Unattainable reality ~ sendo reescrita~ escrita por Sol


Capítulo 10
Bondade e Amor!


Notas iniciais do capítulo

Heyy sorry pela demora, tive uns probleminha técnicos aki kkkk
Mas ta ai, espero que gostem..



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Ches

Em meio á dor e a escuridão seu sorriso me motivou a lutar, eu sou apenas mais um louco, mas sei reconhecer algo tão básico como o amor, as águas que me sufocavam de repente ficaram vermelhas como sangue e não mais me incomodava, a rubi em minha mão brilhava como uma estrela, seu brilho era intenso e irradiava em mim um calor que a muito não sentia, mesmo perdendo a consciência, um louco como eu soube reconhecer algo como o amor.

Eu me perdi no vermelho, minha mente vagou nos sonhos enquanto meus olhos fechavam, meu medo foi perdendo espaço para uma pequena fagulha de esperança que se alastrou em mim, eu abri os olhos e tinha nove anos novamente, estava sentado em um gramado e o dia estava fresco, mas mesmo assim notei que eu estava chorando.

— Erick! Erick! – Alli surgiu aos tropeços ele sorriu, andou mais depressa e me abraçou assim que chegou perto, céus como sinto falta desse menininho, dessa alegria e doçura no Alli, ele era tão sincero e com o tempo passou a ser tão frio, eu olhei pra frente, um rio límpido e calmo corria a minha frente, aquele rio, então comecei a me lembrar daquele dia com exatidão. — Por que esta chorando?

— Por nada demais maninho, não se preocupe. – Eu disse sorrindo, ele apenas permaneceu me encarando.

— Tudo bem. – Ele disse por fim, com a voz baixa e um pequeno sorriso, tradução, ele sabe que estou mentindo, mas não vai dizer que sabe porque não quer que eu fique triste, sei disso porque ultimamente é oque ele faz até hoje, antes ele teria perguntado e perguntado até eu dizer, mas com o tempo ele simplesmente foi se distanciando de tudo que remeta a sentimentos e emoções. — A gente tem que ir treinar com o Ás e ele disse que mais tarde teremos aulas de magia com o chapeleiro, por isso eu vim te buscar, você sabe como nosso professor é.

— Vamos então. – Eu me levantei, segurei na mão dele e fomos andando, eu senti me afastar do pequeno eu e novamente o mundo foi pintado de vermelho, por que estou me lembrando disso? Aquele dia era difícil de definir, um dia antes eu quase tinha morrido afogado naquele rio, três alunos mais velhos de As, tipo bem mais velhos, tinham tentado me afogar, senão fosse Ás...

A rubi ainda estava na minha mão, eu a observei com atenção e de repente tudo mudou e eu me vi novamente uma criança, Ás estava ajoelhado a minha frente e tinha me entregado uma linda rubi, eu olhei pra frente e me surpreendi ao ver três jovens, o mais novo estava com os olhos fechados e vi que se controlava para não chorar, ao seu lado outros pareciam mais revoltados do que arrependidos, Ás se levantou e puxou o mais velho, que me olhava com ódio.

— Você já sabe oque fazer, Max. – Ás declarou, Max se ajoelhou e abaixou a cabeça.

— Desculpa! – Ele murmurou baixinho e Ás puxou seu cabelo. — Ah! Eu fiz oque mandou, não fiz?

— Fale mais alto! Covarde, se você pode tentar afogar uma criança, pode falar mais alto. E levanta essa cabeça, olhe nos olhos dele, seu inútil desprezível.

— Desculpa! – Max disse em alto e bom som enquanto seu olhar claramente dizia: “Você me paga”, eu me forcei a não desviar os olhos.

— Tu... Tudo bem. – Disse e Ás o puxou pra a saída.

— Vá logo, mas não pense que seu castigo acabou. – O comandante puxou Jef, que foi mais obediente e pediu desculpas na mesma hora, depois que Jef saiu Ás apenas ficou parado observando o ultimo que tinha sobrado, o mais novo, Eizem, se ajoelhou na minha frente por vontade própria.

— Me perdoe Erick, eu realmente sinto pelo que aconteceu eu fui idiota e segui Max, mas estou realmente arrependido. – Ele terminou de falar e algumas lágrimas caíram, eu me comovi com oque ele disse, senti que era verdade, por isso sorri e o abracei, oque fez com que ele começasse a chorar mais, quando ele parou, eu me afastei um pouco e limpei uma ultima lágrima no rosto dele e sorri novamente.

— Papai me disse uma vez, que quando uma pessoa se arrepende de verdade ela se torna como o fim de uma madrugada, que sai de sua escuridão e silêncio e se torna uma nova e reconfortante manhã de sol. – Eu disse e ele sorriu se levantou e acariciou meu cabelo, Ás se aproximou de nós e pôs a mão sobre o ombro do rapaz, que depois de olhá-lo nos olhos, sorriu e começou a caminhar até a saída, meu professor se sentou no chão ao meu lado e eu estiquei a mão com a rubi pra ele. — Porque me deu isso Senhor?

—A muito tempo atrás, quando eu ainda era um menininho como você meu pai me disse que houve uma época que Copas era considerado o país do amor e juntamente com Jadis, o país da igualdade e Neal o país da justiça, uma aliança forte foi criada e os três se tornaram o tão amado país das maravilhas, eles formaram a cidade fronteira e abriram portais para que pessoas de todos os mundos viessem e contemplassem o mundo dos sonhos.

— Copas? Amor? – Perguntei, sem tentar esconder a incredulidade.

— A Rubi para copas, naquela época era mais do que uma joia qualquer, ela simbolizava o altruísmo que vinha do grande amor das pessoas para com as outras, as pessoas de copas amavam e acolhiam a todos, e isso fazia com que todos se sentissem bem vindos e em casa, elas não julgavam ninguém, apoiavam os outros países em suas guerras, mas como não havia muitas guerras elas não se preocupavam, nosso imenso amor contrastava com a igualdade e bondade das pessoas de Jadis e com a sinceridade e espontaneidade das pessoas de Neal, mas o mal nos corrompeu e tudo isso ficou para trás, estou te contando isso Erick, porque eu sei que possui a bondade e sei que você sabe que eu também. – Ele tentava soar como se não fosse nada demais, mas eu sabia que ele queria me confortar e de fato sempre foi meio obvio pra mim que ele era uma boa pessoa. — Eu conheço Eizem desde que ele era bem mais novo que você, ele não é uma má pessoa, mas é influenciado todos os dias a ser cruel e injusto, ele é sufocado e pressionado todos os dias a ser quem não é, porque o nosso mundo foi corrompido e os valores distorcidos, mas quero que fique com essa joia, para que olhe para ela e se lembre que a bondade e o amor não podem ser esquecidos.

— Obrigado Ás. – Eu disse sorrindo e ele se levantou rapidamente. — Aliás, você não sabe ser mal com crianças, mas é um ótimo ator. – Disparei e ele fez cara de indignado, depois sorriu e saiu andando.

— Quero você na minha frente na sala de aula em dez segundos, dez... Nove... Oito... – Eu sorri e sai correndo na frente dele.

Tudo ficou vermelho novamente e eu me vi no fundo daquele poço escuro e medonho, eu estava deitado olhando para cima e a água agora não passava de uma pequena poça inofensiva, a rubi em minhas mãos começou a desparecer.

O poço parecia diminuir cada vez mais e o mundo ao meu redor começou a se destruir bem lentamente, eu fechei os olhos e quando os abri novamente estava naquela sala branca, eu sentei passando a mão pelo cabelo e sorrindo, eu ainda tremia, estava encharcado e com frio, meu coração estava acelerado, eu queria apenas chorar e chorar, eu queria encontrar Sinara, me jogar em seus braços e nunca mais sair, assim como queria encontrar Ás e agradece-lo por existir.

— Você me surpreendeu pequeno gato assustado. – Aquela voz odiosa exclamou, mas eu não estava em situação de reclamar. — Seu desejo de viver fez a realidade se transformar.

— Era tudo uma ilusão?

— A principio sim, mas seu medo fez tudo se tornar real, mas com a mesma intensidade o seu amor o superou completamente. Você é merecedor do caminho da paz.

Eu me levantei com muito esforço e força de vontade, uma grande porta azul se abriu e lentamente comecei a caminhar em sua direção sem olhar pra trás.


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Notas finais do capítulo

Ches.. My love! heheh



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