Rosa Cristalizada escrita por flaviovini


Capítulo 3
Capítulo 2 - Rosa e Violeta




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Em uma de minhas conversas com Vera, vi pela primeira vez as pessoas mais lindas que já havia visto na vida. Percebi que ao lado delas, parecia ser eu o patinho feio da história. 

  

 Eram três ao todo: uma mulher que aparentava ter uns 25 anos, rosto no formato de coração e cabelos impecáveis na cor de caramelo, um homem loiro aparentando ter 23 anos, mas muito belo e um outro garoto de cabelo bronze, olhar sedutor e forma juvenil. O estranho nisso é que todos eram muito pálidos, então a cor de pele também se destacava entre a multidão.

‘Não acredito que eles são mais belos que eu, quem são eles?’ Pensei.

No mesmo instante o garoto pálido que aparentava ter 17 anos, o de cabelo bronze olhou para mim e lançou-me um olhar de desprezo.

‘Desprezo? Por mim? Nunca fui desprezada, ao contrário, sempre desprezei e jamais era ignorada, quem era esse garoto?’ Minha raiva apenas aumentava.

 

“Vera, quem são eles?” Perguntei muito curiosa.

 

“São os Cullen, mudaram-se agora, o homem loiro é o Dr. Cullen, o outro é seu irmão e a mulher sua esposa” Ela respondeu naturalmente, como se não percebesse a beleza anormal deles.

 

O garoto continuava me encarando com um ar superior, o que me deixou em chamas. ‘Cullen, que tipo de nome é esse? Quem esse garoto pensa que é pra me tratar assim?’.

Minha raiva era tamanha que me obriguei a sair do local arrastando Vera para longe destas pessoas.

Durante todas as noites apenas eles me vinham à mente, durante toda a semana só conseguia pensar em sua beleza, cada minuto que ficava sozinha só conseguia pensar em uma coisa: Nos Cullen.

Com o tempo comecei a esquecê-los, porque já não apareciam em público, portanto, não havia o que temer.

 Para minha surpresa Vera ficou noiva de Thomas – um mero carpinteiro – e estava muito feliz.

 

“Rosalie, você é minha melhor amiga, Tom e eu queremos que você seja nossa madrinha de casamento” Ela informou-me certo dia, sua alegria era contagiante e percebi como seus olhos pareciam estrelas cintilantes.

 

“Claro que serei Vera, será um enorme prazer, mas... Você não acha muito recíproco? Ele é um carpinteiro e para conquistar uma casa própria não está muito fácil...” Tentei fazê-la ver melhor.

 

“Sei disso, mas eu o amo tanto, ele é a pessoa mais amável e carinhosa que conheci, e também é muito trabalhador...” Ela defendeu o noivo.

 

Nesse momento notei que não existiam palavras para contrapor o amor, o sentimento era mais forte do que a razão. Se isso a fazia feliz eu também ficava feliz.

 

Ajudei minha amiga nos preparativos de casamento durante os meses que seguiram. A cada dia sua alegria aumentava. A cerimônia seria muito humilde, porém dava para perceber que seria matizante. Um casamento coberto de violetas, a flor que Vera simbolizava em meu jardim.

 

Vera estava deslumbrante. Senti orgulho ao vê-la, e pude certificar nos olhos de Thomas que o amor de ambos era deposto de forma incondicional. Foi nesse instante que tive vontade de amar e ser amada, mas também ser desejada. Queria um casamento imenso e cheio de flores – de preferência coberto de rosas - onde todos pensassem que eu era a pessoa mais linda que veriam pelo resto da vida, assim como a reação que tive ao ver os Cullens. E outra vez lembrei-me dos humanos distintos e belos, em minha comparação, no jardim que é o mundo, eles seriam as únicas flores silvestres de espécime diferente, espécime que atraia as demais flores como se fossem meras presas. E apenas por um momento desejei ser uma Cullen.

 

Em menos de dois anos Vera e Thomas conseguiram um lugar perfeito para moradia, como madrinha de casamento eu sempre ia visitá-los, e mesmo com isso continuávamos melhores amigas, como Rosa e Violeta em terrenos diferentes, mas com raízes próximas.

 

Certa vez, durante a noite meu pai estava aos cochichos com minha mãe, pude apenas pegar alguns trechos da conversa.

 

‘Royce King II irá assumir o banco esta semana, com certeza o momento não poderia ser mais oportuno... E Rosalie...’.

 

Pelo que percebi papai tinha um novo chefe – que por sinal era filho do antigo – e ele estava feliz por isso. Apenas não compreendi onde meu nome encaixava-se, pois não o conhecia e nesse ponto da conversa a voz estava tão baixa que não fui capaz de escutar.

Deveria ser algo não muito importante, então caminhei até meu quarto e pouco tempo depois me vi presa na ilusão do mundo dos sonhos.

 

Era um sonho magnífico, onde eu era o centro, estava com um maravilhoso vestido branco que destacava minha silhueta e ao meu redor todos estavam admirados, por um breve momento me vi tão pálida quanto os estranhos e senti meus lábios mesmo sonolentos se repuxarem em um formoso sorriso.

Na manhã seguinte não me recordava do sonho, mas sabia que algo mudara em minha casa, minha mãe não parava de me elogiar e meu pai ficara cada vez mais sorridente. Os únicos que permaneciam iguais eram Richard e Philipe, agora com as feições mais sérias, entrando na adolescência, Rich já estava com 13 anos e Philly com 15. Não havia percebido o quão rápido o tempo passara, ainda me lembrava de quando brincava com eles, ou discutíamos sem parar como irmãos fazem, ou então quando deixávamos nossos pais de cabelos em pé. Não consegui evitar o sorriso de compaixão ao vê-los assim agora.

 

“Você esta bem Rose?” Philipe tornara-se um excelente observador. Ele sempre fora o filho mais quieto da família e agora entendia o motivo. Ele era do tipo que analisava tudo ao redor, para depois tomar decisões.

 

“Perfeitamente bem, o que lhe faz pensar que não?” Perguntei de forma amigável.

 

“Está me olhando como se eu fosse algo estranho” Ele tentou explicar.

 

“E você não é?... Não é isso bobinho, apenas vejo como você cresceu!” Brinquei com ele.

 

“Papai diz que eu serei um ótimo soldado, o que você acha?” Ele retraiu os pequenos músculos recém-formados esperando resposta.

 

“Com certeza será, assim que tiver forças para levantar pelo menos um jarro de flores” Desatei uma risada ao ver a irritação dele.

 

“Eu consigo levantar você. Quer ver?” Philipe correu na minha direção e puxou-me com uma força incrível, me manteve no ar durante alguns segundos com certo esforço.

 

“Solte-me Philly, ou cairemos os dois...” Alertei-o sentindo seu aperto afrouxar.

 

 Ao dizer isso, ele se desequilibrou e nós caímos, eu por cima dele. O baque foi forte, mas nem por isso deixamos de gargalhar. Ao analisar seu rosto encontrei alguns traços meus, e vi seu olhar de desafio. Sem dúvida, ele conquistaria o que quisesse. Foi um momento bastante materno para mim, como se fosse o último que desfrutaria com meu quase grande irmão.

 

“Não disse super-homem?” Outra vez brinquei.

 

Ele mostrou a língua e prosseguiu. “Eu disse que te levantava, não disse que ficaria horas assim!”.

 

Outra vez a alegria contagiou o ambiente. Ele levantou-se e estendeu-me o braço como um belo cavalheirinho.

 

“Apesar de tudo eu a amo demais sua boba” Philly confessou.

 

Dei-lhe um abraço um tanto forte e sussurrei: “Também o amo pestinha”.

 

Assim, segui para a cozinha para ajudar minha mãe nos afazeres, enquanto ele corria para fazer alguma competição com Rich. A minha casa era enorme, adorava arrumá-la, mas meu quarto com certeza estava fora disso, acredito que ele correspondia à metade da casa, e a cozinha era um lugar interessante, minha mãe estava tão radiante que tive de perguntar-lhe o motivo de tanta felicidade.

 

“O que houve mamãe? Você e o papai estão tão felizes que isso até me espanta”.

 

“Há Rose, uma mãe não pode ficar feliz ao ver sua menininha se tornar a mais linda mulher...?” Ela apontou pra mim ainda sorridente.

 

O rubor que transcorreu em minhas bochechas foi bem caloroso, minha mãe não falava assim de mim, achava que aos olhos dela eu ainda era sua pequena Rose, ou melhor, pequena Rosa, como ela gostava de chamar.

 

“Ok mamãe... Agora me diga o verdadeiro motivo...” Aguardei sua resposta cruzando os braços.

 

“Seu pai tem um novo patrão, Royce King II, e essa semana ele está no banco para verificar a competência de seus funcionários, e seu pai irá receber um destaque imenso...” Ela tagarelou cortando distraidamente as batatas para o jantar.

 

“O patrão do papai além de dono do banco, é dono de todos os negócios importantes da cidade, não é?” Queria confirmar.

 

“Claro, claro, e o jovem Royce herdará tudinho depois dele...” Mamãe informou com um brilho diferente nos olhos.

 

“Legal, já posso sair ou ainda precisa da minha ajuda aqui?” Já estava cansada de ouvir sobre esse cara.

 

“Pode sim minha pequena Rosa, descanse bem minha princesa...” Respondeu ela com a cabeça nas nuvens.

 

Adormeci novamente e durante minha sonolência recordei-me da data, dia 10 de fevereiro de 1933, meu aniversário de 18 anos seria em algumas horas. Neste mesmo instante abri os olhos, a escuridão estava muito intensa, não tinha percebido que havia dormido tanto.

Aos poucos meus olhos se acostumaram com a escuridão e fui capaz de enxergar os objetos ao meu redor, desci os vinte degraus de escada para verificar se meu pai já havia chegado do trabalho. Ele estava me esperando sentado no sofá com dois embrulhos no colo.

“Papai?” Falei correndo em sua direção.

 

“Feliz aniversário minha princesinha, você é o orgulho que todo pai deseja, a garota mais especial que o mundo possuirá em sua existência. Rosalie queria apenas dizer-lhe que te amo demasiadamente. Quando vejo seu sorriso, sinto-me o pai mais feliz do mundo, você consegue me deixar forte para enfrentar qualquer desafio. Sempre te amei, e sempre a amarei minha filha”. Ele pronunciou lentamente ao meu ouvido enquanto permanecíamos unidos em um envolvente abraço familiar.

 

As lágrimas deslizaram quente na minha pele de pêssego, as maçãs do meu rosto ficaram vermelhas, a compaixão ampliou-se a um ponto indescritível, percebi que todas aquelas palavras eram verídicas e que meu pai me amava tanto quanto eu o amava. Não existiam palavras para responder-lhe à altura, só pude apenas abraçá-lo com toda força e amor que consegui reunir. E assim permanecemos por um longo tempo.

 

“Não quer ver seus presentes?” Disse ele mostrando-me os embrulhos.

 

Abri o primeiro e vi um maravilhoso vestido de organza branco, era muito chamativo e parecia com o que estava em um de meus sonhos. Ele destacava minhas pernas esbeltas e contornava perfeitamente minhas curvas.

 

“Que lindo papai...” Não soube mais o que dizer, tamanha maravilha que era.

 

“Você ainda não viu o outro...” Ele falou misterioso.

 

O outro não poderia ser muita coisa, pois o embrulho era muito menor, mas pela maneira que ele falou, a curiosidade venceu-me. Peguei a caixinha tirei o laço vermelho e abri-a lentamente.

Um cordão de ouro com um pingente divino gravado em letras curvilíneas “Para a minha doce Rosalie Hale”. Sentia-me muito estranha, por mais que eu tentasse não conseguia conter as lágrimas novamente.

 

“Abra o pingente” Papai anunciou.

 

Abri o fecho e de um lado havia uma foto minha recém tirada, não me lembrava de ter feito essa pose, então papai certamente havia me flagrado em um momento de brincadeiras com meus irmãos.

No outro lado estava a foto de toda a minha família, comigo no centro. Era o melhor presente que já havia ganhado, não pelo ouro, isso pouco importava no momento, mas sim pelo conteúdo.

 

“Espero que tenha gostado, não sabia que presente uma filha-mulher gostaria de ganhar” Ele desculpou-se.

 

“Você sabe que sempre me dá o melhor, e por incrível que pareça, desta vez você se superou...” Abracei-o outra vez, e para minha surpresa o sono estava me atacando novamente, soltei um longo bocejo e verifiquei que era de madrugada.

 

“Vai dormir minha princesa, o dia apenas está começando, seu aniversário ainda vai estar presente quando acordar” Ele riu e beijou minha testa.

 

“Boa-noite papai, eu o amo muito”.

 

“Também, para saber o quanto lhe amo, multiplique as estrelas do céu pelas gotas do oceano”.

 

Fiquei numa alegria irremediável. Era o melhor presente, a melhor família, a melhor vida que eu poderia querer. Sentia-me completamente satisfeita; o que era muito estranho, pois sempre soube que quanto mais felicidade alguém possuísse, mais brevemente ela se extinguiria.

 

O sol surgiu e lançou seus raios de luz ao meu redor, ao abrir os olhos deparei-me com Richard e Philipe juntos quase em cima de mim.

                                                                                               

“Feliz Aniversário Rose” Os dois disseram juntos.

 

“Obrigada meninos, mas podem pelo menos me deixar escovar os dentes e pentear o cabelo?” Mostrei-lhes minha situação.

 

“Hã... Acho que tudo bem... Esperaremos lá fora” Philipe precipitou-se porta afora com Richard ao lado.

 

Procurei no espelho algum indicio de minha nova idade, mas eu estava com o mesmo rosto que tinha aos dezessete anos. A escova apenas acariciava meus cachos levemente, e a pasta tinha gosto de hortelã. Por mais que eu procurasse alguma diferença, a única coisa que encontrava era um sorriso diferente; mais alegre; todo o resto permanecia igual.

Saí do banheiro e coloquei uma roupa leve, apenas para ficar em casa e fui ao encontro de meus irmãos que já haviam esperado bastante tempo.

 

“Você não disse que iria demorar uma hora” Richard começou.

 

“Não reclame, fui o mais rápido que pude...” Contra-ataquei.

“Vamos parar de discutir e entregar logo os presentes” Philipe anunciou.

 

Presentes? Esses dois menininhos haviam gastado o dinheiro deles para comprar-me presentes?

 

“Não precisavam gastar dinheiro comigo meninos...” Precisava avisá-los.

 

“Nós não gastamos nada, nós conseguimos os presentes!” Rich disse orgulhoso “Aqui, veja” Ele estendeu-me o pequeno embrulho.

 

Abri com cautela para não quebrar nada que ele tenha feito, e vi um alabastro em forma de coração, era uma pedra branca tão bonita.

 

“Como você conseguiu esta pedra?” Duvidei de que não gastaram dinheiro.

 

“Foi numa das brincadeiras de caça ao tesouro que achei essa pedrinha enterrada...” Disse Rich num tom travesso.

 

“Há sim! Agora vejamos o de Philly...” Abri o presente de meu outro irmão, era um cubo cristalino com uma rosa transparente dentro.

 

“É uma Rosa Cristalizada, aprendi a fazer com uns amigos do papai”.

 

“Meninos os presentes são muito lindos e perfeitos... Ninguém conseguiria fazer melhor” Admiti.

 

Ambos sorriram largamente e me abraçaram, assim desceram correndo para brincar de alguma coisa.

 

Um Pingente de Ouro, representando minha família, um coração de alabastro, representando um coração puro, e uma Rosa Cristalizada, representando uma beleza congelada. Será que era assim que cada um me via?  Vera apareceu para entregar-me um presente simples também, fiquei muito feliz ao vê-la, não havia percebido o quanto havia engordado.

 

“Como estão as coisas com Tom?” Perguntei.

 

“Excelentes, estou grávida...” Ela não conseguiu esperar para anunciar e apontou para o volume alto em sua barriga, pela aparência parecia estar com exatos nove meses de gravidez, nem acreditei, calculei o tempo e deduzi que havia mesmo esse espaço de tempo que eu não a visitava... Seu bebê era enorme, considerando o tamanho de sua barriga.

 

“Meus parabéns Vera, fico encantada com isso...”.

 

“Mas não vim falar de mim, vim desejar felicidades a minha melhor amiga” Ela me entregou uma pulseira com dois pequenos detalhes desenhados: ‘Uma Rosa e uma violeta’.

 

 “Adorei...” Era perfeitamente a descrição de nós duas. Envolvi-lhe em um abraço enorme.

 

“Desculpe a pressa Rosalie, mas tenho que ir; vim apenas desejar-lhe felicidades nesta data tão importante pra você” Vera revelou.

 

“Tudo bem Vera, logo irei te visitar, obrigada pela pulseira é linda” Respondi.

 

Ela sorriu, assentiu e saiu, então finalmente minha mãe surgiu.

 

“Minha pequena Rosa, como fico feliz ao ver que se tornou uma bela mulher” Minha mãe iniciou.

 

“Mãe não começa...” Tentei freá-la.

 

“Ah Rose, você é uma ótima filha...” Ela me abraçou novamente e me entregou um colar de pérolas “Feliz Aniversário filhinha”.

 

Um colar de pérolas, muito bonito, mas nem de perto se comparava aos presentes de papai e dos meus irmãos.

 

“Rose... Está ocupada?” Minha mãe me perguntou.

 

“Não, porquê? Quer alguma coisa?” O que ela poderia pedir?

 

“É que o seu pai esqueceu o almoço hoje, você pode levar pra ele?” Ela mostrou a marmita em cima da mesa.

 

“Vou sim, mais alguma coisa?” Era algo muito simples.

 

“Sim... Você não vai querer aparecer assim no banco não é? Suba e coloque uma bela roupa” Mamãe disse como se eu estivesse num estado deplorável.

 

“Mas mamãe o banco não é muito longe, e não estou mal vestida”.

 

“Não discuta com a sua mãe mocinha, você sabe que só quero o seu bem” Ela anunciou a famosa frase materna “Ponha aquele vestido que seu pai lhe deu...” Ela disse ansiosa.

 

“Mas eu vou ao banco, porque usá-lo pra isso?” Ela já queria demais.

 

“Rosalie não discuta”.

 

Peguei o vestido novo de organza branco e coloquei-o, penteei novamente meus cachos e prendi-os ao alto da cabeça, e pra agradar minha mãe, coloquei o colar de pérolas. Dei uma ultima olhada no espelho e desci as escadas. A satisfação da Senhora V V ivian Hale foi imensa ao me ver.

 

“Rosalie você está encantadora, agora sim pode ir...” Ela disse alegre e sonhadora.

 

Revirei os olhos ao caminhar, peguei a marmita e me direcionei ao banco. O vento estava muito calmo, meus passos acompanhavam alguns cachos que ficaram pra baixo, quase ao meu pescoço. Era uma sintonia perfeita: Para cima, para baixo...

Não demorei muito pra chegar, encontrei meu pai logo.

 

“Papai, aqui está a marmita que você esqueceu” Entreguei-lhe o almoço.

 

“Obrigado minha princesa...” Ele agradeceu.

 

“Já vou indo então...” Abracei-lhe e me virei para a saída para não atrapalhá-lo em seu trabalho.

 

Foi nesse momento que vi um sedutor rapaz de olhos azuis mais claros que os meus - claros como um calmo oceano - e cabelos loiros mais claros que os meus também e tão lisos que lhe escorriam pela face. Sem dúvida deveria ser estupidamente rico, percebia-se pelas roupas que trajava. Seus olhos não saiam de mim e ouvi meu pai dizer seu nome: “Royce King II”.

 

 


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Notas finais do capítulo

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