Unattainable reality ~ sendo reescrita~ escrita por Sol
Notas iniciais do capítulo
Oeeeeeeeeeeee Pessoas...
Voltei, com cap novinho e bonitinho pá vcs
Sinara
Estava um pouco escuro, mas dava para identificar bem cada coisa, ao lado de um mercado encontramos uma pequena porta de ferro, a porta dava para o armazém, que na verdade era um monte de prateleiras cheias de todo tipo de comida conservada.
— Pode deixar as crianças juntas? – Ás pediu a Lyh, entregando-lhe um cobertor, ela aceitou e levou os três pentelhos até um canto cobrindo-os com o cobertor, Dee puxou Jas e o sentou entre ele e o irmão, começando a brincar com alguns fios vermelhos do cabelo do menor, que apenas ria dos comentários. Ás andou até uma das prateleiras, pegou alguns pacotinhos coloridos e os levou até as crianças. — Fiquem quietinhos aqui, eu já volto. – Ele se virou para Dum e sorriu. — Cuida deles em. – O mais velho concordou sorrindo e Ás se afastou deles devagar.
— Primeiro os seus pimpolhos, depois os problemas. – Zombei quando ele passou por mim.
—Não pense que não está incluída nessa lista. – Ele murmurou, pegando outro pacote de biscoito.
— O que? -Ele apenas jogou o pacote para mim e sorriu com sinceridade. — Seu amigo deixa você pegar as coisas do armazém dele?
— A partir do momento que eu o comprei. Sim. – Ele deu de ombros, como se não fosse nada. — Descansa um pouco pimpolha.
— Precisa jogar na cara a sua riqueza? – Perguntei pasme e ele riu, saindo e me deixando sozinha.
Lyh e Chapeleiro estavam sentados perto da porta, Ás estava procurando possíveis janelas ou frestas, decidi me sentar em um banquinho e suspirei, mesmo que por enquanto nosso esconderijo esteja em paz eu sabia que logo seriamos encontrados.
— Pensando na vida? – Loke perguntou, enquanto se sentava ao meu lado. Eu ofereci um biscoito e ele recusou, apontando para a um pacote azul que tinha no bolso. — Isso que eu chamo de estar preparado. – Comentei e ele riu.
— Bem o Alli costuma chamar de vício, mas ele não tem moral nenhuma.
— Você e ele se conhecem?
— Bem, ele é só meu melhor amigo. – Ele respondeu com um sorriso torto e eu o encarei chocada. — O que é? – Ele riu e, depois de respirar fundo, olhou para o teto. — Ele pode parecer complicado, mas é uma boa pessoa.
— Ele é muito na dele. – Resmunguei, lembrando do jeito sério e determinado dele.
— É ele não sabe se aproximar das pessoas. Mas é um amigo fiel.
— E quanto ao Erick? – Perguntei e ele ergueu as sobrancelhas. — O que foi? Pare de me olhar assim.
— Não é nada...
— Ei! Loke-
— Enfim. – Ele me cortou, percebi que tentava não rir. — Conheço Erick a bastante tempo também, ele era mais reservado, quer dizer, ele sempre sofreu calado, o Alli também, mas, bem... – Ele sorriu. — Eles eram os melhores. Erick sempre foi extremamente maduro, mesmo que de longe parecesse um pentelho. Graças a ele e Alli, eu consegui passar pela fase mais difícil da minha vida.
— Poxa. – Consegui dizer. — Eu nunca pensei que aqueles dois eram tão importantes assim para você. E não imagino em como eles podem ter te ajudado. – Comentei se jeito e ele sorriu.
— Meu pai... Desapareceu quando eu era um pouco mais novo, eu tenho dois irmãos mais novos e minha mãe é médica, quando essa tragédia nos atingiu... Minha mãe estava numa fase difícil, que só piorou. –Ele respirou fundo. — Ela teve que trabalhar o dobro e eu tive que cuidar dos meus irmãos, ao mesmo tempo em que tive que trabalhar no jardim no lugar do meu pai e ainda apoiar minha mãe, ela chorava todas as noites de preocupação, as coisas ficaram difíceis para nós...
— Imagino.
— Sabe eles iam para minha casa sempre que podiam, Alli me ajudava com o jardim, quando tinha festa os filhos dos nobres e convidados faziam questão de destruir tudo, e adivinha quem arrumava tudo?
— Você.
— Eu tinha que me dividir entre o jardim e os meus irmãos, por sorte Erick dava um jeito de cuidar deles. Enfim assim eles me ajudavam e me animavam de modo que ninguém mais conseguia.
— Nossa, vocês são mesmo unidos. – Eu ri e o encarei. — Posse perguntar uma coisa?
— Ah... Pode.
— Você não tem características de alguém de copas e sim de Neal. Como foi parar lá?
–— E você não se parece como alguém de Neal, como foi parar lá? – Ele retrucou e eu ri. — Sério, eu... É complicado. Foi- Antes que ele pudesse terminar, Ás veio correndo em nossa direção.
— Atrás daquela porta de madeira, vão e escondam as crianças. – Ele ordenou e nós corremos, Loke puxou Dum e Jas e eu peguei a mão de Dee, nós corremos até uma porta de madeira marrom e entramos as pressas. Era uma sala escura, pequena e vazia. Loke fechou a porta e, ao encostar o dedo na maçaneta, fez com que ela se trancasse.
— Papai. – Jas murmurou querendo chorar, mas Loke o pegou no colo e o abraçou, tentando acalmá-lo, Dum abraçou o irmão, visivelmente com medo. Eu me aproximei da porta, buscando ouvir alguma coisa, mas era silêncio total, aquilo me incomodou, silêncio em situações como essa nunca é bom.
— O que houve? – Dee sussurrou, seus olhos cheios de lágrimas, sendo consolado pelo irmão.
Nenhum de nós respondeu a pergunta, pelo simples motivo de não sabermos o que aconteceu, isso era o pior, não saber. Uma ansiedade absurda tomou conta de mim. Mas se eu saísse poderia acabar piorando tudo e ainda pondo as crianças em risco.
— O poder de Loren parece enfraquecer. – Murmurei e Loke concordou. Antes de sairmos de lá, Loren nos permitiu trazer os meninos com a condição de estarmos preparados para os possíveis ataques, a anos procuravam esses dois, e por anos eles se esconderam com ela, mas, desde que o equilíbrio dos reinos se perdeu, o poder de Loren vem enfraquecendo, ela jurou que os protegeria e nos encontraria assim que todos os objetos fossem reunidos, e que Dum poderia fazer a magica acontecer, ou seja, para nossa arma nascer, preciso dele em segurança e isso inclui manter ambos longe das garras daqueles assassinos.
Som de passos apressados, correndo em nossa direção.
A insegurança me impediu de fazer ou falar qualquer coisa, apenas fiquei fitando a porta e esperando, agoniada, por qualquer movimento de fora.
— Estou com medo. – Jas murmurou baixinho e Loke o deixou com os gémeos.
— Vai ficar tudo bem. – Ele sussurrou e se virou para mim. — Quem você acha que pode ser?
— Não sei. Não tenho nem ideia.
Os passos se aceleraram e eu ouvi uma explosão. Nós nos abaixamos, meu coração estava acelerado e meu corpo arrepiado. Ouvi um grito. Era de Lyh.
Sem pensar duas vezes, abri a porta e sai, estava escuro e havia fumaça, Lyh andava com dificuldade e eu a segurei pelo braço ajudando-a a correr. Vi que Loke nos encarava da porta, ele me ajudou a puxá-la para dentro.
Outra explosão, essa foi bem perto.
Perto de mais.
Me joguei para dentro da sala e puxei Loke, que estava tonto, mas ele não era o único.
Encostei na parede, meus ouvidos zumbiam e eu não via coisa com coisa.
Meus olhos foram se fechando e tudo escureceu.
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Eu sei ele não foi lá grandes coisas, mas entendam que eu me esforcei..
Até o prox!