Unattainable reality ~ sendo reescrita~ escrita por Sol


Capítulo 53
Saida


Notas iniciais do capítulo

Oi gent, não não me matem,eu sei que demorei, mas estava realmente difícil criar um pingo de ânimo para escrever... espero que gostem, o próximo não deve demorar tanto



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Ches

Eu estava deitado sobre a grama quentinha, fazia bastante sol desde bem cedo e o tempo estava mais do que perfeito. Todos pareciam estar se preparando para ir embora e, por mais que eu quisesse ficar em Jádis para sempre, eu não podia negar que o inevitavel estava começando a acontecer: Uma revolta. E das grandes. Se ficassemos aqui e provocassemos a coroa de Copas por mais tempo, o povo de Jadis poderia acabar sendo envolvido em uma nova guerra e isso seria o fim definitivo do país.

Eu fechei os olhos e respirei fundo, a quanto tempo não sabia o que era isso?

—Erick! – Ouvi a voz de Alli e suspirei cansado, esquece a parte da paz. Eu me sentei e o fitei, ele me encarava com um olhar curioso e um sorriso torto.

—Que foi praga? – Tentei ser o mais delicado possivel.

Ele cruzou os braços, assumindo sua postura arrogante de sempre. —Eu só... – Ele se interrompeu ao olhar para frente, seus olhos se arregalaram e sua arrogancia foi desfeita. —Erick, olha...

Eu olhei para frente e me levantei no mesmo instante. —Vá buscar ajuda Alli! – Pedi e ele saiu correndo para o hotel, a minha frente estava Max, o melhor rastreador e o segundo maior assassino de Copas. Ele sorria ao se aproximar lentamente, com uma espada azul nas mãos, a espada não me era estranha, mas preferi focar somente nos movimentos dele.

—Com medo? Filhote de gato assustado! - Ele zombou enquanto ainda se aproximava. Eu triquei os dentes e me concentrei para invocar minha espada a qualquer momento. —Achou que eu não ia rastrea-lo Erick? Eu já disse... – Ele sorriu maliciosamente e eu me controlei, não se precipite, tentava dizer a mim mesmo, se eu perdesse a cabeça seria derrota certa. —Te derrotar é o meu maior prazer. – Ele chegou bem perto e seu sorriso se desfez em uma expressão de ódio. Eu tentei me afastar um pouco, mas ele foi mais rápido e me segurou pela gola da camisa. —Não quero brincar de pega pega projetinho de gato, eu tenho um objetivo, dar um aviso!

Eu permaneci em silencio, havia lidado com Max por tempo sufiente para saber que provocações e insultos não o afetavam, ele era frio e cruel como o inverno mais rigoroso.

—Não tenho medo Max, e sabe disso. – Eu disse do modo mais frio que consegui, o que não foi dificil. Ele sorriu de um jeito estranho e me empurrou, por sorte eu não cai, rapidamente ergui a mão esquerda e minha espada apareceu.

—Vim dizer que estão brincando com fogo ao desafiar a rainha! – Ele declarou, erguendo a espada.

—Irônico. – Ouvimos a voz vinda de trás de Max, que rapidamente se esquivou de um ataque surpresa. Eu arregalei os olhos ao ver meu pai ali, com uma espada prateada em mãos e um sorriso meio bobo no rosto. —Eu adoro brincar com fogo.

Max trincou os dentes, logo se lançando em um ataque direto, meu pai sorriu, desviando do ataque com facilidade, o ruivo rapidamente se voltou a ele com empolgação, reerguendo sua espada, meu pai se defendeu do ataque, fazendo com que as espada se cruzassem.

Eu estava estagado e chocado, nunca havia vista meu pai lutar antes, o havia visto fazer milhares de armas, mas nunca o vi usando uma.

Recuei um passo, tentando imaginar onde todos os outros poderiam estar. O que eu deveria fazer? Lutar? Fugir? Me esconder? Simplesmente não conseguia escolher uma coisa. Olhei ao redor e vi Alli sair de dentro do hotél, ele parecia preocupado e aumentou a velocidade do passo ao se aproximar de mim.

—Todos estão desmaiados, acho que foi coisa dele. – Resmungou, lançado um olhar raivoso a Max. —O que faremos?

Balancei a cabeça, e me voltei a cena a minha frente. Meu pai parecia tentar atrair Max para o mais longe possivel de nós, ele estava nos protegendo enquanto arriscava sua vida. Seus movimentos eram rapidos, porém os do inimigo também, meu pai girou a espada o ar em meio a um ataque surpresa, causado um corte no braço do ruivo que, com ódio, usou toda a foça para derrubar meu pai.

—Devemos ajudar? – Alli indagou, já pondo a mão no colar, mas eu o impedi. —O que foi?

—Meu pai parece ter um plano. – Respondi, mais para mim mesmo do que para ele.

—Como pode ter tanta certeza?

—Estou apenas confiando, Alli. Precisa aprender a fazer isso.

Ele virou a cara e começou a observar tudo. Meu pai, já de pé novamente, desviava a todo custo dos ataques de Max e já estava loge o bastante de nós.

Foi ai que vi seu sorriso aumentar, ele ergueu a espada prateada com as duas mãos e rapidamente a fincou no chão, imediatamente uma corda saiu dela e se enrolou na perna esquerda de Max o puxando para cima e o derrubando em seguida. O ruivo soltou um grito alto e se contorceu no chão.

—Maldito... – Ele murmurou. —Vamos matar todos vocês.

—Estamos esperando! – Foi o que meu pai respondeu antes de dar as costas a Max, que ainda se contorcia de dor e, ao lançar um ultimo olhar de furia ao meu pai, desapareceu completamente.

—Golpe baixo! – Alli resmungou quando ele chegou perto, meu pai apeas sorriu e deu de ombros, seguindo para dentro do hotel.

—Nem sempre é vencendo que se ganha, rapaz.

Eu e Alli nos entreolhamos em duvidas, mas no fim acabamos ignorando o comentario e o seguindo.

—E agora pai? O que faremos? - Questionei assim que o alcancei e ele suspirou lentamente. —Já nos descobriram aqui, vamos ter que partir?

—Sem duvidas. – Alli comentou, um pouco ansioso. —Não podemos ficar aqui nem mais um minuto. Sem chance.

—Escutem meninos... – Meu pai se virou para nos encarar. —Acima de tudo, temos que nos preocupar com nosso plano, causar uma grande revolta. Por isso, sim, temos que partir, mas não se preocupem, logo recuperaremos o que nos foi tomado.

Eu sorri e Alli também, finalmente o tempo de hipóteses havia chegado ao fim, era a hora da ação tomar frente.

# # #

Terminei de arrumar minhas coisas e sai do quarto, enfim estaria indo embora de Jadis outra vez, mas agora eu poderia acreditar que voltaria, eu tinha que acreditar.

Desci as escada cantarolando uma musica e encontrei todos a postos, porém com expressões serias e cansadas.

—Isso é que é ânimo. – Comentei, me aproximando.

—Ficar apagada por causa de um feitiço idiota não é legal, acredite. – Alice comentou e eu tive que rir.

—Bem crianças, vamos? A cidade fronteira nos espera. – Will soou um pouco mais animado que o normal, como alguém conseguia gostar tanto de viajar?

—Tava na hora de mudar o cenario viu. – Sinara comentou e eu sorri.

—Verdade, talvez faça bem para minha beleza, quem sabe ela não se renova? – Comentei rindo e ela me empurrou de leve, rindo também.

Meu pai abriu um portal na parede e Will foi o primeiro a atravessa-lo, dei uma ultima olhada em volta e suspirei. Estavamos partindo para o fim definitivo da nossa paz, e eu mal podia controlar minha ansiedade.


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