After the Dark Days - The first Hunger Games. escrita por FanFicHunger


Capítulo 11
Like a War




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Naquele momento, palavras não eram capazes de descrever o alívio e a felicidade que eu estava sentindo. Alguém estava lutando contra o que estava acontecendo. Alguém abriu os olhos para as barbáries da Capital.

Estamos quase chegando. - Phillippa diz em um sussurro. - Lembre-se do que Gendry disse.

– Então você sabe sobre ele! - Digo surpreso. Ela pressiona o dedo indicador sobre os meus lábios.

Sim. E prometo que tudo será explicado quando chegarmos ao centro de treinamento. Estamos sendo vigiados aqui. - Ela faz uma pausa. - Temos um plano e vamos precisar de você, Chester. De você e de Lucy.

– Que tipo de plano?

– No centro de treinamento você vai saber de tudo. - Ela repete. E com isso a escuridão toma conta do lugar. Sei que estamos passando pelos túneis ferroviários que cruzam as montanhas da capital. As mesmas montanhas aonde meu pai foi morto.

Assim que o túnel acaba, uma avalanche de luz segante preenche os vagões do trem, revelando a Capital, toda altíssima com seus arranha-céus beijando as nuvens. As pessoas, todas usando roupas coloridas e extravagantes preenchiam as ruas como formigas operárias em um formigueiro transportando jujubas de variadas cores. Então o trem começa a perder velocidade.

Uaaaall.– Grita Lucy largando o prato e se debruçando sobre a janela. Admito que também fiquei boquiaberto com a cidade, mas Lucy estava maravilhada. Todo o tempo que ficamos no acampamento, nunca pudemos ver o que estava atrás das montanhas que meu pai tentava escalar. E agora posso ver a fortaleza que a Capital é. Talvez mesmo se meu pai tivesse conseguido escalar aquela montanha, não teríamos conseguido invadir este porto seguro. O trem para na estação e somos dirigidos para o vagão de entrada.

Faça eles pensarem que você está feliz por estar aqui, Chester. - Aconselha Phillippa.

Oque? - Pergunto alterado.

Ela tem razão. Tem que fazer eles gostarem de você se vai querer ter patrocinadores. - É Gendry quem responde.

Bem. - Pego a mão de Lucy. - Vamos tentar então.

As portas se abrem jogando uma maré de luz sobre meus olhos. Pouco a pouco vou ganhando visão. A multidão gritava e assoviava. Se um lado ouvi "você é lindo". De otro "casa comigo". Fiquei indignado de como esse povo está excitado para ver crianças se digladiando em uma arena. Isso é nada mais que desumano. Relutantemente, abro um sorriso e abano para o povo. Olho para Lucy que está fazendo o mesmo. "Tão pequena e tão esperta", penso. E enquanto somos dirigidos para o centro de preparação, meu sorriso falso não sai do rosto.

_|/_

Sou deitado em uma maca fria feita de vidro. Um homem com os cabelos escandalosamente vermelhos, assim como a barba e as sobrancelhas, remexe na fivela do meu cinto no intuito de abri-lo. Ele arranca-o e atira para um canto. "Vou ter que ficar nu na frente dessas pessoas". Ele dá a volta na maca e tira minha camiseta. O vidro gelado toca a pele das minhas costas arrepiando cada pelo em meu corpo. Minha respiração começa a ofegar e o nervosismo toma conta de mim.

Calma. - Diz uma mulher saindo de um canto escuro da sala. - Todos aqui já viram um pênis antes. - O homem solta uma risadinha e retira minhas calças.

Obrigado. - Tento soar o mais debochado possível. - Isso faz eu me sentir bem melhor.

O homem segura o cós da minha cueca e deslisa ela sobre minhas pernas. Fico apenas fitando o teto tentando não pensar em como estou desconfortável.

Nada mal, bonitinho. - Diz ele jogando a cueca sobre o ombro. - Acho que não vamos precisar depilar ele.

– Depilar?! - Ergo a cabeça atônito. - Ninguém falou nada sobre depilação. - O homem ri e continua.

Os pelos das pernas são loiros o bastante, e ele não tem nenhum excesso no peitoral ou na barriga.

– Um trabalho à menos. - Diz outra mulher se inclinando sobre mim, deixando o rosto a poucos centímetros do meu. Seu lábios se torcem em um sorriso maroto enquanto com o dedo indicador, ela começa a contornar o meu corpo começando pelo ombro até a minha cintura, depois pela minha coxa até o joelho. - Acho que tivemos uma sorte grande. - Ela continua. - Nos deram um realmente bonito. Mas infelizmente não nos deixarão abusar de você, garoto magia. - Nem me dou o trabalho de responder àquilo. Apenas recoto minha cabeça para trás e fito o teto. Então minha equipe de preparação era um trio de tarados sexuais. A situação continuava a ficar melhor.

Vamos ter que deixar você agora, gatinho. Draven está vindo conhecer você. - Eles recolhem alguns dos materiais que trouxeram e se dirigem para a porta. - Xau xau. - Ela abana com os dedos mostrando novamente o sorriso maroto. A porta se fecha e a escuridão toma conta do local novamente. Fico no silêncio apenas pensando na humilhação que acabei de passar. Até que a porta se abre e um vulto alto se aproxima. Ele retira um chapéu da cabeça e o lança para o lado.

Sou Draven, seu estilista. Você deve ser Chester, certo. - Apenas confirmo com a cabeça apertando a mão do homem. Fico pasmo com a sua normalidade, talvez seja a pessoa mais normal que vi desde que cheguei, fora Gendry é claro. Os cabelos eram de u castanho claro espetado par todos os lados. Os olhos de um verde cintilante e uma fina camada de barba bem aparada rente à pele lhe preenchia o rosto. Um piercing dourado brilhava no seu lábio inferior. - Você deve estar se sentindo desconfortável. Só mais um minuto e deixo você se vestir. Prometo. - Ele me puxa da maca. - Preciso que fique de pé. - Queria dizer não, mas a vós de Gendry me vem à cabeça "não resistam". Saio da maca a fico de pé diante dele. Draven toma certa distância e leva um dedo ao lábio me olhando dos pés a cabeça.

Vocês têm mesmo que fazerem isso? - Pergunto.

O que? - Ele me questiona levantando os olhos.

É que... parece que minha equipe de preparação queriam me devorar aqui. - Ele deixa escapar uma gargalhada suave.

Jason, Sônia e Mary são assim mesmo. Vou te pedir pra ignorar eles, tudo bem?

– Se eu não sofrer nenhum abuso cada vez que cruzar por eles acho que posso ignorar.

– Vou falar com eles sobre isso. Eles só não estão acostumados a ficar diante de um jovem tão bonito. E ainda por cima... - Ele me olha novamente dos pés à cabeça. - Nu. - A surpresa foi tão grande que só consegui deixar escapar um "ãã dãã". - Mas não se preocupe. Ninguém pode tocar em você ou na sua irmã. - Ele termina. Aquilo me deixou aliviado. - Vamos, vista-se e vamos almoçar.

Corro até um roupão branco como a neve pendurado em um cabide. Vou ao encontro de Draven que me espera sentado em uma mesa recheada de comida. No centro havia um peru assado com batatas, e ao seu redor estava várias tigelas com variados tipos de molhos. Tomo meu lugar na frente dele.

Então, o seu mentor, como é mesmo o nome dele? - Pergunta Draven.

É Gend... - Quase fasso uma besteira. Não posso confiar no povo da capital. - É Kartus.

Tenho a impressão de que o conheço de algum lugar.

– Bem, ele vive aqui. É de se esperar. - Tento mudar o rumo de sua atenção.

Não por isso. Tenho a sensação de conhecer ele de algum evento importante. - Ele diz encarando o vazio, vasculhando a mente atrás de respostas.

– Tipo uma festa ou algo do tipo? Vocês fazem muitas festas aqui, não fazem? - Digo tentando soar indiferente. Tento camuflar o máximo que consigo o nervosismo que estou sentindo. E se descobrirem quem Gendry era? Todo o plano que ele e Phillippa têm pode ir por água abaixo.

Não... Um evento importante tipo... - Agora ele está me olhando nos olhos. - Uma guerra. - Um frio percorre minha espinha me arrepiando os pelos novamente. Um minuto de silêncio se passa quando ele grita. - Meu Deus! - Ele se lembrou. Lembrou de Gendry desertando para ajudar o meu pai. Irão executar Gendry e qualquer plano que tinham em mente será destruído. Foi quando ele se aproximou de mim e puxou a minha mão. - O que você fez na sua mão. - Um alívio arrebatador me preenche. Nunca estive tão feliz por ter um machucado na vida. E só então me dou conta de que tinha esquecido do ferimento novamente.

Eu caí e me cortei com vidro.

– Temos que limpar e fazer um curativo nisso depois do almoço.

– Tudo bem. Obrigado. - Agradeço parecendo sincero.

Ah! - Ele diz largando a minha mão. - E depois terminamos a nossa conversinha.


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