Unattainable reality ~ sendo reescrita~ escrita por Sol


Capítulo 9
Medo & Coragem


Notas iniciais do capítulo

oiee .. hehe



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Ches

Depois de ter que ouvir a ladainha daquela voz estranha eu fiquei ainda mais confuso, ter que achar joias? Isso é confuso e estranho, como se não bastasse eu ainda tive que ouvi-la falar sobre tomar uma decisão e coisas estranhas do tipo, agora estou aqui em um mundo estranho, cercado por árvores, e está a noite, eu podia jurar que ainda era dia quando eu passei pelo portal do super. Robin era dia, a luz da lua parecia direcionada a mim e por todos os lados havia tochas com velas acesas, eu dei uns passos a frente quando vi uma sombra passar rapidamente ao meu lado.

Sem pensar duas vezes invoquei minha espada, e fiquei o mais alerta que pude.

— É inútil. – Ouvi uma voz aguda atrás de mim e quando me virei acabei dando de cara com uma... Sombra? Depois em torno de mim outras foram surgindo, eu encarei confuso a que tinha falado. — É inútil... Você é um fracasso, nunca passará por nós.

— Cala essa boca, inútil é você. – Resmunguei correndo em sua direção e a cortando com minha espada, ela se dissipou rapidamente, mas logo ouvi uma gargalhada vinda das outras sombras.

— É inútil... É inútil! – Elas repetiam e riam, oque me irritou, eu sorri e depois comecei a rir, elas pareceram confusas. — Não ria! Você vai morrer! - A afirmação delas apenas me fez rir mais, uma delas apareceu atrás de mim e tentou me acertar, mas nesse mesmo instante eu me tele transportei para perto de uma das tochas e permaneci invisível, notei que as meu braço estava todo arranhado, pois é, acho que só naquela hora notei que as sombras tinham garras.

— Aonde você está? Seu pirralho inútil. – Esbravejou uma das sombras.

— Eu também tenho meus truques! – Exclamei e comecei a rir, eu ergui a espada cortei o ar perto da tocha com tanta força que ela se apagou, as sombras lamentaram e começaram a correr na minha direção, como magia celestial não dura pra sempre e cansa muito eu me tornei visível e fui apagando as tochas, as sombras foram perdendo a força e eu continuava rindo, mas então antes de apagar a ultima tocha, acabei pisando em falso, e quando vi o buraco no chão já era tarde demais.

Eu caí e lentamente a escuridão me envolveu, ao chegar ao chão o impacto fez meus braços e pernas doerem, levantei com certo, tipo muito esforço.

— Ótimo... – Resmunguei para mim mesmo. — Você esta oficialmente no fundo do poço, parabéns seu gato estupido você só faz merda. - Olhei ao redor e depois para mim mesmo, estava ferido, sozinho e no escuro, meu braço esquerdo latejava e meus ferimentos começaram a sangrar. — Além de tudo estou péssimo.

Eu encostei as mãos na parede, pensei em tentar escalar, mas estava tão ferido e cansado, nunca conseguiria, até mesmo eu tenho que me dar o luxo do pessimismo ás vezes.

As sombras haviam sumido, mas ainda assim fiquei alerta, ainda com a espada na mão, eu olhei pra cima, era tão alto que mal podia ver a luz, se fosse em qualquer outro lugar eu poderia me perguntar, como é que eu não morri com a queda? Mas uma coisa sobre o país das maravilhas, não questione. Ainda olhando para cima, fiquei imaginando a que distância eu estava do topo, e eu me lembrei de varias formulas que os adultos usavam para calcular e pensei que talvez eles pudessem descobri, esse pensamento me fez sorrir, quantos anos faz que eu não preocupo com algo como matemática? Modéstia a parte eu era realmente bom nisso.

Só que não foi a altura que realmente me incomodou, embora devesse, mas minha mente funcionada da seguinte forma, os pequenos detalhes são os que realmente importam, resumindo, eu só presto atenção no que ninguém acha importante, e assim notei que as paredes estavam húmidas certamente houve água ali e foi recente.

— Ah! Mas que droga, pior do que isso não tem como ficar. – Resmunguei e aprendi uma lição, oque está ruim SEMPRE piora.

Eu senti que o chão estava ficando mais úmido e quando olhei pra baixo me surpreendi ao ver que havia água brotando do nada, e a água subia muito rápido, eu senti um aperto no coração, tudo bem eu admito, eu não tenho medo da água em si, mas sim de ficar submerso, muita água acumulada no mesmo lugar, é um medo que aderi a muito tempo, depois de um acidente nada acidental, que ainda me assombra, além de que, oque eu mais odeio na água é que ela tive meu auto controle

Ela ganhou mais velocidade e quando vi já estava batendo no meu joelho, eu dei alguns passos atrás e logo já estava colado na parede, senti minhas mãos tremerem, minha espada caiu e desapareceu a água agora já estava batendo na minha cintura, eu cobri meus olhos com as mãos e comecei a chorar e a tremer mais, a água chegou a altura do meu peito e eu escorreguei pra frente ao tentar inutilmente fugir, eu fechei os olhos e gritei, apenas senti meu rosto colidir com a água e meu corpo afundar, meu grito foi instantaneamente sufocado, eu senti que engoli um litro de água, prendi a respiração e o pavor começou a me dominar, minhas lágrimas se misturavam na água e desesperado eu tentei me debater, mas meus movimentos estavam mais lentos e a falta de ar começou a me deixar mais cansado, eu sei oque deveria fazer, porque eu sei nadar, eu não nasci com esse medo, mas depois do que aconteceu eu simplesmente não consigo fazer nada, eu tentei subir e olhei pra cima...

Acabei notando que a água havia subido até o topo do poço, oque me fez tremer mais, senti meu coração acelerar e meus pensamentos escurecerem, então eu quis gritar e parei de tentar prender a respiração, e gritei o mais alto que pude:

— SALVE-ME! - Eu senti minha cabeça doer e ergui as mãos na tentativa desesperada de me segurar em alguma coisa, foi então que a ouvi:

— Não seja fraco! – Uma voz disse me assustando, uma voz feminina doce e animada, suas mãos seguraram as minhas e com certo esforço abri os olhos, os cabelos castanhos pareciam voar, seus olhos tinham um brilho alegre, ela abriu um sorriso, que fez todo meu pavor se esvair, minha mente clareou e ficou repetindo um único nome ‘Sinara’, minha mão parou de tremer e segurou firmemente a dela. — Eu estou te esperando, venha até mim, sobreviva. – Ela disse e começou a desaparecer.

— Sim! – Eu respondi e ela desapareceu, deixando algo, uma joia, um rubi, que eu segurei com força e disse a mim mesmo, “Eu vou sobreviver, meus medos não me dominam, eu sou o gato de Cheshire, eu sou um filho de Jadis, não há espaço para derrotas e pessimismo em mim”, mesmo sem forças eu consegui sorrir, o mundo escuro começou a ser tingido de vermelho.

— Me espere! – Pedi antes de perder a consciência, então tudo escureceu.


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Notas finais do capítulo

Awnn Ches :'(



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