemente Lux prestes a ser devorada. Mas ele percebeu uma coisa. Havia fagulhas dançando em seu cristal. Ele devia estar alucinando. As fagulhas se concentravam como pontos incandescentes e o interior do cristal relampeava em uma pequena tempestade. O garoto estremeceu. Isso não era alucinação. Alguma coisa extraordinária estava acontecendo.

Magia.

Alguma coisa estava curando seus ferimentos. Uma sensação de algo poderoso.

Ezreal murmurou:

– Anivia?

Ele prendeu a respiração e suplicou.

– Anivia, me ajude... Lux ela... eu não consigo fazer isso sozinho... me empreste sua força!

Mesmo que não enxergasse. Ele sentia Anivia, ela estava ali.

– Você não precisa lutar sozinho, Ezreal – Anivia disse – Você terá a mim do seu lado!

Os ferimentos estavam sendo tratados, com uma velocidade surpreendente. Ezreal podia sentir a cura, os cortes sanando. Ele saltou de pé. Estava mais forte do que nunca. O bastante para atacar de novo aquela fera curvada sobre sua namorada. Lá fora Lux acordou ao tempo de vê a garganta da criatura. Em desespero tentou se remexer inutilmente como uma isca no anzol, mas o aperto era forte demais. Tentou gritar, mas a voz não saiu.

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Um feixe de luz incandescente atingiu o antebraço do troll que gritou de dor. Ele urrou e largou Lux no chão. Trundle se virou para o responsável mostrando ameaçadoramente seus dentes.

— Você vai morrer garoto! — Rugiu

A fúria ardia em seus olhos, por causa daquilo, agora ele queria sangue, não só do garoto e das outras duas, mas de todos naquela pequena vila. Chega de brincadeira. Disse para si mesmo. Havia apenas um modo de dá uma lição naquele humano.

Lux se recompôs com dificuldade, ela levantou o olhar para Ezreal e foi surpreendida. Era Ezreal que estava ali e ao mesmo tempo não era ele, não exatamente. Alguma coisa parecia domina-lo, algo grande e poderoso. Não era o namorado que conhecia, seus olhos eram sábios e antigos. Emanavam deles um poder abissal e seu cabelo tinha outro aspecto, branco como neve. Seu rosto estava sereno, não parecia temer a besta que rugia em desafio.

— Este é um aviso, Troll. Volte para sua mestra!

Trundle se empertigou enraivecido, ele se ergueu e se atirou na direção do garoto elevando o seu porrete sobre a cabeça.

3 metros...

Ele enrijeceu os músculos, aprumou o corpo para um golpe mais potente.

2 metros...

Rugiu anunciando o ataque devastador.

1 metro...

Com toda a força e raiva que conseguia aplicar ao golpe, atingiu Ezreal com sua arma.

O garoto permaneceu imóvel, inabalável, nos segundos finais ergueu sua mão bloqueando o ataque avassalador. O choque do impacto estilhaçou janelas de vidro ao longo da rua principal e apagou o fogo logo atrás dele, enquanto uma onda circular se propagou empurrando a neve ao redor. Trundle cambaleou para trás, mas Ezreal não se móvel um centímetro.

Trundle percebeu algo nos olhos do garoto. Não era mais o jovem humano que viu anteriormente, havia algo de diferente, até seu cabelo tinha mudado, passando de amarelo para um branco tão alvo quanto à neve. Ele percebeu um poder, um poder que somente tinha visto em Lissandra... não... era algo mais antigo, maior e mais poderoso que sua mestra.

— Quem é você? — Rugiu ele

Ezreal levantou o olhar, e Trundle sentiu suas pernas tremerem quando aqueles olhos encontraram-se com os seus. Ele sentiu uma grande presença que foi crescendo até que todo o local fosse pressionado e preenchida por ela. Seus músculos contraíram-se e sua expressão tornou-se tensa. Trundle nunca vira aquilo, ele ergueu o olhar e viu algo atrás de Ezreal.

Ele forçou os olhos para uma imagem atrás do garoto. Uma aura o cercava, a imagem foi crescendo até ficar cinco vezes maior que Ezreal. Era um avatar, uma imagem de uma ave — uma ave de seis metros de altura que brilhava em azul. Ela desceu o olhar para Trundle e ergueu as asas, e guinchou. A neve subiu e um inexplicável vento soprou varrendo tudo pela frente. Trundle fincou a mão no chão para não se carregado. Da mesma forma que começou, o vento parou e Trundle ergueu os olhos para não ver mais a ave, mas apenas o garoto.

— Quem é você? — Perguntou novamente

Ezreal ergueu os olhos

— Eu sou Anivia!

...CONTINUA...


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Notas finais do capítulo

Obrigado pela leitura, comentem, favoritem, acompanhem e claro, recomendem. COMENTEEEEEEEEEEEEM NEM QUE SEJA UM UP!!!!


OBS: deixo bom vocês essa fic, um oneshot de menos de 200 palavras, por isso, comentem é de Katarina e Garen. Escrita por Raul Francisco Krüger.

http://fanfiction.com.br/historia/533832/The_Dance_Of_Our_Hearts/