O Trono de Gelo escrita por DISCWOLRD


Capítulo 13
O Caçador e a Caça


Notas iniciais do capítulo

Desculpa pessoal, estou sem net a 15 dias e sem previsão de retorno. Eu mudei algumas coisas no que tange a personalidade de lore.

Minha Lissandra não é cega, estou preparando algo na hist.



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OST

O Caçador e a Caça!

— Vamos Sarah! Levante-se!

Sarah fortune mais uma vez se encolheu ao ouvir a voz, era um reflexo natural. Aquela era uma atitude normal sua nos treze anos de vida que completava como piscar ou mesmo respirar.

— Não é assim que se segura uma arma querida. Você precisa ser forte!

Elizabeth Fortune era uma mulher bonita com um cabelo ruivo, curvas bem definidas e pele bronzeada. Um rosto nobre e forte embora seus olhos amendoados e bondosos, fossem sérios e profundos. Sua voz determinada fazia jus a sua postura. A lamparina na mão dela lançava uma luz que ofuscava a vista da sua filha.

— Domine a arma ou ela vai dominá-la. Agora, agarre com mais força o cabo da arma com as duas mãos e mantenha o braço reto para evitar a força do recuo!

Sarah reajustou devidamente a forma de segurar o revolve. As suas mãos tremiam com medo de deixá-la cair. Suor escorria por sua testa e sua blusa branca estava colada ao corpo.

— Se você não for forte, não irá sobreviver em Bilgerwalter. Lá fora é matar ou morrer, hoje minha filha, você irá matar alguma coisa.

Ela podia ouvir, eles latindo. O vento chiava por entre as árvores e rochas, havia uivos, latidos e rosnados. Nos locais onde a luz não batia era possível ver olhos brilhantes espiando na escuridão. O medo ficou mais intenso e a arma tremia. Ela tentou mirar, mas o tremor a impedia. Os olhos mareados converteram-se em lágrimas. A pobre menina tentou falar mas sua voz falhava.

— O que disse Sarah? Fale mais alto! — exclamou a sua mãe

Ela sentia a sombra da mãe crescer sobre ela, Sarah juntou coragem para dizer.

— Eu...eu não consigo!

— Você não consegue? Você é uma Fortune filha, você será grande!

Suas pernas cederam e ela foi ao chão, chorando e soluçando. A arma jogada a frente dela. Sarah sentiu a mão em seu pescoço sendo puxada para cima com força, colocando-a de pé. Elizabeth pegou a arma e entregou enquanto ajudava a filha a ficar na posição correta.

Logo à frente, no meio do arbusto um cachorro pestilento, espumava pela boca. Fitava as duas rosnando e mostrando os dentes amarelados.

— Só existe duas coisas nesse mundo, filha, o caçador e a caça! — Rugiu a mãe — Então é melhor você escolher ser o caçador. Seja uma mulher, mostre-me como é ser uma mulher!

Ela posicionou a arma em direção ao animal e quando este latiu ela tremeu mais uma vez, mas não vacilou.

— ATIRE!

A arma rugiu. O recuo empurrou-a para trás conforme tropeçava desajeitadamente. Ela recuperou o fôlego. As lágrimas escorrendo por seu rosto quando ela viu o animal caído no chão em uma poça de sangue.

— Só existe duas coisas nesse mundo — Disse sua mãe novamente — o caçador e a caça!

Catorze anos depois...

1h 20m AM. Porto de Freljord...

Você pode correr...Mas não irá se esconder...

Miss fortune se lançou em um telhado pousando agachada, seus cabelos acompanhavam tardiamente seu movimento. Logo abaixo dela, em um armazém, O local tinha uma forma de um quadrado perfeito, o ambiente era sombrio e espaçoso. O teto altíssimo se erguia a 20 metros, sustentados por colunas de metal e ferro fundido. Logo abaixo um labirinto feito de caixotes e mercadorias empilhadas.

— O que fazemos agora capitão?

— Cale a boca, Moxon! Eu preciso pensar — disse o Pirata Julius, fazendo um careta. Em seu ombro uma bala. Ele o segurava o membro com a mão, tentando conter o sangue e ao mesmo tempo impedir que o braço se movimentasse.

O capitão Julius, gemeu com o projetil alojado sobre a articulação. Havia alguns homens seus enfiados nos espaços entre os produtos e caixotes, formando um labirinto de mercadorias. Cada homem com todo tipo de arma, de espadas e punhais à escopetas e revólveres. As luzes no local duras naquela noite. Seus rostos refletiam o medo que ameaçava as suas vidas.

— Quantos sobraram? — Perguntou ele tentando aliviar a dor

— Não sei capitão — Respondeu um deles

— Precisamos saber se fomos seguidos até aqui, você vai Moxon. — Disse um dos piratas por entre os dentes

— O cacete, Jerfrey! — Retrucou Moxon — Não vou sair daqui por nada!

— Aquela maldita, como ela se move tão rápido? — Disse Kelvin suando apesar do frio

— Ela está atrás de nossas cabeças, de minha cabeça! — Disse Moxon

— Chega dessa besteira e recarreguem as armas! — Ordenou o capitão Julius. Sua visão começava a falhar. Encostou-se na parede para aliviar a dor — Cubram as saídas e entradas, quero cada local possível vigiado!

— Droga! — rosnou Jerfrey — Não devíamos ter matado aquela família! Eram só crianças cara, só crianças!

— Podiam até ser, mas foi muito bom estourar a cabeça daquela menina com o rifle, ela não parava de chorar gritando mamãe, mamãe — Falou rindo Moxon — A mãe deles, cara como eu amei comer ela!

Jerfrey apenas o ignorou

— Quem fez isso capitão? Qual o nome dela?

— Eu já ouvi falar, uma caçadora de recompensas. — Gemeu Julius — Aquela maldita! Se não tivesse corrido até as docas eu estaria acabado.

— Ainda pode estar, capitão, se não cuidarmos disso — Disse Jerfrey apontando para o ferimento — Você está vazando como uma peneira.

— Droga! — Cuspiu Moxon — Ainda tem muita mulher nessa cidade pra me divertir. Eu não vou morrer aqui!

— Um bando de filhinhos da mamãe com medo das próprias sombras. É apenas uma mulher, seus idiotas! Vocês não conseguem dar conta de uma mulherzinha? Que inferno!

Logo acima, os lábios da Miss fortune se esticaram em um sorriso ladino.

Ela ergueu a cabeça, vasculhando o labirinto de caixotes e mercadorias no armazém. Ela era uma mulher de ação não de estratégia, mas não se colocaria em perigo sem pensar. Ela refletiu revisando o seu alvo. Tudo estava ali, o favor que havia pedido a Janna. Recolher informações sobre os alvos.

"Capitão Julius Mortin e sua tripulação, procurado por assassinato, roubo e estupro. Recompensa 5 mil moedas de ouro. Os demais membros, 200 de ouro por cabeça."

Velha história. Pirata desordeiro que deveria ser capturado. Miss Fortune sorriu, derramaria sangue de pirata aquela noite. Ela saltou.

OST

Jeffrey, girou a escopeta no memento em que a caçadora de recompensas pulou pra junto dele. Ela rolou no chão amortecendo a queda. A escopeta disparou apenas uma vez antes que o impulso de Fortune a colocasse de pé, o tiro passando por cima dela atingindo a parede a frente espalhando fragmentos de alvenaria e uma nuvem de poeira, em um só lance ela apontou e atirou contra a cabeça de Moxon. Logo depois ela acertou o companheiro dele que caiu com uma faca cravada entre os olhos.

Os outros disparavam contra ela, Fortune se jogou por trás de alguns sacos de brita em busca de abrigo. Os tiros atingiram o chão logo atrás dela. Os sacos estouraram e pipocaram levando vários fragmentos de pedras por todo o lado. Miss correu por entre o labirinto de mercadorias, chegando até um outro membro da tripulação com uma espada. Jerfrey investiu contra ela, mas um sagaz movimento Sarah se desviou fazendo com a lâmina passasse a poucos centímetros de sua pele produzindo uma lufada de ar. Ela disparou contra o peito do pirata. Ela sorriu. Dois já foram, faltam quatro!

Miss levou à mão a arma e disparou contra um suporte de madeira, a estrutura ruiu e despencou por sobre dois outros homens esmagando-os. Ela correu para a proteção atrás de uns caixotes. Com um giro avançou na direção de um outro. O homem mal acompanhou seus movimentos, foi então que ela ergueu a adaga e inclinou a lâmina, que se cravou entre as costelas do sujeito, e penetrando tão fundo que suas mãos se encharcaram com o liquido vermelho.

O home urrou de dor. Ela o furou feito um porco. Ele puxou a lâmina e tentou revidar, mas foi um erro. Avançando rapidamente ela enterrou outra faca até o cabo na garganta dele. O pirata caiu de costa se debatendo com as mãos sobre a ferida que irrompia sangue por entre os seus dedos.

— PARADA! – Rugiu uma voz de suas costas

Miss Fortune se levantou lentamente enquanto sentia o cano da arma pressionar suas costas. Ela começou a se afastar e virar lentamente.

— Eu disse PARADA!

Ela parou

— Olá capitão

— O que você fez com minha tripulação!?

— São apenas marujos de primeira viagem — riu ela — Negócios, nada mais.

— Jogue as armas fora, AGORA! — Rosnou ele

Ela as jogou para longe e colocou as duas mãos sobre a cabeça. Julius ergueu a arma, avançando. O cano dela enfiada na base do pescoço de Sarah, sob os seus dedos.

— Vamos ver quanto a sua cabeça vale no mercado negro!

De relance, ela jogou o chapéu por sobre ele cobrindo o seu rosto. Julius atirou no estante que a cabeça dela se deslocou para o lado.

O disparo explodiu no ouvido dela. Produzindo um zunindo. Antes que o capitão contra-atacasse, um chute giratório custou a ele todo o seu ar. Mas ele estava dominado pela raiva e desespero. Conseguiu ainda disparar duas vezes antes ela conseguisse arrancar a arma de sua mão. Ela caiu girando sobre o piso.

Fortune foi moldada por anos como caçadora. Perseguindo tipos como ele. Dos mais diversos modos, os seduzindo fingia-se de prostituta para ser levada até seus aposentos que quando estivessem descuidados o suficiente para serem surpreendidos por alguma bala alojada no peito. Outros métodos eram mais sutis, invadindo seus esconderijos e os liquidando sem chance de contra-ataque. Ou, para sujeitos como Julius, a ação bastava. Ela mostrou os dentes, adorava aquilo, toda aquela ação e risco.

Com um grito, ela pegou uma corrente no chão e se lançou para frente com toda a força. Julius tentou se recuperar mais era tarde demais. Fortune se lançou por trás dele passando a corrente por seu pescoço em um laço mortal. Como uma forca, a corrente entrelaçou na garganta dele. Ela puxou com toda a alento colocando o seu corpo para trás como ponto de apoio. Julius se debateu, por instinto suas mãos foram contra a corrente tentando se desvencilhar do abraço fatal. Seus olhos reviravam e ele tossiu, seu rosto ganhava uma tonalidade arroxeada pela falta de ar. Miss fortune trincou os dentes e empregou mais força ao abraço letífero das correntes. Ela precisava daquilo, fazia parte de sua vingança.

Flashes de memória vieram em sua mente.

Uma garota chorando sobre o corpo ensanguentado de sua mãe, sons de tiro e água invadindo o seus pulmões, cada cena que ela viveu repassava em sua mente como um filme em reprise. A sua mãe morta e sua vida arruinada por piratas, por homens como Julius. Ela voltou do sonho quando percebeu o corpo dele sem vida. Ela soltou as correntes e Julius caiu inerte no chão.

— Sem valor sem ganho — Sentou-se no chão se deixando repousar e seus ombros cederam pelo cansaço — Só existem duas coisas nesse mundo: o caçador e a caça!

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OST: https://www.youtube.com/watch?v=uM33lqhOR6o

"Essa parte foi inspirada na serie Discwolrd de Terry Pretch"

Já havia se passado um bom tempo desde que deixaram Resktalke. O trio correu os olhos em volta. Os pinheiros já ficavam menos comuns, havia muitos cascalhos no chão e, mais adiante, a trilha levava a uma montanha rochosa coberta de neve.

A estrada que perseguiam era íngreme e sinuosa, um trajeto cheio de buracos e rochas salientes. Ela serpenteia entre montanhas, afunda em vales verdes e frios, cheios de árvores, cruza desfiladeiros em pontes de corda que rangiam e, no geral, era mais chamativa do que transitável. Logo as primeiras impressões da paisagem foram: “oh, minha nossa, dá uma olhada nesse vale. É lindo!”, “Olha, como são grandes essa montanhas”, “minha nossa, é tudo branco. É lindo. Nunca vou me enjoar disso.” Para serem trocadas por: “Poxa vida, mais uma montanha”, “mais neve, isso não tem fim?”. Agora os três estavam sentados sobre uma saliência rochosa, descansando.

— Então quer dizer que tem uma ave divina dentro de sua mente e o nome dela é Anima? — Perguntou Lux

— Anivia — Corrigiu Ezreal

— Parece preocupado — comentou Lux, que estava cortando seu cabelo.

Ezreal tentava encolher a cabeça o máximo que podia quando as lâminas se agitavam à volta.

— É porque estou.

— O que exatamente o que ela quer?

Ezreal hesitou.

— Bem — disse, afinal. — Quer quê eu ajude a salvar Freljord.

— Do quê?

— Bem, pode ser o fim de Freljord, parece vai ter uma guerra. Talvez até leve ao fim do mundo. Mais ou menos isso.

— Mais ou menos? Mais ou menos o fim do mundo? Quer dizer, vamos ficar na dúvida? Vamos olhar para os lados e perguntar a primeira pessoa: “Com licença, você sabe se esse é o fim do mundo? É que estamos meio na dúvida.”

A tesoura de Lux não parava.

— Pare de tremer assim, quase cortei sua orelha.

— Ai! — Reclamou Ezreal

— Você não para quieto!

— E difícil ficar quieto sabendo quem está passando duas lâminas de metal na minha cabeça!

Ao chegarem perto de um desfiladeiro onde uma ponte de corda rangia com o vento. Riven e Lux desceram e foram procurar qualquer coisa para comer no bosque. Ezreal estava entediado. Ele desceu deu um chute na pedra mais próxima. Com mira certeira, a pedra bateu em uma arvore e ricocheteou de volta para a cabeça dele. O explorador soltou um: Ai. Uma voz divertida e meio infantil falou:

— Bem feito!

Foi então que notou algo. Logo a frente dele agora, um iete de três metros olhava para ele de forma demente. Era um animal peludo e bípede. Com uma aparência símia, o corpo coberto de pelos brancos exceto as pontas dos pés e as mãos. Os braços grandes e grossos que se estendiam até junto do joelho. Apesar do conjunto de coisas que mais lembravam um gorila, tinha uma aparência simpática, exceto pelas mãos, os dedos mais lembravam um cacho de banana.

Houve um longo silêncio. Então Ezreal perguntou para o Iete:

— Você disse isso?

— Disse. — Respondeu

— E isso também?

— Disse.

— Ah.

Ezreal pensou: não posso estar falando com um Iete. Se estivesse falando com um iete, estaria maluco. Não estou maluco, logo, ietes não falam.

Um uivo estridente cortou o ar como uma faca e congelou alma de Ezreal. O explorador se aprumou se preparando para o pior, mas o que viu foi o cavalo relinchando. Ele se atirou para frente se agarrando com força na carroça, para logo perceber que isso não foi uma atitude muito inteligente. O cavalo se aprumou nas duas patas e fugiu por entre as árvores na beira da estrada arrastando a carroça atrás dele. O explorador se segurou desesperadamente no animal, que galopava em direção ao bosque com toda a velocidade.

Enquanto isso dentro do bosque...

— Acha que tem alguma coisa pra comer por aqui? — Perguntou Riven

— Acho — respondeu Lux — Nós duas.

Elas queriam carne e por isso, haviam partido a procura de alguma coisa para comer e agora avançavam bosque adentro. As duas procuravam por algum coelho ou pavão. O vento chiava por entre as árvores e rochas, havia uivos e rosnados. Os uivos estavam mais constantes, eles vinham de todo o lugar, algumas vezes mais longes outros mais pertos. Nos locais onde a luz não batia era possível ver olhos brilhantes espiando na escuridão.

— LOBOS! — gritou Riven

Lux tomou seu bastão, estava pronto para conjurar.

— Pensei que eles só agissem de dia — disse ela enquanto mantinha-se olhando por entre as árvores

— Eu também, mas carne fresca não pode ser simplesmente ignorada.

No meio do arbusto um lobo um grande e cinzento fitava as duas, ele soltou um uivo como se fosse o capitão chamando a sua tropa para o ataque. O lobo rosnou e avançou em direção as suas duas presas. Nesse momento uma esfera de luz é jogada contra a fera, ela explodiu jogando o lobo para longe. Outros lobos saíram da densidade da mata, Riven puxou sua espada. Era uma arma peculiar, parecia ter sido uma grande espada um dia, mas estava quebrada exatamente ao meio. Mas isso não era um empecilho. Ela separou as pernas e se preparou. Com giro rápido no ar golpeou o lobo no focinho. Outro movimento rápido conseguiu desviar da mandíbula do lobo que se precipitou em sua direção. Com um golpe certeiro com a espada tirou qualquer reação do lobo. Outros lobos se juntaram cercando as duas.

— Nesse ritmo não conseguiremos — Esbravejou Lux cegando um lobo que estava a sua esquerda

Riven chutou o focinho de um e com a espada cortou um outro que havia se jogado em sua direção

— São muitos! — Rosnou ela girando a espada de um lado para o outro

As duas ficaram um de costas para a outra.

— Eu tenho uma ideia! — disse lux — eu preciso de tempo. Distraia eles!

Riven piscou e olhou surpreso para ela

— O quê? O que você quer que eu faça, que cante alguma canção?

— Faça o quê eu disse, você quer sobreviver não é? Distraia eles!

Para a surpresa de Riven, Lux soltou o báculo no ar que começou a flutuar na sua frente. Lux fechou os olhos e se concentrou. Uma aura branca tremulou envolta dela. No meio de seu báculo uma forte luz se concentrou. "ESPERO QUE VOCÊ SAIBA O QUE ESTÁ FAZENDO!" gritou Riven, Lux apenas ignorou. Riven virou o rosto e olhou para a maga, a garota estava de olhos fechados e dizia palavras em voz baixa. À luz em sua volta se distorcia e se concentrava no seu instrumento como um vórtice. Uns escoamentos giratórios de linhas luminosas apresentavam um padrão em espiral. A luz rotacionava na sua frente, distorcendo a visão de Riven. Olhar para ela era como olhar para um canudo em um copo, distorcido pela direção dos raios de luz.

Ela se concentrou e apertou o cabo da espada. Uma serie de três cambalhotas abateram alguns lobos. Um golpe veloz atingiu atingiu com força um outro que se aproximava delas, Houve um grito medonho, e a figura que saltava caiu no chão sem vida. Três outros lobos partiram para o ataque. Riven agiu rápido matando instantaneamente. Mas nesse ritmo ele não conseguiria. Outras feras se juntaram ao assalto. A alcateia dobrou de tamanho. Os lobos as cercaram, não havia escapatória, o líder uivou e todos atacaram em uníssono. Riven não conseguiriam defender ela e Lux desse ataque.

— Porque isso só acontece comigo?

Ezreal se segurava com toda força ao cavalo, pois a carroça nessa hora já tinha virada lenha. Agora ele tentava vê o lado bom das coisas, o que no final das contas não conseguiu ver nem um. As coisas nunca podem ser tão ruins quanto possa piorar, essa era uma constate na vida de Ezreal. Por exemplo, durante a corrida alucinada, o cavalo se jogou por alguns arbustos e Ezreal não conseguiu acompanhar e caiu incomodando uma ursa com filhotes, mas escapara antes que a fera pudesse reagir.

Depois, de repente, em meio a sua fuga, se viu atrapalhando um jantar de lobos de uma alcateia. Mas a velocidade que empregou em suas pernas logo deixou os uivos furiosos para trás.


OST: https://www.youtube.com/watch?v=0rXVNCK-I_g

— LUX JA TERMINOU AI? EU PRECISO DE VOCÊ! — Gritou Riven.

Antes que os lobos as alcançassem, uma forte luz emanou de sua direita e com ela palavras de poder retumbaram: "A luz que bani as sombras, descarrega o teu grandioso poder sobre meus inimigos, me dê sua força pura para expurgar as trevas... FINAL SPARK!". Um grande feixe de luz cruzou em direção ao céu e tudo explodiu em um clarão. Os lobos fugiram da luz ofuscante. Riven e Lux estavam ofegantes, mas satisfeitos por ainda estarem vivas.

— Eu te devo uma. — Disse Riven.

Lux se dobrou apoiou-se em sua perna para recuperar o fôlego. Ela agora observava um logo estirado no chão.

— Eu não sei você, mas eu acho que prefiro frutas.

— Concordo. Mas vem cá, aquele falatório todo de luz que expulsa as trevas, força pura e blá blá blá, foi realmente necessário?

Lux deu de ombros

— Não, mas faz bem pra minha alta estima.

As duas voltaram para onde deveria estar um cavalo, um garoto e uma carroça, não necessariamente nessa ordem. Mas encontraram apenas um Iete parado ainda no mesmo lugar.

— Se vocês estão procurando pelo garoto — disse o Iete — ele foi levado pelo cavalo bosque adentro.

Durante alguns instantes, as duas permaneceram em silêncio.

— Lux, o bicho falou...

— Animais não falam — Rebateu Lux — É muito importante se lembrar disso.

— Mas você acabou de ouvir...

Lux suspirou.

— Olhe aqui — cortou ela. — É pura biologia, não é mesmo? Quem quiser falar vai precisar do equipamento adequado, tipo pulmão, boca e... e... e...

— Cordas vocais — complementou o Iete.

— Cordas vocais — confirmou Lux, calando logo em seguida.

As duas se olharam e pensando por um instante. Lux perguntou já entregando as pontas. Aquele dia já não tinha mais sentido mesmo:

— Será que por acaso você saberia dizer aonde essa estrada ao vilarejo de Lisk.

— Sim. — respondeu o iete sem abrir a boca.

Riven pigarreou e meio sem jeito perguntou

— Sempre tive uma dúvida, é chato ter tanto pelo? E também sempre fico pensando, como é chato ser uma fera que todos temem. Imagino ser bem solitário, não é?

O iete deu de ombros. Ou deveria ter dado... ou não deu. Vai saber.

— Não sei. Nunca fui outra coisa — retrucou o Iete. Ainda sem mexer a boca.

Riven encarou-o mais de perto. Depois tirou um livro da bolsa e virava as páginas alucinadamente.

— O quê está fazendo? — perguntou Lux

— Estou consultando o índice de monstros, criaturas, bestas e coisas do tipo. — respondeu Riven — Você acha que é um lobisomem? São dificílimos de matar, precisa de prata e...

— Não vai achar aí — avisou Lux — Não é um lobisomem. Nem tem parte humana. Procure em algo que não seja sobrenatural.

Lux tomou o livro da mão de Riven

— Claro, talvez seja uma quimera — propôs Lux, correndo o dedo pela página. — Aqui diz que precisa de uma espada, um herói corajoso e pimenta-do-reino...

— Pimenta-do-reino?

Ela assentiu

— Aqui diz que elas tem alergia a isso.

— A gente só quer derrotar a criatura, não comer! — protestou Riven.

— Na primeira oportunidade, deveríamos fugir — Advertiu Lux

— Sabe para onde? — Perguntou Riven

— De onde — corrigiu Lux — O quê importa é de onde. A fuga sempre começa com o primeiro passo. O importante é fugir!

Riven ignorou a maga e tomou o livro de volta. Folheou para a esquerda depois para a direita até finalmente encontrar o que queria.

— Eu achei, é um Iete da montanha! — Esbravejou ela com o dedo fixado em uma página

— O quê precisa para vencer um Iete? — Perguntou Lux

— A página tá borrada — sorriu meio sem jeito — eu comprei o livro usado. Pensei que essa mancha não faria falta.

— Chocolate — Disse o Iete

As duas se entreolharam

— Chocolate? — Perguntaram

— Sim sim. Chocolate é a maior arma contra um Iete.

— Ah é? Não sabia.

— É sim — Afirmou seguido de algum riso.

Lux tirou um tablete de chocolate e se aproximou do Iete esticando a mão.

— Não, não. Coloca naquela pedra logo ali — disse o Iete.

Lux franziu o rosto e fez o que disse

— Aqui? — Perguntou colocando por sobre a pedra na beira da estrada junto do Iete

— Sim!

Logo em seguida uma mãozinha saiu de dentro do arbusto e puxou o chocolate em frações de segundos. Ouve o som do pacote sendo desembrulhado e logo depois o som bastante peculiar de mordidas e mastigados.

— Lux você viu isso? — Sussurrou Riven
Lux assentiu

— Eu vim — Sussurrou de volta

— Nossa, vocês me pegaram. — disse o Iete — quem imaginaria que teriam minha principal fraqueza. Chocolate. Mas sabe, falta pouco para vocês me derrotarem.

— É mesmo? — Ironizou Riven

— Pois é. Quem sabe mais um chocolate e vocês não acabam comigo de vez.

As duas trocaram olhares e assentiram.

— Nossa Lux, vamos acabar com essa fera. Vamos dá pra ela sua maior fraqueza, o chocolate. — Ironizou Riven

— Pois é Riven, estou colocando o chocolate na pedra. Agora será o fim dela, tudo que precisa é comer. Viva! — Satirizou Lux

— É isso ai... quer dizer... oh e agora o que vai ser de mim?

A mãozinha retornou a pegar o chocolate, mas dessa vez foi agarrada com força e quem diria, havia um corpo ligado a ela. Mais precisamente um garotinho. Riven puxou o responsável para fora do mato. O menino esperneou tentando se livrar da mão, ele foi levantado do chão e suas pernas balançando feito pêndulo. O garoto aparentava ter uns oito a dez anos, tinha um rosto meio rosado e arredondado, pele clara e cabelo meio esbranquiçado que caia entre os olhos azulados. Vestia uma calça, sapatos e um casaco com um capuz vermelho. Ele sorriu meio sem jeito com boca melada de chocolate.

— O que tem para dizer em sua defesa?

— Quer um pouco? — Ofereceu o chocolate comido até a metade.

Lux puxou o garoto pela a orelha até a metade da estrada

— Isso é para você aprender a não enganar os adultos!

— Desculpa tia. — Ele se virou para Riven — Ela é sempre assim?

Riven deu de ombros.

— Se você não me obedecer eu não jogo você e seu estúpido Iete daquele precipício, está me ouvindo? — ameaçou Lux

— Acredite, ela realmente pode fazer isso.

Lux ficou vagamente encorajada ao ver a boca do garoto virar um “O” de pavor.

— Por acaso você viu um garoto loiro, meio que da nossa idade?

Ele assentiu

— Ele foi carregado pelo cavalo bosque adentro.

— Certo, vamos atrás dele e você vai com a gente e traga o seu Iete. Qual é o seu nome mesmo?

O garoto se levantou, passou a gola da jaqueta na boca melada e disse.

—Nunu

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OST

Sarah Fortune se sentou sobre a cadeira deixando seu corpo cansado relaxar depois do banho. Suspirou fundo e desejou desesperadamente, como fazia todas as noites, ter um sono sem pesadelos da morte de sua mãe. Como todas as noites, ela desejou apenas uma vez sonhar com alguma coisa boa. Ela esquecera como era sonhar com qualquer coisa além daquela noite.

— Então, o que descobriu? — Perguntou para homem no outro lado sentado sobre a cama.

Ele se empertigou para frente.

— Pelas marcas e pelo sangue que você tinha no corpo, foi uma noite e tanto. Melhor tomar cuidado Sarah, ou não haverá mais noites como essa.

Miss sorriu, poucas pessoas tinham a permissão de chama-la pelo verdadeiro nome, ele era uma delas.

— Você é ultima pessoa para falar isso, Twisted Fate. Então com quantas mulheres você já dormiu essa mês, soube que foram quatro.

Ele riu

— Três, uma tinha uma ingrata surpresa entre as pernas.

— Então, as novidades?

O ar tornou-se mais tenso e por um tempo ninguém ousou falar. Claramente as noticias não eram animadoras.

— Vladimir é idiota demais pra pensar que não pode errar e inteligente demais para errar.

— Todos erram, mesmo ele. — Respondeu ela — O que ele planeja?

Ele suspirou

— Em Freljord é tradição quando um líder de um clã deseja convocar uma reunião com outro clã. O líder manda para o outro algo de valor dele como sinal de confiança e boa vontade. Quando o outro líder recebe o presente, caso aceite, se dirige até o local marcado da reunião e devolve o pertence como prova de boa vontade e aceitação dos votos.

— Então a reunião acontece, mas o que tem isso?

— Vladimir roubou uma das flechas glacias de Ashe e o chifre do capacete de Sejuani. Isso são por si objetos de grande valor para ambas.

Miss se enrijeceu mexeu a boca para baixo e para cima, tentando avaliar tudo. Então cerrou os dentes quando a compreendeu a dimensão do plano

— Vladimir vai fingir uma reunião? Vai armar uma armadilha! Ele pretende matar as duas?

TF abanou a cabeça

— Ele vai realizar uma reunião com as duas. Claro que ela não vai acontecer. — Ele retirou de dentro do bolso uma carta, remexeu entre os dedos e ela brilhou em um azul vivo — O plano consiste em levar ambas para lugares diferentes. Ashe para um lado e Sejuani para o outro. Quando as duas chegarem aos seus devidos lugares marcados para a reunião, uma emboscada esperará por ambas. Mas o plano de Vladimir não é matar, mas incitar a guerra. Sabe que para os freljordiano respeitam tradição como respeitam o próprio orgulho. — Um giro rápido entre os dedos fez com que a luz azulada da carta se apagasse — A situação entre os dois clãs está tão tensa e frágil, que traição mais violação da tradição será o suficiente para incitar um confronto entre as duas. Tanto Ashe como Sejuani achariam que foram traídas pela outra, ocasionando a guerra.


OST

Aquelas palavras atingiram-na como golpes de martelo, mas ela fez o possível para não demostrar. Já teve o pior daquela noite. Ela se levantou e tomou uma adaga que estava sobre a mesa. TF arqueou os olhos a lâmina tomava sua atenção assim como movimento sensual da cintura dela.

Com um sorriso ladino ela se curvou sobre ele com a adaga na mão.

— Opa, o que vai fazer com isso? — Perguntou sentindo o gume passando sobre o seu peito

Sarah sorriu com malícia. Passou a lâmina sobre sua camisa cortando-a lentamente, depois passou-a sobre sua calça cortando onde ficara o zíper.

— Não seria mais fácil abrir?

Os dois riram. Ela abriu a camisa dele revelando um corpo torneado e algumas cicatrizes de batalha. Adorava aquelas marcas. Depois abriu a calça e contemplou a sua nudez mordiscando os lábios inferiores. TF arrancou a blusa dela e suas mãos se deteveram em seus seios generosos e firmes. Para logo depois descerem pelo tronco liso até a agradável curva dos quadris, até às torneadas e agradáveis coxas.

Miss Fortune tinha a perfeição física que combinava o charme luxuoso e o exótico. TF nunca virá nada igual. Ela, por sua vez, via nele ombros largos e os bíceps torneados e nodosos, até as feições masculinas milimetricamente esculpidas do rosto.

Ela se aproximou do rosto dele. O cheiro afrodisíaco e doce do hálito dela fez os pelos da sua nuca dele se arrepiarem. Ele a puxou pra si apertando suas nádegas e puxando para junto dele. Suas mãos se fundaram sobre o longo e sedoso cabelo dela e com força puxo-a para trás enquanto sentia o cheiro afrodisíaco de sua pele. Ele soprou suavemente em seu ouvido, sussurrando coisas explicitas de como ele a queria e a tomaria e como ela era excitante e deliciosa. Um murmúrio de prazer escapou dos lábios trêmulos de Sarah. Ela mordiscou os lábios dele enquanto excitava suas intimidades.

Ela o empurrou e se curvou sobre ele. As pontas de seus seios friccionando com sua pele. TF mordiscou os mamilos dela até que ficassem eretos. Com os movimentos certos, seus dedos excitavam suas intimidades e a respiração dela ficou mais pesada. Logo a respiração pesada foi abafada pelos primeiros gemidos. Ela o jogou para baixo e colocou para fora sua língua começando a lamber seu órgão enrijecido. Os movimentos corretos de suas mãos e o uso correto de sua boca o enlouqueceram. TF puxou a cabeça dela mais para baixo colocando mais para dentro de sua boca o seu órgão pulsante. No ápice ele gritou e soluçou apertando o cabelo dela.

Ela se levantou ligeiramente. Estendendo a mão, segurou firme o sexo dele e o encaixou. O prazer dominou o rosto de ambos. Paulatinamente Miss se moveu contra ele, subindo e descendo sem pressa. Ele segurou com força, ela gemeu com o seu aperto. Eles aumentaram o ritmo. TF montou sobre ela, dando estocadas cada vez mais duras e profundas. Sarah se jogou para trás, com os seus seios empinados sendo acariciados e mordiscados e revirando os olhos. Os gritos de orgasmos invadiram o local para logo depois desmoronarem juntos ela sobre ele e o silêncio e as caricias foram o que restaram.

TF jogou seu braço sobre ela, Miss Fortune se remexeu tentando digerir tudo

— Já viu Vladimir lutando?

— Não, ele é do tipo que sempre fica nas sombras. Assim como sua amante, Leblanc. Mas claro que seus poderes não podem ser subestimados. Eles tramam ardis com tanta pericia quanto você empunha suas pistolas.

— Tenho pena daqueles garotos,

— Fala de Lux e Ezreal? Eu encontrei com eles hoje, são... curiosos.

Ela assentiu

— Já não ligo para meus instintos para esse tipo de coisa. Pois estou sempre em perigo e a morte faz parte de meu trabalho. Mas algo me diz que eles serão tragados para essa guerra.

— Só os maus de verdade fazem os inocentes sofrerem em uma batalha ao qual não fazem parte. Vamos torcer para que Lissandra apenas tenha curiosidade, pois se Vladimir e Leblanc terem sua atenção, somente o pior pode acontecer.

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OST

Lissandra admirou o local por um instante. As paredes eram feitas de pedra, granitos desgastados pelo tempo. Elas eram decoradas com tapetes que expunham desenhos arcanos. Uma dezena de pilares sustentava o distante teto abobadado. Um mínimo necessário de luz era fornecido de tochas com chamas azuis espalhados pelo local, Lissandra preferia as sombras.

Vladimir avançou e parou sobre a plataforma do trono. Lissandra levou as mãos a seus quadris encarou Vladimir com os olhos solenes. Ela se perguntou se ele havia conspirado alguma coisa contra ela ou se tolamente pensara que poderia tomar o trono dela. Mas algo nele atiçava sua curiosidade.

— Os lideres das demais tribos são jovens e tolos. Quase todos me parecem crianças. Crianças irresponsáveis, vaidosas e imprudentes, incapazes de perceber o que é melhor para elas. Crianças que precisam da orientação de um adulto sensato. Se comparado a minha experiência, até os anciãos deles seriam considerados jovens inexperientes. Mas não são apenas anos de vida que guardo dentro de mim. Exilada por mil anos. Banida de minha própria terra natal. Apossei-me pouco a pouco durante séculos, da magia dessa terra. Os observadores me presentearam com o poder. Um poder que corre em minhas veias, que troveja em minhas entranhas, que me ajudará em minhas finalidades. Então, porque confiaria em você? — um raio de energia formou em sua mão — O que tem para me oferecer?

Ela ergueu sua mão contra o teto distante, e uma luz ameaçadora brotou entre seus dedos. A temperatura no local caiu de tal forma que uma pequena crosta de gelo começou a ser formar no chão reluzente e as chamas nas tochas vacilaram. Vladimir permaneceu inabalável.

— Não tolerarei mentiras, nem a menor falsidade. — ela prosseguiu com autoridade — Os que ousarem adilar e tramar contra mim. Eu os darei as suas devidas recompensas. Você não será diferente, mortal.

Um riso baixo ecoou na sala. Era o riso de alguém que nada temia.

— Não vim aqui apenas munidos de palavras e promessas, Lissandra. — Respondeu Vladmir — Eu não mentirei. Duvide de mim se quiser, mas ao tempo certo acabará por acreditar naquilo que digo. Também sei que nem sempre a confiança pode ser adquirida com palavras. — Vladimir virou-se para o lado encarando o nada. Então ele sorriu — Vamos, mi lady, revele-se! Está sendo indelicada com a nossa anfitriã.

Lissandra estreitou os olhos, havia mais alguém ali? Trundle fustigou o ar. Como uma miragem, o ar se tornou mais denso. Uma silhueta transparente se delineou no local. Uma mulher surgiu ao lado de Vladimir. Ela tinha um sorriso inabalável.

— Trouxe o que eu pedi, Leblanc? — Perguntou ele

Ela riu

— Você tem talento na arte sutil da persuasão, Vladimir. — Sorriu Leblanc — Parece que tem alguma experiência com essa arte. Mas precisa melhorar, já é mais que tempo de aprender a dominá-la melhor. Agora, se me permite.

Leblanc entregou a Lissandra. Ela se abaixou e pegou-o. Ergueu olhar indiferente e analisou os escritos. Ela franziu a testa e olhou discretamente em direção a Vladimir. Ela nada disse, então Leblanc tomou às vezes.

— Tudo está escrito. O número e a disposição das tropas das principais tribos; a situação das suas provisões; a forma como estão planejando ataques; as recentes alianças; as fraquezas em seus territórios. As recentes ações e as capacidades de Ashe e Sejuani. Sabemos de tudo isso e muito mais. Temos informações sigilosas, Noxos tem olhos e ouvidos em todos os lugares. Mas possuo outros meios para reunir informações. Ouso dizer, com todo o respeito, que nem mesmo os Peglacios possuem segredos para nós. Espero que esse pequeno presente, que será assaz útil na guerra, seja um começo para nossa relação.

Lissandra ergueu os olhos em direção a Trundle, que estava em silêncio um pouco mais atrás, depois fitou Vadimir, à direita dela e por fim Leblanc. Perguntou-se, esboçando um sorriso. Será que podia confiar neles? Mesmo assim, esse era um presente que não deveria ser ignorado. Uma vantagem que decidiria a guerra. Vladimir e Leblanc. Eles se mostrariam úteis, por hora. Lissandra afundou de volta em seu trono e sorriu.

— Você tinha minha curiosidade Vladimir, agora tem minha atenção.


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