O Trono de Gelo escrita por DISCWOLRD


Capítulo 10
Uma Inesperada Aliada!


Notas iniciais do capítulo

OBS 1: Já me perguntaram porque eu pretendo juntar Sejuani e Olaf. Bem tem alguns motivos que levaram a junta-los. Se Sejuani se tornar rainha, se faz necessário, como dita a tradição Freljordiana, escolher um rei.
Olaf é a melhor escolha.
1ª - Os dois são Freljordianos
2ª - Ambos defendem a mesma causa. Vêem a força como o instrumento disciplinador para uma nação poderosa.
3ª - É ideal por motivos política. Ashe escolheu Tryndamare por motivos políticos. Para unir e ter os povos bárbaros do norte ao seu comando. Sejuani se unindo a Olaf ela terá sobre seu comando a poderosa tribo berserker de "Lokafar".
4ª - Os dois gerariam filhos fortes que dariam continuidade aos seus reinados.
OBS 2: Eu representarei Riven de uma maneira diferente, farei dela uma idade parecida com a de Ezreal e Lux. Mas com o tempo quero mostrar mais dela e revelar uma garota que carrega um grande fardo.
OBS 3: O cap se dará com duas tonalidades, um mais serio com luta e outra bem cômica.
Espero que gostei, foi difícil escrever e me baseie em muita coisa da serie de Discworld e dos livros de Douglas Adams

EU ESPERO QUE TODOS VOCÊS MORRAM.........DE RIR!!!!!!!!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/558341/chapter/10

OST

– HELGRIM! - Gritou Sejuani - Eu, senhora da Garra do Inverno! Que acenderei ao Trono de Gelo, solicito uma audiência com o líder da tribo Escama de Dragão!

Por gerações os homens de Freljord resistiram incansavelmente ao rigoroso inverno. Desde a guerra das três irmãs que desistiu a união dos povos, quando Avarosa jogou Lissandra ao abismo e Anivia deu sua vida selando os Glassinatas, os povos foram dispersados aos quatro ventos carregados de culpa e despidos do orgulho ardente de uma antiga Freljord. As batalhas dos diversos clãs infestam Freljord como uma mazela indomável, massacrando os fracos e transformando vilas em ruínas calcinadas. Aqueles que sobrevivem ficam eternamente marcados.

Uma dessas vitimas testemunhou o assassinato da própria família. Abandonada e amedrontada ela foi acolhida pelo clã Garra do Inverno. Ainda criança, viu o contingente de sua tribo diminuir pouco a pouco. O frio e a fome levaram a todos, exceto os mais resistentes. Mas a vidente de sua tribo profetizou que ela um dia conquistaria e reuniria as tribos divididas de Freljord.

Armada com fé absoluta em seu destino, seu nome ecoou forte entre os membros de sua tribo. Sejuani. Logo essa garota cresceu e demonstrou bravura e habilidade na batalha como uma grande comandante. Levou a si mesma a extremos que teriam matado qualquer um sem sua determinação em resistir. Ela atravessou nevascas sem se alimentar, sem peles e treinou enquanto ventos frígidos rasgavam sua pele. lutou contra os guerreiros mais fortes de sua tribo, um após o outro. Montada ao seu inseparável companheiro javali, logo ela ascendeu cada vez mais nas fileiras de seus exércitos até que se tornou uma líder incontestável. Sob seu governo, a tribo se tornou mais forte do que nunca foram.

Agora seu caminho levou até mais uma batalha, apenas faltava a união de mais um clã em suas terras.

– Bem vinda montadora de javalis! – Surgiu uma voz de grave logo a frente dela. Sejuani levantou o olhar a um homem corpulento vestido com uma armadura.

– Sejuani, a ira do inverno – disse, sarcástico.

– Helmgrim – disse ela, com um tom de voz firme – Vim para pedir seu apoio junte-se ao nosso clã!

Helmgrim Gargalhou

– União? – Ele girou seu machado. As lâminas duplas da arma brilhavam ao sol.

Sejuani o encarava. Helmgrim recuou, sem encará-la nos olhos. Baixou sua arma, mesmo assim mantendo preparada. Seu corpo inteiro estremeceu de emoção. Ele falou com uma voz baixa mais ríspida.

– O inverno – Ele disse, engasgando-se. – Perdi meu filho e esposa para Freljord. Vi muitos dos meu clãs morrerem um após o outro. O inverno os reivindicou para si. Por décadas passamos fome. Pedimos auxilio as Avarosianos e aos Garra da Neve, mas nem um nem ou outro nos amparou. Agora vêem até mim pedindo minha ajuda?

Sejuani levantou sua voz

– Esta é a hora de juntarmos Freljord! O inverno nos testa separando os dignos dos não dignos. Eu vi muitos de meus irmãos sucumbirem. Mas isso nos deixou mais fortes! Junte-se a mim, e não iremos temer mais o inverno!

O homem não evidenciou reação. Mas sua voz ainda era aflita.

– Nem um marido deveria chorar a perda de sua amada e nem um pai deveria sepultar o próprio filho.

– Haverá tempos para lamentações. – Disse ela – Pelo bem daqueles que ainda vivem sobre o comando de seu machado, deixe-me guiá-los!

A lamentação que dominava a voz e o rosto de Helmgrim se desfizeram em suas palavras fortes

– Eu sou o líder do clã dos Escamas de Dragão. Guardião da passagem do sul. Herdeiro do machado de Wulfstan! – Disse Helmgrim, erguendo seu punho, como se empunhasse uma espada – Parece que meu dever agora é colocar sua força a prova. Eu não sou contra a união, mas terá que provar sua coragem. Eu não me unirei a uma líder fraca. Lute comigo, se me vencer as espadas de meus irmãos lutarão por você!

– Se eu perder?

– Terá que me servir. Se um dia torna-se rainha terá que me fazer seu rei, pois a rainha por tradição deve escolher seu marido...seu rei.

– Se eu vencer – Ela disse ainda olhando firme para Helmgrim montada em seu javali – terá que seguir minhas ordens e eu mesma escolherei meu rei!

Ele assentiu. Sejuani levantou a sua arma sobre sua cabeça para que todos a vissem.

– Eu Sejuani líder da Garra do Inverno aceito o desafio!

Ao meio-dia, num extenso campo de pedra e neve, os homens formavam um grande círculo. A trás deles, havia espaço para a multidão observava. As pessoas reunidas no meio da arena.

O círculo era formado por numerosos guerreiros, entre eles, Olaf que observava tudo com atenção. Sua barba esvoaçava ao vento seus músculos volumosos e enrijecidos. Um pouco mais para o lado, o javali Bristle estava deitado descansando, mas ainda sim atento. Mais a frente, encontravam-se Helmgrim, além de alguns guerreiros que serviam como guarda pessoal dele. Entre os dois grupos, estava um velho homem.

— Como vocês já sabem — disse ele em alto e bom tom — Sejuani foi desafiada a uma luta contra Helmgrim. O perdedor acatará aos termos do vencedor. Somente os desafiantes devem lutar, qualquer intromissão será dada a derrota da pessoa envolvida com a interferência. Só existem três modos de vencer: matando, fazendo o adversário se render ou perdendo a consciência. QUE COMECEM A LUTA!

–------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

OST

A o espaço... tão misterioso e infindável. Os cometas compostos de gelo, poeira e pequenos fragmentos rochosos, deixam o seu rastro na negritude espacial. Percorrendo sua ampla grandeza em sua trajetória inexorável pela massa negra. Tamanha é sua beleza que...

Mas do que diabos estou falando? Não é para falar do espaço, estamos muito longe dos nossos personagens. Vamos percorrer alguns anos luz e... Deixe-me ver... Aqui... Eis o planeta terra.

Sua geoforme é uma massa colossal azul que alberga a vida. Linda e maravilhosa. Existem bilhões de pessoas no planeta e muitos tipos de personalidades diferentes algumas são introvertidas outras extrovertidas algumas se guiam pela lógica e outras pelos sentimentos...

Perdão leitor, estou perdendo o foco novamente, vamos nos aproximar mais, deixe-me ver... Troposfera...Estratosfera...Camada de ozônio...nuvens... Aqui esta ele... Ezreal.

Um garoto com pouca sorte, ou mais precisamente com a total falta dela. Como havia dito anteriormente leitor, os eventos da vida sempre vão colocá-lo em alguma situação de confusão. O chefe da guarda confundiu Ezreal com um recruta, pois alguns momentos antes ele tinha ganhado de presente de sua namorada, uma armadura típica de Freljord.

Ele tentou desfazer o engano, mas toda vez que tentava falar era esbofeteado. Assim, Ezreal se viu levado por estranhos, sem poder fazer nada nem imaginar o que iria acontecer. Os estranhos o levaram a base da porrada, por uma rua estreita, e entraram por um portão largo. Ele olhou desesperado o portão se fechar com um grande estrondo. Agora estava em um local aberto, como um enorme pátio. Havia dezenas de pessoas de todos os tipos vindos de todos os lugares para entrar no exército. Logo a frente dele e da multidão, ele viu um palanque e em cima deste um homem que reconheceu como o guarda que o levou a base de porradas.

— ATENÇÃO! — Gritou ele

Seria difícil determinar adjetivos para o capitão e sua postura em relação ao recrutas, mas poderíamos começar com a expressão “mal encarado” e continuar a partir daí. Era um homem com uma cicatriz no olho, tinha uma aparência malévola. Só de olhar para ele, já dava para afirmar que se tratava do tipo de homem que possuía um gato branco, ao qual acariciava preguiçosamente sentado em uma poltrona de couro enquanto condenava indivíduos a morte.

É claro que, às vezes, mandava torturar os recrutas e soldados com exercícios até que caíssem de cansados, mas isso era considerado conduta perfeitamente aceitável para o um capitão, em geral, ganhava aprovação da maioria esmagadora dos seus subordinados. Sendo a maioria esmagadora dos seus subordinados, neste caso, definida como todos os que não se encontravam sendo torturados. Agora, ele teria de fazer um discurso.

— Não iremos ter descanso enquanto não alcançarmos a unificação de Freljord. —Disse ele brandindo a mão como se fosse uma espada — Vocês são o futuro, hoje vocês estão entrando para o exército, mas terão que passar nos testes preliminares. Então, eu Leofrid, capitão da divisão de recrutamento do exército Avarosiano. Dou boas vindas a todos e boa sorte. Nós testes preliminares.

Ezreal ainda estava vestido com sua armadura e já sentia falta de estar apenas com sua jaqueta de couro que já viu dias melhores, possivelmente décadas melhores. (Nota: ele estava com sua roupa normal por baixo da armadura). Ezreal se esgueirou pelas fileiras dos guerreiros até chegar no palanque. Ele chamou o capitão para esclarecer o mal entendido.

— Provavelmente existe uma explicação lógica para tudo isso — Disse Ezreal — Ou, pelo menos, uma explicação ilógica perfeitamente normal. Mas o que eu quero dizer é que...tudo isso não passa de um terrível mal entendido. Logo eu não deveria estar aqui, então, poderia me deixar ir?

O capitão fuzilou Ezreal com os olhos. Não iria deixar seu dia ser atrapalhado por um garoto. Daqui a cinco minutos, tinha uma reunião inadiável e de suma importância com os responsáveis pelo setor de segurança pública para uma partida de poker.

— Se livrem dele! — Disse o Leofrild em um só tom

Ezreal gelou

— Se livrem dele?...Espere! Não podemos conversar um pouco?

Um grandalhão de mais de dois metros pegou ele pela gola, levantando-o tão facilmente quanto um gatinho. Com extrema facilidade o explorador foi jogado para longe. Ezreal voou como um foguete e se chocou contra algo solido. Para logo depois cair de cara num montinho de neve. Ficando afundado com os pés virados para cima. Ele ouviu uma voz grossa que disse algo indecifrável e algo agarrou sua perna. Ezreal foi puxado para cima e logo foi encarado por um brutamontes.

Ezreal Bufou pela sua total falta de sorte

— Cara...Eu realmente odeio minha vida!

havia inúmeros homens que serão apenas passageiros na história, de modo que uma descrição mais apurada não nos parece essencial. Não havia nada de ousado em nenhum deles. Apenas imagine brutamontes com espadas, porretes e machados enormes e armaduras e já será o suficiente. O brucutu rangeu os dentes como um pitbull e Ezreal sabia que aquilo não era um bom sinal. Ele poderia acertar o rosto do homem com magia arcana e fugir, mas isso não seria uma boa escolha, pois a ultima coisa que precisava era de uma confusão.

— Olha — tratou de dizer mantendo o máximo de calma possível — Eu irei falar o que eu disse anteriormente. Provavelmente existe uma explicação lógica para tudo isso — sorriu ele — Ou, pelo menos, uma explicação ilógica perfeitamente normal. Mas o que eu quero dizer é que...tudo isso não passa de um terrível mal entendido. Porque não apertamos as mãos e vamos ser bons amigos?

— vou apertar o seu pescoço, garoto! — Falou o homem com uma voz assustadoramente grossa

Ezreal suspirou. Ele não era nada bom em muitas coisas. Mas ameaças eram familiares. Ele sabia lidar com ameaças. A razão sempre é bem vinda, pois devemos tomá-la como forma de agir e tratar as coisas. Mas para algumas pessoas a razão não é algo familiar, principalmente para homens como ele que eram só pilha de músculos. É nesse ponto que a razão desistia e saia para tomar um trago.

Ezreal deu um sorriso demente

— Qual o seu nome senhor? — Perguntou, da maneira mais tranquilizadora que conseguiu

— Não importa! — Rosnou o homem

— É um nome lindo — considerou Ezreal — Mas poderia me colocar no chão?

O grandalhão lançou um olhar enfurecido para Ezreal.

— Está me parecendo que o melhor seria apenas, sabe, me soltar — arriscou o jovem explorador — Quer dizer, obrigado por tudo, foi bom te conhecer e tal, mas, se me deixar seguir minha vida, tenho certeza que...

— Solte ele!

Os dois se entre olharam e se viraram encarando uma jovem garota.

Essa descrição eu me baseei em parte do livro luz fantástica - Terry Pratchett (Leiam e vão rir até a morte. Só estou conseguindo escrever comédia graças a livros como os dele)

OST

Pois bem, o nome da pessoa ali é Riven. Quando pensamos em garotas guerreiras nessas horas, existe uma tendência de visualizamos uma garota com pouca roupa e uma beleza arrebatadora. Em sua descrição nos atamos a detalhes como botas couro, saia justas e seios quase pulando para fora das blusas. Roupas minúsculas ou até a quase falta dela, com simples tapa sexos e espadas enormes.

O que é uma tremenda idiotice, porque nenhuma mulher que se proponha a ganhar a vida com a espada vai andar por aí com pouca roupa. Agora estava vestida de modo bastante discreto, com uma leve roupa de couro, saia — embora não pequena — botas macias e uma espada longa. Tudo bem, talvez as sandálias fossem de couro. Mas não pretas. Bem ela era uma garota magra na medida certa, morena, com curtos cabelos prateados, olhos amendoados e vermelhos e lábios carnudos. De uma personalidade forte, humilde e orgulhosa. Provavelmente tinha a mesma idade de Ezreal.

Agora ela estava em Freljord porque ouviu falar que havia muitos benefícios e oportunidades excepcionalmente iguais oferecidas às mulheres e aos homens que soubessem manejar uma arma e confiava nos seus instintos.

— Eu sou a justiça! — Disse Riven de forma orgulhosa — Defenderei sempre os fracos e oprimidos dos malfeitores. Não haverá justiça enquanto os homens empunharem um machado contra aqueles que são mais fracos que ele. Por isso eu...eu...eu... — Ela fez uma pausa — Só um momento, por favor. — Pediu com educação levantando o dedo indicador.

Riven puxou um pequeno pedaço de papel amassado e começou a ler passando o dedo pelas linhas.

— Onde estou... Mais que droga, eu nunca decoro isso. Justiça é...Eu já disse essa parte...Por isso eu...Por isso eu... AQUI! — Ela pigarreou temperando a garganta e voltou a falar de forma pomposa lendo o papel — Por isso...Eu vou proteger aqueles que não conseguem. Minha espada trará a verdade e a justiça, eu defenderei o amanhã e trarei a esperança para aqueles que um dia...

O discurso foi interrompido por um homem, que assoava o nariz logo atrás dela. Desmotivada apenas se pós a dizer.

— Ah esquece...Apenas deixem ele em paz!

— Olha só o que temos aqui — Disse o homem sem largar Ezreal

— Vocês não vão fazer mal à ele, seus malfeitores! — Rosnou Riven

— Eu não sou um mefrator!

— É malfeitor— Corrigiu Ezreal ainda pendurado

O homem assentiu

— É isso ai, eu não sou um malfeitor! Essa palavra nem existe no meu dicionário! — Riu ele com a piada. A palavra realmente não existia no dicionário dele, assim como uma infinidade de outras.

— Que bom! — Disse Riven rindo — Agora pode soltar ele?

— Não!

Riven bufou

— Eu mereço!

Não era a primeira vez que refletia sobre o fato de haver muitos inconvenientes em ser espadachim mulher. Um deles era o fato de os homens só a levarem a sério depois de terem sido espancados. havia outro inconveniente, ela sempre ajudava os fracos contra os "mefratores". Mas ai tem um problema: geralmente os malfeitores são ricos e os fracos são os pobres e no final das contas, ela sempre acabava lisa.

— Vocês... Agarrem-no!

Houve uma pausa. Um dos homens perguntou:

— Quem, ela?

— É!

— Por quê?

Grud — que era o nome do brutamontes chefe — parecia confuso. Esse tipo de coisa não devia acontecer. Era fato estabelecido que, quando alguém gritasse algo como: "Atrás dele!"‖ ou "Guardas!"‖, as pessoas cairiam sobre o sujeito e não se entregariam a discussões.

— Porque eu mandei!

Dois homens se entreolharam e partiram para cima dela. Riven tinha quase a metade do tamanho deles. Então ela revidou, o cotovelo acertou a barriga de um. O colega se distraiu e recebeu com uma precisão cirúrgica um chute entre as pernas.

O brucutu soltou Ezreal que pela segunda vez afundou em um monde de neve. Com um grito de vitória, Riven conseguiu desembaraçar a espada e agitou a arma de maneira triunfante. Grud puxou o porrete. Riven brandiu a espada em desafio, depois se virou e correu. Ezreal ficou olhando para o nada durante três segundos exatos, até soltar um grito e sair correndo o mais rápido que podia. Até ele teve dificuldade em acompanhar o ritmo de Riven.

— Mas o que diabos! — Disse Ezreal dando tudo de si para acompanhar os passos de Riven, enquanto os dois disparavam — Eu fiz de tudo para não arrumar uma confusão. Eu pensei que você iria e lutar com eles. Com todo aquele discurso de malfeitores e justiça!

Riven olhou incrédula para Ezreal ainda correndo

— Está doido, viu o tamanho daquele cara?

–------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

OST

A Terra seguia lentamente em sua órbita cotidiana. Nos meados da cidade uma jovem maga estava cansada de esperar o seu namorado e sua amiga sereia estava ao seu lado. Ocorreu a Nami que Lux precisava de algumas palavras de animo, uma atrativa para distrair sua amiga loira e tentar animá-la um pouco. Afinal já fazia alguma horas que Ezreal tinha sumido.

— Não se preocupe o Ezreal está bem. Logo, logo ele vai voltar — Disse Nami

— Ah, acho que ele está bem, sim. — respondeu. Ela, estava pisando nas pedras na rua como odiasse cada uma delas. – Só que eu vou conversar com ele, ah se vou! — As mãos de Lux se fecharam como se apertassem um pescoço invisível. Provavelmente nessa hora, em algum lugar, Ezreal sentiu um estranho incomodo no pescoço.

Nami resolveu dizer algo

—Tenho um ditado que diz, eu cavo, tu cavas, ele cava, nós cavamos, vós cavais, eles cavam…

— O quê? — Perguntou Lux sem entender.

— Não é bonito, mas é profundo! — Respondeu Nami — Lembre-se, a vida é maravilhosa, sem ela estaríamos mortos. — Nami assentiu com a cabeça como se dissesse algo sábio — Sabe aquilo que se faz com bonecas de pano?

— Decorar?

— Não, pendurar do lado de fora da casa para a dizer se vai chover.

Uma lição que Lux havia aprendido era que não existia nenhum bom motivo para tentar entender o que Nami dizia.

— Sei — arriscou ela

— A capitã Sarah é assim sabe?

— Assim como bonecas de pano?

— É. Se tivesse alguma razão para se preocupar, ela estaria preocupada. Mas não está. Então Ezreal está bem.

— Mas a Miss Fortune não está aqui.

— Eu sei.

— Então...não vai chover?

Nami olhou para céu

—Não...acho que não.

— Bem, isso o que você disse é Metafórico, não é?

— Sim, metafórico.

Nami não quis perguntar o que significava "metafórico", ela pensava que tinha alguma coisa a ver com bonecas de pano.

— Olha — Disse Lux — Vamos tomar algo, ok? — para ela se alguns copos de suco a ajudassem a ver as coisas sob um ângulo diferente, então mais algumas o fariam. Com certeza, valia a pena tentar. — Conhece algum lugar para irmos tomar alguma limonada?

Nami assentiu. Essa foi a ultima vez que Lux deixou-se ser guiada por Nami. Rakelstake não era um lugar perigoso, pelo contrário, era tranquilo e bom de se viver. Mas como toda grande cidade havia seus lugares poucos convidativos.

"Em algumas partes da cidade, a curiosidade não só matava o gato, como o jogava no rio, com pesos de chumbo atados às patas." - Terry Pratchet - Discworld

As duas andaram por uma hora até que Lux viu uma placa encardida. Indicava que o local por trás da portinha escura se chamava "Sangue de Búfalo". Mas uma plaquinha embaixo dizia "Caia fora!". Lux com mais uma olhada percebeu, por sinal, o negócio manchado na placa não era tinta vermelha. Quando decidiram chamar de sangue de búfalo, não hesitaram. Elas entraram no local. Os fregueses eram bastante respeitáveis e tratavam um aos outros com igualdade. Por exemplo: podiam tranquilamente matar uns aos outros, como iguais sem descrição de raça, sexo ou classe social. Os clientes caso se arrumassem, tomassem um banho e dessem um mínimo de decência as suas vidas talvez, quem sabe, poderiam aspirar a ser considerados a escória da humanidade.

Lux se retraiu quando todos os homens do local rangeram os dentes, tossiram ou sussurraram coisas, que por educação não irei descrever aqui.

— Nami, melhor irmos embora - Sussurrou Lux — Pensei que você conhecesse um lugar melhor?

— Qual o problema? Não vejo nada demais aqui. — Respondeu sorrindo. Ela realmente não via nada demais. Miss fortune costuma dizer que, quando ela morrer, a capacidade de ingenuidade média dos mortais vai descer um ponto.

Os clientes estavam envoltos em uma fumaça espessa e verde. Lux pode perceber talvez que se tratavam das ervas que viu fora da taberna, plantas estranhas com frutos brilhantes. Ela não sabia para que servia, mas viu alguns pombos, gatos e ratos comendo elas, alguns depois apareciam rindo sozinhos e dando encontrão nos objetos. Ao seguir taverna adentro Lux se contraiu ela estava ciente do olhar das dezenas de clientes. Nami andava tranquila e sorridente. Ela por sinal cantarolava alguma coisa. As duas chegaram ao que julgaram ser o dono.

— Por favor, 2 limonadas! - Disse Nami

A loira estava preocupada demais para dizer qualquer coisa. O dono se virou, era um homem grande e corpulento, tinha os olhos que seria difícil descrever mais que poderíamos começar com "assustadores". Ele se inclinou para perto das duas e sua sombra se projetou sobre ambas.

— Limonadas? — Disse. Sua voz ecoou como pedras rolando

Nami assentiu

— Bem geladas — Complementou ela

O dono coçou seu bigode volumoso e se virou para o seu ajudante que era igualmente grande.

— Temos limões?

O ajudante coçou a bochecha tentando se lembrar.

— Temos — ele respondeu enfim — aquele freguês que devia algumas bebidas que nós demos um "jeito". Estava com limões. Só preciso achar o corpo dele.

O dono se virou para as duas, ele sorriu revelando alguns dentes de ouro

—Temos sim, procurem um lugar!

Nami assentiu e as duas se sentaram um pouco perto da parede. Lux estava catatônica e tão tensa e rígida que poderia ser usado como alicerce em uma construção. Nami tratou de desenhar algo na mesa com um líquido que achava se tratar de cerveja. Bem leitor, para o bem de vocês, vamos pensar que era cerveja. Nami terminou o desenho na "cerveja". Havia uma sereia pilotando um avião e metralhando um cardume. Não parecia muito com ela — desenho em cerveja não é uma arte precisa — mas era para parecer assim.

Um brutamontes, vestido com pele de urso, levantou-se e piscou maliciosamente para os colegas. Os colegas prepararam para assistir ao espetáculo. Ele se dirigiu até a mesa das duas.

— E ai garotas, que tal a companhia de um homem? — perguntou.

— N-Não o-obrigada — Respondeu Lux

Nami encarou ele

— Ah — disse ele — Vamos comigo eu sei um lugar onde podemos nos divertir eu adoro loir...

Nami se levantou e, com precisão cirúrgica, acertou o bastão entre as pernas do brutamontes. Um dos amigos se levantou e com uma espada não mão

— Ora sua...

Nami girou o cajado uma bolha de água envolveu o homem jogando contra uma mesa. Uma caneca de cerveja voou e acertou a cabeça um bandido mal encarado. Sentado a três mesas dali. Ele lançou uma faca, que quase atingiu um ladrão do outro lado do bar, que este ergueu uma cadeira e acertou um homem perto dele, o amigo dele começou a espancar quem estava mais perto dele. Depois disso, uma coisa meio que levou a outra, e logo todos lutavam por alguma coisa que não sabiam bem o que era.

Nami e Lux se entreolharam e correram para baixo do balcão.

Elas prosseguiram engatinhando pelo local. Lux tentou olhar por cima de uma mesa virada para examinar a situação. Ela afastou o rosto quando um machado grande passou zunindo e cravou na parede logo atrás. O lugar era um alvoroço de homens em luta. O que lembrava muito uma guerra de comida, mas ao invés de tortas de cereja e purê de batatas, era machados e cadeiras voando por todo o lado. No pandemônio, ninguém pareceu notar as duas passando desesperadas de mesa em mesa. A certa altura, um homem, cambaleando para trás, pisou no que pareciam ser dedos.

Lux e Nami alcançaram o balcão. Lux soprando a mão machucada. Um homem apareceu do nada na frente delas, pegou um pequeno machado e atirou. Lux se abaixou. Houve um grito atrás dela e então o sujeito, que vinha com um punhal não mão, caiu duro no chão. O homem já estava sacando a sua espada quando Lux se levantou e acertou com toda a força um chute entre as pernas dele. Ele falou algo indecifrável com uma voz fina e desabou. Uma flecha acertou a lateral do balcão logo acima da cabeça de Nami. As duas se jogaram para baixo do balcão num só fôlego, esperando que a qualquer momento viesse outro tiro, mais certeiro.

Nesse momento, a porta do local foi aberta com força. Vários brutamontes entraram rápido, para se juntar a briga.

— Nós vamos morrer — Disse Lux em posição fetal abraçando as pernas

— Pra mim já chega! — Disse Nami com raiva — Eu vou acabar com isso!

Lux piscou três vezes

— O quê?

— PRA MIM JA CHEGA! - Repetiu com mais ímpeto

— Nami o que você está fazendo?

Lux tentou detê-la mas ela já estava longe caminhando para o meio da confusão

–------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

OST

A centenas de metros do pátio, duas figuras corriam por um corredor, tentando achar uma saída. Saíram numa sala espaçosa cheia de estatuas.

Olharam ao redor, confusos.

— Meu deus, por quanto tempo temos que continuar correndo? — Disse Ezreal tentando pegar um pouco de fôlego

— Até que eles parem de nos perseguir! — Respondeu Riven se apoiando em uma estatua de um homem gordo — Para onde agora?

― Vamos por ali ― disse Ezreal, correndo. Antes que a Riven saíssem atrás dele, Ezreal parou imediatamente quando uma bala passou zunindo pela cabeça dele.

Ouviu-se uma grossa dizendo

― Vocês não tem mais para onde ir!

Ezreal puxou Riven pelo colarinho passaram por uma passagem até uma parte mais elevada, logo depois bloquearam a passagem. Se escondendo atrás de uma estatua com uma base com a seguinte frase: "Vale a pena morrer pelo que acredita", certamente Ezreal não queria praticar essa verdade.

― Não queremos atirar em vocês, por isso, desçam e vamos bater um bom papo ― Disse Grud.

― Não obrigado! ― Respondeu Ezreal

Riven falou com Ezreal sem tirar os olhos dos homens

― Nossa, você pensou rápido. Tem um instinto de sobrevivência muito bom. Aposto que já esteve em muitos casos de morte certa. ― Falou Riven sorrindo

— Infelizmente, pode acreditar, passei por dezenas de aventuras! — explicou, sem tirar o olho dos homens lá embaixo que estava munidos com algumas espingardas. Certamente deveriam ser corsários.

― Que bom, então você tem bastante experiência com o perigo.

Ezreal olhou para Riven incrédulo

— Não exatamente. Eu acredito que nada melhor que fugir de uma boa briga! — Argumentou Ezreal — Pode perguntar a qualquer um, sou um tremendo viciado!

— Em quê?

— Em vida — Respondeu ele — Sou apegado a ela desde quando me entendo por gente e não pretendo largar esse vicio!

― Eles são muitos ― disse Riven ― Estamos encurralados. Espremeram-se mais um pouco entre a parede e a estatua.

Os homens estavam atirando os tiros batiam inofensivamente contra a estatua

― Me lembre de fazer uma estatua em homenagem a essa estatua ― Disse Ezreal se sentindo agradecido

Riven assentiu

― Vejam, estão atirando na gente ― Disse ela, todo encolhida ― Eles não disseram que não queriam fazer isso?

― É, foi o que eu entendi também ― concordou Ezreal esticou a cabeça para fora do esconderijo ― vocês não disseram que não queriam atirar na gente? ― Escondeu-se de novo.

Alguém entre os brutamontes disse algo

― Cara, eu odeio esse dois. Ser bandido não é pra qualquer um!

― Que foi que ele disse? ― cochichou Ezreal

― Disse que ser não é pra qualquer um.

― Bem, isso não é problema nosso, não é?

― Acho que não.

― Escutem ― gritou Ezreal ― Acho que nós já temos bastante problemas sem que vocês fiquem querendo nos matar, e assim, se vocês parassem com isso, acho que seria melhor pra todo mundo!

Grud resolveu responder

― Escute aqui, cara, não pense que a gente é que nem esses retardados que só sabem matar a sangue frio. Nós só queremos terminar com a vida de vocês de forma respeitosa.

― Eu não ando por aí matando as pessoas e depois saio contando vantagem pelos botecos, como muitos piratas que conheço!

― Sabe qual meu entendimento sobre a vida e o universo? É o seguinte...

Riven colocou as mãos sobre os ouvidos

― Eu gostava mais deles quando estavam só dando tiros e tentando nos matar.

― Por favor! ― Gritou Ezreal ― Apenas atirem, ok? É bem melhor assim!

O tiroteio prosseguiu por algum tempo com uma grande intensidade. Logo depois se fez um grande silêncio e por um tempo permaneceu assim.

― Vocês ainda estão aí? ― gritou Grud.

― Estamos ― os dois gritaram.

― Vamos fazer o seguinte. Mudamos de idéia, não vamos matar vocês

― Ótimo ― Gritou Ezreal

― Vocês descem dai agora e deixam a gente dar umas porradinhas em vocês, só um pouquinho, é claro, porque nós adoramos a paz e somos totalmente contra a violência desnecessária, ou então a gente explode esse local com vocês ai.

― Mas isso é loucura! ― exclamou Riven ― Vocês não podem fazer isso!

― A gente não pode? ― gritou um deles ― Não pode? ― Perguntou ele ao outro.

― Dane-se tragam a pólvora. ― Gritou o Grud

― Mas chefia estamos sem pólvora

― Então continuem a atirar! ― Retrucou

― Senhor, estamos sem munição.

― RÁH! ― Gritou Ezreal triunfante ― Quero ver agora!

Mas como eu havia dito antes leitor. Ezreal é um garoto que a vida tende a fazer bullying. Por isso, por azar, com todo aquele tiroteio, a base da estátua ficou comprometida e cedeu fazendo toda a estrutura ruir em direção ao local perto dos brucutus. Depois de uma cortina de poeira subir no ar, Ezreal e Riven se levantaram em meio as escombros se deparando com os homens fitando-os ambos com porretes, machados e espadas na mão.

― Certo, podemos continuar daquela parte de paz e ódio por violência desnecessária? ― Perguntou Riven com um sorriso demente

― Riven ― Cochichou Ezreal

― O quê?

― Você disse que sua espada é a justiça e defende os fracos e oprimidos, né?

Ela confirmou com a cabeça

― Que bom, porque eu realmente estou me sentindo oprimido agora!

― Calma Ezreal, eu estou aqui.

Ezreal se virou para Riven

― O quê?

― O quê, o quê? ― Perguntou ela sem tirar os olhos dos homens que sorriam para eles.

― O que você disse? ― Ele tentou explicar

― Eu? Nada!

― Sou eu Ezreal, Estou aqui para ajudá-lo.

― De novo!

― De novo o quê?

― De novo você disse!

― Como assim?

― Você disse: eu estou aqui.

― Eu não disse nada!

― Excelente, prestes a morrer e estou ficando doido.

― Ezreal dentro de sua mente - Disse a voz como se recolhesse o máximo de paciência - Sou eu, Anivia.

― Anivia!?

― Ani... O quê? ― Perguntou Riven

― Boa noticia, eu não estou ficando doido. ― Sorriu ele

Riven franziu a testa

― Que bom pra você

― Ataque, eu irei ajudar com o meu poder ― Aconselhou Anivia

― Atacar eles, você tem certeza?

― Atacar? ― Perguntou Riven

― Não! Foi ela que disse!

― Onde está ela?

Ezreal apontou para sua cabeça

― A sua mente disse para atacar?

― Não, foi Anivia!

― Você chama sua mente de Anivia?

― Não, foi uma ave divina dentro de minha mente que disse para atacar!

Riven recuou alguns passos para longe de Ezreal por segurança

― Você tá legal cara?

― Esquece! Apenas me diga o que fazer!

― Eu?

― NÃO VOCÊ, ANIVIA!

Riven recuou mais alguns passos

Use o seu poder! ― Instruiu a voz dentro de sua mente

― Espero que você saiba que está fazendo... aqui vamos nós!

― Eu e você? ― Perguntou Riven

― EU E ANIVIA!

Um grandalhão se preparou para acertar Ezreal com um enorme machado. O Feitiço se mexeu em sua mente. Ezreal o sentiu escorrer para a sua manopla. Um formigamento lhe atravessou o braço. O braço subiu por vontade própria. Do seu cristal, irromperam uma luz forte que atingiu o homens e o jogou a dezenas de metros. Horrorizado, Ezreal olhou a própria mão. Riven agarrou o braço dele e correram pela multidão estupefata. Era uma sensação totalmente desconhecida. Que pela primeira vez alguém no mundo tinha medo dele. O contrário era tão natural que ele já passara a considerar aquilo uma espécie de lei universal.

Os dois correram o mais rápido que puderam

― Você fez isso? ― Perguntou Riven puxando o braço dele

― Eu fiz isso? ― Ezreal estava tão surpreso quanto ela. Ele já tinha usado o poder do cristal. Até ajudou a salvar Demacia, mas não sabia que tinha tanto poder assim em mãos, que diga, em cristal.

― Eu não sei! ― Disse Riven

― Muito menos eu! ― Disse olhando chocado para o braço

— Para onde agora?

― Que tal para longe deles?

Ouviram-se passos vindo, e de repente os homens se aproximavam com tudo. Riven pegou a mão de Ezreal e suspendeu-a de forma ameaçadora como se fosse uma espingarda.

— Nem um passo a mais! — Gritou ela.

Ela balançava a mão de Ezreal como se fosse um chicote

― Tenho um garoto doido que lança magia e não tenho medo de usá-lo! ― Brandiu ela ― Não estou de brincadeira! — Berrou

A presença de Ezreal, porém, vinha surtindo o efeito desejado. À medida que a mão se agitava, os brucutus ficavam ansiosos. Mas eles começaram a perceber que não estava acontecendo nada e começaram a avançar, mantendo os olhos fixos em sua mão.

Os dois recuaram.

— Riven? ― Falou Ezreal

— O quê? — perguntou ela, sem despregar os olhos dos homens.

— É um beco sem saída.

— Tem certeza?

— Acho que sei o que é um muro — irritou-se ele

― Eu ainda nem tive um namorado! ― Lamentou-se Riven

Os dois foram cercados e se preparavam para o pior. Quando uma flecha de gelo passou zunindo e acertou a arma de um dos homens que congelou quase que instantaneamente. Ele olhou apavorado para o tacape que virou uma pedra de gelo. Logo entre os brutamontes e a dupla dinâmica, uma mulher com longos cabelos prateados se interpôs. Ela segurava firmemente o seu arco de gelo e apontava uma flecha de gelo para eles.

― Então, quem vai ser o primeiro a experimentar minha flecha? ― Disse em desafio

A boca de Ezreal se mexeu por alguns segundos até que conseguiu falar.

― A-A-Ashe?

Os homens ficaram sem ação

― Aquela ali não é a rainha?

― Dane-se, podemos raptá-la e pedir resgate! ― Disse Grud ― Peguem ela!

Ashe sorriu zombateiramente

― Vamos ver o quão perto eles chegam ― Ela se virou para Ezreal― O que acha das curvas?

Ezreal engasgou. A voz dela era incrível. Parecia aveludada. Enquanto as curvas, Ezreal precisaria de uma chuveirada para acalmar os ânimos. Mas aquela voz e aquele corpo faria até um paralítico correr em volta do campo e executar flexões.

― Bem, elas são...

― Estava falando do arco ― Disse Ashe. Ela se virou para os homens que avançavam ― Agora recuem, preciso dá uma lição neles. Não me tornei uma rainha por acaso!

–--------------------------------------------------------------------------------------------------–--------------------------------------------------------------------------------------------------

OST

Nami "caminhou em uma marcha firme" até o meio do salão. Digo marcha firme, mas ela meio que nadou no ar, mas mesmo assim sua nadadeira batia de forma firme, mas cômica. Ela com esforço subiu em uma mesa e pode contemplar as brigas com em um ponto privilegiado. As lutas se davam em pequenos grupos, alguns marinheiros enfrentavam alguns piratas, um grupo de guardas lutavam com alguns ladrões, uns mercenários brigavam com alguns arruaceiros. Tinha até uma briga entre dois palhaços. Que por sinal, deixariam os mais acostumados com luta livre empolgados. A luta era tamanha que tinham alguns homens apostando com dinheiro na mão para ver quem vencia entre os dois.

— Parem!— Gritou Nami

Ninguém ouviu. Ela juntou o máximo de fôlego e em plenos pulmões gritou com toda a força.

— Eu disse.....PAAAAAAAAAAAAAAAAAAREEEEEEEEEEEEEEEEEEM!

Os homens pararam

— Você não tem vergonha? — Continuou ela

Eles se entre olharam confusos

— Eu e minha amiga viemos até Freljord pensando que era um lugar lindo e maravilhoso. Sonhamos em encontrar pessoas educadas. — Ela apontou para Lux. A maga acenou e deu um riso demente — Ela veio aqui com o seu namorado para cumprir um sonho uma esperança. O namorado dela soube que seu tio — Nami agora acrescentou dramaticidade na voz — O único parente dele, a sua única família, poderia estar morto. Então para ajudar o seu namorado, ela atravessou um oceano e agora se depara com isso? VOCÊS NÃO TEM VERGONHA! — Gritou ela

Os homens abaixaram a cabeça envergonhados. Os dois palhaços pararam de brigar para o desespero dos apostadores e para alegria do velho que apostou em um empate.

— Vejam como ela está sofrendo. Vocês não tem amigos? Parentes? O sonho dela é ver o namorado feliz. Será que isso é ruim?

Os homens jogaram as armas no chão. Os dois palhaços se abraçaram. Um coro cada vez mais forte de narizes sendo assoados e soluços abafados, e Nami continuou:

— ISSO É RUIM? - Repetiu

Todos abanaram a cabeça. Um homem junto da mesa começou a soluçar e outro mais ao fundo estava com os olhos mareados.

— Vocês não tem sonhos? Meu sonho é salvar minha família, minha casa! Vocês não tem sonhos?

Um homem no fundo levantou a mão timidamente, parecia ser um bandido mal encarado de dois metros.

— Meu sonho era... Era ser dançarino — Disse timidamente

Outro levantou a mão

— Eu queria ser cantor

— Eu queria ser poeta. — Disse um outro

Uma onda de entusiasmo foi contagiando os demais

— Minha mãe sempre disse que eu desenhava bem, eu sempre gostei de pintar.

— Eu queria ser ator.

Nami assentiu

— Não é tarde para vocês e seus sonhos!

— Você acha que posso ser cantor?

Disse um pirata genérico com uma perna de pau e um papagaio no ombro. Nami sorriu para ele.

— Você pode ser o que quiser!

— SEUS IDIOTAS! - Gritou o dono da taberna - O que acham que estão fazendo, vêem aqui e brigam, destruindo tudo. — Ele se virou para Nami — E você sua sereia de água doce, saia de cima dessa mesa ou eu...

— Qual o seu problema? — Perguntou Nami

— O que?

— O que aconteceu no passado? — Insistiu ela

— Não interessa! — Ele rugiu

Nami sorriu

— Pode dizer, estamos entre amigos

Os demais brutamontes assentiram alguns sorrindo e outros chorando

— Eu... Eu... — Ele trabalhou a respiração — Meu pai sempre disse que eu tinha que cuidar dos negócios da família. Mas eu queria ser mesmo era bailarino

— Você pode ser bailarino

Os olhos do homem se esticaram quase saindo para fora da orbita

— Serio? Você acha?

Nami assentiu.

— Todos vocês podem ser o que quiserem, basta querer. Agora, vamos nós abraçar e pedir desculpas. Somos ou não somos todos homens civilizados e amigos. Vamos mostrar para nossas mães que somos bons filhos.

— Eu amo minha mãe! — Gritou um homem ao fundo

Nessa hora todos os brutamontes se emocionaram e se abraçaram.

–-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

OST

O machado de Helmgrim rodopiou, nivelou-se e se dirigiu direto ao ventre de Sejuani. Mas Sejuani havia recuado. Ao se desviar com habilidade do golpe afiado, girou suas maça, chocando contra o aço do machado do seu inimigo.

– Você se ilude, se pensa que pode me derrotar! - Rosnou Helmgrim

– Como não poderia? - Respondeu Sejuani assumindo uma postura ofensiva

Por um tempo, os dois andaram em círculos se estudando atentamente. Helmgrim investiu bloqueando, avançando, sempre pressionando Sejuani. Ela permitiu que Helmgrim a acuasse enquanto buscava uma abertura. Depois de algum tempo Sejuani revidou, sua arma voou pela lateral. Prendeu o machado quando a corrente se enroscou com o cabo. Ela chutou Helmgrim no peito e puxou com força com as duas mãos o machado preso. A arma foi arrancada das mãos de Helmgrim, ele cambaleou três passos devido ao chute e apenas observou seu machado se fincar na neve alguns metros a frente. Sejuani se livrou de sua maça, queria ganhar de forma justa, de igual para igual.

Com as mãos nuas ela passou a esmurrar Helmgrim. Mesmo mulher, ela treinou o seu corpo para ser tão forte quanto um homem. Perdeu sua feminidade, seu corpo não tinha muitos dos traços femininos, aquilo afastou os homens, mas era um sacrifício mínimo para sua real finalidade. A finalidade de um bem maior.

Ela com afinco esmurrava Hemlgrim, ferindo o rosto de seu inimigo e o deixando atordoado. O homem revidou com uma joelhada no abdômen dela. Que fez com que suspendesse o ar. Ele afastou-se de onde Sejuani se esforçava para levantar-se. Foi então que ele bateu sua mão contra o chão. O seu braço brilhou e uma corrente de energia sibilou e penetrou na neve espessa. Uma criatura feita de gelo se levantou como se o gelo e a neve emergissem de dentro da terra ganhando vida. Mas, ao contrário da terra inerte, a criatura era rápida e letal.

– Covarde! - Rosnou ela – Pensei que iria me enfrentar de igual para igual!

– Estou! - Respondeu ele – Nós podemos usar qualquer arma nesse combate a nossa disposição. Por acaso eu não disse que também domino a magia de invocação, Sejuani? Esta é uma de minha armas, é uma pena que não saiba disso.

A criatura rugiu ameaçava atacar, batendo seus pés de gelo contra o solo. Sejuani recuou indefesa. Antes que a ela atacasse Sejuani, Bristle se colocou no caminho. A fera avançou empalando o ser de gelo com suas poderosas presas. Antes que pudesse reagir, Bristle torceu seu corpo e arrancou a cabeça da criatura com suas poderosas presas. O ser de gelo se despedaçou inerte em dezenas de blocos de gelo. Logo depois o javali fitou Helmgrim com ferocidade e rugiu guturalmente com a intenção de acovardá-lo. Ele recuou alguns passos.

– O que significa isso? É uma intromissão! – Disse com temor na voz

– Você está errado! Briston é meu javali! – Respondeu Sejuani – Em meu clã os javalis são nossos companheiros. Por acaso eu não te disse que monto um javali? Esta é uma de minha armas, é uma pena que não saiba disso. Recue Bristle...ele é meu!

Sejuani rugiu e rapidamente se pois de pé, limpou o sangue com o sue braço. Helgrim investiu. Sejuani era forte mas ainda sim era mulher, tinha suas limitações físicas se comparado aos dos homens. Mas ela sabia lhe dar com isso. Helgrim investiu e Sejuani se desviou com dificuldade, mas usou isso ao seu favor. A investida abriu um espaço e ela aplicu uma sequências de golpes que atordoaram o seu adversário. Sejuani e Helgrim engalfinharam-se, medindo forças.

Por algum tempo os dois lutaram. Sem truques, sem armas apenas com os punhos. Sejuani desferindo chutes em Hemlgrim, com um pontapé na cabeça de Helmgrim fez com que ele cambaleasse e caísse inerte no chão. Sejuani estava exalta, mas saiu vitoriosa.

– Eu declaro, diante de todas as testemunhas, Sejuani vitoriosa! – Anunciou o velho – Agora pretende matar Helmgrim ou conceder a clemência?

Sejuani olhou firme para Helmgrim e depois se retirou. Era uma mulher firme e aprendeu a ser dura e austera, mas não era assassina. Não havia necessidade de derramamento de sangue.

Do chão Helmgrim observou Sejuni se afastando e a indignação tomou sua razão

– Ousa virar as costas para mim? Termine o que começou! - Rosnou ele

Olaf tomou a frente

— Eu irei matá-lo!

— NÃO! — Rosnou Sejuani sem se virar — Você vai matá-lo se eu ordenar!

Olaf nada disse por seu respeito a Sejuani

— Eu não preciso de misericórdia! – Disse Helmgrim indignado – Mostre sua força e superioridade, me mate!

Sejuani nada disse. Olaf tomou o machado de Helmgrim que estava fincado no solo e com um olhar feroz marchou firme em direção ao rei caído. Seus músculos nodosos e a lâmina de seu próprio machado prendia sua atenção. Com um movimento brusco cravou a arma no chão junto a Helmgrim. Seu olhar ríspido e selvagem foi o suficiente para gelar o sangue de Helmgrim. Olaf cerrou seus punhos gigantes e sua voz soou grave e firme.

— Não é necessário matar o inimigo para se provar sua superioridade, e a dela já foi mostrada. Você terá outra chance, Helmgrim líder do clã da Escama de Dragão, pois viverá para empunhar seu machado outra vez.

O homem tentou dizer algo mais, mas desistiu. Sejuani passou a mão em Bristle sentindo sua mão afundar em seu pelo. Sua respiração era pesada e seu corpo quente. O javali ronronou com o toque dela. Eles eram companheiros inseparáveis.

— Obrigada Bristle. O que seria de mim sem você - Sorriu ela

Um homem se aproximou

— Eu procuro Sejuani! - Disse ele

— Eis me aqui! — Respondeu

O homem entregou a ela uma carta e um pacote. Sejuani leu a carta. Ela observou a mensagem, suas feições se tornaram carregadas e rugas se formaram em sua testa. Tentando juntar a razão, mas a surpresa tomou-lhe toda as palavras. Suas mão tremularam quando o objeto revelou-se de dentro do embrulho: A flecha congelada de Ashe, o simbolo dos Avarosianos.

— Impossível! — Balbuciou

— O que diz a mensagem? — Perguntou Olaf

— Ashe solicita uma reunião com os Garra do Inverno!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem pessoal, eu espero que tenham gostado. Pois eu mesmo ri bastante, nunca pensei que seria tão "tabacudo" em escrever algo assim. Se gostaram, comentem e deixem sua risada em homenagem ao capitulo nos comentários.
A próxima semana espero abordar algumas verdades e coisas do passado. O que aconteceu entre Ashe e Sejuani em uma reunião e pretendo já mostrar qual era essa temida Missão da MF.

MUITO BEM, JA TEMOS UM BOM NUMERO DE CAP. POR FAVOR RECOMENDEM!

PARA AQUELES QUE QUEREM JOGAR COMIGO NO LOL, É SÓ ME ADD: DISCW0LRD



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Trono de Gelo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.