Unattainable reality ~ sendo reescrita~ escrita por Sol
Notas iniciais do capítulo
Oeeee
Alice
Ches foi o primeiro a atravessar o portal maluco, depois Sinara, Alli e eu ficamos por ultimo.
— Quer ir primeiro? – Ele perguntou com um sorriso desajeitado no rosto e eu concordei.
— Alice! – Lyh me chamou e eu me virei para encará-la, ela jogou algo pra mim.
— Meu punhal. Achei que Maira tivesse pegado. – Comentei.
— Um tal de Ás mandou, chegou a pouco tempo e veio com uma carta pra vocês, ta ai no meio. — Lyh concluiu e eu sorri.
— Obrigada. – E dizendo isso me virei andei até o portal, uma bola cinza na parede, por um segundo senti que não conseguiria então Alli segurou minha mão.
— Estou com você. – Ele disse, ele sabe mesmo ser fofo ás vezes, então eu entrei no portal.
Como posso explicar, é estranho, o mundo girava ao meu redor, mas não era bem o mundo, quer dizer eu não sei porque estava tudo rodando, uma forte ventania me atingiu e eu dei um passo atrás, foi quando percebi que Alli ainda estava de mãos dadas comigo, ele estava sério e tomou frente da caminhada.
Sabe o ruim de ter que viajar com Alli por um caminho dimensional que parece nunca acabar? É que no meio do caminho eu senti a maldita tentação de irrita-lo.
— Ah! Isso não acaba nunca. – Reclamei.
— Temos que ir até o final. – Ele lembrou e eu olhei para o mundo rodando.
— Já que não tem outro jeito. – Reclamei e riu. — Que foi?
— Nada não... – Ele desconversou e começou a me puxar rapidamente. — Vamos logo-
— Não temos tempo a perder. – Completei.
— Céus! Preciso de uma nova frase. – Ele resmungou.
— Você precisa de um psiquiatra meu filho. – Retruquei.
— Como se você não precisasse mais que eu. — Ele hoje esta a fim de uma briga só pode.
— Chato. – Provoquei.
—Não vai me insultar facilmente Alice. – Ele me desafiou confiante de si mesmo.
— A é? - Me fingi de coitada, mas já tinha uma perfeita carta na manga e pretendia usá-la sem medo.
— É... – Ele confirmou um pouco menos confiante, se mantinha olhando para a frente e eu tentava não rir.
— Jura? - Perguntei sorrindo.
— Juro.
— Fofo. – Disparei e ele parou de andar.
— Oque? - Quando ele me encarou eu pude ver nos olhos dele as chamas do ódio, se tem uma coisa que ele detesta é ser fofo, mas eu não me importo com a cara de mal dele, até porque ele é fofo e isso não vai mudar.
— Coelhinho fofo da mamãe. – Provoquei com aquela vozinha retardada que se usa com bichos e crianças e rapidamente apertei a bochecha dele, ele se irritou e empurrou minha mão, eu ri e ele virou a cara.
— Porque você faz isso comigo? – Ele perguntou e vi que ele estava ficando vermelho.
— Desculpa, mas você é tão fofo que dá vontade de apertar. – Exclamei me preparando para o ataque, mas antes que eu conseguisse ele saiu correndo, eu comecei a correr atrás dele, sim eu sou retardada, mas que ele agradeça a Deus por não ter orelhinhas se tivesse ia ser bem pior.
No exato momento em que o agarrei pelo braço e puxei sua bochecha um buraco negro se abriu em baixo de nós e fomos parar dentro dele.
O escuro era tudo que existia entre nós, eu ainda estava segurando o braço dele, mas não podia o ver, apenas sentir, ele me abraçou e nós caímos.
Cair no nada seria a melhor forma de expressar oque aconteceu, por que quando cai a primeira coisa que vi foi nada, olhei para o lado, nada, para o outro lado, nada, pra cima, nada e pra baixo mais nada.
—Legal esse portal em. – Comentei olhando em volta, nada, mais nada e mais nada, pense numa tela em branco, isso mesmo, nada e nada e nada.
— Deve fazer parte da passagem, eu soube que ninguém consegue chegar porque sempre muda.
—Inspirador. –Resmunguei, Alli começou a andar. — Onde vai agora?
— Não sei. – Ele respondeu simplesmente e cruzei os braços.
— Va com Deus então fofo. – Disparei e acertei em cheio, ele parou onde estava e parecia visivelmente irritado.
— Da um tempo. – O coelho fofo e revoltado reclamou se virando para mim e veio andando na minha direção. — Oque quer fazer então? – Ele perguntou com raiva e eu sorri.
— Oque quer fazer então? – Repetiu uma voz vinda do além eu me assustei e gritei, me jogando atrás dele. — Oque querem fazer? Onde querem chegar?
Alli e eu apenas encarávamos o nada esperando alguma coisa surgir, mas nada aconteceu, não estávamos sozinhos e sabíamos disso agora, mas seja oque for essa voz, não estava nem um pouco a fim de se mostrar para dois adolescentes que só sabem brigar por motivos estúpidos como a fofura evidente de certos coelhos arrogantes e mimados.
— Se quiserem chegar ao mundo azul terão que encontrar a bondade de seu coração. – Anunciou a voz
— É oque? – Alli perguntou confuso.
— As boas lembranças em nossos corações são como joias preciosas, vão para o mundo oposto e encontrem oque de bom se opõe a suas dores, encontrem a joia que já os libertou do medo.
— Uma joia? Mas que joia? – Questionei tentando entender toda aquela conversa.
— Descubram o próprio caminho juntos... Vocês possuem um destino e por isso o medo e o ódio os cercam, vocês caíram, se feriram e se magoaram quando estavam sozinhos, mas juntos vocês terão a paz.
— Do que... – Alli estava atônito demais pra falar.
— A porta será aberta, menina seu destino é maior do que aquele que todos a desejaram... – Disse a voz e eu gelei, maior do que aquele que todos a desejaram, eu quase ri alto, tive vontade de dizer, "sei bem oque me desejam dona voz e não é nada bom", mas preferi me manter e silencio e a voz prosseguiu. — Menino oque tanto deseja esta perto de acontecer, a pessoa que espera esta mais perto do que imagina.
— Oque... Eu... – Alli parecia tão perdido naquelas palavras quanto eu, a nossa frente uma enorme porta surgiu e se abriu.
— Agora crianças sigam seu caminho e encontrem as joias.
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Hj eu to sem meus filinhos... Eles são muito bagunceiros e me pertubam demais! :v
De qualquer forma receio que Alli tenha um certo trauma com a palavra 'Fofo'.. hehe