Atração Perigosa escrita por BTrancafiada


Capítulo 25
Capítulo XXIV - ALISON


Notas iniciais do capítulo

EU VOU MATAR VOCÊS. VOCÊS NÃO PODEM FAZER ISSO COMIGO, VOCÊS NÃO PODEM SER LEITORAS INCRÍVEIS, TÁ? Porque vocês comentam coisas enormes e maravilhosas e eu fico igual uma anta tentando pensar em algo que chegue a altura e sempre acabo achando uma merda e deixo pra responder depois.
Às meninas que comentaram e recomendaram a história que ainda não foram respondidas: eu vou responder vocês hoje de madrugada, amores!

Booa leitura :))



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Cinco dias depois toda a mudança já estava feita, na verdade, só o meu quarto, a cozinha – que era constituída de um microondas, um fogão presente de vovó e um frigobar - e o banheiro estavam decorados. A sala, o quarto de papai e a varanda estavam vazios.

O apartamento não era muito pequeno, mas também não era enorme. Eu gostei dele e era bom pra estudar para as provas da faculdade para ser aceita já que era bem silencioso e os moradores do lado passavam a maior parte do tempo no parquinho com os filhos e não faziam barulho.

Eu estava jogada no chão da “sala” com um caderno, três livros e um estojo ao meu redor revisando as coisas para a prova faculdade quando Rachel apertou a campainha.

Corri para atender e ela entrou com um jarro de flores nas mãos, uma sacola e sua bolsa enorme creme de palha. Estava de bikini e com canga.

Nos abraçamos e ela entrou enquanto eu fechava a porta.

– Praia? – Ela sugeriu colocando o jarro em cima do armário da cozinha.

Grunhi. – Nem dá, bem que eu queria. Vou estudar esta tarde toda e depois vou à praia com Brad.

– Estão reatando? – perguntou e eu fiz uma careta fazendo ela rir.

A verdade é que eu não queria começar com Brad algo que já havíamos terminado, simplesmente pelo fato de que ele sabia que eu era uma vadia e que ele sempre ficaria desconfiado que eu estaria lhe traindo, já não bastava não ir para o céu, eu não precisava ser condenada duas vezes.

Ela sentou no chão do lado da minha almofada e observou o lugar como sempre fazia.

– Eu adoro este quadro que ele fez. É maravilhoso. – Apontou para o quadro que estava na sala e eu ri, pegando duas latas de Coca-cola no frigobar e indo para a sala sentar do seu lado.

– Eu também adoro. Olha a expressão nos meus olhos, dá até pra sentir o medo e dor.

Ela riu e deitou a cabeça no meu colo abrindo a Coca e a deixando de lado.

– Falando em medo, o médico disse que mamãe só tem alguns dias. Talvez uma semana ou duas. – Fechei os olhos e fiquei alisando seu cabelo, não queria falar de Isabel e não queria saber de nada que envolvesse Tom, pelo menos não agora.

Não queria que Rachel percebesse o medo em meus olhos ou a vergonha, por isso fiquei de olhos fechados um bom tempo até que ela riu e sem perceber estávamos rindo juntas sem motivo algum.

– É estranho saber que contarei os dias, sabe? – Ela se levantou e deu um gole no refrigerante.

– Ah. Mas pensa bem, vocês já curtiram um grande momento juntas, quer dizer, aquela viagem foi sensacional! – Alisei seu ombro e ela assentiu olhando para os livros.

– Não sei como você está conseguindo estudar três dias seguidos, qual é, invertemos agora?

– É que você já foi aceita em uma faculdade, você fazia 3 atividades extra-curriculares. – respondi a cutucando com meu cotovelo e ela fez o mesmo comigo.

Seu celular tocou e ela o atendeu tapando minha boca mesmo que eu não pretendesse falar nada.

– Aham. - Pausa.– Sério? Ah, parece ótimo. Isso, você me pega em casa. Tchau. - Pausa e risinhos.– Eu também. Tchau!

Ela tira a mão de minha boca e eu dou o último gole na Coca.

– Quem era? – perguntei sem muito entusiasmo já sabendo quem era.

– Troy. Ele me chamou para jantar. – Ela se levantou pegando a bolsa. – Alguns de nós estão tentando ficar com seus verdadeiros amores.

– Idiota. – impliquei porque era a única coisa a se fazer ou “Ah, o seu pai é meu verdadeiro amor, quando a sua mãe vai morrer mesmo?”

– Ah, abra o presente. Depois me manda uma mensagem ou me liga dizendo o que achou. – Ela pegou a latinha enquanto eu abria o porta-retrato rosa e branco com uma montagem nossa misturando uma foto nossa juntas, eu pequena e ela adolescente e depois eu adolescente e ela pequena.

– É lindo! – exclamei e lhe dei um abraço.

– Eu sei. Troy que fez a montagem, já te falei que ele está...

– Trabalhando no shopping na loja de informática. – murmurei revirando os olhos, já que ela falava isso de quinze em quinze minutos.

Antes de Rachel sair entreguei à ela a chave de emergência.

***

Brad e eu corremos pela areia fria e nos jogamos na água gelada. Eu iria ficar só nadando, mas ele queria surfar então fiquei boiando enquanto ele pegava suas ondas.

Depois voltei para a areia e fiquei observando ele. Em seguida ele veio correndo, jogou o cabelo para o lado e alisou o corpo – e com corpo eu quero dizer sua barriga sarada – e se jogou no meu lado.

– Sabia que você fica bem bonita quando fica envergonhada e olhando para o meu peito? – brincou alisando a barriga de modo arrogante e nós ficamos rindo.

Virei sobre a canga, ficando de barriga para o lado, virada em sua direção apoiando a cabeça com o cotovelo.

– Tinha me esquecido como era bom fazer isso com você. – sussurrei fechando os olhos quando um vento passou e senti a areia passar em meu rosto.

Abri os olhos e Brad levou a mão até meu rosto e ficou alisando minha bochecha com o polegar.

– Eu posso te lembrar muitas coisas. – Ele chegou mais perto como se fosse me beijar e fechou os olhos, virei novamente ficando de barriga para baixo e ele grunhiu. – Desculpe. – Ele se deitou sobre a prancha olhando as estrelas. – Tem uma garota, o nome dela é Maria, ela é do meu grupo de surf, ela é maravilhosa, sabe? – Seu tom era calmo e no fundo havia paixão. – Cabelos vermelhos até a cintura, baixinha e olhos castanhos maravilhosos.

– Hm, ruiva? – Joguei um pouco de areia em sua barriga e ele se curvou tirando a areia com as mãos.

– Tingida. – Nós rimos. – Ela adora dizer isso. – Ele riu de novo sozinho e eu fiquei olhando para sua bochecha corada. – Quando estou com ela, sem ofensas, esqueço de você. Mas quando a beijo penso em você, porque meu estômago se revira, fico sem ar e morrendo de medo de machucá-la e sinto as sensações que sentia com você. - Levanto as sobrancelhas surpresa, não sabia que ele sentia tudo isso por mim e deito minha cabeça em sua barriga em um ato impensável e ele coloca o braço sobre meu peito e a mão fica na sua barriga alisando meus cabelos.

– Queria me beijar para saber se ainda me ama? – perguntei falando baixinho.

– Aham. – respondeu. Levantei a cabeça e fiquei sobre ele, beijei sua boca e ele tocou meu rosto. Quando terminamos, ele me afastou meio sem graça. – Nada.

– É, nada. – afirmei concordando.

– Isso foi embaraçoso. Nunca pensei que beijar você me deixaria assim. – Ele me abraçou e eu alisei seus cabelos louros.

– Vamos pra casa?

– Bora! – Ele se levantou afastando a areia da bermuda e pegando a prancha.

***

– Sério?! – exclamei rindo de Brad enquanto ele apertava o botão do elevador.

– Sim, cara! – ele afirmou. – Ele – Carlos.– tentou me beijar.

– Acho que ele estava bêbado. Você não faz o tipo dele! – Eu sai do elevador com ele rindo atrás de mim e seguimos pelo corredor escuro.

– Ei! – Ele me empurrou e enquanto as luzes iam acendendo. – Eu sou o tipo de todo mundo. – Chegamos na parte do meu apartamento e paramos de rir no mesmo momento.

Fiquei olhando a pessoa parada na porta com uma cara brava para nós dois e comecei a ficar nervosa com o que poderia acontecer.

Tom estava segurando um buquê de rosas vermelhas e apoiado na minha porta.

– Hm... – Brad passou a mão na parte de trás do cabelo. – Eu vou ser o tipo de todo mundo em outro lugar. – Ele apertou minha mão e eu o puxei para um abraço e um beijo na bochecha. – Se alguém tentar fazer merda, me chama.

– Tudo bem. – Fiquei de costas para Tom até Brad entrar no elevador. Virei lentamente e ele ficou me olhando parado na mesma posição de antes.

Vamos vencer uma guerra

Vamos nos destacar

Você me sente?

– Estou chamando há duas horas.

– Isto é um problema seu. – Procuro a chave em minha bolsa e abro a porta.

Ele estica o buquê em minha direção e eu pego fingindo não estar muito emocionada com o presente.

– Podemos conversar? – Não falo nada, apenas deixo ele entrar. Ele coloca a mão no bolso da calça e observa a sala vazia. Tranco a porta e fico parada na mesma.

– Quer beber alguma coisa?

Ele ri. – Sentar, sim. – Dou de ombros sem achar graça na piada e ele senta no chão apoiando as costas na parede. – É bonito aqui.

– Valeu. – Pego uma latinha de coca na geladeira (ela é praticamente composta disso) e vou sentar ao seu lado. – Tem uma cadeira e uma mesa lá fora.

– Então, vamos lá. – Nos levantamos juntos e nos sentamos nas cadeiras da varanda. O vento é forte ali e eu aliso meus braços com frio.

Não sei o que dizer e nem pensar. Gosto de Tom, não sei... Estou tão confusa! Há tanta coisa para se discutir e mesmo assim todas elas não parecem necessárias.

Não quero perguntar sobre a esposa dele e também não quero que ele me pergunte de Brad. Por mim tudo bem ficarmos ali, apenas sentados enquanto eu observo a vista, ele me observa e está tudo maravilhoso.

– Alguma novidade?

– A prova para entrar na faculdade deve ser nesta próxima semana, eu vou tentar as que a escola me indicou e mais algumas próximas, mas estou mais focada na UC. – respondo bebendo a Coca-cola. – Papai que encontrou este apartamento, ele vem semana que vem.

– Boas novidades. – ele comenta sem muito entusiasmo e balançando a cabeça. – Olha, Alison, eu adoro você. Eu te amo. Minha esposa está passando por um momento difícil agora, mas iremos resolver tudo, O.K.? Eu já fiz a minha escolha e eu escolho você.

– A... A... Isabel sabe disso? Disso que rolou entre a gente? – Começo a ficar emocionada, minha garganta fecha e meus olhos ardem. Tento beber um pouco do refrigerante para aliviar o nó na garganta, mas não adianta, pois o líquido fica amargo.

– Não. Eu não entendi o comportamento dela naquele dia, ciúmes, mas ela não sabe de nada. Ela suspeita.

– Ah. – Jogo meus cabelos para trás e ele fica olhando para o meu pescoço. Levo mais uma vez o refrigerante à boca, mas o gosto continua, então levanto. – Acabou. Vou pegar mais.

Vou para cozinha e jogo todo o líquido na pia. Minhas mãos estão tremendo e eu as coloco debaixo da água como se isso fosse mudar alguma coisa.

Quando vou ajeitar meu cabelo que está pinicando minhas costas, sinto Tom atrás de mim e ele começa a beijar meu pescoço.

– Senti saudades de você, do seu corpo. – Ele me vira para ele e coloca o rosto em meu pescoço. – Do seu cheiro. – Pega meu rosto com as duas mãos e me beija devagar, não faço nada não correspondo, mas também não o afasto. – Da sua boca.

– Tom, por favor, o que estamos fazendo? – Seguro seu braço antes que ele me puxe de novo.

Ele dá um sorriso de lado e alisa minha nuca.

– O que estávamos fazendo antes. – Ele me pega no colo e me beija, desta vez correspondo me rendendo e ao mesmo tempo com um pouco de medo.

Ele me soltou e ficamos presos no corredor enquanto ele alisava minhas costas e me beijava de novo. A minha língua e a dele fazendo movimentos giratórios, enquanto eu pensava no que aquilo iria nos levar.

– Esse bikini é muito bonito. – Ele se abaixou um pouco e beijou o meio dos meus seios. – Onde é o seu quarto? – Eu o puxo pela camisa e empurro a minha porta, caímos na cama e eu tiro meu chinelo o jogando longe.

Há um olhar em seus olhos

Algo está acontecendo esta noite

Eu posso sentir

Sei o que vai acontecer. Iremos transar e por mais que isso seja meio que inesquecível e alarmante, esqueço de Isabel e de Rachel, esqueço de Brad e de minha família. Esqueço dos erros e só penso neste acerto.

Ele está sem camisa e sem sapatos agora, está sobre mim e estamos em silêncio apenas olhando um nos olhos do outro enquanto ele alisa minha bochecha.

E o ar está forte

Com o seu aroma

E a represa não vai quebrar

Uma lágrima cai

A tensão derruba as paredes

E o alívio chega

Tom está sentando e eu estou em seu colo, estamos nus e eu estou me movimentando devagar sobre ele. É tão bom e aconchegante, é tão comum fazer amor com ele e é tão... seguro.

A dor da nossa primeira vez não existe mais e isso me deixa um pouco mais calma e feliz. Ele me abraça e morde minha orelha.

– Eu te amo. – ele fala e eu não digo nada. Apenas fecho os olhos e deixo uma lágrima cair e em seguida vem mais algumas, não de dor, mas sim de paixão e felicidade.

– Não fala nada, por favor. – Eu seco minhas lágrimas e ele vai se deitando devagar. Enquanto isso, vou me movimentando mais rápido até tremer e sentir meu orgasmo.

Eu e você, querido, nós superamos

Eu e você, temos amor para fazer

Me beije uma vez e você vai me ver cair

Me beije duas vezes e eu vou me entregar completamente

Depois do furacão sempre vem a calmaria. Mas e se o furacão se repete?


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Notas finais do capítulo

Além disso acho que umas leitoras trapacearam... Foram recomendar agora só pra terem mais capítulos de modo mais rápido, hahaushaua



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