The Undercover escrita por Mares on Mars


Capítulo 12
Chapter 11


Notas iniciais do capítulo

Oi minhas lindas



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No fim das contas, não houve muita discrição. Logo após o almoço, os rapazes da “família” Ward se juntaram na casa da família Coulson e todos foram relaxar na piscina. Skye e May estavam esticadas nas espreguiçadeiras, usando bonitos biquínis e óculos escuros, enquanto os rapazes jogavam bola dentro da piscina. Logicamente, estavam molhados e sem camisa, e isso atraía o olhar atento das damas, embora cada uma olhasse para um homem específico.

A mais jovem concentrava seu olhar em Ward, estudando os músculos se retraírem e esticarem enquanto ele se movimentava para pegar a bola e jogar de volta. Admirava os cabelos pingando e o sorriso enorme que se formava a cada vez que marcava um ponto, e sorriu junto, pois era a sortuda que tinha tudo aquilo só para si.

Já Melinda tentava não prestar atenção em Coulson, que sorria como uma criança e exibia seu torso definido. Quem o olhasse naquele momento, sem saber sua real idade, acreditaria que ele tinha no máximo 35 anos. Os músculos dos braços ainda firmes, as costas torneadas, resultado das horas que dispensava na academia mesmo após o acidente de Nova York. No braço, próximo ao ombro, uma marca antiga. Uma tatuagem feita praticamente em outra vida, agora um tanto desbotado, embora a forma ainda fosse perfeitamente reconhecível ao olhos atentos. A forma, não o texto.




(Brooklyn,1985)

– Isso é a maior estupidez da sua vida – Melinda advertiu, revirando os olhos, sentindo-se desconfortável com a decisão de Coulson.

– Não é uma estupidez, eu realmente quero isso Melinda – Phil respondeu animado e fez o seu melhor olhar de pedinte. Estavam em um grande estúdio de tatuagem no Brooklyn, no meio da madrugada, e Coulson estava decidido a fazer uma tatuagem antes de se formar na Academia.

– Tá bom, encosta aí e fica quieto – ela pediu e ele obedeceu. Logo depois, fez um sinal para o moço que estava esperando na sala ao lado – Parece que ele realmente se decidiu – disse ao rapaz que deveria ter aproximadamente a idade do casal.

– Então vamos começar – o jovem respondeu e logo imprimiu na pele de Coulson o desenho escolhido pelo o mesmo: um coração simples, com uma faixa ao meio e em letras elegantes, o sobrenome de Melinda. O barulhinho irritante do instrumento de tatuar começou alguns segundos depois, e Phil fechou os olhos com força ao sentir o início da dor.

– Não seja fraco Coulson – May reclamou, segurando a mão de seu namorado.

40 minutos depois, estava feito, e Phil sorria animado, ostentando próximo ao seu ombro esquerdo um coração descolorido com o nome de May.

– Essa é a maior estupidez da sua vida – ela disse, porém dessa vez ria boba. Era o maior gesto de amor que havia recebido em sua vida.

– Não é a maior estupidez porque eu amo você, e eu vou amar você pra sempre – ele respondeu abraçando-a na saída do estúdio – E mesmo se um dia você não mais minha, eu ainda vou ter você cravada em mim – sussurrou contra o cabelo escuro, e deu-lhe um beijo longo na testa, antes de saírem juntos, de mãos dadas, como um casalzinho comum pelas ruas do Brooklyn.




A lembrança trouxe lágrimas aos olhos de May, que agradeceu silenciosamente por estar de óculos escuros. Respirou fundo, livrando-se das imagens em sua mente, e no exato momento que sentiu seus olhos secarem, fechou-os, relaxando a cabeça contra o encosto. Segundos depois foi surpreendida pela figura molhada de Coulson, pingando em cima dela.

– Que droga Phil – gritou ao sentir água escorrendo por sua barriga e por seus ombros.

– Isso não é nada – respondeu, e no segundo encaixou um braço por baixo do corpo da mulher e levantou-se, colocando-a de bruços em seu ombro.

– Me coloca no chão Phil, agora – gritou em desespero. Desespero por a) estava em contato direto com a pele quente e úmida de Phil, e podia sentir em sua barriga nua a textura de seu ombro, b) estava sendo carregada em direção à piscina,c)não estava pronta para o constrangimento de encarar a equipe depois do acontecimento,d) não estava pronto para o choque com a água quando ele veio. Ela e Coulson afundaram juntos pela parte mais funda da piscina, que tinha por volta de 3 ou 4 metros de profundidade. Tinha as mãos apertadas em volta dos braços de seu raptor e tinha vontade de matá-lo. E de beijá-lo. Abriu os olhos, e encarou por alguns segundos a sensação horrorosa do cloro contra suas retinas, e logo em seguida, focalizou Coulson a sua frente, com um sorriso, soltando bolhinhas de ar pelo nariz. Ele livrou-se rapidamente das mãos que o seguravam e nadou para uma distância segura. May o seguiu por alguns centímetros, antes do ar se fazer extremamente necessário, e então, deu um impulso em direção à superfície. Respirou fundo ao emergir, e enquanto esfregava os olhos para expulsar a água, ouviu a risada de Coulson ao seu lado, e antes que pudesse abrir os olhos novamente, foi puxada pelo pé esquerdo de volta para baixo d’agua.

– JÁ CHEGA PHILIP – gritou realmente irritada, emergindo novamente, e desse vez ele não se atreveu a puxá-la. Todos na equipe soltaram risadinhas, antes de uma grande gargalhada se espalhar entre os espectadores.

– Vocês são hilários – Tripp exclamou, quase sufocando de tanto rir. Ao som de tantos risos, até May entregou-se a piada. Riu com gosto, antes de nadar em volta de Coulson e tentar afogá-lo várias vezes seguidas.

– Você pode ser forte em terra, mas eu sou o senhor das águas – disse abrindo os braços, como se abrangendo seu território, e parou mais uma das tentativas da chinesa, que incansavelmente tentava submergi-lo.



A brincadeira durou por mais duas e boas horas, antes do sol começar a se pôr, e todos se despediram com um até logo, pois em menos de uma hora e meia se reuniriam para o jantar. Skye, May e Coulson, molhados até a alma, entraram para dentro de casa.

– Vou me arrumar – Skye anunciou e sumiu no andar superior. Os “pais” subiram logo em seguida, pingando todo o caminho em direção ao quarto.

– Você ainda sabe se divertir – Phil comentou, fechando a porta atrás de si.

– Só quanto é realmente divertido – ela respondeu, torcendo o cabelo em uma toalha, e entrou no closet.

– Acho que eu deveria escolher sua roupa – disse como se fosse óbvio e ela o olhou intrigada.

– E por que? – questionou arqueando as sobrancelhas e colocando as mãos nos próprios quadris, formando um pose mandona.

– Porque eu sei o que te deixa mais linda do que o normal – respondeu acometido de uma coragem repentina, e aproximou-se, encaixando – pela segunda vez no dia – os braços em volta do corpo da chinesa, e puxou-a até que estivesse a um centímetro de seu rosto.

– Phil ... – ela suspirou em advertência, embora não estivesse com a menor vontade de lutar contra os movimentos do homem que a segurava com força.

– Ah May, você quer isso desde o dia que chegamos aqui ... Desde antes – ele disse com firmeza, e em um impulso faminto, fechou seus lábios em volta dos dela, dando início a um beijo cheio de desejo reprimido. Em segundos, as mãos fortes de Phil estavam por toda a parte: em suas costas, seus braços, seu pescoço e suas coxas, alternando apertos com força e alguns suaves. As mãos de May estavam nos ombros fortes, e ela usou-os como alavanca para se içar-se ao colo de Coulson, que bateu-a com força contra uma das portas de correr do closet e arrancou-lhe um suspiro de dor de desejo. Quando o ar fez-se necessário, pressionou os lábios contra o pescoço da mulher que suspirava, e sugou as gotas de água doce que lhe escorriam na pele.

– Phil, nós temos ... um jantar – disse reprimindo um gemido quando o homem sugou com precisão um ponto de sua jugular.

– Que se dane – respondeu, devorando lentamente a pele exposto nos ombros corados do sol.

– Que se dane nada – riu a chinesa e desprendeu-se do colo de Phil. Tocou os pés no chão e sorriu-lhe – Você é maluco – comentou e deu-lhe um beijo na bochecha.

– Você faz isso comigo as vezes – ele respondeu com um sorriso – Na maior parte do tempo na verdade – confessou embaraçado.

– Nós não somos mais adolescentes e estamos em uma missão – disse com uma mão espalmada carinhosamente na face de seu melhor amigo – Mantenha isso em mente – advertiu e deu-lhe novamente um beijo na bochecha – Vou tomar banho, fique a vontade para escolher minha roupa – declarou, e saiu do closet, corada, constrangida e acima de tudo, excitada. Não só pelo toque de Coulson, mas por saber que ele a desejava com tanta força.






– Ward, eu juro, tem alguma coisa acontecendo – Skye sussurrou ao telefone.

– Skye, não tem nada de errado – o namorado respondeu com uma risada em seu tom de voz. A garota havia ligado há 10 minutos atrás, quando ouviu uma batida mais alta do que o normal no quarto vizinho.

– Não disse que tem alguma coisa errada, só disse que tem alguma coisa acontecendo – esclareceu sugestivamente, e dessa vez, Ward riu com gosto.

– Você é terrível garota – comentou sorrindo – Preciso desligar, você me conta mais no restaurante – disse carinhosamente, e ambos desligaram ao mesmo tempo, e Skye, com um sorriso apaixonado, voltou a se arrumar para o jantar.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acham? HAHAHAHA, deixei muito minha imaginação fluir, tanto que Coulson tem até uma tatuagem. Ficou curioso para saber como ela é? Joga no Google: "lady gaga heart tatoo" ou então, clica no link bonitinho que titia encontrou pra vocês :(http://data2.whicdn.com/images/60995386/large.png). Sim, é o coraçãozinho, porém, com May escrito no meio.

Ps. Se achou muito feminina, perdoe sua autora louca que escolheu essa porque uma das minhas melhores amigas quer fazer uma dessa (só que com Mom escrito) e eu brisei quando ela mostrou a imagem.

Bjos, titia ama vocês