Predestinados - Perina escrita por Amellie Lawson


Capítulo 4
Quatro


Notas iniciais do capítulo

Oi!! Olha quem está de volta rs quem é vivo sempre aparece,né? Me desculpem a demora,como eu disse no capitulo passado,esses dias foram meio complicados pra mim. Adorei os comentarios! Espero que gostem do capitulo,eu adorei escrever. E respondendo a uma pergunta que surgiu: a Karina tem cabelos compridos na fic sim. Acho que combina,por ela ser anjo e tal. Acabei não deixando isso claro nos outros caps,por falta de oportunidade. Enfimm,enjoy xx



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– Problemas? – Perguntei e ele assentiu. – Desculpa aí João,mas o único problema que eu vejo aqui é a falta das minhas asas. Aliás,onde elas estão? – Perguntei,quase implorando.

– Então,o problema começa por aí. – João começou. – Quando você caiu na Terra,você se tornou....Humana.

Arregalei os olhos para aquela notícia. Eu? Humana? Igual a Bianca e todos os outros?

– Você não tá falando sério,tá? – perguntei,meio descrente.

Percebi que ele estava meio tenso,mas eu não podia estar mais feliz.

– Isso é..... – Eu não tinha palavras para descrever o que estava sentindo. – Ai,João,isso é demais! Eu não acredito!

Tentei abraça-lo,mas ele resistiu,se levantando da cama.

– Não,isso é péssimo! – Agora ele andava de um lado pro outro no quarto. – Você tem noção da encrenca em que se meteu?

– Dá pra parar de andar em círculos? Tá me deixando tonta. – Pedi,mas ele não ouviu.

– Eu demorei a vir atrás de você porque descobriram que você caiu aqui.....

– Foi a Fira que contou,não foi? – Disparei,cortando a fala dele. – Ah,mas eu sabia! Eu...

–Será que dá pra você parar com esse ódio pela Fira por pelo menos um segundo? – Bradou João,e eu me calei. - Caso você não se lembre,nós ainda temos uma missão a cumprir!

– Mas é claro que eu me lembro! – Respondi,e ele parou para me olhar.

– E respondendo a sua pergunta,a Fira não tem nada a ver com isso.

– Então quem foi que contou?

– Foi o anjo Gabriel.

Ah,pronto! Eu estava ferrada,completamente ferrada. Não quero nem ver o que ele vai fazer comigo quando eu voltar.

– E o que foi que ele disse pra você demorar tanto? – Perguntei. O anjo Gabriel,assim como Fira,fazia parte do alto escalão dos anjos no céu,e eu sabia que não podia esperar boa coisa.

– Ele disse que a partir de hoje nós vamos ter que cumprir a missão aqui na Terra.

Uma mistura de felicidade e espanto me dominava agora,eu ia sentir falta das asas,mas nada que eu não pudesse lidar. Mas alguma coisa ainda me intrigava:

– Erm,João.... – Ele se virou pra mim. – Humanos não usam flechas,usam?

– Entendeu o meu problema agora,Careina?! – Ele bradou,se contendo para não gritar e chamar atenção de alguém. – Nós teremos que agir como humanos,ser como eles. Cumprir a missão do jeito que eles fazem! Ai meu Deus,o que eu tava pensando quando coloquei você nessa?

João ainda se lamentava quando um trovão bradou lá de cima.

– Tá,tá! Já entendi. – Eu não pude deixar de rir,enquanto João me fuzilava com o olhar.

Eu me levantei da cama e fui até ele,agora eu já me sentia bem melhor. Não pude deixar de concordar,ele tinha toda a razão. Ser uma humana não seria tarefa fácil,eu nunca havia chegado tão perto do mundo deles. Não sabia o que esperar,mas ao contrário dele,tentaria lidar com isso de outra forma.

– Ei,alto lá estressadinho! Esse problema é nosso. E eu só caí aqui porque você me atrapalhou,caso não se lembre. Eu que despenco e você que perde a memória?

– Há há,que engraçada. – João apertou minha bochecha,só pra me irritar. – Mas me conta,como foi enquanto eu estive longe?

– Foi tudo bem,eu acho. Eles me socorreram e um dos meninos me trouxe pro quarto da Bianca,a menina que tá lá embaixo.

– Qual deles,o Cadu? – Quis saber João.

– Duca,você quis dizer. – Retruquei,e ele revirou os olhos. – Mas não foi ele,foi o Pedro,irmão dela.

– Ah,o desafinado. – Respondeu com desdém.

– Como sabe que ele canta? – Agora que estava curiosa era eu.

– Deu pra ouvir ele cantando enquanto eu vinha pra cá. Enfim,antes de irmos,precisamos mudar algumas coisas.

– Mudar? – perguntei,receosa. Não sabia com quantas mudanças poderia lidar em um dia.

– Isso mesmo,começando pelo seu nome.

– O que tem de errado com o meu nome? – Fiz a pergunta que rondava a minha mente desde que caí aqui.

– Ao que parece,o seu nome não é comum aqui na Terra,por isso acharam estranho.

– É,agora faz sentido. – Disse meu pensamento em voz alta. – Mas qual vai ser meu novo nome? Emengarda?

– De onde você tira essas coisas? – perguntou,sem querer muito saber a resposta. Ia responder que vi em algum livro infantil uma vez,mas ele logo desconversou.

Um livro de nomes de humanos surgiu a minha frente,e João começou a procurar por algum que combinasse comigo,ou que pelo menos parecesse normal.

– Vamos procurar por um similar ao seu nome,deve ter por aqui. – Ele folheava o grande livro,enquanto meus olhos passavam pelos diversos nomes. – Eu sei que está aqui em algum lugar. Camila,Catarina,Carolina,Cristina.....Ah,achei! Seu nome vai ser Karina.

Repeti o nome em voz alta. Ele até soava bem,afinal de contas.

– É,eu acho que posso me acostumar. – Disse,e o livros sumiu da mesma forma que apareceu. – Mas e você,não vai trocar de nome?

– Eu não preciso,parece que nome de santo é comum entre os humanos. Mais alguma coisa que precisa me contar?

– Bianca me interrogou,então tive que inventar uma história... – comecei,João já começava a ficar nervoso. – Ih,nem vem! Você sabe que eu sou boa em enrolar,deu tudo certo.

– Da primeira parte eu não duvido.... – Ele sussurrou para si mesmo,mas foi um pouco alto e eu ouvi. – Ai! Tá maluca? – Ele gritou quando bati nele.

– Eu ouvi isso. Vai querer ouvir ou não? – Disse,e ele prometeu ficar quieto enquanto eu falava. – Eu disse que você era meu irmão,que nós morávamos em São Paulo,mas tivemos uns problemas e por isso mudamos para o Rio. Satisfeito?

– É,até que não ficou tão ruim não. – Desdenhou João na cara dura.

– É melhor a gente descer logo,já já a Bianca chega aqui e....

– Algo me diz que ela não vai voltar tão cedo.... – Retrucou João,e eu quis saber por quê. – Digamos que aquele tal Duca tá mantendo ela ocupada.

Assim que descemos,vimos Bianca e Duca se beijando na cozinha. Eles se afastaram quando nos viram,a boca dela estava vermelha.

– Erm,oi. – Ela disse tímida. – Que bom que já está mel....peraí,quem é você? – perguntou quando viu quem estava ao meu lado.

– Bianca,esse é o João,meu irmão. Chegou faz pouco tempo pra me buscar.

– E como é que eu não vi ele subir? – questionou,e Duca riu ao lado dela.

– Quer que eu te responda,Bianquinha? – retrucou Duca,e a menina corou.

– Cala a boca,idiota! – E bateu nele pela segunda vez no dia. Ele,pelo contrário,se aproximou mais dela.

– Só passei pra avisar que já tô indo embora.

– Mas já? Fica mais um pouco. Me passa seu telefone pra eu salvar aqui. - Pediu com o celular em mãos.

Eu gelei quando ela disse aquilo,mas nessa hora João entrou em ação e respondeu.

– Essa avoada esqueceu o celular em casa,mas a gente tá morando aqui do lado.

– Ah,sim. – Ela assentiu. Nos despedimos,mas antes que eu pudesse alcançar a maçaneta da porta,ouvi Bianca perguntar. – Só uma pergunta,como foi que você caiu?

Eu torci para que João tivesse pensado naquilo também,mas olhei para ele e pude ver que ele estava tão surpreso quanto eu. O que nós faríamos agora?

– Erm,eu.... – comecei,tensa. Minhas mãos foram parar nos meus cabelos,onde alguns fios agora estavam atrás da orelha.

– Ela caiu....de asa delta. – Respondeu João,e eu tive vontade de soca-lo ali mesmo. Quem em sã consciência acreditaria naquilo?! – Ela tava voando por aqui,mas o equipamento de segurança se soltou do nada e ela caiu,acredita? Ela e essa mania estranha de querer viver nas alturas.....

João agora falava sem parar,num claro sinal de nervosismo.

– Já tá bom maninho,acho que eles já entenderam. – respondi,o fuzilando sem pudores.

– Asa delta? – questionou Bianca.

– É,pode crer,faz todo o sentido. – Ouvi Duca dizer,e João respirou aliviado. Ela ainda não parecia convencida,mas resolveu concordar com ele.

Então eu me lembrei que faltava alguém naquela sala. Um certo alguém que segundo João era desafinado,era irmã de Bianca,tinha um olhar indecifrável e que tinha acariciado meus cabelos de uma forma tão....

– Onde é que tá o Pedro? – perguntei de uma vez,antes que me perdesse em meus pensamentos.

Notei que Bianca e Duca mudaram suas expressões repentinamente. Olhei para João,que não parecia nem um pouco surpreso. O que estava acontecendo?

– Erm,o Pê saiu.....com a Pri. – Duca respondeu. - Eu digo pra ele que você deixou um abraço.

Assenti e não tardamos a sair da casa. A forma como Bianca reagiu a pergunta me dizia que algo não estava bem. Mas o quê?


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Notas finais do capítulo

E aí,gostaram? Finalmente o nome da Karina voltou ''ao normal'',haha. Algum palpite pro proximo capitulo? Me digam nos comentarios,prometo não demorar tanto com o proximo. Bjs