Unattainable reality ~ sendo reescrita~ escrita por Sol


Capítulo 34
Anjinho!


Notas iniciais do capítulo

Heey, primeiro, o cap está um pouco corrido e demorou para sair, Sorry eu realmente tive problemas, mas em compensação ele está fofinhozinho. Sério, por isso aproveitem. O proximo será ainda mais fofo.



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Ches

Abri os olhos devagar, sentindo o calor manso tocar o meu rosto, olhei ao redor, o quarto simples, com móveis antigos e paredes brancas sorri ao me lembrar de onde estava e a duquesa, que havia dormido ao meu lado, estava olhando a paisagem pela janela quando eu me levantei, foi bom dormir ao lado dela, me senti como uma criança acolhida ao lado da mãe depois de um pesadelo, mas eu não estava muito longe disso.

Sentei-me na cama, passando lentamente a mão pelo cabelo e bocejando cansado, o que atraiu a atenção dela e a fez andar até mim.

— Bom dia meu pequenino. – Sentada a minha frente, abriu um breve sorriso, e beijou minha testa, me abraçando depois. Um pequeno gesto que pode não ter muita importância para qualquer um, mas para alguém como eu acordar e ser tratado assim, era, sem dúvidas, quase um raríssimo privilégio. — Espero que esteja animado, estou sentindo que hoje será um grande dia.

— Grande dia? Ó céus. – Resmunguei e ela sorriu, segurando minha mão e me puxando. — Ei calma, acabei de acordar. Ainda estou indisposto.

Mas nada fez com que ela desistisse de me levar até a cozinha, perfumada por um aroma de café fresco.

— Erick. – Vovó me chamou e apontou uma cadeira ao lado dela na mesa, Will e Robin estavam do lado de fora com meu avô, que mostrava umas flores, tão animado que me fez lembrou Loke. Eu e duquesa nos sentamos e começamos a tomar o café, conversando vez ou outra sobre algo interessante que ela viu por lá.

Quando acabamos, ela saiu com a vovó para falar sobre a reconstrução do país ou algo assim e eu me locomovi até o sofá, onde me joguei e fiquei olhando para o teto. Atividade lucrativa. Sei bem.

— Difícil passar o tempo? – A voz de Will me assustou e tive que respirar fundo umas duas vezes para me recuperar. — Seu avô e Robin deram um jeito de se entender, e você em? – Ele bagunçou meu cabelo e se sentou ao meu lado. — Como está se sentindo? Voltar aqui e tudo mais?

— Estou ótimo. – Menti. Ele me encarou como se duvidasse e, por fim, sorriu.

Tal pai, tal filho, os dois sabem me fazer sentir culpa depois de mentir.

— Tudo bem, se você diz.

— Por que concordou se sabe que é mentira? – Minha pergunta o pegou de surpresa e ele acabou suspirando, mais sério do que o habitual.

— Você tem que decidir se abrir comigo. Não posso força-lo a nada. – Will respondeu simplesmente, sem olhar pra mim.

— Por que ia querer me ouvir?

— Não é óbvio? – Ele me olhou nos olhos, estava realmente serio. — Somos uma família.

Engoli seco.

Depois de encara-lo por um tempo, consegui sorrir e ele me abraçou.

— Daqui a pouco vamos voltar á estrada. É bom se animar.

— Tudo bem.

Ele se afastou animado e eu permaneci olhando para o teto, afinal eu realmente não estava a fim de nada.

# # #

Com tudo pronto, saímos em direção a vila, somente Will e eu, já que a duquesa ficou amiga da vovó e ninguém mais separa essas duas, e Robin disse, não bem disse, mas de algum modo nos comunicou que iria tentar contatar Lyh, bem que seja, ele me irrita mesmo, o problema é que eu não queria me separar da duquesa e foi uma luta para me convencerem a partir sem ela, não que eu estivesse convencido, eu ainda queria minha mãe, mas Will me garantiu que não demoraríamos e então decidi confiar.

O caminho foi quase o mesmo, passamos por aquela parede enorme de mato e seguimos pela estrada que se encontrava atrás dele.

Seguindo assim não foi difícil encontrar o monte de cabanas abandonadas, vulgo fachadas, a vila real se encontrava lá atrás. E é lá onde, segundo Will, se encontravam o que restou das poções feitas com Jade, pelo menos assim espero.

Passamos por entre as cabanas e chegamos a vila, um conjunto de casas simples, onde viviam os antigos mineradores e os sobreviventes. Lugar agradável até.

As pessoas circulavam por todos os lados, o que me encantou foi ver como ainda usavam roupas e objetos de Jade, ainda tinham uma aparência gentil e ainda parecia ser o meu povo.

É, um grande dia.

Will se dispersou em dois tempos, empolgado com as pessoas e o lugar, céus, conseguia ser mais cabeça de vento que eu.

— Will e quanto a-

— Daqui a meia hora vemos isso. – Foi o que me respondeu quando tentei um primeiro contato.

— Tudo bem. – Suspirei. — Vou andar por ai.

—Certo. Nos vemos aqui mesmo daqui a uma hora.

— Não era meia? – Em vão, ele saiu andando antes de ouvir minha pergunta.

Sem muita opção sai andando também, circulando de lugar a lugar e desviando de pessoas animadas demais.

— Ches. – Alguém me chamou, quando olhei para trás reconheci Alice, e abri um sorriso. Ela veio me abraçar.

— O que faz aqui? – Perguntei quando nos separamos.

— Hmm... Vim com Alli e-

— Alli? Ele está bem? – Eu devo ter feito uma cara bem engraçada, já que ela começou a rir. Apenas entrei na onde e ri junto.

— Está sim. Ele e...

— E?

— Outra pessoa ai. – O tom de mistério dela me incomodou, mas sorri mesmo assim.

— Eu... Vou fingir que entendi. – Comentei e ela sorriu sem jeito.

— Vem, vamos encontrar o Alli e quem sabe depois a outra pessoa.

— Tudo bem... Eu acho.

Ela me levou até perto de um chafariz, onde Alli estava brincando com a água meus olhos se dirigiram a seus braços, eu sabia que não eram ferimentos feitos por inimigos, mas sim por ele mesmo. Balancei a cabeça e decidi tentar ignorar, criticar não iria mudar nada.

Sorri da melhor forma possível e me aproximei de fininho da água, o bom de ser um quase gato é que ninguém nunca notou minha aproximação, dessa vez não foi diferente, quando cheguei bem perto corri até o chafariz e rapidamente colhi a agua com as mãos e joguei nele, que se assustou e deu vários passos atrás.

Alice começou a rir e então ele se tocou que era eu.

— O que foi peste? Não me esperava? – Perguntei me aproximando, ele abaixou os braços e desviou os olhos, como sempre fazia quando, em claras palavras, o impedíamos de se matar. — Mas que droga. – Reclamei e o abracei. — Senti sua falta maninho.

— Eu também. – Ele murmurou baixinho. — Ah! Já sei... Espera aqui, tenho algo para te mostrar.

— O que é?

— Surpresa. – Ele segurou a mão de Alice, que também estava confusa, e saiu correndo e puxando ela.

Eu fiquei lá, esperando por um bom tempo, afinal não tinha o que fazer, como sempre. Olhando para a água tranquila e calma eu pude sentir um pouco de paz, então uma pessoa tocou em meu ombro, quando a pessoa começou a falar meu coração disparou.

— Ei, você viu um menino que parece um coelho por aqui? Ele disse que estaria aqui, mas... - A voz dele falhou, e olhei para o reflexo na água, uma única lágrima caiu. — Aquele pestinha. – Ele disse visivelmente emocionado, eu ainda estava tomado pelo medo e a duvida. — Erick? - Me virei e dei de cara com os olhos mais verdes e justos do universo, tentei o encarar bem, era quase irreal, ele parecia cansado, o cabelo estava um pouco maior e as roupas não tinham o mesmo estilo de sempre, mas ainda exibia o mesmo sorriso, doce e acolhedor. Ainda era meu pai.

Comecei a chorar e ele me abraçou.

— Pai? Papai... – Eu o abracei com mais força.

— Sou eu.

— Mas... Eu... Papai...

— Tudo bem, sou eu meu anjinho. – Ele disse entre lágrimas, se ajoelhou e olhou nos meus olhos, que eu desviei, não queria assustá-lo e logo de cara fazer com que ele odiasse olhar para mim.— Anjinho. – Ele tocou em meu rosto com cuidado. — O Papai vai sempre te amar independente de como você é. – Eu sorri. — Assim que eu gosto ainda se lembra? Não há nada que não se possa resolver...

— Com um sorriso. – Completei e ele beijou minha testa.

— Sim, você é meu anjinho, nada vai mudar isso. – Ele sussurrou e eu concordei. — E você ai, trate de se explicar. – Eu olhei pra trás e vi Alli de longe, com um sorriso travesso, ele andou um pouco até chegar bem perto.

— Tinha que ser coisa sua. – Comentei sorrindo, ele ficou emburrado e nos encarou com cara de dó, eu sorri e o abracei, mesmo com ele ameaçando fazer pirraça.

— Obrigado. – Sussurrei, quando nos afastamos.

— Não é como se eu tivesse feito alguma coisa. – Respondeu com pressa.

— Como não? – Meu pai se aproximou de nós. — Eu aposto que a ideia foi sua seu pestinha...

Alli apenas deu de ombros, sem fazer questão de ser humilde, com seu ar arrogante ficava mais evidente que se sentia o máximo.

— Alice está tentando achar o meu pai. Já que ele se dispersa com qualquer coisa, tenho certeza que já esqueceu o objetivo.

— Verdade. Mas antes eu quero saber por que estão aqui.

Meu pai sorriu.

— Longa história. Vamos atrás deles, eu conto no caminho.

— Certo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham curtido!
(Sim o titulo do cap era spoiler ahuahauha)



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