Change of Life escrita por Peggie


Capítulo 8
Trancada para fora


Notas iniciais do capítulo

HEY! Tudo bem? Como vocês vão? Espero que estejam bem, bom pessoal parece que eu não consigo ser tão rápida assim, demorei mais do que eu esperava, mas fazer o que? Me julguem, brincadeira pessoal, queria agradecer a você que está aí desse outro lado da telinha do celular ou do computador, que lê, acompanha, favorita e comenta, agradecer as pessoas que comentaram no capítulo passado e até mesmo a Letty que me cobrou o capítulo, não te respondi mas eu li, e vi que você perguntou cadê o capítulo, e se eu tivesse respondido teoricamente estaria mentindo, porque minha provável resposta seria "Está saindo em breve" ou algo do tipo, continuando, agradecer a todos vocês que continuam acompanhando mesmo com a minha demora, Tizzy, Bruh e Letty comentaram, obrigada girls, obrigada mesmo, a você que comenta, favorita e até mesmo você que só lê. Muito obrigada, já enrolei um pouquinho aqui, but okay. Guys esse capítulo era pra ter saído dia cinco ou ontem, porém não me senti bem nesses dias citados e não consegui finaliza-lo, então peço desculpas por isso.

PS: Ainda não estou completamente bem, porém estou melhor que antes então...

Kisses! Vejo vocês nas notas finais! Boa leitura!



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– Clary, Clary? Acorda, Clary, por favor acorda... - alguém me balançava enquanto eu abria lentamente meus olhos...- Meu Deus você está bem? - perguntou

– O que?

– Você está bem?

– Sim, eu acho que sim.- respondi, minha visão estava meio embaçada devido ao meu “breve” cochilo, meu pescoço doía um pouco por causa da posição que acabei ficando.

– O que você está fazendo aí fora? - pra falar a verdade nem eu sei...

– Acho que peguei no sono...

– Acha? - indagou ela

– Uhum, eu não tenho certeza quase de nada. - afirmei, me sentando melhor nos degraus e colocando minhas pernas mais próximas de mim apoiando meus cotovelos nas mesmas.

– Você está bem? - perguntou mais uma vez.

– Sim.

– Acha ou tem certeza?

– Não sei – ri – O que aconteceu?

– Eu não sei, se você não sabe quem dirá eu. - brincou – Eu te deixei aqui a quase duas horas e ...

– Duas horas? - exclamei

– É quase isso, talvez uma hora e meia, não tenho certeza.

– O que... alguém está mais atrasada do que deveria – murmurei, colocando minhas mãos em minha testa e suspirando logo em seguida

– O que disse? - questionou Izzy

– Nada de importante. - de repente ela me olhou como se houvesse lembrado de algo e olhou para minha bolsa.

– O que foi? - perguntei olhando para ela também.

– Você foi assaltada?

– O quê? NÃO! - respondi rapidamente, porém passei a ficar um tanto assustada com a possibilidade de algo meu ter sumido, e em menos de alguns segundos comecei a vasculhar minha bolsa a procura da minha carteira e entre outras coisas, meu desespero teria passado se não tivesse lembrado do meu celular que não estava lá dentro, botei a mão em minhas orelhas em busca do fone ele não estava mais lá, tateei meu corpo em busca do fino fio, e quando eu o encontrei comecei a puxa-lo em procura do meu celular, senti algo “pesando” do lado oposto, e com isso me tranquilizei brevemente, continuei puxando dessa vez com mais calma e quando finalmente o peguei sorri e respondi Izzy – Aparentemente não.

– Sabe por um momento pensei que sim – brincou, eu poderia ficar com raiva, ou repreende-la mas estava tão aliviada de minhas coisas ainda estarem comigo, que somente sorri para ela.

– Não sabia que os índices de assaltos de Jersey eram tão altos – comentei brevemente me levantando em seguida e batendo minhas mãos em minhas pernas.

– E não devem ser, quer dizer eu acho que não são tão altos, mas do jeito que você estava dando sopa...

– Eu não estava dando sopa! - afirmei e ela cruzou os braços e me olhou sugestivamente. - Tá talvez um pouco - ela continuou me encarando até que eu falei - Isso não importa - disse e isso fez com que ela sorrisse.

– Bom isso não vem ao caso, o que importa é que suas coisas estão com você e está tudo bem. - assenti concordando com o que ela havia dito - Vem vamos... - disse sem motivo, a olhei questionando, do que ela estava dizendo.

– Desculpe, mas pra onde? - questionei ainda sem entender.

– Vamos pra minha casa.

– Não, obrigada Izzy, é legal da sua parte mas... - estava dizendo porém ela me interrompeu

– Clary, daqui a pouco anoitece - estava cedo ainda, um tanto longe de começar a escurecer abri minha boca para contestar, mas ela não me deu a oportunidade e continuou - E você não pode ficar trancada ai pra fora de qualquer jeito.

– Minha mãe pode chegar a qualquer momento. - contestei

– Quando ela chegar, vai te ligar ou avisar. - confirmou - Venha logo - antes que eu pudesse começar a pensar em outra forma de contestar, ela já havia pego minha bolsa e estava caminhando em direção ao carro, e quando estava próxima a ele disse - Você não vem? - questionou irônica

– Estou indo, estou indo. - suspirei em desistência e caminhei em direção ao veículo, olhando para trás conferindo se não tinha esquecido nada, segui caminho e quando finalmente entrei no carro, olhei para Izzy sugestivamente e perguntei: - Feliz agora? - fui irônica, e ela não me respondeu apenas ligou o carro e seguiu caminho

(....)

Quando chegamos em sua casa ela nada disse, apenas me esperou para sair do carro, e seguimos caminho até a porta de sua casa, não me dando tempo para observar nada, somente a grama verde e um tanto úmida. Assim que entramos, Izzy trancou a porta e logo em seguida gritou:

– MAX! CHEGUEI! - exclamou Isabelle

–Não precisava gritar Izzy... - alguém disse logo em seguida, procurei o dono da voz, porém não obtive resultado, mas depois de um certo tempo, passos foram ouvidos e uma criança vinha em nossa direção, conforme ele chegava mais perto pude vê-lo com mais clareza, possuía pele branca, cabelos castanhos e olhos um tanto que acinzentados, não era notável, mas felizmente consegui perceber, que envolta de sua pupila existia uma pequena “voltinha” azul, que lhe dava um certo charme, e infelizmente essa “chama” azul não era perceptível por causa de seus óculos...Max segurava algo em suas mãos, porém não consegui identificar o que era.

– Ah, você esta aí - sorriu para ele.

– Quem é ela? -perguntou

– Minha amiga Max.

– Sua amiga? Como Maia?- Izzy momentaneamente pareceu chateada, ou até mesmo com raiva e com a pergunta que Max o fizera, ou somente fosse impressão minha.

– Sim Max, como ela. - eu ainda permanecia em silêncio apenas observando... por alguns segundos Izzy pareceu aérea, mas logo em seguida sacudiu a cabeça e continuou a falar - Trouxe uma coisa para você - disse tirando uma barra chocolate da bolsa - Não conte para a mamãe que eu te dei isso - ele assentiu firmemente - E tem mais uma coisa. - ela mexeu mais uma vez na bolsa, parecendo ter dificuldade em achar o que procurava, mas logo depois tirou uma revistinha da mesma - Aqui, para você - não consegui ver a capa ou ao menos distingui-la da que ele segurava.

– Obrigada Izzy - sorriu amigavelmente, ajeitando seus óculos, ela retribuiu o sorriso e logo em seguida disse para mim- Vem vamos subir. -segurou-me pelo braço, mas antes que ela me puxasse ele perguntou:

– Qual o nome da sua amiga? - ela me olhou sugestivamente, como quisesse saber se eu responderia ou ela teria que fazer por mim, decidi responder

– Meu nome é Clarissa, mas pode me chamar de Clary.

– O meu é Maxwell. Mas me chamam de Max. - ele sorriu e eu retribui, Izzy ainda segurava meu braço, e não comentava sobre o que acontecia, até que sussurrou um breve:

– Vamos... - ela me parecia um pouco fora de órbita, mas mesmo assim me puxava levemente pelas escadas enquanto eu ainda respondia Max.

– Claro, até depois Max. - disse por final

(....)

– Por favor ignore a bagunça- uma das primeiras coisas que notei assim que Izzy abriu a porta de seu quarto foi o excesso de roupas espalhadas pelo chão. Vários tipos de vestimentas e calçados estavam jogados pelo piso de madeira, desde a cama ao chaise longue.

– Olhe sente aqui - ela se direcionou ao seu chaise longue que ficava de frente para a janela, tirando as camisas e calças que estavam por lá.

– Obrigada. - disse enquanto me sentava

– Você quer alguma coisa? Um copo d' água? Algo pra comer? Um banho pra tomar?

– Não não estou bem...- respondi rindo nasalmente.

– O que foi? - indagou ela

– Nada, é só que geralmente as pessoas oferecem outras coisas, mas... um banho pra mim é novidade.

– Eu ofereci "as outras coisas" mas você rejeitou todas elas, por isso cogitei o banho, até porque né, você ficou pra fora durante o que? Duas horas? - ela perguntou retoricamente -E fique tranquila, as propostas mais esquisitas vem geralmente da minha pessoa - respondeu ela, me fazendo rir - Tem certeza que não quer nada?

– Sim, eu tenho. - sorri

– Se precisar de algo, me avisa. - disse - Clary? - chamou depois de alguns segundos

– Diga - olhei para ela

– Eu preciso ir pegar algo que acabei deixando no carro, se importa se eu for lá embaixo?

– Claro que não - sorri

– Okay então. Volto logo. - ela fez um sinal com as mãos - Não saia daí. - depois disso ela virou de costas para mim adentrando em uma porta próxima, quando ela saiu, pude observar melhor o local, suas paredes eram brancas com alguns detalhes pretos, como fossem rabiscos, rascunhos, mas pude perceber melhor logo em seguida, eram esboços de desenhos, vestidos, manequins, tirei minha atenção das paredes e notei que na porta principal, aquela que dá a entrada para o quarto, se posso chamar assim, de frente para ela não existia quase nada, além de dois pufs e uma pequena mesinha. No outro canto do quarto havia um guarda- roupa embutido branco e ao seu lado uma escrivaninha da mesma cor, em cima dela existia um notebook, algumas folhas soltas e alguns lápis e canetas. E no meio do quarto, a cama, ao seu lado um pequeno abajur em cima de uma pequena cômoda, acima dela algumas prateleiras que levavam porta-retratos, em frente a cama, quase como um conjunto, como fossem grudados, uma espécie de baú. Tirando minha total atenção da decoração dos móveis, Isabelle entrou no quarto exclamando alegremente:

– Voltei! Demorei?

– Nenhum pouco, foi bem rápida. - respondi, e ela balançou a cabeça em afirmação

Após isso tudo ficou silencioso, exceto por algumas vezes que Izzy dizia algo aleatoriamente, não foi algo que veio de repente só que ele começou a se estabelecer no local lentamente, alguns minutos depois ela finalmente se sentou com esmalte em suas mãos e pequenos tufos de algodão, resmungando alguma música, sem perguntar me deitei em seu divã, por minhas costas estarem cansadas de tentarem manter a postura, até que Izzy me perguntou:

– Então como você ficou trancada pra fora? - indagou ela, que olhava de forma concentrada para as unhas, ainda deitada, botei minhas costas no encosto do divã para poder olha-la de melhor forma.

– Minha mãe levou minhas chaves...

– Simples assim?

– É sendo que ela saiu, e me enviou uma mensagem dizendo “Chego antes de você” mas nada dela, eu toquei a campainha e nada dela. - disse enquanto olhava Izzy passar mais uma camada de esmalte em suas unhas, esticando a mão para conferir logo em seguida e logo após disso retirou a cor que existia em suas unhas.

– Entendi, que chato... - afirmou ela, bufando logo em seguida.

– O que foi? - perguntei

– Nada de importante... - disse ela suspirando, eu não sabia o que responder para manter um possível diálogo, mas antes que eu pudesse terminar de pensar nas possibilidades ela disse – Quando eu te vi naquela hora... eu tinha ido na farmácia, e quando olho pra sua casa, vejo alguém na porta, fiquei assustada - brincou

– Por que? - indaguei

– A primeira coisa que eu pensei foi "AI MEU DEUS" - respondeu ela em um tom mais alto.

– E a segunda?

– Depois disso eu só estacionei o carro mesmo - afirmou, e mais uma vez ficamos em silêncio, a vi retirar o esmalte mais uma vez de suas unhas e bufar em frustração pela décima vez... me levantei de onde estava e fui para seu lado quando eu perguntei a ela:

– Quer ajuda?

– O que? Não obrigada - sorriu - Acho que vou sem pinta-las mesmo.

– Deixa eu te ajudar. - olhei pra ela - Já perdi a conta de quantas vezes você já tirou o esmalte das suas pobres unhas. - ela riu com o meu comentário.

– Não precisa - afirmou ela a olhei sugestivamente e apenas assenti, andei até ficar em frente ao seu baú e me sentei no chão, até que percebi que Izzy tinha se levantado e parado na minha frente sentando-se no chão junto a mim.

– E aí? - perguntei

– Quero conversar - e nós teríamos mantido um diálogo se ela não tivesse repassado o esmalte nas unhas e o tirasse em seguida, tomei o pequeno vidro em minhas mãos e disse:

– Deixa isso comigo - ela iria contestar mas não permiti - Não diga nada somente me dê sua mão. - olhou- me sugestivamente e estendeu sua mão por fim.

(....)

– Prontinho – disse por fim fechando o esmalte – Agora é só esperar secar, e você pode ir se arrumar

– Obrigada Clary. - minutos depois Izzy se levantou, dizendo que iria tomar seu banho, e que caso eu tivesse mudado de ideia poderia ir em seguida, ou até mesmo tomar banho em outro banheiro. Depois que ela saiu me levantei, recolhendo as pequenas bolinhas de algodão que ficaram espalhadas pelo chão, logo depois a joguei em uma pequena lixeira que ficava ao lado de sua escrivaninha, aproveitei e recolhi algumas peças de roupas, que ainda estavam espalhadas pelo chão e fui arrumando lentamente as recolhendo, e selecionando algumas, para montar diferentes combinações...

– Izzy, eu vou... - disse aumentando um pouco meu tom de voz para que ela pudesse me ouvir, mas antes que eu pudesse terminar a frase a porta foi aberta de repente, mostrando um loiro alto, sem camisa com uma toalha jogada pelos ombros...

– Izzy, você viu o meu...- falou enquanto entrava no quarto, um pouco antes d'ele terminar a sentença eu acabei me virando de costas para o loiro.

– Jace? Ai meu Deus! - exclamei

– Por favor... até parece que nunca viu ninguém sem camisa... - falou, brevemente senti minhas bochechas ruborizarem, e logo sem mais nem menos, resolvi responder por puro impulso.

– É claro que já vi!

– Então, já que viu milhares de pessoas sem camisa, por que não vira para frente?

– Eu não vi milhares de pessoas – respondi indignada.

– Que seja. Vire-se ...

– Não... - permaneci de costas

– Não seja por isso... - ouvi passos, provavelmente ele, que chegava cada vez mais perto, mas antes que pudesse chegar a minha frente, a porta do banheiro se abriu, revelando Izzy, que tinha uma toalha presa ao seu corpo e seus cabelos negros úmidos.

– O que está acontecendo aqui? - perguntou ela, mais uma vez eu me virei dessa vez, encarando a janela – Incomodando minha visita?

– Não... eu só vim perguntar se você tinha visto o meu... quer saber? Deixa pra lá – disse ele logo em seguida saindo do quarto fechando a porta … - depois disso permaneci de costas para Izzy

– Eu podia perguntar o que aconteceu, mas acho que não vou querer saber...

–Não foi nada... - confirmei

– Okay, tudo bem... Eu não consegui te ouvir, o que você tinha dito?

– Eu só ia perguntar... na verdade avisar que eu ia separar algumas roupas pra você.

– Obrigada Clary... por ter me ajudado com isso – ela mostrou as unhas fazendo com que eu sorrisse – E com tudo, com as roupas, eu estava bem perdida hoje...

– Sem problemas Izzy, vamos, termine logo isso, não queremos que ele espere mais não é? - sorri - Afinal quem é esse "ele" ? - perguntei

– Espertinha, mudando de assunto - sussurrou ela, porém consegui e escutar, mas mesmo assim me fiz de desentendida e perguntei:

– O que disse?

– Nada - afirmou ela, rindo brevemente - E esse "ele", é Sebastian Verlac, não sei se chegou conhecer... - vasculhei tal nome em minha mente, porém ninguém me veio em mente e a respondi

– Não acho que não... Olhe separei essas roupas - apontei para cama.

– Obrigada mesmo Clary, eu estava bem perdida.

– Percebi - brinquei.

– Engraçada você. Bom, mas é sério, nosso encontro está marcado para as seis e meia e... - não a deixei finalizar a frase e a interrompi

– Você sabe que horas são?

– Não...

– São dez pras seis, você acha que consegue se arrumar em quarenta minutos? - questionei.

– Talvez?

– Você está me perguntando?

– Não sei... - olhei em minha volta em busca do celular de Isabelle e apontei para sua cama quando o encontrei:

– Ligue para ele, avise que talvez se atrase, diga que perdeu a hora ou sei lá, só diga que talvez, não consiga estar pronta por volta do horário combinado - ela assentiu

– Que horas então peço para ele me buscar?

– Talvez as sete, pergunte se tem algum problema. - me sentei novamente, enquanto ela ia em direção a cama e discava o número e antes que ela pudesse finalizar eu perguntei - Posso usar seu banheiro?

– Mais é claro. - afirmou ela. Segui em direção ao seu banheiro, e quando entrei somente tranquei a porta, e fui fazer o que eu tinha que fazer, consegui ouvir Izzy falando com o tal Sebastian, que provavelmente tinha concordado em pega-la mais tarde, já que a mesma agradeceu e pediu desculpas, finalizando a ligação logo em seguida, dei descarga e fui lavar minhas mãos, quando ia abrir a porta, ouvi passos e uma voz masculina

– Amiguinha nova? Jace me disse que tinha visitas - consegui ouvir alguém dizer – Você não aprende né? - ele a repreendeu

– Maia não fez de propósito, ela não sabia – ela contestou

– Só espero que ela, não seja como Maia. - disse ríspido – Depois não me faça ter que dizer eu te avisei, de novo. - ouvi passos, e em alguns segundos eles estavam distantes, pude ouvir um suspiro de alívio, provavelmente de Isabelle, quando tive coragem, saí do banheiro e a encontrei de toalha olhando para a porta do quarto, para tentar aliviar a situação perguntei:

– Já se decidiu? - perguntei.

– Na verdade não. - suspirou, não sei por qual motivo mas ela o fez, passou a me olhar e logo em seguida questionou - Quer me ajudar nisso? - brincou

– Mais é claro, não tenho opção mesmo... - fiz ela sorrir - Conseguiu que ele te buscasse mais tarde?

– Sim, ele vem ás sete.

– Então vamos, não quer se atrasar mais, ou quer?

– Não... - ela riu

– Então vamos

(....)

Alguns bons minutos depois, ela já tinha escolhido sua roupa, e por ela e nem eu sabermos onde seria o tal encontro, ela acabou optando por uma saia de couro e meia calça preta, enquanto continuávamos indecisas a respeito da camisa e sapato que ela iria usar.

– Por que não fazemos assim... - sugeri - Vista uma camisa qualquer para podermos indo adiantando outras coisas, como a maquiagem e cabelo, certo?

– Pode ser então... - confirmou -Então eu vou me maquiando. Sem ajuda dessa vez - brincou enquanto entrava em seu banheiro, e eu olhei as diversas opções que ela poderia ter, separei algumas camisas, camisetas, jaquetas jeans, e até mesmo blusas de manga, pude ouvir o secador ser ligado e sem motivo algum comecei a rir, como se esse barulho me lembrasse a algo que fosse engraçado, fui em busca de meu celular para poder ligar ou enviar algo para minha mãe que não dava sinal de vida a um bom tempo, desbloqueei a tela e digitei rapidamente:

"Mãe, onde a senhora está? Está sumida a um bom tempo, me responda o mais rápido possível! Por que não estava em casa?"

Dei enter logo em seguida esperando por sua resposta, tentei liga-la mas nada novamente, só caia em caixa postal, tentei não ficar preocupada mas a mensagem gravada só sabia como me dizer a fazer o contrário "O número chamado está desligado, ou fora da área de serviço". Por que ela não me atende? Onde ela está que não tem sinal? Será que ela desligou o celular? Mas por que?

– Clary? - Izzy saiu do banheiro - Está querendo abrir um buraco no chão? - falou divertidamente

– Não. - parei de andar - Você foi rápida - disse tentando tirar a atenção que estava dando ao meu celular.

– Rápida? Eu devo ter demorado uns vinte minutos ali dentro.

– Sério? - perguntei

– Mais do que sério. Estava distraída em ruivinha. O que aconteceu? - perguntou chegando mais perto

– Minha mãe não atende o celular de jeito nenhum, não responde minhas mensagens, nem nada, simplesmente não dá sinal de vida. - ela não me disse nada, até que eu senti o aparelho em minhas mãos vibrarem, uma nova mensagem. Desbloqueei meu celular o mais rápido que pude, abrindo a mensagem na esperança de ser ela, mas era apenas a operadora.

– É ela? - perguntou

– Infelizmente, não. - respondi desapontada

– Sinto muito.

– Eu também - murmurei, mais uma vez tentei tirar minha atenção do que estava fazendo antes e logo a perguntei - Está pronta?

– Acho que sim, só falta o batom. - afirmou

– Vamos escolher o restante de suas roupas - falei.

– Olha você pode tentar ligar para alguém que talvez estivesse com ela a algum tempo...

– Melhor não. - confirmei, sabendo que se caso ligasse e perguntasse e tal pessoa me respondesse que ela já tinha saído a algum tempo, isso só me deixaria mais inquieta. - Já decidiu com que sapato vai? - perguntei mudando completamente de assunto.

– Acho que sim - ela apontou para uma bota que deveria ter no mínimo dez centímetros de salto.

– Quantos centímetros tem isso?

– Deve ter uns 12 ou 13. Por aí.

– Tem certeza que quer ir com isso?

– Sim, eles são confortáveis.

– Tem certeza?

– Mais que absoluta - ela riu, olhei para ela ainda duvidando de suas palavras, porém decidi não questionar mais...

– Então tudo bem. - ela se sentou em sua cama e calçou suas botas de cor escura, e passamos para a última fase do visual, a parte de cima.

Quando finalmente Isabelle ficou pronta, só faltava eu dizer graças á Deus, nunca cheguei a pensar que demoraríamos tanto pra escolher uma simples camisa, ela trocou de blusa umas 10 vezes do mínimo, colocando diversas jaquetas de acessórios diferentes, mas por fim ela estava pronta, suas grandes pequenas botas que batiam até um pouco mais que a altura do tornozelo, seu salto não era fino e sim grosso, o que ela dizia deixar os pés mais confortáveis, mas mesmo assim continuava a duvidar de sua lógica, sua saia que batia até um pouco mais que a metade das coxas e meia calça preta, por um momento pensei que ela fosse toda de preto, mas isso mudou quando ela colocou uma camiseta estilo seda branca e colocou uma jaqueta jeans por cima.

– Couro ou jeans? - perguntou

– Desculpe, o que disse?

– Jaqueta de couro sintético ou jeans?

– Não sei...

– Qual você acha que fica melhor?

– A de couro, mas ia ficar muito preto não acha?

– Não sei.

– Já se decidiu qual batom vai usar?

– Não sei, qual desses? - ela apontou - Vermelho, vinho, ou gloss labial?

– Isso daí fica ao seu critério.

– Vinho.

– Boa escolha!

– Jaqueta?

– Sinceramente? Couro.

– Tudo bem. Com ou sem bolsa?

– Definitivamente, sem.

– Como eu estou? - ela deu uma voltinha.

– Maravilhosa.

(....)

Quando finalmente tudo acabou, Isabelle sorriu alegremente, e me agradeceu, descemos as escadas, eu segurando minha bolsa e meu celular, e ela somente levando seu aparelho em mãos, encontrei Max no sofá lendo uma de suas revistinhas, ao seu lado estava Jace, e aparentemente mais ninguém estava em casa.

– Estou saindo. - alertou Isabelle - Volto antes da meia noite.

– Se não a carruagem vira abóbora. - disse o loiro

– Engraçadinho você hem - falou sarcasticamente - Estou levando uma das chaves, caso algum de vocês pense em me trancar para fora.

– Como fizeram com sua amiguinha.– alguém disse saindo de alguma das portas, e esse alguém era provavelmente Alec.

– Ignore ele. Vamos Clary.

– Tchau Max. - foi a única coisa que eu disse antes que Isabelle me levasse para a o lado de fora de sua casa.

– Me desculpe por Alec.

– Não foi nada. Quem é ele?

– Meu irmão. - respondeu ela, fazendo com que eu pensasse que Max é de longe o mais simpático.

– Bom ainda faltam... dez minutos, quer que eu te leve em casa?

– Não Izzy muito obrigada.

– Eu é quem agradeço, por tudo, pela roupa, por ter me ajudado.

– Obrigada por não deixar que me furtassem - brinquei

– Não foi nada, obrigada você por não deixar que eu adiasse meu encontro.

– Não foi nada- respondi, e antes que eu pudesse ir embora Izzy me deu um abraço, ela me pegou de surpresa, mas mesmo assim, ele foi retribuído.

– Até amanhã - ela disse me soltando.

– Até... - segui caminho pra casa.

(....)

Durante todo o caminho tentei ligar para a minha mãe, já estava ficando realmente preocupada, pra quem chegaria em casa antes de mim, alguém está mais que atrasada, tentei não ficar preocupada pensando nos possíveis imprevistos do trânsito de Nova York, tentei até mesmo ligar para Luke, má ideia, porque o mesmo disse que ela já não estava mais com ele a um bom tempo, e já deveria ter chegado em casa, me afirmou que ela tinha saído antes de dar uma hora, o que me deixou mais inquieta. Tentei manter a calma acima de tudo, até que finalmente virando a esquina recebi uma mensagem:

"ONDE VOCÊ ESTÁ CLARISSA?"

Meu coração acelerou. Corri o mais rápido que pude, até estar próxima a minha casa, consegui ver as luzes acesas e voltei a andar rapidamente, quando finalmente cheguei na minha porta a abri em um rompante, meu celular estava tocando e encontrei minha mãe de costas para a porta com seu telefone em mãos, quando se virou pelo barulho que eu havia feito, me olhou com uma mistura de raiva, preocupação e alívio, eu fiquei tão feliz em saber que ela estava bem, que logo senti meu corpo relaxar, eu ia em sua direção para lhe dar um abraço mas antes que pudesse chegar perto o suficiente ela me pergunta:

– ONDE VOCÊ ESTAVA? - grita ela. Como assim onde eu estava? Todo o breve alívio que consegui ter sumiu em menos de alguns segundos, fiquei indignada, aumentando meu tom de voz como ela.

– ONDE EU ESTAVA? SÉRIO? MESMO? A SENHORA SUMIU! TEM NOÇÃO DE COMO EU FIQUEI PREOCUPADA? - eu tentei ignorar isso o dia todo, mas a cada vez que eu a ligava me sentia mais insegura de ela não estar bem, minha preocupação só aumentou durante o dia inteiro, e ela me pergunta onde eu estava? Ela não me atendeu uma única vez, não respondeu nenhuma das minhas várias mensagens o dia todo, senti meus olhos arderem e perguntei mais uma vez - TEM NOÇÃO DE COMO EU FIQUEI? COMO AINDA TEM CORAGEM DE ME PERGUNTAR ISSO?

– Eu sou sua mãe se lembra? Eu tenho TODO O DIREITO DE PERGUNTAR O QUE EU BEM ENTENDER.

– Mas parece que não lembrou de me avisar que demoraria mais de CINCO HORAS FORA DE CASA! - Gritei a última parte

– Eu não te devo satisfações. - afirmou ríspida

– Tem razão não deve - joguei minha bolsa no chão junto ao meu celular e fui em direção a porta. Meu único benefício em todo esse longo dia, foi ter que passa-lo com as minhas confortáveis roupas de corrida, eu não podia ficar com ela mais nenhum segundo dentro daquela casa.

– AONDE PENSA QUE VAI? - Ela me perguntou quando percebeu que eu a daria as costas, não a respondi, percebi que ela estava vindo atrás de mim, e notei que ela estava bem próxima, quando segurou meu braço firmemente e perguntou novamente. - ONDE PENSA QUE ESTÁ INDO!?

– Me larga. - ela continuou o aperto firme em meu braço, me virei pra ela com lágrimas nos olhos e disse mais alto: - ME SOLTA! - Vi sua expressão se aliviar, mas logo ela tomou sua posição novamente não se deixando abalar. Percebi que ela não iria me soltar tão cedo, e que ela gostaria de finalizar o que começou, mas eu não estava com cabeça para isso, me soltei de seu aperto, voltando a andar o mais rápido possível.

– VOLTA AQUI CLARISSA! - Ela gritou, bati a porta de casa assim que ela terminou a sentença, eu não voltaria enquanto eu e ela não estivéssemos com a cabeça fria suficiente para podermos resolver aquilo como pessoas civilizadas. - CLARISSA! VOLTE AQUI IMEDIATAMENTE - Consegui ouvi-la chamar pela última vez antes que eu pudesse estar longe o suficiente de casa.


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Notas finais do capítulo

Hey pessoal! Quero que me digam o que acharam do capítulo, ele ficou meio longo, não sei o que vocês acharam disso mas espero que não o tenham achado o capítulo, chato ou entediante, quero a opinião sincera de todos vocês, comentem me digam o que acharam, se eu preciso melhor em algo, se vocês querem capítulos menores, ou coisas do tipo, pode ser pessoal? Mais uma vez, agradeço a todos vocês! E peço desculpa pela demora!

PS: Gente me desculpa, o capítulo ficou com mais de quatro mil palavras, e eu vi isso agora, não vou dividi-lo em dois, porque no próximo terá a continuação da discussão e essas coisas peço desculpa pelo capítulo gigantesco.

Kisses, vejo vocês nos reviews!



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