Red Angel escrita por Malina Endou


Capítulo 30
Capítulo 30- Vergonhas e preocupações.


Notas iniciais do capítulo

Yo!!

Meu Deus!! Nem acredito que a fic já chegou ao capítulo 30! ;-; Está quase no fim... Daqui a pouco começa o jogo contre a Teikoku e Red Angel terá a sua segunda temporada!! T^T parece mentira!

Enfim, vamos ao capítulo!
Boa leitura!



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Pov Malina

A comemoração da vitória contra a Otaku já tinha terminado. Precisávamos de nos focar no próximo jogo e treinar ao máximo para conseguirmos vencer a final contra a Teikoku. Depois do que aconteceu, era normal estar um pouco nervosa sobre como seria a partida contra eles. Sabia que estávamos mais fortes, a equipa estava mais unida e todos tinham mais vontade de treinar e vencer. Realmente, desde o dia em que entrei para a Raimon, as coisas mudaram bastante, assim como eu. Sinto que os rapazes não foram os únicos que mudaram, que cresceram... Sinto-me diferente.

—Shourinji, passa ao Kazemaru que está na lateral.- Parecia que conseguia lidar melhor a ligação entre o ataque e a defesa, assim como coordena-los. Claro que ainda me faltava bastante, mas pretendia melhorar cada vez mais.
Todos pareciam exaustos. Todos estávamos exaustos! Os treinos eram duros e o calor do verão fazia-se sentir cada vez. Alguns já mal conseguiam correr, e ir até ao banco buscar água era uma constante necessidade. Obviamente, ainda haviam alguns de nós que estavam como se fosse no início do treino, nomeadamente o Domon que acabou por travar o Kazemaru ao retirar-lhe a bola com um excelente carrinho durante o nosso ataque.

—Vocês estão muito lentos! Têm que aumentar mais a velocidade!- não que eu pudesse falar muito. As minhas pernas começavam a queixar-se do cansaço e mal me queriam deixar correr.

—Mas eu já não posso correr mais!

—Vá lá, Kurimatsu! Só mais um pouco!- nesse mesmo instante, dei por mim no chão de areia do nosso campo.

—Malina? Estás bem?- levantei a cabeça vendo os rapazes olharem para mim um pouco preocupados... Talvez confusos fosse a palavra certa.

—Claro que sim! Vamos continuar!

—Mas mal te consegues manter em pé.- Não queria admitir, mas o Kazemaru tinha razão.

—I-Isso não é verdade...

—Tens as pernas a tremer.- O Mamoru também?! Suspirei. Tentei pôr-me de pé, mas acabei por bater com a cara no chão.

—Alguém me pode ajudar, por favor?

*

—Que fome!- ouvi os rapazes atrás de mim a rir. Não pude evitar ficar constrangida- Qual é a piada?!

O treino e as aulas finalmente tinham terminado e era hora de irmos para casa. Assim que saímos da Raimon, despedimo-nos todos, mas não pude evitar perguntar uma vez mais ao Goenji se a sua perna estava bem. Talvez isso o aborrecesse um pouco, por perguntar toda a vez que os treinos acabavam, mas desde o dia em que ele se magoou que não conseguia evitar preocupar-me com o seu estado. Porém, ele nunca me fazia má cara ou revirava os olhos, sorria-me sempre e dizia que estava bem, agradecendo pela preocupação. Isso deixava-me sempre extremamente feliz.

—Rapazes, vamos comer alguma coisa ao restaurante?- só nesse instante reparei que estávamos mesmo à frente do Rai Rai.

—Estupendo!- claro que o Kabeyama iria logo aceitar! Ele adoro a comida do dono.

—Claro! Estou a morrer de fome!- e o Someoka ainda se riu de mim? E os rapazes começaram logo a decidir o que iam comer antes de entrarmos. Estavam mais esfomeados que eu!

Ainda que aborrecida com eles, abri a porta para que todos entrássemos no estabelecimento, cumprimentando o proprietário que parecia ocupado a cozinhar para um par de clientes, enquanto nós entramos e nos íamos sentando.

—Lamento rapazes, tenho que voltar para casa.

—Está bem, Domon. Até amanhã!- e vi-o ir embora, acenando ao meu primo. Queria perguntar ao Domon o que se passava, mas já estava sentada ao balcão e ele talvez já estivesse a ir embora. Esperava que estivesse tudo bem.

Enviei uma mensagem à minha mãe dizendo-lhe que jantaria fora com o Mamoru e os rapazes da equipa. Ela não me respondeu... Talvez tivesse visto e não me queria incomodar. Ou será que não tinha achado piada à ideia? Era não era a primeira vez que lhe avisava que ia comer fora à última da hora, talvez ficasse aborrecida comigo quando chegasse a casa. E mal me despedi do Mamoru, ao ter que mudar de rua, tentei ganhar coragem para ouvir a minha mãe ralhar comigo. Sim, porque a minha mãe sempre foi mais rigida que o meu pai, ela está sempre a dizer-lhe que por vezes não sabe se tem um marido e uma filha ou duas crianças em casa.

—Cheguei.

—Bem vinda, meu anjo!- o meu pai estava de muito bom humor. Só quando acontecia algo bom é que ele me chamava daquela forma.

—Aconteceu alguma coisa no trabalho?- terminei de me descalçar e aproximei-me do meu pai já no final das escadas.

—Não. Nada, porquê?!- ri-me. O meu pai quando punha aquela cara de criança inocente metia alguma piada.

—Pareces de bom humor.

—E não é para estar?!- pegou-me nas mãos e vi a sua face ficar completamente corada. O meu pai conseguia ser muito estranho quando queria- Graças a teres jantado fora com os teus amigos, eu e a tua mãe conseguimos ter uma jantar romântico à luz das velas!- largou-me logo as mãos e juntou-a por baixo do queixo com barba ainda por fazer- A tua mãe estava linda naquela vestido florido!- parecia que uma aura cor de rosa pairava à volta do meu pai. Eu também era assim quando sonhava acordava com o Goenji?

—O jantar foi a luz do candeeiro e quem o fez fui eu, Taro.- A aura cor de rosa desapareceu num instante, dando lugar a uma completamente negra. O meu pai parecia realmente triste depois daquela. A minha conseguia ser mesmo terrível.

—Mas querida...

—Oh! Bem vinda, filha! Como correu o jantar?- realmente o pai tinha razão. A mãe ficava linda com aquele vestido primaveril.

—Correu bem.- Afinal ela não respondeu por causa do jantar deles. Que alivio.

—Querida...

—O que foi?- a minha mãe parecia aborrecida.

—Mas nós acabamos de ter um jantar tão lindo...

—Seria lindo se eu não tivesse tido o trabalho de o fazer.- Deu logo meia volta, acertando com o cabelo loiro na face do meu pai.

—Mas Alice... Amor...- e seguiu com lágrimas nos olhos.

Não pude evitar rir com algum embaraço. Era por isto que eu não trazia amigos a casa. O meu pai acabava sempre por me embaraçar. Não que tivesse vergonha de algum deles, muito pelo contrário, mas ainda me lembrava das vezes em que o fizera ou que o meu pai me ia levar à escola... Eu apenas queria escavar um buraco bem fundo e nunca mais sair de lá. Sabia que ele não fazia de propósito, era apenas o jeito dele de se querer adaptar ao meu mundo, e eu amava-o mesmo assim!

*

O treino no dia seguinte começou novamente após as aulas. Continuava imenso calor, mas desta vez ia ter cuidado para não forçar demasiado as pernas, isso não seria bom para mim nem para a equipa. E quando acabou o aquecimento - após toda aquela corrida em que os rapazes do primeiro ano acabaram com a língua de fora - fomos treinar o ataque e a defesa uma vez mais, foi então que demos pela falta do Domon, o qual chegou pouco tempo depois, pedindo desculpa, dizendo que fora ao wc, antes de começar a correr sozinho para terminar o aquecimento. Podia não conhecer o Domon há muito tempo, mas pela expressão que fazia, podia ter a certeza que algo não estava bem.

*

—Malina?- levantei a cabeça repentinamente ao ouvir a voz da minha mãe- Está tudo bem?

—Sim, porquê?- levei um pouco de arroz à boca continuando a comer.

—Estás um pouco triste. É por o teu pai não poder vir jantar?- para variar, ele iria passar a noite no trabalho, fazendo o projeto para algo novo ou que já tinha começado. Por isso é que ficara tão feliz por ter tido um jantar a sós com a minha mãe. Custava-me um pouco vê-lo chegar tarde e cansado do trabalho e ainda assim dedicar-nos o pouco tempo que tinha para descansar. O meu pai era admirável.

—Estou só cansada do treino. O calor é cada vez pior e isso esgota-nos cada vez mais, só isso.

—Tens a certeza que é só isso, Malina?

—Sim!- sorri- Tenho a certeza!

Algo se estava a passar. Desde manhã que andava com uma espécie de mau pressentimento. Mas o que seria? Estaria a ficar doente por causa do sol? Talvez eu estivesse apenas a imaginar coisas.


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Notas finais do capítulo

Eu acho o pai da Malina um fofo, e vocês?! :3

Reviews?!
Kissus!



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