After the Dark Days - The first Hunger Games. escrita por FanFicHunger


Capítulo 19
She Tried to Kill Me.


Notas iniciais do capítulo

Olá meu amores!! Novo cap para vocês

Espero que gostem e aguardo opiniões.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/557466/chapter/19

Draven caminhava de um lado para o outro. Os pés descalços raspando no carpete da sala de estar. O olhar preocupado. Balançava os braços ao lado do corpo. Ele para e olha pra mim novamente.

– Não vamos nos precipitar. Ok? Poderia ser qualquer coisa. - Então lembrei da reação de Leslie assim que entrei na cozinha. O único movimento suspeito foi o susto ao me ver. Ela não esboçou estar mentindo ou disfarçando sobre alguma coisa. Posso dizer que foi até gentil de mais comigo.

– Eu não sei, Draven. - Pressiono minha têmpora com o dedo indicador. Minha cabeça parecia a ponto de explodir. - Vamos só ficar atento sobre isso. Ok? - Foi quando a porta da frente bateu. Simultaneamente, eu e Draven olhamos para a entrada. Leslie estava parada a frente da porta segurando várias sacolas. Ela abre um sorriso.

– Boa tarde! - Draven abre um sorriso exagerado e a cumprimenta com um movimento de cabeça. Leslie caminha até o corredor, então escutamos a porta bater. Draven se aproxima de mim. A mesma proximidade exagerada que me deixa desconfortável. Ele cochicha.

– Eu conheço ela, Chester. Ela não teria motivos para estar do lado da capital.

– Não estou insinuando nada. - Agora estou olhando fundo nos olhos dele. - E como pode conhecer ela tanto assim?

– Fomos nós que tiramos Gendry da capital quando ele desertou. Leslie estava decidida a ajudar o seu pai também.

– Eram espiões. Todos vocês? - Draven apenas me fita com os brilhantes olhos verdes e confirma com a cabeça. Então diz:

– Acho que hoje, no final da tarde, vou conversar com ela.

– Não sei se é uma boa ideia.

– Relaxa - Ele me repreende. - Quando eu digo que conheço ela, é porque eu realmente a conheço.

Todas as informações giravam em minha mente enquanto meu cérebro tentava capturá-las e moldá-las em uma explicação lógica para tudo aquilo, algo que realmente faça sentido, porém em vão. Minha dor de cabeça parece triplicar.

– Acho que vou dormir um pouco. - De um salto levanto do sofá e me dirijo para o corredor.

– Quer que eu te faça companhia? - Draven pede aos risos.

– Não! - Digo de imediato. - Estou bem. Obrigado!

Entro no chuveiro e tento relaxar embaixo da água morna e perfumada. Passa-se 5, 10, 15 minutos, só então saio do box e seco o meu corpo. Visto um calção e me atiro na macia cama. Meu crânio parece estar trincado a meio, mas deito minha cabeça confortavelmente no travesseiro e a dor começa a aliviar, então deixo o sono tomar posse de mim.

_|/_

De volta ao centro de treinamento, treino mais um pouco com o arco, depois peço para que Nautylus me ajude novamente com as facas. Dou algumas aulinhas básicas para Nafftaly enquanto Peter ensinava os mais variados tipos de arapucas para Lucy. Descobri que Seymor sabe o que faz com uma espada, e que Thamy sabe escalar uma árvore como ninguém. Pouco à pouco fui aprendendo mais sobre as 6 pessoas que estarei aliado na arena. Agora somos mais numerosos do que os carreiristas. Tento fazer amizades com os tributos restantes, porém todos são entojados ou estão assustados demais para conversar, agora que nosso tempo está acabando e a arena se aproximando, o coração começa a palpitar.

Conversei hoje de manhã pela primeira vez com Gendry depois do que eu lhe disse durante a janta na noite retrasada. Se ele estava ressentido com algo não demostrou. Ele apenas me disse que este será nosso último dia de treinamento, então faremos uma apresentação individual para os idealizadores dos Jogos, e essa será a hora de demonstrarmos tudo o que sabemos fazer, porém o conselho dele foi o seguinte: "Não chamem muita a atenção. Uma nota alta pode te transformar em um alvo humano". Apenas consentimos antes de descer pelo elevador até o centro de treinamento.

_|/_

A familiar vós feminina ecoa sobre o local informando que o almoço está servido. Paramos com o que estamos fazendo e nos dirigimos para o refeitório.

Estou sentado a mesa com todo o meu grupo. Comemos em silêncio até que Nafftaly aponta o garfo para os carreiristas na fila.

– Vocês viram como eles não tiraram os olhos de nós hoje? - Agora que ela disse isso, fiquei com uma pulga atrás da orelha. Os carreiristas estavam agindo de modo diferente. Eles pareciam... nervosos.

– Acho que agora não estão com a bola toda. - Quem falou foi Seymor. Ele toma um gole do suco de laranjas. - Afinal, estamos em um poderoso grupo também.

– Acho que eles pensaram que seria mais fácil. - Agora quem fala é Nautylus ao meu lado. Todos concordam, afinal, ele é um carreirista. Pensa como um.

Corto um pedaço do meu bife acebolado e vejo de soslaio o garoto do distrito dois cruzando o refeitório na nossa direção, seguido dos outros carreiristas. Noto em como o garoto está tenso com a nossa presença. Ele está passando por trás de Nafftaly, que está sentada de frente para mim, então meu coração para quando vejo o reflexo de algo em sua mão, um reflexo prateado, exatamente como a faca que usei para cortar o meu bife neste exato momento. Arregalo os olhos e só tenho tempo de gritar:

– Cuidado! - O garoto salta por sima da mesa e avança sobre Nautylus ao meu lado. No puro reflexo, o garoto protege o rosto com a mão, colocando-a na frente da faca. Escuto os gemidos entredentes de Nautylus enquanto os dois tombam no chão. Levanto de um salto assim como Seymor. Tento dar uma gravata no carreirista porém ele levanta a cabeça e atinge meu nariz. Uma dor causticante queima o meu rosto e enxergo pontos coloridos. Sinto o líquido quente me escorrer boca abaixo, mas nunca largo o pescoço do garoto, que se debate tentando me desvencilhar das suas costas enquanto ainda segura a faca fincada na mão esquerda de Nautylus.

Vejo que Nautylus está impedindo que a faca chegue em sua garganta com a mão direita segurando o pulso do carreirista. Sangue escorre por onde a faca entrou, e por onde se projetou nas costas da sua mão, pingando-lhe no rosto.

Seymor chega e agarra o pulso do garoto, e juntos conseguimos fazer com que largue a faca e saia de sima de Nautylus, que geme no chão segurando a mão ainda atravessada pela lâmina. O garoto lança as pernas em todas as direções enquanto tentamos render-lhe os braços. Vejo os outros carreiristas se aproximando e por um momento de pânico, penso que irão nos atacar também, mas eles ajudam a render o incontrolável garoto.

– Cara! O que você está fazendo? - Pergunta a garota do distrito 1. - Você vai se ferrar legal por causa disso! Pare! - O garoto olha pra ela com os dentes semicerrados de ódio. Então começa a se acalmar. Com uma sacudida de braços ele se liberta de nós, então com passos rápidos se dirige para a saída. Os outros carreiristas, tão atônitos quanto nós, também o seguem. Olho para os lados e vejo que chamamos a atenção do refeitório inteiro. Todos largaram suas bandejas para assistirem ao ocorrido.

– Ele precisa de um médico. - Diz Nafftaly agachada ao lado de Nautylus examinando a mão do garoto. - O que foi que aconteceu aqui?! - Ela pergunta agora com a vós alterada. - E porque não recebemos nenhuma ajuda?! - Ela tem razão. Olho para os lados porém não vejo sinal algum dos pacificadores. Alguma coisa estava terrivelmente errada.

_|/_

Depois de mais ou menos quinze minutos, uma equipe aparece para levar Nautylus a enfermaria. Uma mulher examinou meu nariz, mas constatou que apenas estava machucado e não quebrado, apesar da sensação ser de que na verdade ele foi arrancado. Perdi todo o meu apetite, e pelo resto do almoço, nem toquem na minha comida.

O resto do dia passou normalmente. Tentamos entender o que realmente aconteceu. Porque o garoto nos atacou? Na verdade, porque atacou apenas Nautylus? Noto também que o carreirista do distrito dois não estava presente. Talvez estivesse sendo punido por atacar outro tributo, como foi nos dito que seria. Então chegou o fim do último dia do treinamento.

_|/_

Eu e Lucy encontramos Gendry enquanto nos dirigíamos para o elevador. Ele notou nossas expressões.

– Vocês dois estão horríveis.

– Temos motivos. - Respondo.

– O que aconteceu? - Ele aperta o botão "9" do elevador. A porta se fecha e sinto o primeiro impulso me causar náuseas.

– O garoto do distrito dois atacou o do 4. - Quem respondeu foi Lucy. - Ele atacou para... matar. - Ela terminou com a vós trêmula.

– Estranho. - Gendry está olhando para nós. - Geralmente eles nos comunicam se acontece algum tipo de... evento desses. - Então é aí que minhas suspeitas de que alguma coisa está errada começa a aumentar. A porta se abre e caminhamos em direção à porta do nosso apartamento. Porém Gendry para tão bruscamente que esbarro em suas costas.

– O que foi? - Pergunto lhe dando um leve empurrão. Ele faz um gesto para mim se calar. Só então ouço a agitação dentro do apartamento. Escuto passos seguidos de gritos de dor. O barulho de algo de vidro se quebrando e um corpo caindo sobre o assoalho. Gendry me olha. O pânico estava claramente estampado no seu rosto. Então ele se vira e abre a porta.

No momento, esqueci de como respirar. Estiquei a mão até encontrar a de Lucy. Então segurei como se nunca mais fosse soltar. De um lado da sala de estar, Leslie se encontrava inconsciente. Sua cabeça sangrava e pude ver alguns cacos de vidro em seu cabelo e ao redor da cabeça. De outro, Draven estava todo ensanguentado, sentado no chão, a respiração ofegante. A mão direita pressionando um corte profundo no braço esquerdo, o pânico o dominava.

– Ela... - Ele balbucia. - Ela tentou me matar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "After the Dark Days - The first Hunger Games." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.