Once Upon a Time: We are all mad here escrita por Kremer


Capítulo 10
10




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Naquela noite, Emma havia retornado à lanchonete determinada. Não sabia se o que Jefferson dizia era verdade, mas estava disposta a se arriscar, pois as consequências poderiam ser muito negativas caso a Duquesa tivesse êxito.

Emma entregou a seringa encontrada para Regina, na esperança de que ela pudesse descobrir mais. Ficou acertado que Alice, Emma e Jefferson partiriam de manhã. Snow e Charming tentaram consolá-la, mas ela estava cansada demais para conversas. Depois que chegou em casa, assistiu um filme com Henry – mesmo que sua concentração estivesse baixíssima – pois havia se dado conta de que havia dado pouquíssima atenção para seu filho. O dever sempre os separava.

No decorrer do filme, Henry ocasionalmente a fazia rir. E foi então que Emma percebeu como seu filho crescera rápido. Decidira que, quando toda aquela história tivesse fim, não deixaria caos algum impedi-la de acompanhar o crescimento de Henry.

Henry fora dormir, assim como Snow e Charming, pouco antes da meia-noite. Estavam todos muito cansados. Emma, apesar de não estar muito diferente, não conseguia dormir. Sentia-se cada vez mais ansiosa.

Foi quando alguém bateu à porta.

O mais silenciosamente que pôde, Emma abriu a porta e se sentiu aliviada ao ver que era Killian.

– Você me assustou – disse, deixando-o entrar.

– Desculpe. Pensei que talvez você quisesse companhia essa noite – disse Hook, aproximando-se. Emma não se afastou.

– Quero – foi tudo o que disse.

Emma se permitiu esquecer de todos aqueles inconvenientes – porque era exatamente como os problemas pareciam agora: pequenos.

Talvez já estivesse admitindo para si mesma que estava apaixonada por Killian. Já havia percebido que ele ocupava parte dos seus pensamentos, mesmo quando sua mente precisava trabalhar para resolver todos aqueles problemas.

E Killian... Ele realmente a queria, já havia provado isso várias vezes. Mas, naquele momento, Emma teve certeza ao sentir os beijos cada vez mais intensos, por seu pescoço, boca, corpo. E não se censurou nem uma vez por desejá-lo cada vez mais.

Os dedos dele em sua nuca, entrelaçando-se no seu cabelo... E a sensação cada vez maior de desespero ao saber que não poderia fugir nunca, pois já estava muito envolvida.

– Swan – sussurrou Kilian. Emma estava aninhada ao lado de Hook, que apoiara seu queixo em sua cabeça, e acariciava seu ombro – eu vou com você amanhã.

– Eu preciso que você fique aqui – disse Emma, sem olhá-lo. – Henry precisa de você.

– Henry tem os avôs. Você precisa de mim lá – disse.

– Killian, eu vou voltar. Nem que eu precise explodir aquele mundo inteiro.

– Não vou discutir com você essa noite – disse Hook, depositando beijos no cabelo de Emma, que ergueu a cabeça até seus lábios se encontrarem novamente.

– Emma – disse Hook, olhando-a nos olhos. – Eu amo você. E gostaria de ter tido isso há muito tempo.

Emma reprimiu uma lágrima.

– Eu vou voltar pra você – sussurrou, apenas. Hook a beijou na testa, e pouco depois, ambos dormiram.

...

Na manhã seguinte, Henry estava com Snow e Charming na cozinha. Ninguém falava nada. Todos estavam um tanto preocupados com o que aconteceria quando Emma partisse.

Hook e Emma logo apareceram. Emma já estava pronta pra sair.

– Emma, isso é loucura – disse Charming, assim que ela se sentou. – Jefferson volta assim e nós precisamos acreditar em tudo o que diz?

– Coisas assim vivem acontecendo por aqui, se Jefferson estiver falando a verdade, então eu preciso ir – disse, tentando sorrir.

– Eu deveria ir junto – disse Hook. Emma pegou sua mão.

– Você precisa ficar, não quero envolver ninguém mais nisso. Killian, eu vou conseguir – disse, tentando soar confiante.

– Nós acreditamos em você, só não queremos que você vá – disse Snow, à beira de lágrimas. Emma foi até ela e a abraçou.

Henry manteve-se em silêncio durante todo esse tempo.

– Henry, tudo bem? – perguntou Emma.

– Vai ficar, mãe – disse. – Você sempre consegue.

Henry soou um pouco magoado, e Emma se sentiu culpada.

Alguns instantes depois, alguém bateu na porta. Era Regina.

– Swan, Jefferson está no meu quintal. Pediu pra eu vir te chamar.

– No seu... Ah, estou indo. Quer entrar? – respondeu Emma.

Regina entrou, abraçou Henry e cumprimentou cordialmente Charming e Snow. Eles pareciam mais próximos agora. Hook apareceu, e Regina sorriu para Emma como querendo dizer “eu sabia”.

...

– Swan. Você está ótima – disse Jefferson, piscando, quando Emma, Charming, Snow, Henry e Hook chegaram. Hook o olhou de forma ameaçadora.

– O que estamos fazendo aqui? – perguntou Emma.

– Bem, a macieira de Regina será nosso portal para Wonderland. – disse Jefferson.

– E como vamos ativar? – perguntou Emma.

– Alice é a chave. Somente com a presença dela podemos utilizar esse portal.

– E como você chegou aqui? – perguntou Emma, sorrindo.

– Tenho meus meios.

Charming se pôs a frente de Emma.

– Se vamos deixar nossa filha ir com você pra uma terra que nem conhecemos, queremos saber o que exatamente está acontecendo – disse, de forma fria.

– Eu já disse o que está acontecendo. Eu vim pra cá o mais rápido que pude, pra buscar as salvadoras. Agora, precisamos ir. – disse Jefferson.

Charming parecia a ponto de explodir, mas Emma colocou a mão em seu ombro e disse:

– Pai, tudo bem.

David sorriu, e segurou o rosto de Emma entre as mãos, olhando-a nos olhos.

– Você vai conseguir. E vai voltar pra sua família – disse. Emma sorriu, assentindo, e os dois se abraçaram. Mary Margaret se juntou a eles. Depois que se separaram, Emma foi até Henry.

– Ei, garoto – disse, tentando parecer confiante – você sabe que eu vou voltar, não sabe?

– Claro – disse, um pouco desanimado. Emma suspirou, e conduziu Henry para um pouco mais longe de todos, onde disse:

– Henry, eu sei que tudo está uma bagunça... Que tudo sempre está uma bagunça. Mas nossa família é forte, e nós sempre achamos um ao outro, não é? Como quando você me encontrou. E eu não vou embora, nunca mais. Vou voltar de Wonderland, e nós vamos viver nossa vida em família, como sempre quisemos.

Henry a abraçou, e Emma sentiu uma lágrima persistente rolar por seu rosto.

Agora era vez de Hook.

– Swan – disse, com um sorriso desanimado – eu vou com você.

– Temo que só haja lugar para três pessoas – disse Jefferson, intrometendo-se. Hook estava prestes a responder quando Emma o puxou para si e o beijou. Estava deliberadamente beijando Hook na frente de todos – o que significou muito para ambos, pois estava, dessa forma, admitindo o que sentia.

– Eu volto logo – disse. Hook apenas assentiu, sem conseguir tirar os olhos dela.

Alice se juntou a eles, ninguém percebeu de onde ela saiu.

– Como atravessamos? – perguntou.

– É o que espero que você me diga – disse Jefferson. Alice pareceu confusa, mas foi até a árvore e a analisou. Tocou a superfície, e pareceu ter reconhecido algo – que ninguém até então tinha visto – e a árvore revelou uma porta, que foi aberta, revelando um vortex roxo dentro dela.

– Primeiro as damas – disse Jefferson.

Logo, Emma, Alice e Jefferson atravessaram o portal, e a árvore voltou ao normal.


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