Unattainable reality ~ sendo reescrita~ escrita por Sol


Capítulo 20
Vossa Majestade!


Notas iniciais do capítulo

Heey, o nome do cap ta estranho, mas foi o melhor que pensei.. hehe Aproveitem



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White

— Espere, como assim, Alice... Uma princesa? – Eu não sei oque deu em mim, mas de repente eu comecei a rir sem parar. — Acho que ela não tem... Jeito pra coisa.

— E você não tem jeito pra ser um Duque. – Johan retrucou e eu respirei fundo.

— E nunca vou ser. – Murmurei baixo. — Não aqui, não sendo... Um escravo.

—Ei, e não sei que história é essa de escravo, mas isso não é legítimo, você é filho de um duque, não um escravo qualquer. Vamos voltar pra casa um dia. – Ele disse calmamente e eu o encarei, tentando decifrar se tinha mesmo convicção do que dizia.

— E quando vai ser isso?

— Quando tivermos nossa rainha? – Ele propôs.

— Mas ela está na outra cela.

— Sim e esta fraca, e não podemos sair daqui.

Então uma fagulha de ideia passou pela minha cabeça, eu fui até a grade da cela me certificar que não vinha ninguém, como se desse pra saber, era um corredor todo cinza e vazio, do outro lado havia mais celas, aliás, logo antes do corredor vem o escritório da rainha e no fim vem a biblioteca dela, sim, ela aprecia seus belos prisioneiros enquanto caminha de seu escritório até sua biblioteca, como sei disso? É aqui que entra minha ideia.

— Tio acha mesmo que não podemos sair daqui? - Perguntei sorrindo e ele me encarou.

— Alli conheço essa cara de vou aprontar, oque esta pensando?

Fiz sinal para que ele esperasse um pouco e me ajoelhei, respirei fundo e me concentrei, eu ainda tinha um pouco de magia e isso bastava, senti algo se formular em minha mão, uma pequena bola de luz branca, ela logo foi ganhando forma e se tornou algo semelhante a um papel, então eu pensei: “Nas celas particulares, Zeck, por favor, Jas esta em perigo, sei que não gosta de interferir mas isso não é justo.”, então a bola de luz saiu voando da minha mão e passou pela grade, voando para mundo a fora, mentira ela não ia até longe.

— Alli o que foi isso? – Johan perguntou preocupado.

— Uma mensagem, eu-

— Alli! – Meu tio me segurou antes que eu caísse de cara, minha cabeça do nada havia voltado a doer, ele me ajudou a sentar e eu encostei na parede segurando a cabeça. — Você esta bem?

— Minha cabeça... Doe...

— Calma, vai ficar tudo bem, confia em mim?

— Sim.

— Ótimo, então durma, é o único jeito de te ajudar. – Eu o encarei e instantaneamente meus olhos foram se fechando. — Vou estar aqui quando acordar.

####

Eu estava caindo...

Não parecia ter um fim, mas precisava, eu ansiava por um fim, eu não podia ver nada, tudo estava escuro... E estava frio, eu apenas caia.

Então ouvi o som da água, ele me chamava, eu não via nada... Eu apenas caía, a escuridão não sessou nem por um instante.

— NÃO! – Alguém disse... Mas quem?

Entre vozes e turbulências senti-me ser levado por algo, mas eu não sabia se queria parar ou se queria ir. — Não! Não! Alli não, por favor maninho fica comigo.

Alguém dizia... Quem poderia ser? Talvez se eu abrisse os olhos.

E foi assim então que a luz me atingiu, eu tossi, e olhei ao redor, onde estava? Olhei pra mim mesmo, eu era... Uma criança?

— Alli no que estava pensando? – Alguém me abraçou aflito, eu o encarei, Loke? — Alli, estávamos preocupados, se não fosse Erick ter chegado antes...

— Erick? – Eu então olhei para meu primo ao meu lado, ele estava... Encharcado? E eu também... Mas como? — Erick você entrou na água? – Ele apenas sorriu.

— Eu jurei que te protegeria não é mesmo?

— Mas... O que? – Perguntei confuso, olhei para trás e vi o rio correr, Loke segurou meu ombro, ele estava sério.

— Alli você se jogou no rio. – Ele disse com raiva. — Você prometeu que não tentaria de novo... Mas você se jogou.

— Não! Não, eu não... Não faria... Eu não faria... – Comecei a chorar... Estava tudo confuso, escuro, mas eu sabia que não queria mais morrer. — Não foi por querer... Não dessa vez, tudo ficou escuro, eu podia ouvir elas sussurrando.

— O que Alli? O que elas diziam? – Loke perguntou, estava mais calmo.

— Diziam que tenho que morrer.

####

— Você esta péssimo. – Jas comentou quando eu acordei, por algum milagre minha cabeça tinha parado de doer, eu encarei meu irmão e sorri um pouco triste.

— Você não esta muito melhor vá por mim.

— Alli oque foi você parece triste? – Johan me perguntou se sentando ao meu lado. — Se for pela Maira...

— Não é isso. – O interrompi e ele passou a mão pelo meu cabelo.

— Então o que é? Vamos, eu te conheço, sei que você esta guardando para si mesmo, mas isso nunca funcionou comigo e sabe disso.

— Eu só, acabei lembrando de uma... Fraqueza, do passado. – Respondi enquanto observava Jas com seu melhor amigo... Um fio de barbante, ele descobriu isso em Neal e não desgruda mais, o problema é que o fio estava quase arrebentando e mesmo assim Jas não o largava, vai entender.

— Deve ser grave, só pelo jeito que você falou, mas olhe pra mim... – Ele pediu com calma e eu o encarei. — Seja oque for, está no passado. Entende isso? – Concordei e ele suspirou. — Céus aqui é um tédio.

— Verdade. – Jas comentou e Johan aumentou seu sorriso.

— Posso ver esse fio. – Jas o entregou com cuidado, Johan o segurou e mostrou a Jas, que o encarou confuso.

— Oque é?

— Olhe bem. – De repente em sua mão o fio estava novo em folha e Jas o pegou todo feliz.

— Obrigado. – Ele abraçou Johan, que diminuiu o sorriso um pouco e sentou Jas em seu colo.

— De nada Jas, eu que deveria agradecer.

— Vai encontra-lo, tio. – Afirmei tentando contar as lágrimas e ele me encarou confuso. — Erick! Você vai encontra-lo, vai encontrar meu pai também e então poderemos voltar pra casa e tudo isso vai acabar.

— Eu já o vi. Já vi Erick – Jas comentou e Johan olhou pra ele animado.

— Como ele é? – Meu tio perguntou e Jas pareceu pensar.

— Ele é engraçado e... – Ele olhou pra mim, seus olhinhos brilhavam e pareceram ficar mais vermelhos. “E triste”, Certamente é oque iria dizer, mas ele é perceptivo, acho que é nisso que dá quando se é filho do Ás. — E ele tem uma namorada.

— Oque? Uma namorada?

— Jas, já falei para não sair por ai dizendo isso. – O repreendi, mas ele riu e me abraçou.

— Alice é sua namorada e a Sinara é namorada do Erick. – Ele disse eu quis me enfiar em um buraco no chão, o ruim de ser um coelho é que isso é um desejo frequente e fácil de se realizar.

— Jas! Não diga bobagens, ela não é minha... Namorada, mesmo que- Eu parei quando notei os olhares dos dois, ai eu percebi que falei de mais.

— Mesmo que? – Johan entrou na onda e eu fechei a cara. — Ah! Não fica bravo, eu estou a quase 8 anos aqui preso, preciso saber de vocês, mas se não quer falar tudo bem... – Ele se virou pra Jas. — Então parceiro, fale-me mais sobre minha nora.

— Ah! Isso vai longe. – Resmunguei e fui ignorado, Jas começou a falar sobre como ela era bonita e animada, enquanto Johan apenas sorria e comentava coisa ou outra.

Então ouvi o som de passos apressados, eu ia me levantar, mas Johan me impediu.

— Se esforçar pode fazer com que a dor volte. Cuide do Jas. – Ele disse e se levantou três pessoas pararam em frente a nossa cela, dois guardas e mais uma pessoa, Zeck, uma definição básica? Bem, olhos assustadoramente vermelhos, assim como o cabelo, usa um sobre tudo branco com as bordas vermelhas e um símbolo de copas em cada uma das mangas, adivinha a cor? Vermelho claro, além da calça e do tênis branco, eu sei, uma combinação detestável. — Mas quem é você? – Johan estava visivelmente confuso.

Zeck fez sinal com as mãos e um dos soldados abriu a cela para que ele pudesse entrar.

— Sou Zeckerey, o rei de copas, eu recebi a mensagem e vim o mais rápido que pude.


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Notas finais do capítulo

Zeck hehehehe
Espero que tenham gostado!



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