After the Dark Days - The first Hunger Games. escrita por FanFicHunger


Capítulo 20
I am Tough


Notas iniciais do capítulo

Queridos leitores!!! Segue novo cap!



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Corro na direção de Draven, que está demonstrando estar prestes a desmaiar. Gendry hesita e caminha na direção de Leslie que jazia de bruços. Ele gentilmente gira seu corpo e pressiona o dedo indicador no pescoço da mulher e diz:

– Ela está viva. - Olho pra ele atônito.

– O que foi que aconteceu aqui? - Me volto para Draven novamente.

– Eu... - A vós dele vacila. - Eu não sei. Ela só me atacou com uma faca de carnes. - Ajudo Draven a escorar as costas no sofá enquanto solta gemidos de dor. Caminho na direção de Gendry ignorando o líquido pegajoso e escarlate que me cobre as mãos.

– Gendry, preciso falar com você. - Então conto tudo a ele. Conto que acordei de madrugada escutando vozes, e que Leslie estava com mais alguém na cozinha. Conto sobre o ataque do carreirista e em como os pacificadores não fizeram nada para ajudar Nautylus. Gendry, por um instante, apenas fica em silêncio me fitando. Até que diz:

– Me ajude com ela. - Ele aponta para o corpo de Leslie imóvel. - Pega pelas pernas. Vamos levá-la para o quarto. - Ele olha para Lucy imóvel na porta do apartamento. - Lucy, pode levar uma cadeira para o quarto? - Lucy parece ter sido despertada de um torpor. Ela pisca várias vezes antes de responder:

– Sim, claro! - E corre para fazer o que lhe foi pedido.

Juntos, içamos o corpo da mulher e carregamos até o quarto a colocando na cadeira. Posicionamos ela sentada e vi uma fina listra de sangue lhe descer testa abaixo.

– Ela está bem ferida, Gendry. Vamos precisar tratas disso. - Ele assente com a cabeça enquanto, freneticamente, tateia as gavetas procurando algo. Até que acha. Draven puxa a ponta da fita larga produzindo um ruído desagradável. Ele posiciona os braços de Leslie com os da cadeira e dá várias voltas com a fita, assim como os tornozelos.

– Chester. Não estou me sentindo muito bem. - Lucy me puxa pelo braço. Olho para ela confirmando sua sentença. A garota está com uma aparência esverdeada, como se estivesse prestes a vomitar.

– Lucy, vai tomar um banho. A gente vai assumir daqui pra frente. Vê se descansa um pouco, tudo bem? - Ela apenas assente com a cabeça pesarosamente, e sai do quarto. Enquanto observo ela sair, fico me perguntando em como tudo deve estar sendo muito traumatizante para ela. Uma garota tão jovem e inocente carregar um fardo tão pesado destes. Por um momento penso em dizer a Gendry para deixar Lucy fora de qualquer plano que eles tenham, mas agora já é tarde de mais para isso. Ela já está completamente envolvida na causa.

– Chester, vou cuidar dos ferimentos dela agora. Você cuida do Draven. - Ele me atira um kit de primeiros socorros. - Lembra de como se faz isso não é mesmo? - Concordo com a cabeça. No acampamento vi várias pessoas serem tratadas de ferimentos como os de Draven. Na maioria das vezes quem mais ajudava era Lucy, o que levou a garota a ter mais experiência no ramo do que eu, mas eu anda tenho meus talentos. Corro para a área de estar para encontrar um Draven quase inconsciente. Me dirijo para ele dando vários tapinhas leves na sua bochecha.

– Ei! Não dorme, cara. - Me agacho ao seu lado e passo seu braço ao redor do meu pescoço. - Vamos ter que te colocar encima da bancada. Pronto? - Ele apenas assente com a cabeça. Levanto Draven do chão com o máximo de força que tenho. Consigo ver pela sua expressão que ele está dando tudo de si para ajudar. Caminhamos um passo e Draven deixa escapar um grito entredente de dor. Ajudo ele a recuperar o equilíbrio e cambaleante, nos dirigimos para a bancada. Empurro com a mão livre qualquer objeto que estava sobre ela. Ouço o barulho de alguns objetos se quebrando, mas não ligo.

– Draven, você vai ter que subir. - Largo ele escorado na bancada e o pego pela pernas dando impulso para sima. Ele se senta da ponta e com movimentos lentos, vai se deitando de costas. - Vamos tirar essa camiseta. - Draven estava usando uma camiseta preta com estampas, agora quase toda rasgada por facas. Deslizo ela pela sua cabeça tomando o total cuidado. As caretas de dor dele são tão perturbadoras, que penso em me virar e ir embora, mas é claro que não faço isso. Estou sujo de sangue até os cotovelos, e sinto o líquido pegajoso também sobre minha bochecha direita. Olho para o seu corpo e deixo escapar um suspiro.

– Está tão feio assim? - Ele se dirige a mim pela primeira vez.

– Parece pior do que realmente está. - Digo consolando-o.

O peitoral largo e definido de Draven, estava com cortes direcionados para todas as direções. Alguns profundos, outros nem tanto, mas todos necessitando de cuidados. Pego o kit de primeiro socorros e água oxigenada. Quando largo a água em seus ferimentos, Draven inclina a cabeça para trás apertando os dentes. A visão é simplesmente chocante, mas não posso parar. Limpo seus ferimentos, e graças a Deus, nenhum deles necessitará de pontos, a não ser o corte profundo no bíceps, porém não sei se consigo fazer isso. Por enquanto, apenas limpo o ferimento e o envolvo em faixas para estancar o sangramento.

– Onde aprendeu a fazer essas coisas, gatinho? - Ele está com a cabeça inclinada me olhando.

– No acampamento. Eu ajudava o meu pai às vezes com os feridos, mas você deveria ver a Lucy em ação. - Olho para ele com um sorriso no rosto, tentando amenizar a tensão do local. Foi quando dirigi o olhar para a sua perna e descubro o que fez ele vacilar na caminhada até a bancada. Sua calça estava rangada na altura da coxa, o rasgo envolto por uma circular mancha de sangue. Olho para ele e digo:

– Vamos ter que tirar as suas calças. - Apesar de tudo, Draven coseguiu abrir um sorrso com a notícia, me deixando levemente irritado.

– Vai em frente. - Ele diz ainda sorrindo. Desato a fivela do seu cinto e deslizo as calças até os joelhos. A facada foi dada na lateral da coxa, na parte de cima. Sou obrigado a arremangas uma das pernas da sua cueca "boxer" para verificar o ferimento.

– Não achei que a primeira vez que você me visse pelado ia ser nesse estado. - Ele diz. - Desculpe desapontar você. - Ele está rindo novamente. Apenas reviro os olhos e Gendry entra.

– Leslie está bem. Mas ainda inconsciente. - Ele olha para Draven. - Como ele está?

– Gendry, acho que vamos ter que levar ele pro hospital. - Conclui isso assim que vi o ferimento na perna. O sangue não parava de esvair. Provavelmente uma artéria foi atingida.

– Não. - É só o que ele diz. Olho pra ele atônito, com os olhos arregalados.

– O que?

– Eu disse, não. Vamos ter que dar satisfações, o plano todo vai por água abaixo.

– Mas... - Começo a protestas, mas Draven me puxa pelo pulso.

– Ele tem razão. - Ele está me olhando nos olhos. - Eu sou durão. - É tudo o que ele diz antes de começar a convulsionar.


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