POV. Riker

Senti meu rosto esquentar, deveria ser o sol, sim já era de manhã, e a luz me fez acordar lentamente. Fiz força para abrir meus olhos mas logo fui atingido por um travesseiro bem na cara, existe maneira pior de acordar? É claro que sim, mas isso foi horrível! Me virei rapidamente para reclamar, mas parei no mesmo instante... a garota estava na ponta da cama encolhida com quase todo o lençol me olhando assustada.

– Nath? O que... - Logo me toquei no que poderia ter acontecido, ou aconteceu, me levantei e percebi só estar de cueca, então logo peguei o cobertor.

– RIKER ANTHONY MOON! - Ela disse com voz firme - O que você fez? - Disse apontando outro travesseiro pra mim, como uma arma.

– Até parece que um travesseiro vai me... - Ela me cortou jogando uma almofada na minha cara jogando minha cabeça de volta para onde eu estava deitado, Uau, que garota forte! - Ei! Pera ai! - Avançei nela, e a mesma saiu correndo se trancando no banheiro levando o lençol consigo.

– Me desculpa Nath, eu não queria... me desculpe - Ela não respondeu - Abre a porta por favor - Ouvi seu suspiro por trás da mesma.

– Você não queria? - Ela respondeu em um tom baixo e meigo.

– E-Eu não sei... Você queria? - Digo confuso ponto a mão na porta.

– Sim - Ela diz timída, não estou entendendo.

– Então... O que foi? P-Por que está agindo assim? - Senti a massaneta se movendo, logo podia ver a morena por inteiro olhando pro chão, com os cabelos bagunçados. - Eu te machuquei? - Perguntei segurando seu queixo para que sua visão fosse diretamente para mim.

– De jeito algum, é que... eu nunca - A morena fez um sinal negativo com a cabeça voltando seu olhar para o chão, eu havia entendido tudo, simplesmente a abraçei carinhosamente e ela retribuiu.

Tirei ela de meus braços e pus minhas duas mãos em seu rosto admirando seus olhos, tão lindos e principalmente meigos, verdes e hipnotizantes... seus cabelos curtos até o ombro que no final faziam lindos cachos perfeitamente moldados, sua boca carnuda e rosada da cor de verdadeiras rosas do jardim da minha mãe, quando sua mão tocou meu braço... um choque elétrico percorreu todo meu corpo, eu nunca senti isso por ninguém... eu sempre a desejei, mas não tive a miníma coragem para chegar nela e dizer '' Quer sair comigo? '', uma coisa tão fácil e simples... Mas veja agora, eu-eu acho que a amo de verdade, ela era minha noite passada... não foi apenas uma coisa por acaso, foi amor por acaso... não foi um acidente... foi um acidente amoroso... a coisa que me fez ver as luzes mais brilhantes, as rosas mais cheirosas, as cores mais vivas... não foi apenas loucura.... foi uma loucura de amor!

– Eu sou uma idiota... - Susurrou em meu ouvido se separando de mim e indo em direção oposta, olhei triste para o chãos e ela continuou. - E-Eu me faço de durona, mas naverdade... eu sou insegura e uma garota que tem medo do que os outros podem achar de mim.

– Nem a metade disso que você disse é verdade, eu sempre observei você, você era a garota mais incrível que eu já havia visto, eu fiquei mais de dois anos gostando... - MERDA!

– Gostando?... - Seu olhar triste já havia ido embora, agora ela caminhava até mim com um tom de suspense. - Fala de novo

– Go-Gostando de... - Ela foi chegando perto, até perto demais... me olhando malignamente.

– Fala - Repitiu, eu não posso ser um covarde.

– GOSTANDO DE VOCÊ - Falei rápido, e ela arragalou os olhos e depois sorriu. - Eu era um... covarde, não tinha coragem de dizer o que eu sentia. - Olhei em seus olhos - Mas agora eu tenho! - Andei até ela para beija-lá, mas ela deu um grande passo para o lado.

– Se você acha que eu sou fácil, está enganado moçinho... - Ela correu até o outro lado do quarto, ficamos entre a cama, ela de um lado e eu de outro.

– Ai que menina chata - Brinquei.

– Olha quem fala, Riker Moon o Nerd - A ela não disse isso... - Nath faça sua lição, Nathalia pare de dormir, Nathalia senta na carteira - Ela dizia deboxando da minha cara, faznedo movimentos com as mãos abobadamente.

– Hey, isso foi no 6 ano, a pior época da minha vida, eu mudei, e sem mim você não seria tão inteligente quanto é hoje - Falei indo devagar ao outro lado da cama, quando ia pegar seu lencól ela rapidamente pulou para o outro lado, fazendo com que trocassemos.

– Claro que seria, é que você era chato demais loiro - Disse mostrando a língua.

– Ta já chega! - Fui o mais rápido possível e corri até ela colando nossos corpos, ela não teve como escapar.

– E agora o que eu faço com você? - Susurro olhando para ela, e ela estampa um sorriso nos lábios.

– Você que manda chefia - Brincou e riu, olhei para cima fazendo ela rir e logo a beijei.

Passei os braços por sua cintura e ela entrelaçou seus dedos por meus fios loiros, terminamos com um demorado selinho, até ela me beijar de novo desesperadamente e me jogar na cama ficando por cima de mim e me beijando por todo o rosto, eu aprofundei o beijo e ela cedeu, minha língua explorava cada canto imenso de sua boca, passei-a por seus lábios acariciando-os, beijei seu pescoço e dei um chupão fazendo-a gemer alto.

– Não grita - Alertei carinhosamente.

– Como não gritar?

– Você quer continuar a brincadeirinha ou não? - Perguntei arqueando a sobrancelha.

Ela sorriu e voltou a me beijar... e o resto eu nem preciso explicar não é?

POV. Ally

Eu realmente já estava acordada, mas antes de despertar revolvi pensar novamente.

A como eu o amo... como ele me faz feliz... mas teremos um final feliz? Isso é o que me preocupa, no começo fiquei com raiva de Ell por ter desconfiado de Austin... mas daí pensei... ele tinha toda a razão! Daria tudo para ter uma bola de cristal agora, mas e se Austin estiver sendo verdadeiro? Vou magoar seus sentimentos, eu não quero fazer isso. Eu quero continuar amando-o até o momento que eu perceber que é ele! Que ele é a pessoa certa, que ele me fará feliz como está fazendo agora, eu quero que seja ele...

Já estava na hora de acordar, abri os olhos lentamente... mas... não havia claridade alguma, senti que meu corpo estava coberto por dois braços quentes e confortáveis, afastei meu rosto de seu peito e olhei para cima, o loiro estava de olhos abertos olhando para mim com um sorriso fechado que logo se abriu, enviei um grande sorriso de volta.

– Bom dia - Ele disse passando a mão por meu rosto.

– Bom dia - Suspirei apertando seu abraço.

– Podiamos acordar assim todo o dia, o que acha? - Perguntou depositando um beijo em minha bochecha.

– Talvez... - Devolvi um beijo em sua bochecha demorando e ele sorriu de novo. Como eu amo seu sorriso... - Me desculpa por ontem, e-eu confio em você Aus... - Ele colocou o dedo indicador em meus lábios.

– No final das contas... - Ele suspirou - Você tem toda a razão. eu nem meresso tudo isso - Ele retirou seus dois braços e sentou do outro lado da cama.

– Aus não faz assim - Me levantei colocando minhas mãos em seus ombros por trás, me ajoelhando na cama. - Eu nunca achei que diria isso mas.... Eu te amo, eu sinto algo por você, eu sempre senti, só que isso era invisível na minha mente, era como se estivesse trancada com um cadeado, e você conseguiu abri-lo! Me mostrando tudo que eu estava perdendo - Ele olhou de lado e sorriu, depois virou seu rosto para mim.

– Eu era um idiota... eu não... - Ele ia fazer aquilo de novo.

– Cala boca - Ataquei seus lábios segurando seu pescoço, ele levantou e se deitou novamente ficando por cima de mim na cama, nossos lábios se mexiam conforme um ritmo perfeito e lendo, apaixonante e simples, como eu amava.

– Oh como eu te amo Ally - O loiro diz beijando minha testa demoradamente - Como podia viver sem você?

– Ai que clichê, vamos logo para a parte boa ( a: Ally estragando o momento emotivo) - Falei com um sorriso malicioso e ele riu.

– Se é isso que a senhorita quer hoje... - Ele me apertou contra seu corpo beijando meus lábios novamente.

Ele desceu até meu pescoço e o beijou com carinho, foi descendo os beijos até meus ombros, cobrindo meu braço por seus beijos doces e suaves, e realmente tentadores, ele voltou seus lábios para os meus puxando meus braços fazendo-me levantar da cama, ele segurou a perna que estava com a tipoia e me prensou na parede segurando meus braços por cima e beijando meu pescoço novamente, ele deu um breve chupão em um lado fazendo-me quase gritar, aquilo deixaria marca, mas isso pouco me importava naquele momento, ele me puxou ainda segurando minha perna até o banheiro sem separar o beijo, ainda estavámos com as mesmas roupas de ontem, ele ligou o chuveiro e nos pôs dentro dele. A água gelada inundava minha cabeça, era tão relaxante, os cabelos de Austin estavam molhados e nossas roupas mais ainda, ele separou nossos lábios com vários selinhos e começou a me olhar arrumando uma mecha do meu cabelo que havia caído.

– Você é tão linda - Corei violentamente - Isso é estranho...

– O que?

– Por que eu não te agarrei logo que tive oportunidade? Em vez disso, fiquei implicando com você, quando podia ter dito, Allyson Dawson eu gosto de você - Ele riu.

– Por que você era um babaca - Respondi acariciando seus cabelos.

– Eu era?

– Sim

– Agora não sou mais?

– É claro que é, mas é um pouco menos - Gargalhamos entre água gelada que escorria por nós.

Ele voltou a me beijar finalmente, com seu hálito de menta, e seus lábios finos e macios beijando toda minha boca, e eu estava nas nuvens de novo...